É sobre cultivar valores e hábitos que acompanharão as crianças ao longo da vida.
Ao explorar atividades lúdicas, proporcionar experiências ao ar livre e modelar comportamentos sustentáveis, os educadores e pais tem a oportunidade de moldar um futuro mais sustentável.
A consciência ambiental desenvolvida desde a infância tem impactos significativos no comportamento das crianças. Ao entender a importância da sustentabilidade, elas se transformam em cidadãos mais conscientes, responsáveis e dedicados à preservação do meio ambiente.
Dessa forma, a sustentabilidade na educação infantil é um investimento no futuro do nosso planeta e de nossas crianças. Isso porque, ao ensiná-las a cuidar da natureza e adotar práticas sustentáveis, estamos construindo uma sociedade mais consciente,
O foco deste plano de ação é propor uma maneira que possibilite trabalhar temas relacionados à Educação Ambiental na Educação Infantil de forma lúdica, a fim de despertar o interesse pelo conteúdo a ser ministrado e auxiliar o processo de construção de conhecimento.
Seu desenvolvimento tomou por base a observação em várias escolas, onde é comum, no horário do recreio, as crianças dispensarem uma merenda escolar saudável, preferindo um "alimento pronto", industrializado, que via de regra, além de ser menos saudável, tem embalagens a serem descartadas. Esse alimento, ou é trazido de casa ou comprado na cantina escolar.
O estudo buscará uma maneira lúdica de tratar de temas de Educação Ambiental na Educação Infantil, como alimentação e produção de lixo, tomando como referência as vivências nos ambientes escolares e domésticos das crianças com o intuito de propiciar a sua sensibilização em relação aos assuntos abordados, por meio de um jogo pedagógico.
Com base em pesquisas bibliográficas e observações do cotidiano escolar, propõe-se um jogo de trilha que subsidie o professor de Educação Infantil (faixa etária de 4 anos) a abordar os temas consumo de lixo como consequência da escolha dos alimentos que consomem. O jogo, que pode servir de apoio a atividades do professor de Educação Infantil, não será aplicado durante o processo do desenvolvimento do trabalho. Será disponibilizado para que ele possa utilizá-lo para diagnosticar os hábitos das crianças em relação a esses temas, ou avaliar os conteúdos já trabalhados, servindo como base para aulas ou atividades posteriores.
- Nosso planeta é o patrimônio natural mais precioso que existe para nós seres vivos. Por isso devemos cuidar deles para que possamos sobreviver e garantir a propagação das espécies. Cada vez mais temos notícias ou até mesmo vivenciamos que a natureza envia sinais de que o planeta pede ajuda.
- A criança deve ser educada de modo a entender e sentir que o planeta é seu lar e que faz parte dele. A grande importância da Educação Ambiental é tornar para essas futuras gerações o ato de conservação do patrimônio natural, a fim de obter um ambiente mais saudável e harmônico para todos os seres que nele habitam e um equilíbrio na vida do planeta. É necessário que todos que dele fazem parte sejam respeitados.
- A população mundial cresce cada vez mais, consequentemente, cresce a utilização e escassez dos recursos da natureza para produzir o que o homem "necessita" para "sobreviver", exemplo: alimentação, moradia, água, energia, etc. Porém, a forma como são utilizados polui o meio ambiente e os restos desta produção que não lhe são úteis, o lixo, tem como destino sua própria origem: a natureza. Nosso planeta é único e vem sendo devastado continuamente.
- Educação Ambiental é um meio para informar e refletir as ações do homem sobre o ambiente, a partir das ocupações que realiza no espaço por meio de sua cultura, ao longo dos tempos.
- A disciplina Ambiente, Sociedade e Cultura, especificamente, nos leva a refletir sobre a relação que o homem tem com a natureza, utilizando de seus recursos para serví-lo. Devemos deixar de lado esta visão antropocêntrica, pois fazemos parte da natureza. Precisamos aprender a nos desenvolver sem comprometer a existência das espécies, incluindo a nós mesmos.
- Precisamos encontra ferramentas para trabalhar com as crianças pequenas, de uma forma prazerosa, porém séria. Lúdica, mas que possibilitem praticar ações positivasem relação à conservação do meio ambiente, pelo fato de o ato de brincar estar intimamente ligado à infância.
- Desta maneira, as crianças tem uma melhor apreensão de conteúdos, informações, etc. Um exemplo, quando se trabalha com crianças com dificuldades de aprendizagem e são utilizados recursos pedagógicos confeccionados por elas próprias, o rendimento da turma é bem significativo. Certa vez, alunos "construíram" uma TV de papelão, onde eles giravam uns rolinhos e estes passavam figuras e um pequeno texto a cada figura passada, para que eles pudessem ler. Este foi um incentivo e, com o passar do tempo, aqueles que antes se recusavam a ler, apesar das dificuldades começaram mesmo que timidamente a ler.
- Há outros exemplos, em outras turmas, como introdução de horas, com relógio de papelão grande, no qual os alunos marcavam as horas, igual às horas reais do relógio da escola, e fixaram melhor o conteúdo. Além de jogos da memória, desafios, trilhas, bingos, etc, onde se interessaram mais e auxiliaram na aprendizagem.
- As crianças podem se tornar agentes multiplicadores de tais ações.
APRESENTANDO O PROJETO
Contemporaneamente, faz-se necessário pensar em projetos de preservação do
“patrimônio ambiental”, pelo crescente esgotamento de seus recursos e pela
sobrevivência da vida no planeta (inclusive humana). É preciso entender tais
dificuldades e buscar soluções a partir dos nossos locais de convivência.
A grande importância da Educação Ambiental é tornar para as futuras gerações o
ato de conservação do patrimônio natural algo corriqueiro (o que não ocorreu em
geração passadas), a fim de obter um ambiente mais saudável e harmônico para
todos os seres que nele habitam e um equilíbrio na vida do planeta. É necessário
que todos que dele fazem parte sejam respeitados.
A realização deste projeto será um subsídio para tratar da ludicidade como uma
forma de abordar a Educação Ambiental na Escola de Educação Infantil, pois a
princípio parece difícil aproximar crianças pequenas de práticas ambientas que é
“coisa de gente grande”.
A escolha temática relacionada à Educação Infantil deve-se ao fato de ser esta a
faixa etária que mais replica o que aprende. Espera-se proporcionar uma forma prazerosa,
porém séria; lúdica, que possa tornar as crianças capazes de praticar ações
positivas em relação à conservação do meio ambiente, pelo fato de o ato de brincar
estar intimamente ligado à infância, pois desta maneira as elas têm uma melhor
apreensão de conteúdos, informações e interesse pela temática a ser trabalhada.
PESQUISA
- Como tratar da temática da Educação Ambiental na Escola de Educação
Infantil de forma lúdica, tomando como referência as vivências dos alunos nos
ambientes escolar e doméstico?
- A ludicidade pode ajudar o aluno de Educação Infantil a desenvolver atitudes
de preservação do ambiente?
OBJETIVO
- Utilizar o lúdico como ferramenta de subsídio no ensino da Educação
Ambiental na Educação Infantil, por meio de um jogo sobre o tema.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Despertar o interesse nas crianças da Educação Infantil, na faixa etária
de quatro anos, pelos temas abordados (alimentação e lixo), por
intermédio de um jogo sobre o assunto.
- Contribuir para a ampliação e/ou reforço das atividades do professor
em relação à temática ambiental a ser trabalhada.
- Propor atividades lúdicas relacionadas à vivência das crianças
referentes a hábitos alimentares e de preservação do ambiente, a partir
da reflexão, a fim de favorecer seu processo de construção de
conhecimentos sobre os temas em questão.
REVISÃO TEÓRICO-CONCEITUAL E JUSTIFICATIVA
A experiência pedagógica
As questões ambientais já estão inseridas no planejamento da escola, pois fazem
parte do contexto social e são uma preocupação também para nós educadores. A
proposta de um produto pedagógico que trate da produção de lixo como
consequência das escolhas em relação ao tipo de alimentação pode trazer
contribuições para o trabalho do professor, pois inclui a possibilidade de reflexão das
crianças e, quiçá de seus familiares. A busca por sugestões que amenizem a situação do lixo pode acontecer a partir dos locais de convivência (sua casa, escola,
etc.).
Em algumas instituições escolares, todos os dias no horário do recreio, algumas
crianças dispensam a merenda escolar saudável, para se alimentarem do lanche industrializado, comprado na cantina ou trazido de casa,
geralmente composto de alimentos processados e comercialmente preparados para otimizar a facilidade de consumo (sucos e vitaminas de caixinha,
refrigerante, achocolatados líquidos, biscoitos recheados, salgadinhos empacotados
entre outras guloseimas). Somado às questões nutricionais, o problema dessa
opção é o volume de lixo gerado por esse tipo de alimentação, que é notável.
Apesar de serem estimulados para se alimentarem de forma saudável, muitos preferem o “alimento pronto” que, além de ser menos
saudável, tem embalagens que devem ser descartadas.
A proposta apresentada tem intenção de despertar nas crianças uma reflexão, a
partir de atividade lúdica, sobre os alimentos que comem durante o recreio e
também a sua atenção quanto à quantidade de lixo que esse consumo pode deixar.
É necessário que todos, inclusive as crianças percebam que as nossas escolhas em
relação à alimentação produzem consequências individuais, relacionadas à saúde, e
sociais, como o acúmulo de mais ou menos lixo.
REVISÃO TEÓRICO-CONCEITUAL E JUSTIFICATIVA
O lúdico em educação infantil
Segundo Almeida (2003), Platão afirmava que a criança de ambos os sexos desde
pequena deveria praticar jogos educativos, sendo contra o espírito esportivo dos
jogos utilizados de forma institucional pelo Estado, o que causava danos à sua
formação.
Com a ascensão do Cristianismo os jogos foram considerados profanos, perdendo o
valor e significação.
Os colégios jesuítas foram os primeiros a colocar os jogos em prática, começando a
perceber o valor seu educativo dos jogos a partir do século XVI, com o humanismo.
“Um novo sentimento surgiu: a educação adotou os jogos que até então havia
proscrito e tolerado como um mal menor” (ALMEIDA 2003, p. 21).
“Outros teóricos, precursores de novos métodos ativos da educação, frisaram a
importância do processo lúdico na educação das crianças” (ALMEIDA, 2003, p. 21).
Montaigne (1533-1592) já partia do campo da observação, fazendo a criança
adquirir curiosidade por todas as coisas em seu redor.
O método natural de Comênio (1592-1671) obedeceu às leis do desenvolvimento da
criança trazendo consigo rapidez, facilidade e consistência no aprendizado.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) demonstrou que a criança tem maneiras de
ver, de pensar e de sentir que lhes são inerentes e que se aprende por meio de uma
conquista ativa. Percebeu ainda que só se aprende a pensar se se exercitarem os
sentidos, instrumentos da inteligência por intermédio de um corpo são.
Para Pestalozzi (1746-1827) a escola é uma verdadeira sociedade na qual as
crianças são educadas pelo senso de responsabilidade e normas de cooperação
enriquecidos pelo jogo.
Froebel (1782-1852) discípulo de Pestalozzi, estabelece que a pedagogia deve
considerar a criança como atividade criadora ativa e despertar mediante estímulos,
suas faculdades próprias para a ação produtiva. Com ele se fortalecem os métodos
lúdicos na educação. Ele faz do jogo um instrumento de educação das crianças.
Para Dewey (1859-1952) a educação deve organizar conhecimentos a partir dos
interesses e necessidades da criança.
Claparède, em suas análises, demonstra que o jogo, espécie de interesse, implica
esforço e estabelece a relação com trabalho. Suas proposições foram fatores
decisivos para o estabelecimento de uma relação intrínseca e espitemológica entre o
jogo e o trabalho escolar que foram desenvolvidas por educadores sucessores.
Maria de Montessori (1870-1952) encontra em Froebel a ideia de jogos educativos,
remontando a necessidade desses para a educação de cada sentido.
Jean Piaget em várias de suas obras cita fatos e experiências lúdicos aplicados em
crianças. Para ele os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o
desenvolvimento intelectual.
“Desde Claparède e Dewey, Wallon, Leif e Piaget, está bastante claro que a
atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais e sociais superiores,
por isso indispensáveis à prática educativa” (ALMEIDA, 2003. p. 26).
Segundo Jesus (2010) para que o processo educacional se beneficie do jogo é
necessário permitir que a criança também avalie seu desempenho, percebendo
onde errou a fim de construir sua autonomia; promover a participação ativa de todos;
ser interessante e conter desafios.
De acordo com Almeida (2003, p. 71):
Na Escola Lúdica de Educação Infantil o aluno sente prazer em
frequentá-la, em poder aprender coisas novas relativas a seu mundo,
à linguagem escrita, aos cálculos, a lógicas intuitivas e concretas; em
aguçar a curiosidade, a formulação de conceitos quanto à saúde, à
natureza, à família. Tudo isso de maneira envolvente, alegre,
participativa e desafiadora. O que mais preserva é o respeito ao
desenvolvimento da criança e sua condição de felicidade – poder
sorrir, brincar e aproveitar nessa melhor fase de sua vida.
Conforme Jesus (2010), apesar de muitas vezes acontecer de formas interligadas há
duas formas distintas de brincar no convívio escolar que é de forma livre, quando a
criança decide espontaneamente qual brincadeira vai participar sem a mediação do
professor, como por exemplo nas brincadeiras que envolvem o seu corpo (cantigas
de roda, pega-pega) e naquelas que estão incluídos objetos; ou de forma
coordenada, em que o professor atua como mediador, objetivando a participação e
integração das crianças. Essa integração vai auxiliar no processo de
desenvolvimento de sentimentos de respeito, confiança, conhecimento e
envolvimento social e cultural.
Snyders parte do princípio de que a educação deve ser prazerosa, mas exige
esforço.
Ao referir-se a “intervenção do professor” na prática pedagógica
tradicional, Snyders não quer dizer que deve haver rigidez absoluta,
insistência no pavor, no medo, no sacrifício, muito menos no livresco,
no gratuito desprovido de qualquer significação, mas no equilíbrio
entre o esforço, a busca, a disciplina com o prazer e a satisfação.
Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais
abstrato misturando habilmente uma parcela de trabalho (esforço) com uma boa dose de brincadeira transformaria o trabalho, o
aprendizado, num jogo bem sucedido, momento este em que a
criança pode mergulhar plenamente sem se dar conta disso.
(Snyders apud Almeida, 2003: 60)
CONSUMO E ESCOLHAS
De acordo com manual produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, Ministério da
Educação e o Instituto de Defesa do consumidor (MMA/MEC/IDEC, 2005. p.18):
A partir da Rio92 o tema do impacto ambiental do consumo surgiu
como uma questão de política ambiental relacionada às propostas de
sustentabilidade. Ficou cada vez mais claro que estilos de vida
diferentes contribuem de forma diferente para a degradação
ambiental. Ou seja, os estilos de vida de uso intensivo de recursos
naturais, principalmente das elites dos países do hemisfério norte,
são um dos maiores responsáveis pela crise ambiental. Diversas
organizações ambientalistas começaram a considerar o impacto dos
indivíduos, em suas tarefas cotidianas, para a crise ambiental.
Através de estímulos e exigências para que mudem seus padrões e
consumo, começaram a cobrar sua co-responsabilidade. Assim,
atividades simples e cotidianas como “ir às compras”, seja de bens
considerados de necessidades básicas, seja de itens considerados
luxuosos, começaram a ser percebidas como comportamentos e
escolhas que afetam a qualidade do meio ambiente. Dessa forma,
muitos cidadãos se tornaram mais conscientes e interessados em
reduzir sua contribuição pessoal para a degradação ambiental,
participando de ações em prol do meio ambiente na hora das
compras.
Segundo o Instituto Akatu (Instituto Akatu, 2003. p. 9-10), com o propósito de
contribuir para a preservação das espécies, inclusive humana, o consumidor pode
fazer escolhas características ao comprar, utilizar e descartar um produto e age
assim porque está informado.
A educação constitui a base da proposta do consumo consciente viabiliza a
aquisição de conhecimento, percepção e poder de decisão. (...) O segundo aspecto
refere-se à força individual de uma ação. O consumidor comum, equivocadamente,
não percebe o alcance de sua contribuição, e da sua família, no contexto da
sustentabilidade do planeta e da dimensão dos problemas existentes. Por não sentir-se diretamente afetado por eles, não conhece seu papel na procura de soluções.
DESCRIÇÃO DO PRODUTO PEDAGÓGICO
Do projeto de pesquisa anteriormente apresentado resultou um jogo pedagógico
denominado Trilhando escolhas. Trata-se de uma trilha de percurso em material
emborrachado (E.V.A), contendo casas numeradas que as crianças percorrerão, de
acordo com o número que for sorteado no dado.
O jogo poderá ser um coadjuvante nas atividades e metodologias que o professor
utilizou ou venha a utilizar no ensino. O seu objetivo é subsidiar o trabalho do
professor no que se refere a temas relacionados à Educação Ambiental – tais como
consumo/consumismo, alimentação saudável, desperdício de alimentos, acúmulo de
lixo e poderá ser utilizado para que ele possa realizar um diagnóstico dos hábitos e
atitudes das crianças em relação a estes temas ou para avaliar conteúdos já
trabalhados em sala de aula.
A proposta deste produto pedagógico é despertar nas crianças uma reflexão em
relação ao tipo de alimentos que consomem durante sua permanência na Escola,
(especialmente no recreio), bem como se atentarem para a quantidade de lixo que
estão produzindo ao escolherem este ou aquele alimento, pois a quantidade de lixo
que fica todos os dias nas lixeiras da escola é significativa. Este lixo na maioria das
vezes é de produtos industrializados que trazem em seu lanche e possuem
embalagens “descartáveis”.
O jogo será composto por:
um dado de seis faces;
uma trilha de percurso em tamanho natural (aproximadamente 2,7 m x 0,30
cm), contendo indicadores de início e fim (saída e chegada), com casas
numeradas de um a nove;
cartões numerados, correspondentes aos mesmos números da trilha, cada
um deles contendo três opções de alimentos, que serão presos na trilha por
velcro;
alimentos;
um recipiente (caixa), representando uma lixeira;
Instruções do jogo (dentro da caixa).
Em cada casa da trilha há 03 (três) opções de alimentos que poderão ser: um
saudável, de consumo mais livre; um alimento industrializado que deve consumido
moderadamente; outro que tem o consumo restrito por não fazer bem à saúde. Os
produtos industrializados serão representados em embalagens reais (vazias, com
enchimento) dos produtos que as crianças costumam consumir no recreio. A
merenda da escola será representada por pratinhos de papel com a colagem do
cardápio real da merenda escolar (exemplo: um pratinho com arroz, feijão, salada e
carne). As frutas serão representadas por frutas artificiais. Nos alimentos terá um
pedaço de velcro afixado. A outra parte do velcro será afixada na trilha.
A faixa etária dos participantes deste jogo é de crianças do 1º Período da Educação
Infantil na faixa etária de 04 (quatro) anos, pois nesta idade é difícil propor atividades
e conceitos de forma abstrata. O jogo da trilha será um auxilio para o professor a
trabalhar de maneira concreta despertando o interesse da criança, pois ela deverá
estar concentrada para participar. A problematização feita pelo professor propiciará
a reflexão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 11. ed.
São Paulo, 2003. Disponível em: http://books.google.com.br/books. Acesso em: 20
mar. 2012.
JESUS, Ana Cristina Alves de. Como aplicar jogos e brincadeiras na educação
infantil. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://books.google.com.br/books.
Acesso 20 mar. 2012.
CONSUMO SUSTENTÁVEL: Manual de educação. Brasília: Consumers
International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005. 160 p. Disponível em:
http://portalmec.gov.br/dmdocuments/publicacao8.pdf. Acesso em: 08 jul. 2012.
INSTITUTO AKATU. Caderno Temático – A nutrição e o consumo consciente. São
Paulo: Instituto Akatu, 2003. Disponível em:
http://www.akatu.org.br/Content/Akatu/Arquivos/file/nutricao(2).pdf Acesso em: 08
jul. 2012
ANEXOS
Instruções para o professor
De acordo com o Manual de Educação para o Consumo Sustentável produzido pelo
Ministério do Ambiente, juntamente com o Ministério da Educação e Instituto de
Defesa do consumidor, as embalagens dos produtos que consumimos, apesar de
serem práticas, úteis para a proteção e conservação dos produtos nelas contidos,
geram um grande problema: após o cumprimento de sua função original, são
destinadas ao lixo (MMA/ MEC/ IDEC, 2005.p. 124).
A produção dessas embalagens consome grande quantidade dos recursos naturais.
A redução significativa do consumo desses recursos bem como a diminuição do
volume do lixo é possível, evitando o uso de embalagens dispensáveis e
aumentando a reciclagem. (MMA/ MEC/ IDEC, 2005.p. 124).
Segundo o caderno temático do Instituto Akatu (2003. p.9):
O mundo hoje é regido pelo consumo. Pessoas de todas as classes
sociais, até mesmo crianças, fazem agora escolhas diante das
alternativas expostas no mercado em produtos e serviços. Se a
manutenção da vida humana está intrinsecamente ligada ao
consumo, por que não transformá-lo em ato de cidadania? Afinal,
consumir implica não apenas a compra, mas também o uso e o
descarte.
Professor,
Baseado na pesquisa bibliográfica realizada e nas referências acima sobre consumo
e lixo, foi desenvolvido o jogo denominado Trilhando Escolhas que tem como
objetivo despertar nas crianças uma reflexão em relação ao tipo de alimentos que
consomem durante sua permanência na Escola, especialmente no recreio, bem
como se atentarem para a quantidade de lixo que estão produzindo ao escolherem
este ou aquele alimento.
O jogo foi proposto para subsidiar o seu trabalho com alunos da Educação Infantil,
no que se refere a temas relacionados à Educação Ambiental – tais como consumo,
alimentação saudável, desperdício de alimentos e o lixo que resulta das escolhas alimentares. O propósito é levar a criança perceber que o seu tipo de alimentação
bem como os resíduos dela resultantes dependem de suas escolhas.
A situação didática em que ele será utilizado é uma opção sua. Poderá ser suporte
para avaliar os conteúdos ou atividades já trabalhados ou usado para diagnosticar
os hábitos e atitudes das crianças em relação a estes temas, servindo como base
para um trabalho posterior.
A faixa etária dos participantes deste jogo é de crianças do 1º Período da Educação
Infantil na faixa etária de 04 (quatro) anos, pois nesta idade é difícil propor atividades
e conceitos de forma abstrata. O jogo da trilha será um auxilio para o professor
trabalhar de maneira concreta despertando o interesse da criança, pois ela deverá
estar concentrada para participar. A problematização feita pelo professor propiciará
a reflexão.
O jogo é composto de:
1) Um dado de seis faces
Esse dado contém quantidades de um a seis que servirá para "sortear” a casa
na qual a criança “andará”.
2) Uma trilha de percurso contendo indicadores de início e fim (saída e
chegada)
É a trilha sobre a qual a criança “andará”, conforme os números sorteados no
dado. Cada casa desta trilha contém os mesmos alimentos dos cartões, de
acordo com sua numeração, porém as casas da trilha contêm embalagens
vazias, preenchidas com enchimento e nos dos cartões há fotos dos mesmos
alimentos.
A criança escolhe o seu alimento preferido. Em seguida o professor pergunta:
“depois que você come esse alimento, sobra lixo? Se não sobrar lixo, apenas
o retira da trilha, posicionando-o próximo da casa onde o alimento se
encontrava. Se sobrar lixo, a criança o “jogará” na lixeira que o professor
disponibilizará, na medida que ela percorre a trilha.
3) Cartões numerados de 1 a 9, contendo três opções de alimentos
Nesses estarão os números, os nomes e as fotos dos alimentos (o mesmo
alimento e número que estará na trilha também estarão nos cartões).
Os alimentos poderão ser: saudável, de consumo mais livre; industrializado,
que deve consumido moderadamente; outro que tem o consumo restrito por
não fazer bem à saúde. (Esses alimentos poderão ou não deixar resíduos –
lixo. Exemplo: se a criança escolher merenda escolar, apenas sobrará o prato
vazio, que é lavado e reutilizado. Mesmo que largue resto no prato, a
quantidade do lixo é menor.)
No cabeçalho de cada cartão há a pergunta: Qual alimento você prefere?
(para que a criança possa escolher).
No rodapé, a pergunta: Depois que você come esse alimento, sobra lixo? Se
a resposta for positiva, a criança deverá retirar este alimento da trilha e o
"jogar” na lixeira, que o professor disponibilizará na medida que a criança
caminhar pela trilha. Se a resposta for negativa, apenas retirará o alimento e o
deixará do lado de fora da trilha, perto da casa em que se encontrava o
alimento.
4) Figuras de alimentos
Os produtos industrializados serão representados embalagens reais (vazias,
com enchimento) dos produtos que as crianças costumam consumir no
recreio.
A merenda da escola será representada por pratinhos de papel com a
colagem de imagens baseadas no cardápio real da merenda escolar
(exemplo: um pratinho com arroz, feijão, salada e carne).
As frutas serão representadas por frutas artificiais.
Nos alimentos terá um pedaço de velcro afixado. A outra parte do velcro será
afixada na trilha.
5) Uma caixa que representará a lixeira
Este recipiente será utilizado para o participante “jogar o lixo”. O professor
deverá disponibilizar a lixeira para que a criança, na medida em que andar
pela trilha, jogar o lixo (o professor levará esta lixeira para perto do
participante ou poderá combinar com as outras crianças que estão fora da
trilha, qual delas o fará).
6) Instruções do jogo (dentro da caixa).
Observações:
Antes de propor o jogo, o professor deverá montar a trilha de acordo com o
conteúdo de cada cartão. Colar os três alimentos correspondentes aos dos
cartões, nos velcros contidos em cada casa (as casas da trilha correspondem
aos números dos cartões).
Se o professor optar por organizar o jogo com participação individual dos
alunos, poderão participar 02 (dois) jogadores de cada vez, para que não haja
“congestionamento” sobre a trilha; eles serão os “peões” jogando com o
próprio corpo.
Se optar por dividir a turma em grupos, para que as crianças possam dialogar
entre si e tomar decisões, deverá escolher dois representantes (um para cada
grupo), nomeando os grupos (Exemplo: Grupo Beija-Flor, Grupo Margarida,
etc.).
Caso deseje que as crianças joguem em mais de dois grupos, em que os
peões possam ser substituídos por objetos, deverá dividir e nomear os grupos
(desde que seja possível acomodar os alimentos e os peões na trilha).
Entretanto, essa opção é a menos recomendável, visto que é a que menor
interação promove entre as crianças e o jogo.
Se desejar que haja a participação individual de um número maior crianças,
os peões reais (crianças jogando com o próprio corpo) deverão ser
substituídos por bonecos ou outros objetos com os nomes dos participantes.
O tamanho e número desses deverão ser proporcionais ao espaço das casas
da trilha. Nesse caso, deverá organizar a ordem de participação de cada um
(que será o primeiro, o segundo, o terceiro e assim por diante).
Não foram propostas dinâmicas como “armadilhas” ou “premiações”, pois o
objetivo do jogo é que a criança interaja com ele por meio de suas escolhas, e
não promover a competição entre os estudantes.
No final da trilha (chegada) chamar atenção para a seguinte questão: quanto
lixo tem na lixeira? É muito ou pouco? A criança irá contar (visualizar o
volume) e verificar se foi muito ou pouco.
A proposta não é impor ou proibir a alimentação da criança. Portanto, na
problematização não deverá haver juízo de valor, apenas levá-la a pensar em
suas escolhas e fazer orientações de acordo com o objetivo da(s)
aprendizagem(ns).
Você poderá adaptar novos temas, aproveitando a trilha e confeccionar novos
cartões e peças afixando-as com o velcro.
Instruções do jogo para os participantes
Número de jogadores:
Caso os “peões” sejam representados com o próprio corpo da criança, o número de
jogadores é dois.
Caso os “peões” sejam representados por objetos (bonecos, carrinhos ou outro
objeto com os nomes das crianças) o número de participantes poderá ser maior, de
acordo com o tamanho das casas da trilha (desde que acomodem os alimentos e
peões).
Caso as crianças joguem em grupo e também sejam os peões, poderá sortear ou
escolher duas para representar cada grupo (um representante para cada grupo).
Caso as crianças joguem em mais de dois grupos, em que os peões possam ser
substituídos por objetos, deverá dividir e nomear os grupos (desde que se
acomodem os alimentos e os peões na trilha).
Composição do jogo:
- um dado de seis faces;
- uma trilha de percurso em tamanho natural (aproximadamente 2,7 m x 0,30
cm), contendo indicadores de início e fim (saída e chegada), com casas
numeradas de um a nove;
- cartões numerados, correspondentes aos mesmos números da trilha, cada
um deles contendo três opções de alimentos, que serão presos na trilha por
velcro;
- alimentos;
- um recipiente (caixa), representando uma lixeira;
- Instruções (dentro da caixa).
Como jogar
1) Peões posicionados na saída.
2) Joga-se o dado para saber qual jogador começa. Inicia o jogo aquele que
sortear o maior número.
3) O jogador que começar, lança o dado novamente para saber quantas casas
andará.
4) De acordo com os números sorteados no dado, as crianças (ou objetos)
andarão. A cada casa na qual pararem, o professor pegará o cartão
correspondente e o lerá: Qual alimento você prefere? A criança escolhe o seu
alimento preferido.
5) Em seguida o professor pergunta: Depois que você comer vai sobrar lixo?
6) Se não sobrar lixo, a criança apenas retira o alimento da trilha, posicionandoo próximo da casa onde ele estava. Se sobrar lixo, a criança o “jogará” na
lixeira que o professor disponibilizará, na medida que ela percorre a trilha.
7) Termina o jogo quando um dos participantes ou grupos chegar ao final da
trilha no marcador “chegada".
8) Ao final do jogo, o professor problematiza: Quanto lixo tem na lixeira? É muito
ou pouco?
9) A criança então recolhe o lixo, contará e poderá tirar suas conclusões.