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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Este tipo de atividade de recorte e colagem também auxilia no desenvolvimento da coordenação motora fina, percepção visual e imaginação e, ainda, promove o conhecimento e valorização da própria cultura e de outras.

O helicóptero é um aparelho capaz de levantar voo na vertical por possuir uma hélice na parte superior, que funciona como propulsor.

Quando o motor é ligado, a hélice principal gira, impulsionando o ar para baixo. Pelo princípio da ação e reação, o ar aplica na hélice uma força de reação para cima; a diferença de pressão gerada por ela devido a passagem do ar mais velozmente sobre ela do que abaixo gera diferença de pressão e a união deste dois efeito é o que faz o helicóptero subir.
Qualquer variação da velocidade angular da hélice produz uma variação de seu momento angular, que é a grandeza física que relaciona a massa de um corpo ao redor de um eixo de rotação com a sua velocidade angular.

A rotação da hélice principal tende a girar todo o corpo do helicóptero devido ao torque das forças de propulsão. Para resolver esse problema, os helicópteros são equipados com uma hélice lateral, localizada na cauda do aparelho. Esta, ao girar, empurra o ar e, pelo princípio da ação e reação, o ar empurra a hélice no sentido contrário. Esse “empurrão” anula o giro do corpo do helicóptero, estabilizando o movimento do aparelho.
Existem helicópteros dotados de duas hélices principais, não possuindo a hélice lateral. Nesse caso, a estabilidade do equipamento acontece porque as duas hélices giram em sentidos contrários uma da outra, evitando a rotação do corpo do aparelho.












sábado, 1 de agosto de 2020

Literatura infantil em libras estimula inclusão e desenvolvimento

A literatura infantil em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode ser usada no ambiente escolar para promover o desenvolvimento das crianças. A literatura de forma geral possibilita a transmissão de cultura, conhecimento e visão de mundo, viabilizando ainda o desenvolvimento da memória, da concentração e da criatividade da criança.

Algumas editoras já têm publicado criações, adaptações e traduções de literatura infantil em Libras a fim de divulgar e disseminar a língua e a cultura do público deficiente auditivo aos pequenos.

A literatura indica a importância do acesso, às crianças deficientes auditivas, a tais traduções, que devem respeitar não só a cultura do público alvo, mas também sua faixa etária, desenvolvimento cognitivo e linguístico.




Uma vez que compreendemos ser a literatura infantil de suma importância no desenvolvimento das crianças. E que a comunidade deficiente auditiva usa e valoriza a literatura para expressar-se e desenvolver sua cultura, identidade e alteridade, é de suma importância a busca por estratégias literárias acessíveis as crianças deficientes auditivas em classes inclusivas das redes de ensino.

Estratégias que promovam o acesso à literatura enquanto possibilitam o desenvolvimento cultural e respeito linguístico desta.

Muito caminho ainda deve ser trilhado como a busca por traduções específicas para determinadas faixa etárias, uma vez que ainda há pouquíssimo material traduzido cujo público alvo sejam crianças deficientes auditivas em fase de alfabetização .



As histórias transmitem sentimentos que ajudam na integração e no desenvolvimento das crianças da comunidade deficiente auditiva. Vários deficientes relatam que a literatura escrita, não tem emoção como a literatura em Libras. O texto escrito é uma coisa fria para uma pessoa que não domina a língua. Na Libras, a criança sente a emoção narrada.


Histórias também são importantes para o desenvolvimento de habilidades como a memória e a noção de princípio, meio e fim, essencial para a compreensão de passado, presente e futuro. A memória do deficiente é visual.













sexta-feira, 24 de julho de 2020

Recorte na educação infantil

A psicomotricidade educa “o movimento" ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções intelectivas” (Costallat, 1987, p. 1). Na escola, portanto, não podemos deixar de considerar a intrínseca e dialética relação entre ações motoras e ações de cognição.

Na educação infantil, de modo geral, a intervenção no desenvolvimento psicomotor da criança é realizado na recreação e/ou por meio de atividades chamadas de coordenação viso-motora, figura-fundo, coordenação motora fina, entre outras. Tal modo de interferir no desenvolvimento psicomotor das crianças comporta concepções e filiações teóricas a disciplinas científicas que estabelecem, por exemplo, essa relação linear e mecanicista entre psicomotricidade e alfabetização.

Diversas são as atividades psicomotoras (de coordenação viso-motora e dinâmica manual) que compõem a pesquisa de Dalila Molina de Costallat (op cit.): picado, recorte a dedo (mosaicos), recorte com tesouras, bordado, colorido com lápis e pincel, desenho, contorno calcado e modelagem. A pesquisadora após muitos anos de experimentações e análises estabeleceu graduações em cada uma dessas atividades. Quanto à atividade do recorte, ela estabeleceu nove etapas de recorte com os dedos e vinte para o recorte com a tesoura.

As etapas do recorte:

Fase 1 - Recorte com os dedos

Etapa 1 : recorte em tiras 
Etapa 2 : recorte em pedaços grandes
Etapa 3 : recorte em pedaços pequenos
Etapa 4 : cobrir superfícies geométricas puras
Etapa 5 : cobrir superfícies de tamanhos médios, de contornos irregulares, de complexidade crescente
Etapa 6 : recortar linhas retas desenhadas 
Etapa 7 : recortar linhas
Etapa 8 : recortar silhuetas de contornos simples





Fase 2 - Recorte com a tesoura

Preensão correta da tesoura

Etapa 9 : cortar sem material

Manejo

Etapa 10 : franjas ao redor da folha
Etapa 11 : franjas em tira de papel
Etapa 12 : formas geométricas
Etapa 13 : círculos, meio-círculo e um quarto de círculo
Etapa 14 : linhas curvas
Etapa 15 : linhas quebradas
Etapa 16 : linhas mistas
Etapa 17 : recortar silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente
Etapa 18 : recorte de figuras em revistas
















Para além do recorte podemos questionar:

Quantos lados tem este pedaço que estamos segurando?
• Esses lados são iguais?
• Etc.
Depois de cortadas as tiras...
• Quantas tiras vocês conseguiram cortar?
• São estreitas ou largas?

• O que podemos fazer com essas tiras?
• Vocês preferem colar no papel na vertical ou horizontal? (Explicar)

Vários conceitos são trabalhados:

- divisão da folha de papel

- lados iguais / diferentes

- sobreposição

- fração (parte / todo)

- limites do papel (cortes longos e curtos)

- formas geométricas (retângulos, quadrados,triângulos, trapézio e hexágono)

- largo / estreito

- menor / maior

- horizontal / vertical / diagonal

- círculo, meio círculo e um quarto de círculo

- linhas curvas e retas

- Entre outros



quinta-feira, 23 de julho de 2020

A ciência na cozinha

Reaproveitamento de alimentos - Nada se perde tudo se transforma.

No Brasil, estima-se que cerca de 68 mil toneladas de alimentos vão parar no lixo diariamente, portanto, é considerado um dos mais ricos do mundo, e taxado como o país do desperdício (BADAWI, 2009). Os supermercados são os maiores responsáveis pelas perdas alimentares, jogando fora 13 milhões de toneladas de alimentos por ano. As feiras livres de São Paulo contribuem com mais de mil toneladas diárias, e o desperdício no consumo doméstico chega a 20%. Infelizmente, as perdas não se resumem apenas aos alimentos, mas também envolve questões de cunho financeiro do país, visto que há uma cifra de 12 bilhões de reais desperdiçada junto a eles (MAPA,2007).

O desaproveitamento de alimentos promove ainda um impacto negativo no meio ambiente
em função da inadequada deposição do lixo alimentar no solo, tendo consequências danosas como o
odor gerado pela putrefação da matéria orgânica e a formação do chorume, que normalmente
encontra-se contaminado e tem potencial para atingir rios e os lençóis freáticos (SANTOS, 2008).

A utilidade completa dos alimentos é uma alternativa capaz de propiciar às pessoas um melhor consumo nutricional, melhoria da economia relacionada aos alimentos e a relação ecológica entre o homem e o meio ambiente em que vive, uma vez que o aproveitamento tem como consequência a redução do lixo (SILVA et al, 2005). Através do aproveitamento das partes comumente inutilizadas, é possível não só alimentar um número maior de pessoas, mas também reduzir as deficiências nutricionais que possam existir, uma vez que boa parte dos alimentos desperdiçados contém nutrientes com alto valor nutricional.

 Diante da problemática enfrentada pelo Brasil e o mundo em relação ao desperdício de alimentos, e sem falar sobre o número de pessoas no Brasil que não tem o que comer, este projeto surgiu com o intuito de conscientizar os educandos sobre o valor da reutilização dos alimentos, bem como as ações que evitem o desperdício e promovam a melhor distribuição dos mesmos pela população em geral, procurar sensibilizar os discentes sobre a temática e para o desempenho da condição de cidadão.

O projeto de intervenção intitulado “A Ciência na Cozinha: Reaproveitamento de Alimentos; nada se perde tudo se transforma”, foi realizado em uma Escola Municipal , com um público-alvo de 27 alunos do 4º ano do ensino fundamental.

 Como problema a ser investigado no projeto: De que maneira seria possível conscientizar os alunos do 4º ano de uma Escola Municipal a se habituar a variados tipos de alimentos em uma alimentação saudável com o reaproveitamento de alimentos como cascas, talos e sementes?

O projeto teve como objetivo geral: Sensibilizar os alunos do 4º ano sobre o desperdício de alimentos; e objetivos específicos foram: Informar sobre a importância do reaproveitamento dos alimentos; explicar como reaproveitar esses alimentos a fim de evitar desperdício e incentivar a criatividade dos alunos para a criação de receitas alternativas.

Com este projeto pretendeu-se favorecer a aprendizagem e estimular o desenvolvimento do conhecimento científico, por intermédio da pesquisa e experiência.

O presente artigo aborda com o referencial teórico sobre a questão da alimentação saudável e o desperdício de alimentos; aponta sobre a metodologia abordada sobre a temática e os resultados obtidos durante a aplicação do projeto.

No Brasil, a fome é uma indagação para ser discutida no estabelecimento de ensino e a discussão começa pela situação de vida dos alunos e seus direitos e deveres como cidadãos.

O papel dos educadores é importante, pois devem preparar seus alunos para a estrutura de uma sociedade mais igualitária, em que as pessoas tenham não apenas o direito, mas as condições necessárias para usufruir de uma alimentação equilibrada qualitativa e quantitativamente sem desperdiço.

O combate ao desperdício pode começar de maneira bem simples, como através do aproveitamento das partes tradicionalmente não usadas dos alimentos. O aproveitamento integral de alimentos significa usar os nutrientes contidos em partes usualmente não aproveitadas tais como talos, cascas, sementes, folhas, entre outros, permitindo a preparação de novas receitas saudáveis e criativas para o cotidiano, contribuindo para uma alimentação mais rica.

Reaproveitamento de Alimentos: nada se perde tudo se transforma, onde se evidencia a Alfabetização Científica discutida nessa abordagem. Torna-se prioritário, dentro deste prisma, elencar situações de ensino-aprendizagem onde os alunos possam ser instigados à reflexão sobre os hábitos alimentares e a relevância destes para um padrão de vida melhor. O projeto aplicado aos alunos do 4º ano descreve o interesse de uma alimentação saudável, onde relata a importância de se aproveitar o alimento integralmente.

Com o reaproveitamento integral de alimentos podemos evitar o desperdício através da conscientização, fazendo com que a alimentação de muitas pessoas melhore, pois o Brasil está em 1º lugar no ranking por jogar alimentos perecíveis no lixo. Enquanto isso, milhões de pessoas passam fome, outras desperdiçam toneladas de alimentos por dia (BRASIL, 2006). Esta situação é um grande problema que acontece nos lares e também nas escolas, onde vários alimentos vão parar direto na lixeira.

 A educação ainda é a uma das saídas mais eficientes para o desenvolvimento da cidadania, pois desperta no indivíduo a reflexão, colaborando para a formação de um indivíduo prático e integral dentre todas as relações por ele adquiridas. Portanto, é essencial instruir os alunos não só na disciplina de Ciências a combater esses desperdícios de alimentos, mas de maneira interdisciplinar, para que ele perceba essa relação no contexto do seu cotidiano e possa assim relacionar com seus hábitos e atitudes.

Sob essa ótica, o ensino de Ciências nos anos iniciais deverá proporcionar a todos os indivíduos, saberes e possiblidades de progresso de recursos necessários para se orientarem nesta sociedade complexa, entendendo o que se passa à sua volta, tomando posição e intervindo na sua realidade.

Desta maneira, conscientizando os alunos sobre o desperdício de alimentos, se estará proporcionando condições para que o aluno exerça a sua cidadania. Pois, segundo Delizoicov e Angotti (1990), para o indivíduo exercer sua cidadania, ele deve ter um mínimo de formação básica em ciências e deve ser desenvolvido, na maneira a fornecer ferramentas que possibilitem um melhor entendimento da sociedade em que vivemos.

Nesse sentido, as pessoas devem receber pelo menos uma formação mínima em ciências para a sua formação cultural, uma vez que o centro do conhecimento científico das Ciências Naturais é parte constitutiva da cultura elaborada. Ademais, é na esfera dos anos iniciais que a criança constrói seus conceitos e apreende de modo mais significativo o ambiente que a cerca, através da apropriação e compreensão dos significados apresentados mediante o ensino das Ciências Naturais.

A influência da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo é notória, fazendo parte de várias atividades humanas. No entanto, o desenvolvimento científico tecnológico vem causando mudanças significativas nos âmbitos social, econômico, político e cultural e estas influências clamam não apenas por reflexões sobre desenvolvimento e vida social, mas também por tomada de
consciência e mudança de atitudes com relação aos problemas ambientais, éticos e de qualidade de
vida relacionadas a estes avanços.

Alfabetizar, portanto, os cidadãos em ciência e tecnologia é hoje uma necessidade do mundo contemporâneo (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Não se trata de mostrar as maravilhas da ciência, como a mídia já o faz, mas de disponibilizar as representações que permitam ao cidadão agir, tomar decisão e compreender o que está em jogo no discurso dos especialistas (FOUREZ, 1995). Essa tem sido a principal proposição dos currículos com ênfase em CTS. 

Segundo Oliveira et al, (2002) citado por Damiani et al, (2008), nos últimos anos, diversos pesquisadores brasileiros vêm estudando o aproveitamento das partes de vegetais, legumes e frutas não consumidas, tais como as cascas descartadas pela agroindústria, que podem ser utilizadas para a produção de alimentos ou ingredientes, e inclusive, incluídos na dieta humana. 

No que tange a saúde humana, a utilização integral dos alimentos pode contribuir de forma bastante eficiente parauma refeição mais nutritiva, resultando em uma melhor qualidade de vida. 

Para Oliveira et al (2002) e Prim (2003), no momento em que houver um trabalho de educação alimentar que promova a consciência de que os resíduos de vegetais e frutas desprezados, também são ricos em sais minerais, vitaminas e fibras, o desperdício de alimentos diminuirá, a fome terá maneiras de ser evitada, haverá uma maior economia doméstica, ou seja, a estes restos será agregado valor econômico e social e, consequentemente, diminuirão os resíduos depositados no meio ambiente. 


Metodologia 

O projeto de pesquisa intitulado A Ciência na Cozinha: Reaproveitamento de Alimentos; nada se perde tudo se transforma foi apresentado na Escola Municipal, no turno vespertino, com um público alvo de 27 alunos do 4º ano do ensino fundamental. O trabalho se deu em quatro etapas: 

1ª etapa: Conhecimento prévio da turma. Nessa etapa os alunos foram questionados através de conversa informal a respeito da alimentação saudável: se eles sabiam o que era, quais as frutas que eles mais gostavam, se eles comiam verduras e legumes todos os dias, etc. 

2ª etapa: Exposição de frutas e legumes; aula expositiva e dialogada utilizando recursos audiovisuais sobre os tipos de vitaminas encontradas nos alimentos e os benefícios de cada fruta, verduras e legumes, bem como o que ocasiona no organismo a sua carência. 

3ª etapa: Apresentação de vídeos – disponíveis no YouTube (Alimentação Saudável e Campanha contra o desperdício de alimentos) - mostrando a realidade do Brasil sobre o desperdício de alimentos e o que podemos fazer para evitar esse desperdício, reaproveitando sobras de alimentos, talos e sementes. 

4ª etapa: Culminância do projeto com degustação de sucos naturais, bolo de casca de banana, doce da entrecasca da melancia e doce de maçã, feitos pela pesquisadora. 

Conclui-se que o desperdício dos alimentos pode ser evitado através de um planejamento e de um trabalho educacional na escola, pelo esclarecimento dos alunos e da comunidade sobre a utilização dos alimentos, além de que, uma alimentação alternativa pode melhorar a nutrição, servir de auxílio para a economia dos indivíduos, e também auxiliar na diminuição do lixo que é produzido. O projeto se mostrou muito significativo para as crianças, que se envolveram e se sensibilizaram com a reflexão sobre uma alimentação mais saudável. Pode-se perceber que muitas informações já são de conhecimento dos alunos, mas que na prática muitas vezes não se traduzem. Desta forma, se verificou que o tema deve ser retomado com novas dinâmicas, reforçando a necessária mudança para hábitos mais saudáveis.



segunda-feira, 20 de julho de 2020

Reconto

Reconto é a reconstrução oral de um texto já existente. O principal procedimento é a imitação a partir de um texto modelo: um conto clássico, anúncio, texto expositivo, uma notícia, entre outros. Tal procedimento implica recontar parecido com o que estava no livro, no jornal, na revista, no encarte, ou como se fosse o autor. O propósito é a adesão ao texto selecionado, respeitando seu tipo de linguagem, as marcas do gênero, o tema e a sua estrutura.

A capacidade de recontar é influenciada pelas experiências letradas das pessoas, seu contato com os livros e leitores, sua exposição à escrita e à atividade de compor textos - tanto orais quanto escritos. Recontar não pressupõe que a pessoa esteja alfabetizada, pois o acesso ao texto pode ocorrer pela leitura em voz alta dos adultos. Durante o reconto, a análise do texto modelo acontece sobre seu conteúdo e estrutura como, no caso de um conto clássico, a organização temporal e causal, a complexidade dos episódios, as marcas típicas, as formas fixas e as restrições do gênero textual.

Na reconstrução do texto, o que se busca é a apropriação do texto modelo, com pouca flexibilidade para criações e modificações que se distanciem dele. No caso da sala de aula, o professor marcará, com suas intervenções, as relações entre linguagem oral e linguagem escrita, distinguindo entre o que faz parte do modelo, as transgressões e os comentários à parte.

Com crianças da Educação Infantil ou Ciclo Inicial de Alfabetização, o clima didático que se pretende é o de brincar com a linguagem escrita, o fazer de conta que é o autor da história.

O trabalho pedagógico de um reconto de um clássico, por exemplo, pode ser desenvolvido da seguinte maneira: selecionar o conto, uma história escolhida pelo adulto ou pelas crianças, ambos justificando a escolha. Explorar o livro: capa, páginas, texto, letras, ilustração. Identificar conhecimentos prévios: explicitar o que conhecem, criar hipóteses, fazer antecipações (predições) sobre o que pode ou deve acontecer na história. Ler o conto para as crianças: fielmente, sem omissões ou adaptações, criando "clima de encantamento", a partir de entonação, pausas, comentários, perguntas. Explorar alguns aspectos: nomes, modos de referência e descrição dos personagens, palavras interessantes, expressões "diferentes", repetições. Elaborar um roteiro do texto: as crianças identificam as partes importantes da história e o professor registra em um cartaz - é a primeira tentativa de reconstrução oral. Brincar de encenar: o professor reconta a história, a partir do roteiro, e as crianças assumem os personagens, interferindo na narração, completando e sugerindo mudanças no texto. Recontar: a partir do roteiro, as crianças recontam a história, coletivamente, com o desfio de fazê-lo "como fazem os bons autores".