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segunda-feira, 11 de março de 2024

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: desafios à sua implantação e a possibilidade de minimização dos problemas socioambientais

 O atual momento histórico é caracterizado por problemas que variam desde a disseminação de doenças infecto-contagiosas até a degradação ininterrupta dos recursos naturais. Numa primeira aproximação, os fatores geradores destes problemas aparentam ser muito variados, englobando questões que vão desde aspectos relacionados à economia de uma nação até aspectos alusivos à ética, à moral e à cultura que permeiam a sociedade. 

Sob a égide do capitalismo, em seu estágio atual denominado de globalização, a humanidade, de um modo geral, tem sua vida cada vez mais fundamentada em aspectos ligados à economia. Valores morais, intelectuais e culturais, por exemplo, são deixados de lado no dia-a-dia das pessoas. Atualmente, predomina o pensamento voltado para o aspecto econômico, ou seja, para a produtividade e para o lucro nos processos de produção. Este pensamento acaba repercutindo de forma direta na vida das pessoas, de todas as classes sociais, sendo que as mídias televisa, impressa e virtual impelem os indivíduos a valorizarem a riqueza material e a dimensão individual. 

Problemas de caráter socioambiental como a erosão dos solos, o desmatamento, a poluição e contaminação dos recursos hídricos por resíduos dos mais diversificados e a extinção de espécies da fauna e flora atingem a humanidade de diferentes formas e intensidades. 

Perante esse contexto o artigo propõe-se a discutir a questão do desenvolvimento sustentável, os principais desafios à sua implantação, e evidenciá-lo como uma alternativa possível para a humanidade no sentido de contribuir para a minimização dos problemas socioambientais da atualidade. O texto relaciona a questão do desenvolvimento sustentável com o atual momento histórico, o qual tem características adversas a sua implementação, como, uma concepção de meio ambiente fragmentada, o consumismo e a degradação dos recursos naturais. Estas características acabam influenciando de forma negativa na difusão e implantação do desenvolvimento sustentável nos diferentes segmentos da sociedade, tendo em vista que estão intimamente atreladas ao modo de produção capitalista.

 DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A FRAGMENTAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, O CONSUMISMO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 

A existência humana sobre o planeta Terra sempre dependeu da natureza como um todo. A forma como os diferentes grupos humanos se relacionam com o meio em que vivem muitas vezes não é semelhante. Um exemplo disso são os povos indígenas, tal como os Yanomamis que estabelecem uma relação de harmonia com o ambiente que os cerca, onde estes alteram seu espaço natural o mínimo possível (ROMEIRO, 2003). 

No mundo ocidental, a partir dos preceitos definidos por René Descartes, a natureza é concebida como um recurso, um bem a ser apropriado pelos seres humanos (GIANSANTI, 1998). Assim, a cultura ocidental nos legou uma filosofia que estabelece a dicotomia Homem/Natureza (LUTZENBERGUER, 1977).

Seguindo esta mesma linha de raciocínio, MENDONÇA e LISITA (1997) argumentam que: 

O meio ambiente foi concebido durante muito tempo, de forma genérica, como sendo a ecosfera, da qual o homem faz parte biologicamente e cuja racionalidade/relações sociais, não foi levada em consideração na abordagem dos estudos de caráter ambientalista. Uma tal visão antropocêntrica e antropocentrista, reflexo do cristianismo medieval – que elevou o homem à condição de proprietário da natureza, do modo de produção baseado exclusivamente na reprodução material da sociedade e do cientificismo positivista resultante do Iluminismo, exacerbou a exploração dos recursos naturais e do homem e acirrou a degradação do planeta. 

A concepção de meio ambiente fragmentada e separada do homem, amplificada pelo modo de produção capitalista originou uma profunda degradação dos recursos naturais com conseqüente diminuição em relação à qualidade de vida de diversas sociedades, nas diferentes partes da Terra. 

MORIN (1997) afirma que a educação acabou ensinando as pessoas a separarem e isolarem os fatos. Portanto, existe uma tendência em separar os objetos de seu contexto, ou seja, da realidade que cerca as pessoas como pode ser verificado nas disciplinas escolares e acadêmicas. 

Atualmente, vivemos num contexto marcado pelo produtivismo (GONÇALVES, 2002) e pelo consumismo que é a característica básica da moderna sociedade capitalista (BUARQUE, 1993). O desenvolvimento do modo de produção capitalista operou uma mudança de valores e de ideologia (VESENTINI, 1989), onde a sociedade de consumo e a visão de mundo que a conforma remete a um comprometimento do individual com a lógica de acumulação, que se concretiza na sociedade que para se desenvolver, explora os recursos naturais, degradando-os e exaurindo-os (GUIMARÃES, 2002).

Segundo PENNA (1999) a necessidade humana de valorizar-se e ser respeitado pelos seus semelhantes manifestam-se, de forma crescente, por meio do consumismo e da compra de bens supérfluos.

GIANSANTI (1998) aponta para o fato de que o desejo de ter acesso a produtos de bens de consumo da era microeletrônica vem se ampliando, independentemente da situação socioeconômica das pessoas. Nas sociedades modernas, as pessoas não definem livremente suas reais necessidades, como o saneamento básico e o consumo de alimentos saudáveis, por exemplo, pois existem influências de várias ordens, tais como a propaganda promovida pela mídia televisiva e a vigência de certos padrões de consumo e comportamento. 

Para LEFF (2001) a civilização moderna está fundada no alicerce da racionalidade econômica, ou seja, os homens vivem em função de objetivos atrelados a aspectos econômicos, visando fundamentalmente o lucro. 

A expansão de um modelo de consumo mundial e de um modelo de desenvolvimento fundamentado nos padrões europeu e norte-americano (LUTZENBERGUER, 1977) reforça o uso irracional dos recursos naturais renováveis e não-renováveis (GIANSANTI, 1998) e, conseqüentemente sobre a questão da conservação dos mesmos. 

Nesse sentido, ROMEIRO (2003) pontua que a sustentabilidade do sistema econômico não é possível sem a estabilização dos níveis de consumo per capita de acordo com a capacidade de carga do planeta. Outro aspecto importante que deve ser mencionado é o fato de que as leis que regem a economia e as leis que regem os fenômenos naturais são conflituosas e não possuem consonância (MONTIBELLER-FILHO, 2007). 

É notório que desde o surgimento do homem no planeta Terra, este vem modificando a natureza conforme as suas necessidades biológicas, culturais, econômicas e sociais. Mas a freqüência, bem como a tipologia da degradação ambiental que o planeta vem sofrendo, tem aumentado e diversificado muito (BRANCO, 1989) no decorrer da história da humanidade. 

Casseti (1995) ao apresentar uma discussão sobre as relações homem-natureza e suas implicações, aponta que a degradação ambiental se inicia com a agricultura predatória no continente africano (6.000 a.C.), continua com a ruptura do equilíbrio natural decorrente da substituição da população nômade pela sedentária, nas estepes da Ucrânia e América e intensifica-se com a implantação do modo de produção capitalista (CASSETI, 1995). 

Com a permanente sucessão de técnicas que substituem umas às outras (GONÇALVES, 2002) no decorrer do tempo, tem-se como conseqüência a alteração qualitativa e quantitativa das características originais do ambiente. Para SANTOS (1996) a ciência, a tecnologia e a informação estão na base da produção moderna, da utilização e do funcionamento do espaço, e como conseqüência disso a natureza natural, onde ela ainda existe, tende a recuar, por vezes de maneira brutal. 

Desta forma, Guattari (1995) indica que:

O planeta Terra vive um período de intensas transformações técnico-científicas, em contrapartida das quais engendram-se fenômenos de desequilíbrios ecológicos que, se não forem remediados, no limite, ameaçam a implantação da vida em sua superfície. Paralelamente a tais perturbações, os modos de vida humanos individuais e coletivos evoluem no sentido de uma progressiva deterioração. 

Leff (2001) afirma que a degradação ambiental se manifesta como sintoma de uma crise de civilização, marcada por um modelo de modernidade regido pelo predomínio do desenvolvimento da razão tecnológica sobre a organização da natureza. Nesse sentido, destaca-se o papel desempenhado pelas diferentes tecnologias existentes, que surgiram tendo por finalidade produzir bens que viessem a atender os anseios econômicos dos seres humanos, sem qualquer preocupação com os processos naturais existentes no planeta e, conseqüentemente, com os aspectos ecológicos.

 Perante esse contexto, Montibeller Filho (2007) comenta que a pressão exercida sobre a natureza para a produção de bens que são recursos para o sistema produtivo altera seus processos naturais de funcionamento. Além disso, a pressão ocorre quando é ultrapassada a capacidade de absorção ou de reciclagem natural de resíduos e de rejeitos oriundos das atividades antrópicas de produção e de consumo.

Deve-se menção a idéia de Santos (1996) para o fato de que as técnicas, atualmente, atreladas ao conhecimento científico contribuem de modo eficiente no que se refere à aplicabilidade do conhecimento no dia-a-dia do mundo capitalista. Desta forma, as técnicas são empregadas no meio produtivo visando o lucro e acarretam mudanças no ambiente.

A solução dos problemas socioambientais não é de natureza apenas técnica, mas de uma opção político-cultural, pois afinal, a técnica deve servir à sociedade e não esta ficar subordinada  àquela (GONÇALVES, 2002). Portanto, o problema consiste em como as técnicas e/ou tecnologias são utilizadas pelo ser humano nos diferentes processos de produção (LUTZENBERGUER, 1977).

Destaca-se que todas as sociedades causam algum tipo de degradação ambiental, não importando sua condição socioeconômica, bem como o local onde se situam, ou seja, no meio urbano ou no meio rural a degradação existe de acordo com a forma e a intensidade das atividades realizadas. 

Na Agenda 21, resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, existem diversas discussões e possíveis soluções para os problemas ambientais em nível global. Sobre a degradação ambiental consta neste documento que: “A pobreza e a degradação do meio ambiente estão intimamente relacionadas. Enquanto a pobreza tem como resultado determinados tipos de pressão ambiental, os principais fatores geradores da deterioração ininterrupta do meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis de consumo e produção, especialmente nos países industrializados” (AGENDA 21, 2001). 

Depreende-se desta citação que a degradação ambiental é causada por diferentes classes sociais. Porém, as pessoas com baixo poder aquisitivo não possuem a mesma capacidade de causá-la como as grandes corporações econômicas e mesmo quando comparadas com pessoas em situação econômica oposta e com maior facilidade de produzir e consumir bens materiais e, de gerar resíduos. 

Autores como CAPRA (1997), SANTOS (1997), LEFF (2001) e MORIN e KERN (2003), apontam que a idéia de progresso fundamentada na tecno-ciência é a responsável pelo atual estágio de degradação ambiental vista no planeta. 

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UMA POSSIBILIDADE DE MINIMIZAÇÃO DOS PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS DA ATUALIDADE 

CÂMARA e SANTOS (2002) comentam que entre as décadas de 1960 e 1980 os padrões de produção e consumo adotados pela sociedade acarretaram visíveis problemas no que concerne à deterioração das dimensões ambiental, cultural, social e econômica tendo como conseqüência direta, a perda na qualidade de vida das populações. 

Em período concomitante um conjunto de intelectuais de diferentes correntes teóricas externalizaram seu pensamento sobre a crise ambiental realizando uma crítica contundente ao desenvolvimento técnico. Mesmo divulgado com relativo fôlego em nível mundial, a humanidade continuou trilhando seu caminho sem dar a devida atenção para tais idéias chegando até a atualidade, onde diversos problemas socioambientais afligem a mesma, de diferentes formas e intensidades. 

Santos (2004) comenta que o desenvolvimento sustentável possui suas raízes na década de 1950, foi difundido em 1970 e oficializado em 1987 no documento denominado Relatório Brundtland, num contexto marcado por diversos problemas ambientais advindos de atos de irresponsabilidade e de falta de planejamento em diversas partes do planeta. 

Atualmente, a implementação de ações objetivas tem sido muito lenta, em grande parte devido à complexidade do cenário multifacetado dos países, ao desequilíbrio das organizações institucionais do mundo e aos interesses políticos e econômicos (REIS, FADIGAS e CARVALHO, 2005) das grandes corporações dos setores produtivos que acabam sobrepondo-se aos interesses socioambientais coletivos. 

O desenvolvimento sustentável apresenta-se como um projeto destinado a erradicar a pobreza, satisfazer as necessidades básicas, melhorar a qualidade de vida da população e promover a conservação ambiental. Constitui-se num projeto social e político que aponta para o ordenamento ecológico e a descentralização territorial da produção, assim como para a diversificação dos tipos de desenvolvimento e dos modos de vida das populações que habitam o planeta (LEFF, 2001).

No tocante à exploração dos recursos naturais, o ser humano utiliza-se de um enfoque linear, utilizando, processando e modificando os recursos com a finalidade de produzir e consumir. Nesse sentido, o paradigma do desenvolvimento sustentável procura estabelecer padrões de produção e consumo atrelados aos processos de recuperação ambiental (MOTA, 2000). 

ROMEIRO (2003) comenta que é necessário criar condições socioeconômicas, institucionais e culturais que estimulem não apenas um rápido crescimento tecnológico, poupador de recursos naturais, mas também uma alteração no sentido dos padrões de consumo que não acarretem o crescimento contínuo e ilimitado do uso de recursos naturais per capita. Para o autor supracitado, a estabilização dos níveis de consumo per capita pressupõe uma mudança de atitude, de valores, que contraria a lógica prevalecente, a da acumulação de capital. 

O desenvolvimento sustentável prevê a educação ambiental como instrumento de melhoria da qualidade de vida, por meio da formação de cidadãos conscientes de sua participação local no contexto da conservação ambiental global (HAMMES, 2004).

Para tanto, necessário se faz uma profunda reflexão sobre a verdadeira função da educação* nas escolas brasileiras, inclusive com uma revisão de seu arcabouço legal, onde este estimula, de forma mascarada, a formação de cidadãos pouco capazes em refletir sobre sua situação social, econômica, cultural e como é a qualidade do ambiente que os cerca (MENEGUZZO, 2007). 

ALMEIDA (2002) comenta que no paradigma da sustentabilidade ambiental a atividade econômica, por exemplo, não pode ser pensada ou praticada em separado das questões ambiental, social, política, cultural e educacional. A sustentabilidade ambiental possui, portanto, um caráter holístico, onde homem e meio ambiente estão integrados não estabelecendo, portanto a dicotomia Homem/Natureza. 

Para o autor supracitado, o debate em relação ao desenvolvimento sustentável hoje está polarizado entre duas concepções: de um lado, a idéia sendo gerida na esfera da economia, e desta maneira, incorpora-se a natureza, à cadeia de produção (a natureza passa a ser um bem de capital); de outro, a idéia que tenta quebrar com a hegemonia do discurso econômico e a expansão desmesurada da esfera econômica, indo para além da visão instrumental. 

BRÜGGER (2004) argumenta que o conceito de desenvolvimento sustentável comumente apresentado na literatura possui consonância com a ideologia vigente do sistema capitalista. Depreende-se, portanto, que o mesmo não atinge a “raiz” do problema, ou seja, não provoca mudanças na estrutura produtiva, nem na qualidade de vida das pessoas. 

Montibeller Filho (2007) indica que o desenvolvimento sustentável tem sido efetivado em atividades empresariais apenas no sentido de buscar a sustentabilidade do ambiente físico, não contemplando, portanto, as outras dimensões (cultural, educacional e política, por exemplo) que constituem sua razão de ser. 

CONCLUSÕES 

A humanidade encontra-se num determinado estágio de evolução das técnicas onde as mesmas não irão deixar de existir para fins exclusivamente socioambientais. Novas técnicas deverão aparecer no cenário global para que, problemas dos mais diversificados possam ser minimizados e/ou solucionados, tendo em vista a atual situação de degradação ambiental vista nas diferentes partes do planeta Terra. 

* É comum a ocorrência de educandos desprovidos de condições básicas para sua permanência na escola. Como exemplo pode-se citar a existência de jovens que vão para as escolas com o intuito de apenas alimentar-se na hora do recreio.

 O modo de produção capitalista aliado à visão linear em relação à exploração e ao uso dos recursos naturais acarreta uma alteração de valores nas pessoas que, por sua vez, acabam tendo um comportamento de alienação em relação ao meio ambiente. 

A visão antropocêntrica, estritamente relacionada ao modo de produção capitalista deveria ser substituída por uma visão biocêntrica, fundamentada nos aspectos ecológicos (MORIN & KERN, 2003) que são de vital importância para a manutenção do equilíbrio ambiental e, conseqüentemente, base para a sustentação da vida dos seres humanos. Embora predomine no pensamento moderno a idéia de que o homem é parte constituinte da natureza, esta concepção está longe de ser única (AZEVEDO, 2002). No contexto atual, há a necessidade de uma concepção de meio ambiente atrelada à idéia de que a humanidade faz parte de um sistema vivo, no caso o planeta Terra. 

Representados de diferentes formas e intensidades os processos de degradação ambiental provavelmente nunca deixarão de existir. Cabe, neste caso, utilizar-se do conceito de desenvolvimento sustentável, do instrumental técnico concebido nos diferentes campos do conhecimento que constituem o arcabouço das ciências ambientais e da legislação ambiental vigente para que tais processos sejam sempre o menos degradante possível.

A forma como a educação, por exemplo, enfrenta o atual contexto socioambiental, só vem perpetuando os valores da sociedade industrial. A humanidade necessita de uma mudança epistemológica nos conceitos de meio ambiente, ciência, tecnologia e educação (BRÜGGER, 2004). 

O desenvolvimento sustentável deve ser aplicado nos processos produtivos, tais como em atividades do setor primário e secundário da economia, divulgado e trabalhado nos diferentes segmentos da sociedade e nos diversos níveis de ensino, público e privado, visando atender padrões mínimos de qualidade de vida e de conservação dos recursos naturais. O mesmo deve ser visto como um meio para se atingir determinados objetivos, não como um fim em si mesmo, capaz de resolver a totalidade dos problemas socioambientais. 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Enquanto isso, na cantina escolar ...


 As novas gerações consomem cada vez mais, dentro e fora do ambiente escolar, a famosa “comida rápida”. O ambiente escolar representa o espaço predominante onde crianças e adolescentes dedicam a maior parte de seu tempo, exercendo uma influência direta sobre o desenvolvimento de hábitos alimentares, o que por conseguinte, pode desempenhar um papel crucial na predisposição à obesidade.

 A cantina escolar precisa refletir as ações pedagógicas e, dentro delas, não só a transmissão de conteúdos escolares senão também a reeducação dos alunos quanto a um tema multidisciplinar: a alimentação saudável, mudanças nos hábitos alimentares e no estado nutricional dos estudantes.

Porque a Lei sobre Cantinas Escolares (2013), não é o único instrumento que pode incidir sobre a alimentação dos educandos, porque também está a família e a sociedade como co-participes dessa tarefa educativa. 

Ademais, a mídia é um poderoso instrumento atual que incide de forma direta sobre a escolha alimentícia das pessoas. É preciso que o aspecto nutricional seja ensinado de maneira multidisciplinar e continua pela equipe pedagógica, junto ao gestor escolar, sendo necessária a sua incorporação no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola para, desta maneira, contribuir ao desenvolvimento psicofísico e cognitivo dos alunos. 

O ser humano – especialmente as crianças – deve estar bem alimentado e nutrido para que seu organismo, como um todo, funcione adequadamente tanto na parte física quanto na cognitiva porque ela depende de um órgão (o cérebro) que precisa de nutrientes adequados. 

É por isso a preocupação da sociedade (família, Estado) em dar-lhes às novas gerações, uma alimentação saudável. O método empregado foi o hipotético-dedutivo. Portanto, salienta-se a necessidade da inserção da educação nutricional desde a infância, com difusão destes conhecimentos através de profissionais aptos e formados para tanto.


 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Como surgiu o ovo de Páscoa?

 Presentear com ovos na Páscoa é um costume muito antigo, de pelo menos três mil anos antes de Cristo.

Mas não eram ovos de chocolate, como conhecemos hoje, e sim ovos de galinha pintados à mão.

A tradição começou com povos pagãos (que acreditavam em vários deuses) da Europa central e oriental. Durante o inverno, por causa da neve, as famílias permaneciam em casa pintando as cascas de ovos. Quando chegava a primavera, estes ovos eram oferecidos aos deuses, pedindo proteção.

Com o surgimento do Cristianismo (religião que segue os ensinamentos de Jesus), o ovo passou a ser um dos símbolos da Páscoa, pois representa vida nova e ressurreição de Cristo. Além disso, a data é celebrada justamente no início da primavera no hemisfério norte.

Até hoje, é costume dar ovos de galinha, pata ou de madeira aos amigos e familiares nos países eslavos (como a Ucrânia, Polônia, Rússia, etc).

"Na Ucrânia, os ovos se chamam pêssankas, e os desenhos são geométricos. Já na Polônia, recebem o nome de pissankis, e as figuras representam a natureza", explica o artista plástico Eloir Jr., especialista na arte milenar da pêssanka. Ele é do Paraná, estado que recebeu muitos imigrantes desses países.

Cada símbolo pintado tem um significado. Triângulos representam religiosidade. Linhas retas simbolizam a vida eterna. E estrelas significam sucesso.

Mas a forma de decorar os ovos mudou muito. "Antes, a tinta era produzida a partir de legumes e vegetais. Para produzir a cor vermelha, a beterraba era fervida em uma panela com água e deixada de molho por dias e até semanas. Depois, o ovo era mergulhado nesse líquido", conta Eloir. "Para obter tons de verde usava-se a couve, enquanto os tons de marrom eram feitos com casca de cebola. Atualmente, usamos anilina".

Mas até hoje, os desenhos na casca do ovo são feitos com cera de abelha derretida na chama de uma vela, de forma bem artesanal.

Quem quiser ver de pertinho e conhecer mais a história das pêssankas, pode visitar a exposição "A Arte Milenar Ucraniana", no shopping Light. Na terça-feira (26), o artista plástico Eloir Jr. fará pêssankas na praça de eventos.

Curiosidades:* Pêssanka vem do verbo pessaty e pysanka é derivada de pysaty. Em ambos, o significado é escrever* São usados ovos de galinha, pata, codorna ou feitos de madeira e porcelana* Em escavações arqueológicas, foram encontrados indícios de pêssankas de 3.000 anos antes de Cristo* Para os pagãos, a pêssanka era usada como amuleto contra mau-olhado* Os poloneses fazem a brincadeira walatka em que as pessoas batem uma pisanka na outra. Se quebrar o ovo do adversário, o vencedor fica com todas as pisankas


embaixada da ucrânia no brasil - como surgiu o ovo de páscoa?








Pintando ovos de páscoa utilizando uma técnica ucraniana









Passo-a-passo de como fazer, pra quem quiser arriscar:

Primeiro você escolhe o desenho e define as cores de cada parte. 

Como o ovo é branco, se tiver alguma parte do desenho que seja branca, você já começa cobrindo com cera a parte que continuará sendo branca, pra tinta não pegar naquela parte (aquele instrumento esquisito da foto é para desenhar no ovo com a cera derretida). Aí o ovo leva um banho de cor, começando com a cor mais clara para a mais escura. 

Cobri a parte que eu queria que continuasse sendo amarela com cera, pra nenhuma outra cor ficar por cima. Outro banho, agora de vermelho. Novamente a cera cobrindo a parte que eu queria que ficasse sendo vermelha. E o banho final, de preto.

Com o ovo seco, derrete-se toda a cera (segurando o ovo na chama da vela) e pronto, você finalmente vê a sua obra-de-arte. 

Ah, e um furinho para tirar a clara e a gema para guardar o ovo pronto sem apodrecer.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Dia do Defensor da Pátria - 23 de fevereiro (a pedidos de nossos seguidores russos)

Dia do Defensor da Pátria

Dia do Defensor da Pátria (em russo: День защитника Отечества) é um feriado na RússiaBielorrússia, no QuirguistãoCazaquistãoUcrânia e Tajiquistão. É celebrado no dia 23 de fevereiro, exceto no Cazaquistão, onde é comemorado no dia 7 de maio. 





Materiais:

3 caixas de pasta de dente

3 rolos de papel higiênico

2 tubos de canetinhas

2 tiras de papelão de cm

1 tampa de garrafa pet

1 embalagem de guache cortada um pouquinho mais alta que a metade

cola

tinta guache para pintar

tesoura


Modo de fazer:

Corte cada rolo de papel higiênico em 4 partes de 2 cm e cole 6 rolinhos na tira de papelão obtendo assim 2 faixas de rolinhos com 6 e reserve.

Junte as 3 caixas de pasta de dente e cole.

Depois pegue a caixa de guache faça 2 furos na frente dela e cole os 2 tubos de canetinhas.

Depois de secar cole as faixas de rodinhas, as caixas de pasta de dente e a caixa de guache como está na figura acima, logo após cole por último a tampa de garrafa pet no alto do tanque e espere uns 5 minutos para secar tudo .

Pronto é só pintar da cor de sua preferência.

Abaixo, outros modelos







Avião

Para fazer aviões, você vai precisar de rolinhos de papelão, tesoura, tinta guache.






Outros modelos:

Tubete


Garrafa pet e papelão





Pregador de roupas


Papelão


Helicóptero:
- canudos
-tampa de garrafa pet
- bolinha de ping pong



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Motilla del Azuer é o poço mais antigo da Espanha.

Construído entre 2200 -1500 a.C., é uma estrutura complexa com várias paredes, corredores sinuosos e um grande pátio, onde se localiza um poço recentemente descoberto e cavado. 

Os Motillas são sítios arqueológicos presentes na região natural de la Mancha, considerado o mais antigo assentamento humano organizado em Espanha capaz de capturar águas subterrâneas, e um dos mais antigos do continente europeu. Em torno da fortificação é uma pequena aldeia, cujas estruturas estratigráficas e depósitos não mudam excessivamente a topografia do ambiente de La Motilla. 

A construção das fortificações que deram origem aos Motillas e que estão localizadas a distâncias regulares que cobrem grande parte da planície ocidental, está intimamente relacionada com o controle de recursos básicos (água, cereais e pecuária), num tempo em que, de acordo com as hipóteses levantadas pelo registro arqueobotânico da Motilla del Azuer, o ambiente da planície de manchega foi significativamente mais árido do que o atual, o que tornou esses recursos críticos para as populações que habitavam na região. O sítio arqueológico de Motilla del Azuer pode dizer a verdade sobre o assentamento pré-histórico da idade do bronze, datado dos séculos 23 e 15 a.C. 



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Saiba mais sobre os tipos de erosão mais comuns (veja na imagem).

Ecologia na prática. 

Com as chuvas intensas de verão, vêm as enchentes e os deslizamentos de terra devido às erosões. 


Com as chuvas intensas de verão, vêm  as enchentes e os deslizamentos de terra 

E lembre-se: cuidado ao construir em encostas e margens de rios.

Assegure-se sobre o tipo de solo e siga as regras das fundações adequadas.

As mudanças climáticas em curso, afetam o regime de chuvas e a degradação dos solos.

Não espere uma tragédia acontecer.