A Literatura revela ser um recurso indispensável na medida em que
desperta a imaginação, a autonomia e desenvolve o senso crítico nos leitores.
Consequentemente, tais benefícios se estendem à vida pessoal e social do estudante,
que aprimora seus conhecimentos e constrói sua personalidade de forma sadia e
reflexiva.
No contexto globalizado, em que a lógica de produção social prioriza a formação para o mercado, a falta do hábito da leitura na sociedade acarreta um prejuízo à formação crítica e sensível do ser humano. No ambiente escolar, processos de ensino e aprendizagem são afetados por essa lógica, na qual os envolvidos dedicam-se ao consumo de conteúdos e informações muitas vezes nocivas ao seu espírito social.
A Literatura, como forma de expressão artística e como possiblidade de contato com o que é belo, estético, criativo, contribui para a formação do indivíduo como sujeito social, visto que desperta a sensibilidade, a emoção para a transcendência do que é a sua realidade.
Como disciplina curricular da educação básica, em todas as etapas em que se desenvolve, desde a educação infantil, do ensino fundamental até o ensino médio, é possível perceber as contribuições que o trabalho com a Literatura pode promover na vida escolar e pessoal dos sujeitos, as quais estão centradas, sobretudo, em sua capacidade de humanização e sociabilidade.
Nessa perspectiva, este estudo consiste em reconhecer o uso da Literatura nas práticas escolares como um recurso facilitador para o ensino e a aprendizagem, com o objetivo de perceber as contribuições dessa área para o desenvolvimento de aspectos cognitivos, coletivos e sociais indispensáveis para a formação humana e para a construção do conhecimento. A abordagem metodológica é de cunho descritivo sobre fatos e pensamentos refletidos no contexto escolar, e qualitativo, sendo este ambiente a fonte de informações, já que “fornece análise mais detalhada sobre investigações, hábitos, atitudes e
tendências de comportamentos” (MARCONI; LAKATOS, 2005, p. 269). Os instrumentos utilizados para a coleta de dados são de caráter bibliográfico e com o uso de fichas de observação referentes à pesquisa em foco. Tais observações foram realizadas durante o período de estágio nos ensinos fundamental e médio, no qual foi possível reconhecer a importância da Literatura para o processo de ensino e aprendizagem e para a formação humana e social dos sujeitos envolvidos.
A Literatura na Educação Infantil
Despertar o hábito da leitura é um objetivo constante na prática docente dos profissionais da educação. Aproximar os estudantes de textos literários consiste em um convite à liberdade de expressão, em que eles podem compreender suas próprias emoções. Conforme Coelho (2000),
Desde as suas origens, a Literatura aparece ligada à função essencial
de atuar sobre as mentes, nas quais se decidem as vontades ou as
ações, e sobre os espíritos, nos quais se decidem as emoções, paixões,
desejos, sentimentos de toda ordem. No encontro com a Literatura, os
homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer
sua própria experiência de vida em um grau de intensidade não
igualada por nenhuma outra atividade (COELHO, 2000, p.29).
Sabe-se que a criança, desde os seus primeiros anos de vida, deve ser estimulada a manusear livros, a ter contato com a Literatura, a ouvir histórias e a ver adultos lendo, já que as primeiras experiências com essas práticas são determinantes para sua formação como futuros leitores. Nesse sentido, a família tem um papel fundamental para o desenvolvimento desse hábito, possibilitando à criança momentos agradáveis com a leitura de histórias, com o ensino de músicas e rimas, dentre outras formas de promoção da arte em foco. Além disso, desde a gestação a criança já é capaz de escutar histórias, músicas e parlendas. Ela começa a estimular sua percepção e desenvolver sua possibilidade de compreensão ainda nessa fase. No contexto escolar, observa-se que, mesmo antes de ser alfabetizada, a
criança desenvolve o gosto pela leitura através das experiências com a manipulação dos livros, com a identificação das imagens e ilustrações que representam a realidade e que desenvolvem a sua imaginação, com a leitura feita pelo educador, e com todo o ambiente que se forma para tal atividade.
Barbosa (1999) argumenta sobre a importância da contação de histórias, momento em que a criança desperta a criatividade. Segundo o autor,
Para a criança ouvir histórias estimula a criatividade e formas de
expressão corporal. Sendo um momento de aprendizagem rica em
estímulos sensoriais, intelectuais, dá-lhe segurança emocional. Ouvir
histórias também ajuda a criança a entrar em contato com suas
emoções, supre dúvidas e angústias internas. Através da narrativa a
criança começa a entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações
com o outro, a socialização. Consequentemente, são mais criativas,
saem-se melhor no aprendizado e serão adultos mais felizes
(BARBOSA, 1999, p.22).
Sobre a educação infantil, período que corresponde à primeira etapa da vida escolar da criança, Frantz (2011) cita a necessidade de apresentar a poesia desde cedo à criança, pois a mesma estimula vários aspectos, dentre eles, o lúdico, indispensável na formação de bons leitores. Para ele, o trabalho com
Literatura convida a viver a fantasia, a imaginar, a “perceber a realidade de maneira especial, mágica, a ver e buscar sentidos e a expressá-los de forma simbólica, lúdica, criativa, nova, prazerosa... poética. É quando o belo se sobrepõe ao útil” (FRANTZ, 2011, p.1).
Nessa esfera, os contos de fadas exercem um fascínio natural sobre as crianças, estimulando suas capacidades de resolução de problemas, de enfrentamento da realidade, de sentir medo, empatia, amor, piedade, de ter senso de justiça, igualdade, fraternidade, de desenvolver a sua humanidade. São fundamentais para o desenvolvimento da criança, pois são repletos de significados para a formação do sujeito. Em sua síntese, os contos de fadas transmitem às crianças, de forma múltipla a ideia de como, por exemplo, uma luta contra as dificuldades na vida é inevitável, é parte intrínseca da existência
humana, indicando que se uma pessoa não se intimida frente a essas dificuldades, mas se comporta de modo firme com as pressões inesperadas e muitas vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos e, ao fim, emergirá vitoriosa (BETTELHEIM, 1980, p.14).
O universo literário apresentado à criança favorece, assim, a formação de um leitor crítico e sensível. Novas obras e autores têm povoado o imaginário infantil. O professor, como mediador dessa imaginação, pela obra literária, pode ampliar o contato da criança com novos temas e gêneros de textos, a fim de promover a diversificação de conhecimentos e sentimentos relacionados à vida. Nesse sentido, Paulo Freire reconhece que:
Enquanto que, na concepção bancária o educador vai “enchendo” os
educandos, desenvolvendo o seu poder de captação e compreensão do
mundo que lhes aparece, em suas relações com ele, não mais como
uma realidade estática, mas como uma realidade em transformação
em processo. A tendência então, do educador-educando é
estabelecerem uma forma autêntica de pensar e atuar. Pensar-se a si
mesmos e ao mundo, simultaneamente, sem dicotomizar essa ação. A
educação problematizadora se faz assim, um esforço permanente
através do qual os homens vão se percebendo, criticamente, como
estão sendo no mundo com que e em que se acham (FREIRE,1998).
Embora os benefícios do uso de contos de fadas na educação infantil sejam comprovados na realidade do sujeito, em suas perspectivas cognitivas, individuais e sociais, há crítica quanto a essa prática, justificada pelo pensamento de que o espírito lúdico, criativo, desenvolvido pela Literatura, não contribui com a objetividade estimulada na sociedade moderna. Segundo essa lógica, os contos de fadas são entendidos como bobagens e “somente contribuem para falsear o espírito, gerar nas crianças o gosto pelo maravilhoso, incliná-las à credulidade e a afogar nelas o germe de todo senso crítico” (JESUALDO 1993, p.136-137). Sob esse ângulo, novas discussões podem ser feitas, a fim de compreender os motivos pelos quais a Arte e as suas formas de manifestação carregam, na Sociedade Moderna, esse modo de entendimento.
A Literatura no Ensino Fundamental e no Ensino Médio
No ensino fundamental e no ensino médio o trabalho com a Literatura estimula a construção da autonomia dos estudantes como leitores. Motivar o hábito de leitura tanto na escola como em casa e proporcionar atividades nas quais os educandos compartilhem opiniões e pontos de vista, reconhecendo o papel social e humano que a Literatura exerce, assim como identificando temas e autores que os agradem, são princípios que fundamentam a atividade docente nessa área.
Lidar com textos variados e desafiadores à criatividade é uma proposta para o ensino, em suas diferentes etapas. Proporcionar ambientes variados para leitura, como, por exemplo, a biblioteca da escola ou do município, o pátio da escola, a natureza e a sombra de uma árvore, também são formas de
aproximar os estudantes, crianças e adolescentes, da Literatura, fortalecendo o vínculo entre esses estudantes com a experiência prazerosa que o contato com o texto literário proporciona.
As bibliotecas infantis, referentes às séries iniciais do ensino fundamental, têm, dentre outras, a vantagem não só de permitir à criança um espaço com uma variedade de leituras, mas de instruírem-na, quando em idade adulta, acerca de suas preferências, uma vez que, “pela escolha feita, entre tantos livros postos à disposição, o sujeito revela o seu gosto, as suas tendências, os seus interesses” (MEIRELES, 1984, p.145). Meirelles (1984) discute a função dessas bibliotecas, pois através do contato com várias obras o estudante reconhece suas particularidades e aprimora sua percepção de mundo, também como leitor. Nesse cenário, o acesso a esses ambientes para o trabalho com a Literatura permite desenvolver a autonomia do estudante, possibilitando, consequentemente, a formação de sua personalidade, na qual ele aprende a conhecer a si mesmo de forma significativa, reconhecendo-se como indivíduo social e particular ao mesmo tempo em que identifica suas preferências, sensações e singularidades em meio à coletividade. Por essa razão, inclusive, o uso da Literatura não deve ser uma atividade obrigatória e entediante, mas, sim, significar um momento prazeroso e agradável, em que habilidades críticas e sensíveis à humanidade se constroem, baseadas na experiência com a expressão artística. Para Coelho (2000),
É ao livro, à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade
na formação da consciência de mundo das crianças e dos jovens [...] e
parece já fora de qualquer dúvida que nenhuma outra forma de ler o
mundo é tão eficaz quanto a que a Literatura permite (COELHO, 2000, p.15).
Na sequência dessa construção, o estudante não apenas amplia seu repertório de obras com o estudo da Literatura, mas começa a entender as diferentes características dos gêneros literários, como, por exemplo, suas formas de elaboração, suas intenções, o contexto social e histórico de sua composição, os temas subjacentes ao texto e ao gênero, a história de vida do autor do texto, entre outros elementos, relacionados, especialmente, ao âmbito das emoções e da fruição estética que a Literatura promove. Poderá compreender melhor determinada obra analisando seu contexto de criação e os recursos linguísticos utilizados, afinal, a possibilidade de entender os livros é um prazer que só o estudo da Literatura pode gerar, proporcionando ao leitor o autoconhecimento, fator indispensável na formação de cidadãos cientes e capazes de intervirem em processos sociais de seu tempo. Para Zilberman (1994),
A Literatura sintetiza, por meio dos recursos da ficção, uma realidade,
que tem amplos pontos de contato com o que o leitor vive
cotidianamente. Assim, por mais exacerbada que seja a fantasia do
escritor ou mais distanciadas e diferentes as circunstâncias de espaço
e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma de sua
sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o
destinatário atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas
dificuldades e soluções, ajudando-o a conhecê-lo melhor
(ZILBERMAN, 1994, p. 22)
Diante dessas perspectivas com relação ao uso da Literatura como recurso para a formação do sujeito, há, porém, a resistência à tal abordagem, identificada desde a elaboração de políticas públicas para a Educação, quando estas não reconhecem o valor do subjetivo como meio para a formação humana, até as práticas cotidianas refletidas na ação docente, a qual percebe o texto literário como forma para o trabalho com aspectos gramaticais, o que pode gerar uma distorção quanto ao principal sentido da Literatura. Averbuck (1988) salienta que, com relação ao estudante:
A escola não repara em seu ser prático, não atende sua capacidade de
viver poeticamente o conhecimento e o mundo [...] O que eu pediria à
escola, se não me faltassem luzes pedagógicas, era considerar a poesia
como primeira visão direta das coisas, e depois como veículo de
informação prática e teórica, preservando em cada aluno o fundo
mágico, lúdico, intuitivo e criativo, que se identifica basicamente com a
sensibilidade poética (DRUMMOND, apud AVERBUCK, 1988, p.
66-67).
Segundo Bordini (1989), o papel da Literatura na escola não alcança seu sentido porque esta “não permite a entrada no mundo dos livros de forma completa[...]. Ensina-se Literatura para aprender gramática, [...]. Tornando-se matéria para adornar outras ciências, o texto literário se descaracteriza e
afasta de si o leitor” (BORDINI, 1989, p. 9).
Nas palavras de Rubem Alves (1994),
O prazer gratuito da experiência estética e lúdica foi banido das nossas
escolas. E se alguém duvida, que olhe para os rostos amedrontados dos
nossos moços, assombrados, pelo fantasma do vestibular,
atormentados pela exigência da eficácia, fazendo coisas sem entender e
sem rir (RUBEM ALVES, 1994, p.13).
Nessa realidade, observa-se que o principal objetivo do trabalho com Literatura é o de desenvolver regras linguísticas e conteúdos gramaticais, desprezando questionamentos e opiniões dos estudantes sobre o texto literário, o que é um processo necessário para a construção do senso crítico e para a
formação de novos leitores. Além disso, muitas vezes, o próprio professor encontra dificuldades para desenvolver o hábito da leitura, seja em função das prioridades que sua vida exige ou pela falta de formação docente que estimule essa prática, fato que, inevitavelmente, transparece em suas ações. Muitas vezes, preocupados em atingir o conteúdo determinado pelo currículo escolar, muitos professores afastam um leitor em potencial da experiência única de acessar o universo lúdico e estético da Literatura. A aprovação no vestibular se transforma na prioridade das aulas, mesmo que o senso crítico apurado pela Literatura também facilite muito o desempenho do estudante em qualquer concurso.
Bamberger (1986) reforça que os hábitos de leitura do professor e sua personalidade são “importantíssimos para desenvolver o interesse e o hábito de leitura nas crianças, nos adolescentes, já que sua própria educação também contribui de forma essencial para a influência que ele exerce” (BAMBERGER, 1986, p. 74).
Coutinho (1975) salienta que:
Entre nós, o que é geral é o método expositivo, são exposições
panorâmicas, em ordem cronológica, o mais dos casos reduzidos a um
catálogo de nomes e títulos de obras, acompanhadas às vezes de dados
bibliográficos, resumos de enredos ou classificação dos autores por
escolas. Não será mal dizer que nada disso é Literatura (COUTINHO,
1975, p.118).
Nesse panorama, retomar meios para o incentivo à leitura e considerar a Literatura como recurso fundamental à formação social dos indivíduos, que contemple desde a formação docente até as fases iniciais da educação, significa reconhecer a importância que essa área possui na construção do conhecimento e das relações humanas sensíveis à emoção, ao sentimento, aos valores subjetivos, independentes da lógica de produção de capital. Criar comunidades de leitores, por exemplo, tem sido um hábito cada vez mais frequente nas escolas, uma proposta que pode ser sugerida pelo educador, visto que, embora não seja o único, é ele o mediador, aquele que incentiva a turma a ler sempre, que organiza rodas de leitura, que dialoga sobre as obras e que fomenta a troca de livros, a apresentação de pontos de vista dos estudantes, o pensamento crítico e reflexivo sobre o contexto histórico, econômico e social ao qual nos submetemos. Dentre essas possibilidades de trabalho com a Literatura, observa-se que muitos gêneros literários podem ser explorados em sala de aula, aproximando o estudante a um universo repleto de questionamentos e contemplação. Segundo Dantas (1982),
Há o poeta romântico do século XIX, o romântico Vinícius de Moraes, o
compositor romântico das serestas e serenatas. Há o romântico Chico
Buarque de “Carolina” e o realista Chico Buarque de “Construção”. Há
Camões realista de “Os Lusíadas” e o romântico de “Alma Minha
Gentil” (DANTAS, 1982, p. 65).
Nessas circunstâncias, experiências que possibilitem um processo de aprendizagem sadio e edificante devem estar, assim, relacionados ao sentido que a Literatura desempenha, atribuindo a ela seu real significado para a formação humana e social dos indivíduos, pois é através da Literatura que os educandos ampliam seu universo intelectual, que fazem associações e contextualizam seu aprendizado. A diversificação dos textos literários possibilita um maior senso crítico, consolidando leitores críticos à realidade e sensíveis às diferentes formas de vida, cidadãos cientes de seus deveres e de seus direitos, e sujeitos protagonistas de sua própria história e sociedade.
Considerações Finais
O tema proposto requer uma profunda reflexão, pois envolve inúmeras variantes sociais: aluno, família, escola, educador, infância, adolescência, etc. Porém, sua importância é inquestionável. O uso da Literatura como recurso facilitador da aprendizagem, tanto em sala de aula, quanto fora dela, é de suma
relevância para a formação dos sujeitos, já que desenvolve habilidades de caráter humano e social, por meio da criatividade, do lúdico, da sensibilidade.
Diante das observações e da pesquisa bibliográfica é impossível não reconhecer a necessidade do uso da Literatura de forma cada vez mais constante no ambiente escolar. Os benefícios constatados com a experiência da Literatura, desde a ampliação do vocabulário até o despertar do senso crítico, contribuem para a formação de cidadãos cientes de seu papel social e humanitário, por meio da expressão artística.
A partir do exposto, observou-se que o trabalho com Literatura em sala de aula é imprescindível. Na educação infantil, experiências com o manuseio de livros, com a contação de histórias e a exploração do universo mágico dos contos de fadas, já que desde cedo a criança já manifesta interesse pelo universo lúdico presente nas histórias, estimulam as possibilidades de reflexão e aprendizagem. No ensino fundamental, a criança constrói sua autonomia como leitora, já reconhece seus temas e autores preferidos, uma vez exposta a essas experiências. Nas séries finais, compreende melhor o contexto, já que analisa as características dos gêneros literários, iniciando o ensino da Literatura em si, também como disciplina curricular. Consequentemente, o senso crítico da criança, geralmente na fase da pré-adolescência, fica mais apurado. No ensino médio, com as experiências de leitura intensificadas, nota-se a consolidação do indivíduo como leitor.
Nesse sentido, explorar temas variados e assuntos polêmicos é uma atitude pertinente, pois possibilitará a construção de um pensamento com senso crítico refinado. Não é possível transmitir conceitos sem questioná-los, explorando a capacidade do estudante em utilizar o raciocínio e a interpretação. Essa explanação sugere que o educador esteja realmente inserido no processo de aprendizagem, interessado em possibilitar ao seu educando uma proposta séria e diferenciada. Em função disso, sugere-se um movimento nacional e local em prol do trabalho com a Literatura desde a infância, explorando todo o
potencial da criança como leitora, até as últimas etapas da educação básica. Além disso, que possibilite a formação contínua de professores, bem como a estinação de recursos para as bibliotecas, a fim de atualizá-las para que possam atender à demanda vigente, uma vez que se reconheça a importância da Literatura como recurso facilitador da aprendizagem e para a formação humana e social dos sujeitos em construção.