É uma tradição que tem origem em costumes medievais de Portugal e Espanha.
A procissão é mais tradicionalmente realizada na cidade de Goiás, primeira capital do estado.Importância
A Procissão do Fogaréu é uma das maiores expressões culturais do Brasil, ligando cultura e religiosidade. Atrai milhares de pessoas, turistas, devotos católicos e fãs de história.
A Procissão do Fogaréu é uma das maiores expressões culturais do Brasil, ligando cultura e religiosidade. Atrai milhares de pessoas, turistas, devotos católicos e fãs de história.
Como é a Procissão do Fogaréu?
Os participantes chamados de farricocos usam túnicas coloridas, chapéus pontudos e tochas acesas.
Os farricocos, que representam os soldados romanos, caminham pelas ruas da cidade
A procissão é acompanhada por tambores, caixas e matracas
A procissão passa por igrejas que simbolizam momentos da vida de Jesus
Os participantes chamados de farricocos usam túnicas coloridas, chapéus pontudos e tochas acesas.
Os farricocos, que representam os soldados romanos, caminham pelas ruas da cidade
A procissão é acompanhada por tambores, caixas e matracas
A procissão passa por igrejas que simbolizam momentos da vida de Jesus
A procissão começa em frente à Igreja da Boa Morte, ao som de tambores.
Os farricocos caminham descalços até à Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Na Igreja de São Francisco de Paula, um estandarte de linho pintado representa Jesus Cristo.
O ponto alto da noite é a prisão de Jesus, quando o estandarte é levado ao som do clarim.
Os farricocos caminham descalços até à Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Na Igreja de São Francisco de Paula, um estandarte de linho pintado representa Jesus Cristo.
O ponto alto da noite é a prisão de Jesus, quando o estandarte é levado ao som do clarim.
Onde acontece a Procissão do Fogaréu?
A Procissão do Fogaréu acontece em algumas cidades do Brasil
A cidade de Goiás é o local mais tradicional
A Procissão do Fogaréu acontece em algumas cidades do Brasil
A cidade de Goiás é o local mais tradicional
Como surgiu a Procissão do Fogaréu?
A Procissão do Fogaréu foi introduzida em Goiás pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, no século XVIII
A Procissão do Fogaréu é um Patrimônio Cultural e Imaterial.
Com a potencialização turística dos polos históricos, aspectos de grande relevância da própria cultura, bem como seus significados e simbolismos têm sido ignorados ou espetacularizados. Enquanto isso, a comunidade local permanece, muitas vezes, à margem do desenvolvimento advindo do turismo.
O mau uso e a apropriação indevida dos elementos simbólicos e identitários das populações receptoras constituem uma tentativa de gerar produtos comercializáveis que ressignificam a própria realidade vivida pelos atores sociais envolvidos, criando um novo valor, um novo olhar, tanto das populações locais sobre si mesmas como dos turistas sobre a cultura alheia. O legado cultural, assim transformado em produto para o consumo, perde seu significado autêntico. A cultura deixa de ser importante por si
mesma e passa a ser importante por suas implicações econômicas.
mesma e passa a ser importante por suas implicações econômicas.
Nessa lógica, as inovações, os eventos culturais e os espetáculos são latentes, muitas vezes resgatados ou recriados, tornando-se o “cartão postal”, o principal convite à visita. A mídia promove o encontro entre a cultura e a mercadoria, construindo imaginários numa difusão de imagens superficiais que tentam reproduzir o real num processo mercantilizador
das singularidades culturais.
Na lógica do turismo, é aceitável e até necessário impor alguns atrativos, recriar ou transformar algo em espetáculo, fazer modificações no
que é original para agregar valor, atribuir um sentido exótico ou que cause
maior interesse. No entanto, essas ações resultam no estabelecimento de
uma nova estrutura socioespacial e atribuem novos valores aos símbolos
identitários que apresentam um sentido diferenciado na memória coletiva
local.
Com a turistificação, o lugar assume novas formas e funções, afetando essencialmente as dimensões materiais e simbólicas da sociedade.
Apesar das tendências globais que exercem influência nas dinâmicas locais, as festas ainda manifestam resistência ao processo de globalização que procura homogeneizar todas as práticas socioculturais. Para
Costa (2008, p. 70),
festar ainda é, mesmo que em processo de cooptação, a realização
da vida e de toda uma dimensão da reprodução social que ainda
carece de estudos em busca de outras possibilidades, da realização
de práticas libertárias e mais justas, de uma cidade para todos.
Na contramão desse pensamento, o capital apropria-se do espaçotempo das cidades impondo a lógica da fluidez, do movimento,
da efemeridade, da imagem, dos simulacros. Mas a dimensão da
riqueza da vida cotidiana persiste, assim como nas práticas festivas
[…].
Entende-se que a recuperação da memória coletiva, mesmo que seja
para reproduzir a cultura local para os turistas, produz o desejo de afirmação da própria identidade e, num ciclo de realimentação, estimula uma
procura por recuperar cada vez mais seu próprio passado. Além disso,
leva a comunidade ao conhecimento de seu patrimônio, o que conduz à
valorização.
O turismo, com base na valorização e preservação da cultura, e
não na sua exploração comercial, permite que a comunidade se engaje no
processo de recuperação da memória coletiva, de reconstrução da história
e de verificação das fontes, fortalecendo os seus sentidos e a sua conexão
com o espaço vivido, sua identidade cultural.
A partir da apreensão e problematização da festa religiosa da Procissão do Fogaréu, é possível identificar a representatividade dos signos e
símbolos que compõem a cultura do lugar, favorecendo a abertura de novas consciências de vida que se contraponham às vertentes economicistas
do turismo e reafirmem, nas palavras de Chaveiro (2008a, p. 135), “a vida
como patrimônio e a cultura como elemento central da vida humana”.
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