POR RENATA BRAVO - DESDE 2013
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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais, podem causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

A Procissão do Fogaréu é uma procissão católica que acontece durante a Semana Santa, representando a busca e prisão de Jesus Cristo

É uma tradição que tem origem em costumes medievais de Portugal e Espanha.

A procissão é mais tradicionalmente realizada na cidade de Goiás, primeira capital do estado.

Importância
A Procissão do Fogaréu é uma das maiores expressões culturais do Brasil, ligando cultura e religiosidade. Atrai milhares de pessoas, turistas, devotos católicos e fãs de história.

Como é a Procissão do Fogaréu?
Os participantes chamados de farricocos usam túnicas coloridas, chapéus pontudos e tochas acesas.
Os farricocos, que representam os soldados romanos, caminham pelas ruas da cidade
A procissão é acompanhada por tambores, caixas e matracas
A procissão passa por igrejas que simbolizam momentos da vida de Jesus
A procissão começa em frente à Igreja da Boa Morte, ao som de tambores.
Os farricocos caminham descalços até à Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Na Igreja de São Francisco de Paula, um estandarte de linho pintado representa Jesus Cristo.
O ponto alto da noite é a prisão de Jesus, quando o estandarte é levado ao som do clarim.

Onde acontece a Procissão do Fogaréu?
A Procissão do Fogaréu acontece em algumas cidades do Brasil
A cidade de Goiás é o local mais tradicional

Como surgiu a Procissão do Fogaréu?

A Procissão do Fogaréu foi introduzida em Goiás pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, no século XVIII


A Procissão do Fogaréu é um Patrimônio Cultural e Imaterial.

Com a potencialização turística dos polos históricos, aspectos de grande relevância da própria cultura, bem como seus significados e simbolismos têm sido ignorados ou espetacularizados. Enquanto isso, a comunidade local permanece, muitas vezes, à margem do desenvolvimento advindo do turismo.

O mau uso e a apropriação indevida dos elementos simbólicos e identitários das populações receptoras constituem uma tentativa de gerar produtos comercializáveis que ressignificam a própria realidade vivida pelos atores sociais envolvidos, criando um novo valor, um novo olhar, tanto das populações locais sobre si mesmas como dos turistas sobre a cultura alheia. O legado cultural, assim transformado em produto para o consumo, perde seu significado autêntico. A cultura deixa de ser importante por si
mesma e passa a ser importante por suas implicações econômicas.

Nessa lógica, as inovações, os eventos culturais e os espetáculos são latentes, muitas vezes resgatados ou recriados, tornando-se o “cartão postal”, o principal convite à visita. A mídia promove o encontro entre a cultura e a mercadoria, construindo imaginários numa difusão de imagens superficiais que tentam reproduzir o real num processo mercantilizador das singularidades culturais. 

Na lógica do turismo, é aceitável e até necessário impor alguns atrativos, recriar ou transformar algo em espetáculo, fazer modificações no que é original para agregar valor, atribuir um sentido exótico ou que cause maior interesse. No entanto, essas ações resultam no estabelecimento de uma nova estrutura socioespacial e atribuem novos valores aos símbolos identitários que apresentam um sentido diferenciado na memória coletiva local. 

Com a turistificação, o lugar assume novas formas e funções, afetando essencialmente as dimensões materiais e simbólicas da sociedade. 

Apesar das tendências globais que exercem influência nas dinâmicas locais, as festas ainda manifestam resistência ao processo de globalização que procura homogeneizar todas as práticas socioculturais. Para Costa (2008, p. 70),
festar ainda é, mesmo que em processo de cooptação, a realização da vida e de toda uma dimensão da reprodução social que ainda carece de estudos em busca de outras possibilidades, da realização de práticas libertárias e mais justas, de uma cidade para todos. Na contramão desse pensamento, o capital apropria-se do espaçotempo das cidades impondo a lógica da fluidez, do movimento, da efemeridade, da imagem, dos simulacros. Mas a dimensão da riqueza da vida cotidiana persiste, assim como nas práticas festivas […].

Entende-se que a recuperação da memória coletiva, mesmo que seja para reproduzir a cultura local para os turistas, produz o desejo de afirmação da própria identidade e, num ciclo de realimentação, estimula uma procura por recuperar cada vez mais seu próprio passado. Além disso, leva a comunidade ao conhecimento de seu patrimônio, o que conduz à valorização. 

O turismo, com base na valorização e preservação da cultura, e não na sua exploração comercial, permite que a comunidade se engaje no processo de recuperação da memória coletiva, de reconstrução da história e de verificação das fontes, fortalecendo os seus sentidos e a sua conexão com o espaço vivido, sua identidade cultural. 

A partir da apreensão e problematização da festa religiosa da Procissão do Fogaréu, é possível identificar a representatividade dos signos e símbolos que compõem a cultura do lugar, favorecendo a abertura de novas consciências de vida que se contraponham às vertentes economicistas do turismo e reafirmem, nas palavras de Chaveiro (2008a, p. 135), “a vida como patrimônio e a cultura como elemento central da vida humana”.




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