O cientista Brasileiro favorito do Imperador Dom Pedro II
O apoio Imperial fez de Ladislau Netto o cientista mais influente do Brasil de sua época. Em 1882, o Museu Nacional, sob sua direção, promoveu uma grande Exposição Antropológica, que teve repercussão internacional. Com a queda da monarquia, em 1889, Ladislau Netto perdeu seu prestígio, aposentando-se em 1893.
Um ano antes de se afastar do Cargo de Diretor, Ladislau ordenou que o acervo do Museu Nacional fosse transferido do Campo de Santana (atual Museu Casa da Moeda) para a Antiga Residência de seu protetor, o Imperador, no Palácio Imperial de São Cristóvão na Quinta da Boa Vista, com o objetivo de preservar a memória do maior mecenas da Ciência Brasileira de sua época e levar o acervo científico do Museu para um Lugar mais amplo e conhecido pela população. A Família Imperial contribuiu para a acervo do Museu Nacional em 1891, doando a Coleção Arqueológica da Imperatriz Dona Teresa Cristina.
Ladislau Netto aplicou, no Museu, o que foi objeto da sua formação e de sua experiência na Europa. Os planos de Ladislau Netto consistiam em tornar o Museu um centro de pesquisa e de estudos para acompanhar a evolução da ciência, promovendo a produção científica no País. No Regulamento de 1876, instituído pelo Decreto nº 6.116, de 9 de fevereiro, o Museu tinha, por finalidade, estudar a “História Natural, particularmente do Brasil [...] ensino das ciências físicas e naturais, sobretudo em suas aplicações à agricultura, indústria e artes”
Nesse sentido, podemos inferir que Ladislau Netto se apresenta como um precursor, no
Brasil, da introdução da Antropologia, da Etnografia e da Arqueologia em museus brasileiros.
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