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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

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domingo, 21 de dezembro de 2025

O som das peças

Aprendendo Mahjong com o que o Mundo Joga Fora

Autora: Renata Bravo 

Liang é um professor-artesão curioso, paciente e observador.

Ele acredita que todo jogo carrega uma história e que todo aprendiz também ensina.

Ele chega a uma comunidade-escola levando apenas:

uma bolsa de pano

materiais reciclados

e uma antiga lembrança do Mahjong que aprendeu com seu avô

Capítulo 1 

As Peças que Contam Histórias

Liang abre sua bolsa e não tira um jogo pronto.

Em vez disso, espalha sobre a mesa:

tampinhas

pedaços de papelão

caixas de leite

restos de madeira

marcadores usados

As crianças estranham.

“Onde está o jogo?”, perguntam.

Liang sorri e responde:

“O jogo ainda não nasceu.”

Ali começa a primeira lição:

sustentabilidade

criatividade

valor do reaproveitamento

Cada criança escolhe um material e começa a transformar lixo em peça.

Capítulo 2 

A Origem do Mahjong

Enquanto recortam, pintam e colam, Liang conta:

O Mahjong nasceu na China, há centenas de anos.

Era jogado por famílias, comerciantes, avós e netos.

Não era apenas um jogo de ganhar —

era um jogo de observar, esperar, pensar e respeitar o tempo do outro.

Interdisciplinaridade

História (China antiga)

Geografia (Ásia)

Cultura e tradição oral

Matemática (sequência, padrões, combinações)

Capítulo 3 

Construindo o Jogo com as Próprias Mãos

As peças ganham símbolos:

círculos

bambus

caracteres reinventados pelas crianças

Liang não corrige tudo.

Ele observa.

Uma menina cria um símbolo novo.

Um menino troca cores para facilitar a memória.

Uma criança com dificuldade matemática cria agrupamentos visuais.

Liang percebe:

“Eles estão ensinando novas formas de pensar o jogo.”

Aqui ele aprende.

Capítulo 4 

Jogar é Pensar Junto

Com o Mahjong reciclado pronto, começam as partidas.

Liang ensina:

regras básicas

turnos

respeito

estratégia

Mas aprende:

paciência com quem joga devagar

novas estratégias criadas pelas crianças

formas inclusivas de adaptar regras

Áreas trabalhadas

Matemática (lógica, probabilidade)

Língua Portuguesa (narrativa oral)

Artes Visuais (design das peças)

Educação Socioemocional

Inclusão e cooperação

Capítulo 5 

O Jogo Ensina o Professor

Um aluno pergunta:

“Professor, por que a gente não muda a regra?”

Liang para.

Ele lembra do avô dizendo:

“Um jogo vive enquanto aceita mudanças.”

Naquele dia, o Mahjong da turma ganha:

novas regras

novas peças

novos sentidos

Liang aprende que ensinar não é repetir,

é escutar.

Capítulo 6 

Quando o Jogo Vira Comunidade

As crianças levam o Mahjong reciclado para casa. Jogam com:

pais

avós

vizinhos

O jogo vira ponte entre gerações.

Liang observa de longe e entende:

“O jogo já não é meu.”

Aprendizado social

convivência

memória cultural

sustentabilidade

pertencimento

Mensagem Final do Livro

“Quando jogamos juntos, ninguém sabe tudo.

Quando ensinamos, também aprendemos.

E quando cuidamos do que o mundo descarta,

criamos algo que permanece.”

Posfácio 

Para quem fica à mesa

Este livro não termina aqui.

Ele apenas empurra a cadeira para mais perto da mesa.

O jogo que você leu não pede perfeição.

Pede presença.

Pede tempo partilhado.

Pede a coragem de não saber tudo antes de começar.

O Mahjong, feito de peças simples e regras móveis,

é apenas um pretexto.

O que se joga, de verdade, é o encontro.

Quando um educador propõe um jogo feito de materiais reciclados,

ele ensina muito mais do que sustentabilidade.

Ensina que o mundo pode ser reorganizado

com aquilo que já temos nas mãos.

Quando uma criança cria um símbolo novo,

ela não erra.

Ela amplia o idioma do pensamento.

Quando uma regra muda,

não é o jogo que se perde

é o aprendizado que se aprofunda.

Este livro acredita que:

aprender é um ato coletivo

ensinar é um gesto de escuta

e jogar é uma forma de pensar junto

Ele foi escrito para salas de aula,

mas também para varandas, pátios, cozinhas e centros comunitários.

Para crianças, jovens, adultos e idosos.

Para quem ensina matemática, arte, história ou vida.

Se ao final da leitura você sentir vontade de:

adaptar regras

inventar peças

ouvir mais do que explicar

jogar com alguém que pensa diferente

então o livro cumpriu seu papel.

Porque educar, como jogar,

não é sobre ganhar.

É sobre permanecer à mesa.