POR RENATA BRAVO - DESDE 2013
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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais, podem causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

André Rebouças deixou um legado antirracista e de contribuições para o desenvolvimento do Brasil.

 Como engenheiro, Rebouças participou de obras como: 

- A construção da estrada de ferro que liga Curitiba a Paranaguá

- A construção do túnel que liga as zonas Norte e Sul do Rio de Janeiro

- A construção de pontes

- A construção de sistemas de abastecimento de água

- A reforma de portos e fortificações do litoral brasileiro

- Como educador, Rebouças lecionou na Escola Politécnica e defendeu a educação técnica e agrícola. 

Como ativista político, Rebouças foi um dos principais nomes do movimento abolicionista no Brasil. Ele participou da criação da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e contribuiu para a elaboração da Lei Áurea.

Em outubro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.003, que oficializou André Rebouças como herói da pátria.

André Pinto Rebouças (1838-1898) nasceu na cidade de Cachoeira, região do recôncavo baiano, no dia 3 de janeiro de 1838. Filho do conselheiro Antônio Pereira Rebouças e da escrava alforriada Carolina Pinto Rebouças mudou-se para a Corte ainda criança, formou-se em engenharia e ensinou botânica, cálculo e geometria na Escola Politécnica do Rio de Janeiro.


Em 1854, André Rebouças ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro, concluindo o curso preparatório para oficialado em 1857 como 2° tenente. Bacharelou-se em 1859 em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Militar da Praia Vermelha, obtendo o grau de engenheiro militar em 1860.

Além de sua notável carreira de engenheiro, junto de seu irmã Antônio Rebouças Filho, André Rebouças se destacou como um dos líderes do movimento abolicionista brasileiro.

A trajetória de Rebouças, como abolicionista, revela não apenas a sua contribuição intelectual no contexto do ideário da abolição, mas também a sua efetiva atuação no movimento desde os seus primórdios

Em novembro de 1880, ele já se envolvia na organização de um banquete oferecido ao Ministro dos Estados Unidos Henry Washington Hililard e, logo em seguida, tomava parte do grupo que fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.

Nessa década, ele foi particularmente ativo na imprensa, onde escreveu inúmeros artigos na Gazeta da Tarde e certamente atuou como elemento influente na formação de uma sociedade abolicionista na Escola Politécnica, onde era professor.

Com José do Patrocínio, ele redigiu o importane Manifesto da Confederação Abolicionista em 1883 e finalmente foi ele quem rascunhou, em 1888, as bases da Lei
Áurea de 13 de maio. Sua discreta figura foi, de fato, uma presença marcante do processo abolicionista no Brasil.

Sua visão modernizadora, progressista e liberal levou-o a contrapor-se a todas as formas de escravização e não apenas àquela gerada pela instituição da escravidão negra. Suas idéias sobre a imigração. por exemplo, refletem a sua oposição à escravidão, dentro de um contexto muito mais amplo, o qual pressupunha evitar a"reescravização do imigrante pelos donos da terra' de acordo com a sua própria ex-
pressão.

Suas ideais receberam apoio e simpatia do Imperador Dom Pedro II e da Princesa Regente Dona Isabel, a quem Rebouças muito influenciou durante a Campanha Abolicionista, chegando a ajudar a família Imperial a abrigar escravos fugidos em Petrópolis

É fácil perceber-se, portanto, que nesse sentido, as propostas de Rebouças nunca estiveram restritas apenas à abolição do negro escravo elas se estenderam também em defesa de uma política econômica e social voltada para evitar outras formas alternativas de escravidão como aquela - segundo a sua visão - dos próprios fazendeiros, ao utilizarem o imigrante - colono como substituta do trabalho escravo. Em sua visão, este deveria se tornar proprietário de sua própria terra e não um mero cultivador da terra alheia. Para que a utopia se tornasse realidade, mister se fazia, segundo a visão de Rebouças, promover um programa social e econômico direcionado para a redistribuição da terra através da eliminação da grande propriedade e a introdução da pequena pressupostos basilares pano estabelecimento. no pais de sua "democracia rural brasileira"

Além dos projeto base da Lei Áurea, Rebouças elaborou um extenso projeto educacional para capacitar os trabalhadores brasileiros, sobretudo quando o debate abolicionista ganhou força. Por ter sofrido diversos atos de preconceito racial em função de ser negro, Rebouças ressaltava sua preocupação com os negros libertos que com o advento da abolição precisariam receber “instrução e trabalho”.

Entendia que ensino em nível técnico e a especialização profissional eram a base para uma mudança de caráter social e econômico do Brasil. Segundo ele, democratizando a atividade rural e universalizando o ensino primário, secundário e técnico entre a população degradada, seria possível pensar um país mais moderno, industrial e forte economicamente, capaz de deixar para trás o atraso social: "Necessitamos de instrução e capital. E como não é possível construir escolas, comprar livros e pagar mestres sem capital, é preciso resolver simultaneamente o problema do capital e o problema da instrução: “não se pode ensinar a ler quem tem fome"

Após o golpe militar que derrubou a Monarquia em 1889 André Rebouças acompanhou a Família Imperial Brasileira ao Exílio pois não via a possibilidade de seus planos sócio econômicos se concretizarem em Republica implantada com o apoio da elite cafeeira.

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