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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Instrumento musical - Ganzá

Material: Latinha de refrigerante, papel colorido, cola, eva, adesivos e grãos de arroz



Ganzá é um instrumento musical de percussão utilizado no samba e outros ritmos brasileiros. O ganzá é classificado como um idiofone executado por agitação. É um tipo de chocalho, geralmente feito de um tubo de metal ou plástico em formato cilíndrico, preenchido com areia, grãos de cereais ou pequenas contas. O comprimento do tubo pode variar de 15 centímetros até mais de 50 centímetros. Os tubos podem ser duplos ou até triplos.

Execução e origens :
O instrumento é executado por agitação. O percussionista segura o ganzá horizontalmente com uma ou ambas as mãos e o agita para a frente e para trás. Com pequenos movimentos giratórios, o músico é capaz de controlar a maneira como os grãos caem dentro do tubo, permitindo a variação de intensidade de acordo com os tempos fortes e fracos do ritmo. O som é próximo a pulsos de ruído branco com curta duração e intensidade variável. No samba, o ganzá serve para fazer a marcação, sendo que os tempos são marcados por batidas fortes e os contratempos por batidas fracas.
Nas escolas de samba, é um dos instrumentos que fazem parte da bateria. Para aumentar a intensidade desse instrumento e permitir que seja ouvido entre os tambores, dezenas de ganzás são utilizados. Em geral, nesses casos, são utilizados grandes ganzás duplos ou triplos.
Há uma certa controvérsia a respeito das origens do ganzá: alguns pesquisadores afirmam que o instrumento é de origem africana; entretanto, moradores da comunidade indígena Catu dos Eleotérios - localizada entre os municípios de Canguaretama e Goianinha (no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil) - afirmam que o ganzá é uma variação do maracá. Segundo moradores da citada comunidade, na primeira metade do século XX, fazer uso de maracás era proibido devido à ligação desse instrumento com os antigos cultos indígenas (dos quais o catimbó-jurema é uma ramificação). Por isso, os caboclos desenvolveram o instrumento e passaram a ritmar suas toadas com ganzás. A possibilidade de o ganzá (também chamado "pau de cimento") ser de origem indígena se torna maior quando percebemos a semelhança que há entre o citado instrumento e o "pau de chuva", dos índios.
Durante a primeira metade do século XX, uma lata de óleo ou de algum outro produto era levada aos mestres funileiros, que moldavam o instrumento derramando dentro da lata pedacinhos de chumbo.
Tanto emboladores de coco (dos quais o falecido Chico Antônio, caboclo, nascido no município de Pedro Velho, no Rio Grande do Norte, foi um exemplo), como membros de religiões afro-indígenas (mas também pesquisadores do calibre de Luís da Câmara Cascudo), chamam, às vezes, o ganzá de maracá e o maracá de ganzá (lembremo-nos que, em alguns catimbós da Paraíba, a Missão de Pesquisas Folclóricas, dirigida por Mário de Andrade, durante a década de 1930, encontrou maracás confeccionados com latão - sendo que o maracá é um instrumento ligado diretamente a cultos de origem indígena e o ganzá um instrumento em toadas de teor não religioso).
Porém, uma pesquisa mais profunda precisa ser realizada para conferir a veracidade das duas versões, uma vez que, na África, também há tipos autóctones de maracás e, partindo do princípio de que o município de Canguaretama nasceu de um povoado - o Saco do Uruá - composto por índios fugidos de aldeamentos e uns poucos quilombolas, em meados de 1850 - o ganzá pode ser um instrumento "híbrido" afro-indígena.

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