POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013

Acontecimento que originou o blog Brincadeira Sustentável por Renata Bravo
EMAIL: RENATARJBRAVO@GMAIL.COM

Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Em um passo importante rumo à energia sustentável

O Japão colocou em operação sua primeira turbina subaquática em escala de megawatts .

Batizada de AR1100, a turbina foi instalada no Estreito de Naru, nas Ilhas Goto, e marca um avanço no aproveitamento da força das marés como fonte limpa e renovável .

Desenvolvida pela Proteus Marine Renewables, a AR1100 tem capacidade para gerar 1,1 megawatt de energia elétrica , suficiente para abastecer centenas de residências.

O projeto é fruto de um teste bem-sucedido realizado em 2021, que já havia demonstrado a viabilidade dessa tecnologia inovadora .

Com um design modular inteligente, lâminas ajustáveis em tempo real e integração eficiente à rede elétrica , a turbina simboliza uma nova era na geração de energia oceânica.

A instalação fortalece o compromisso do Japão com a descarbonização e a transição energética .

A Proteus Marine Renewables se destaca como a primeira empresa a operar turbinas de maré em escala de megawatts no Japão e no Reino Unido .

A atuação da empresa também se estende à Escócia, França e Estados Unidos , impulsionando a adoção dessa fonte energética promissora.

O sucesso da AR1100 comprova o potencial das correntes oceânicas na luta contra as mudanças climáticas .

Esse marco representa um passo decisivo para o futuro da energia renovável, mostrando que o oceano pode ser um grande aliado na geração de eletricidade limpa e sustentável .



Geração de energia agrovoltaica - uma nova fronteira para as energias renováveis

Maquete de usina de geração de energia agrovoltaica, é um sistema que combina a produção de energia solar com a agricultura, aproveitando a mesma área para gerar eletricidade e cultivar alimentos. Essa integração permite que painéis solares sejam instalados sobre plantações ou pastagens, permitindo que a luz solar seja capturada para gerar eletricidade, enquanto as plantas ainda recebem luz suficiente para crescer.

Como funciona:
1. Instalação dos painéis:
Os painéis fotovoltaicos são instalados sobre estruturas elevadas, geralmente a uma altura que permite que as plantas abaixo recebam luz suficiente para a fotossíntese.
2. Geração de energia:
A luz solar é capturada pelos painéis e convertida em energia elétrica.
3. Utilização da energia:
A energia gerada pode ser utilizada para consumo próprio na propriedade rural, como a iluminação, ou vendida para a rede elétrica.
4. Benefícios para a agricultura:
A sombreamento proporcionado pelos painéis pode reduzir a evaporação da água no solo, proteger as plantas de condições climáticas extremas e aumentar a produtividade em algumas culturas.

Benefícios da agrovoltaica:

Aumento da eficiência do uso do solo:

Permite que a mesma área seja utilizada para produção de energia e agricultura, otimizando o uso do solo.
Redução do impacto ambiental:
Reduz a necessidade de desmatamento para instalação de usinas solares e contribui para a geração de energia renovável.
Benefícios econômicos para os produtores:
Pode gerar uma renda adicional para os agricultores ao vender a energia produzida e pode melhorar a produtividade das culturas.
Diversificação da produção:
Permite que os agricultores diversifiquem a produção, gerando renda com a produção de alimentos e energia.

Considerações importantes:

Tipos de culturas:
Nem todas as culturas são adequadas para a agrovoltaica. É importante escolher culturas que se beneficiem do sombreamento e que não sejam prejudicadas pela presença dos painéis.
Planejamento e instalação:
A instalação de uma usina agrovoltaica requer um planejamento cuidadoso, levando em consideração a irradiação solar, as características do solo e as necessidades da propriedade.
Manutenção:
É importante realizar a manutenção dos painéis solares e das estruturas de suporte para garantir o bom funcionamento do sistema.


Encomendas de maquetes, entrar em contato com o email: renatarjbravo@gmail.com



Fontes não renováveis de energia

As fontes não renováveis de energia são aquelas que se utilizam de recursos naturais esgotáveis, ou seja, que terão um fim, seja em um futuro próximo, seja em um período de médio ou longo prazo. Em alguns casos, esse tipo de energia costuma apresentar problemas de ordem ambiental, além de disputas envolvendo a extração e comercialização de suas matérias-primas.

1 - O Petróleo é, ainda nos dias atuais, a principal matéria-prima e uma das principais fontes de energia do mundo. Assim sendo, sua extração e utilização foram e ainda são alvos de conflitos envolvendo potências imperialistas e países produtores e refinadores. Trata-se, assim, de um recurso natural de caráter estratégico, pois é amplamente utilizado por veículos, constituindo-se como um elemento importante nos meios de transporte, além de também poder ser utilizado na fabricação de produtos derivados, notadamente o plástico.

2 - O carvão mineral passou a ser amplamente utilizado a partir das revoluções industriais resultantes do capitalismo, sendo ainda hoje uma fonte de energia bastante utilizada em todo o mundo, perdendo somente para o petróleo. No total, ele corresponde a pouco menos de 26% dos recursos utilizados na produção de energia mundialmente, um número que cai para cerca de 6% no Brasil.

3 - O gás natural nada mais é do que a mistura de hidrocarbonetos leves na forma gasosa, tais como o metano, etano, propano, butano e outros. Suas reservas encontram-se quase sempre disponibilizadas nas áreas onde se extrai o petróleo, passando pelo mesmo processo de constituição. No entanto, ao contrário do petróleo e do carvão mineral, o gás natural é menos poluente, embora a sua combustão ainda sim apresente alguns níveis de poluição que causam danos à atmosfera.

4 - A energia nuclear é obtida a partir do processo de fissão nuclear de átomos de urânio, que é considerado uma fonte esgotável de energia. Quando ocorre a fissão do núcleo desse material, libera-se uma grande quantidade de energia que e utilizada para a produção principalmente de eletricidade.




Energia renovável

Energia renovável é aquela que vem de recursos naturais que são naturalmente reabastecidas, como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica. É importante notar que nem todo recurso natural é renovável, por exemplo, o urânio, carvão e petróleo são retirados da natureza, porém existem em quantidade limitada.

1 - Usina hidrelétrica é uma obra da engenharia que utiliza a força hidráulica das águas para a produção de eletricidade. Também conhecidas como usinas hidroelétricas ou centrais hidroelétricas, essas grandes estruturas se aproveitam do movimento dos rios para a obtenção da energia elétrica.

2 - Energia solar é um termo que se refere à energia proveniente da luz e do calor do Sol. É utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante evolução, como o aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura solar e a fotossíntese artificial.

3- Energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como na utilização de aerogeradores para produzir eletricidade, moinhos de vento para produzir energia mecânica ou velas para impulsionar veleiros. O impacto ambiental é geralmente menos problemático do que o de outras fontes de energia.

4 - Energia geotérmica, ou energia geotermal, é a energia obtida a partir do calor proveniente do interior da Terra. O calor da Terra existe numa parte por baixo da superfície do planeta, mas em algumas partes está mais perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a sua utilização.

5 - Usina termoelétrica é uma instalação industrial usada para geração de energia elétrica a partir da energia liberada por biomassa como bagaço de diversos tipos de plantas, restos de madeira etc. Vale ressaltar que existem termoelétricas que não são renováveis que utilizam por exemplo o carvão mineral.

6 - A energia das ondas ou ondomotriz, provém do aproveitamento das ondas oceânicas. É uma energia "limpa", isto é, sem quaisquer custos para o ambiente e até a atualidade, não está disponível de forma comercial, apesar de ser estudada desde o ano de 1890.




terça-feira, 22 de abril de 2025

Quais barcos você ainda mantém ancorados por medo de não dar certo?

Essa frase:

"Ao chegar na ilha, queimem seus barcos e afundem eles" carrega uma poderosa metáfora sobre comprometimento total e decisão sem volta. Ela remete à ideia de que, ao eliminar todas as rotas de fuga, a única opção que resta é seguir em frente e fazer dar certo.

Queimar os barcos é um ato simbólico de coragem. Significa que você está tão comprometido com um objetivo que não permitirá a si mesmo recuar. É abrir mão da segurança do "plano B" e mergulhar de cabeça no propósito que escolheu. Em vez de olhar para trás, você olha para frente com foco, determinação e criatividade porque agora, o sucesso não é uma escolha: é uma necessidade.

Na vida, muitas vezes hesitamos porque sabemos que podemos voltar. Mantemos os "barcos" ancorados: um emprego seguro que não nos satisfaz, uma relação morna, um sonho adiado.

Queimá-los não é uma atitude inconsequente, mas sim um chamado à ação: confie em si mesmo o suficiente para não precisar de uma rota de escape.

Pergunta que fica: "quais barcos você ainda mantém ancorados por medo de não dar certo?"

Xeque-mate efetuado pelo bispo!

Em 2019, o Papa Francisco visitou o Japão pela primeira vez em 38 anos desde que o Papa Juan Pablo II o visitou em 1981. Ele recebeu uma túnica de anime personalizada, que usou.


E para quem diz que anime é coisa do mal:

Xeque-mate efetuado pelo bispo!

*Um dos xeque-mates mais difíceis de aplicar no xadrez*


*Klassen Tid"

Na Dinamarca, a empatia é ensinada como matéria obrigatória nas escolas desde 1993, para alunos dos 6 aos 16 anos, e é conhecida como "Klassen Tid" (Hora da Classe). Durante essas aulas semanais, os alunos discutem emoções, desafios pessoais e dinâmicas de grupo em um ambiente seguro e acolhedor. As aulas incluem três aspectos da disciplina: afetivo, cognitivo e regulador de emoções. 

Detalhes:

Klassen Tid:

É uma aula semanal onde os alunos são incentivados a discutir seus problemas, sejam eles pessoais ou escolares, e a encontrar soluções em conjunto com o professor e a turma. 

Aspectos da Disciplina:

Afetivo: Os alunos aprendem a compartilhar e compreender os estados emocionais dos outros. 

Cognitivo: Eles aprendem a deliberar sobre os estados mentais dos outros. 

Regulador de Emoções: Os alunos aprendem a controlar e regular suas próprias emoções. 

Benefícios:

Construção de relacionamentos. 

Prevenção de assédio moral. 

Melhora no desempenho acadêmico e social. 

Aprendizado do trabalho em equipe. 

Desenvolvimento do "eu interior". 

Como funciona na prática:

Os alunos podem compartilhar seus problemas pessoais ou observar os problemas de outros e, juntos, discutir como resolvê-los, com o professor a orientar a discussão e a buscar soluções. 

Diferenças:

A educação dinamarquesa não se concentra em competir com os colegas, mas sim no desenvolvimento das habilidades e talentos de cada um. 

Os professores desempenham um papel fundamental, orientando as conversas e ajudando os alunos a desenvolverem habilidades como inteligência emocional, escuta ativa e resolução de conflitos.

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Objetivos e benefícios:

- Promover a cooperação, compreensão e harmonia social, valores profundamente enraizados na cultura dinamarquesa.

- Fortalecer a resiliência emocional e os relacionamentos interpessoais.

- Melhorar o desempenho acadêmico, já que alunos emocionalmente seguros tendem a se concentrar e aprender melhor.

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Pesquisas indicam que ensinar empatia desde cedo pode reduzir o bullying e preparar as crianças para enfrentarem os desafios da vida com gentileza e compreensão. Essa prática é um exemplo de como a educação pode moldar sociedades mais compassivas e inclusivas.



segunda-feira, 21 de abril de 2025

"Sedes vacans"

"O trono está vazio"


“A Páscoa é a festa da vida!”

A mensagem “Urbi et orbi” (para a cidade de Roma e para o mundo) do Papa Francisco por ocasião da celebração pascal foi lida por Mons. Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias. Do balcão central da Basílica Vaticana, o Pontífice acenou para os milhares de fiéis na Praça São Pedro e desejou a todos “Feliz Páscoa”. 

O Santo Padre estava acompanhado pelo cardeal-protodiácono, Dominique Mamberti, e pelo cardeal espanhol Fernando Vérgez Alzaga.

“Cristo ressuscitou! Neste anúncio encerra-se todo o sentido da nossa existência, que não foi feita para a morte, mas para a vida. A Páscoa é a festa da vida! Deus criou-nos para a vida e quer que a humanidade ressurja!”

Este anúncio de esperança ressoa hoje ainda mais forte enquanto vemos todos os dias os inúmeros conflitos que ocorrem em diferentes partes do mundo. “Quanta violência vemos com frequência também nas famílias, dirigida contra as mulheres ou as crianças!”, escreve com pesar Francisco, que formula os seus votos:

“Neste dia, gostaria que voltássemos a ter esperança e confiança nos outros” e “a ter esperança de que a paz é possível!” O Santo Padre então elenca os vários países e regiões em conflito, a partir da Terra Santa. O Papa extende seus votos de paz a todo o Oriente Médio, para o Sul do Cáucaso e aos povos africanos vítimas de violências. Na Ásia, o pensamento de Francisco vai a Mianmar, que além do conflito armado sofre com as consequências do terremoto.

“Não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento! A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento”, acrescenta o Pontífice, que renova o pedido para que os recursos disponíveis sejam utilizados para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento. “Estas são as ‘armas” da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar morte!”, diz ainda o Papa, apelando que não se ceda à lógica do medo.

Ao final, o Papa concedeu a bênção apostólica e saudou os fiéis do papamóvel.

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#papafrancisco #páscoa 

Fonte: vaticannewspt

A origem de diversos sotaques brasileiros

O "R" caipira do interior de SP, MT, MG, PR e SC deve-se aos indígenas que aqui moravam não conseguiam falar o "R" dos portugueses, não havia o som dessa letra em muitos dos mais de 1200 idiomas da região.

Então na tentativa de se pronunciar o R, acabou-se criando essa jabuticaba brasileira, que não existe em Portugal. A isso também se deve o fato de muitas pessoas até hoje em dia trocarem L por R, como em farta (falta) e frecha (flecha).

Com a chegada de italianos à SP o sotaque do paulistano incorporou o R vibrante atrás dos dentes, porta como "porita", e em alguns casos até incorporando mais Rs: carro como "caRRRo", se quem fala for de Mooca, Brás e Bexiga, bairros com bastante influência italiana.

O R falado no RJ deve-se ao fato de que quando a Corte portuguesa pisou aqui, a moda era falar o R como dos franceses, saindo do fundo da garganta, como: "PaRRRRi".

A elite carioca tratou de copiar a nobreza, e assim, na contramão do R caipira e 100% brasileiro, o importou seu som de R dos franceses. Do mesmo modo a Realeza trouxe o "S" chiado dos cariocas.

As regiões Norte e Sul receberam a partir do século XVII imigrantes dos Açores e ilha da Madeira, lugares onde o S também vira SH. Viviam mais de 15 mil portugueses no Pará, 4ª maior população portuguesa no Brasil à época, o que fez os paraenses também incorporarem o chiado.

Já Porto Alegre misturava indígenas, portugueses, espanhois e depois alemães e italianos, toda essa mistura resultou num sotaque sem chiamento.

Curitiba recebeu muitos ucranianos e poloneses, a falta de vogais nos idiomas desses povos acabou estimulando uma pronúncia mais pausada de vogais como o E, para que se fizessem entender, dando origem ao folclórico "leitE quentE".

Em Cuiabá e outras cidades do interior do Mato Grosso preservou-se o sotaque de Cabral, não sendo incomum os moradores falando de um "djeito diferentE". Os portugueses que se instalaram ali vieram do norte de Portugal e inseriam T antes de CH e D antes de J. E até "hodje os cuiabanos tchamam feijão de fedjão".

Junto com os 800 mil escravos também foram trazidos seus falares, e sua influência que perdura até hoje em se comer o R no final das palavras: Salvadô, amô, calô e a destruição de vogal em ditongos: lavôra, chêro, bêjo, pôco, que aparece em muitos dialetos africanos.

A falta de plurais, o uso do gerúndio sem falar o D (andano, fazeno), a ligação de fonemas em som de z (ozóio, foi simbora) e a simplificação da terceira pessoa do plural (disséro, cantaro) também são heranças africanas.

domingo, 20 de abril de 2025

Folhas secas no jardim

As folhas secas no jardim, longe de serem apenas “lixo”, são verdadeiros tesouros naturais. Aqui está a importância delas:

1. Adubo natural (matéria orgânica)

Quando decompostas, as folhas secas se transformam em húmus — um adubo rico em nutrientes que melhora a fertilidade do solo.

2. Proteção para o solo

Elas atuam como uma cobertura protetora (mulch), ajudando a manter a umidade da terra, protegendo contra a erosão e variações bruscas de temperatura.

3. Abrigo para a vida do solo

Folhas secas criam um microambiente ideal para minhocas, insetos benéficos e microrganismos, todos essenciais para um ecossistema saudável no jardim.

4. Redução de ervas daninhas

Quando espalhadas sobre a terra, elas dificultam o crescimento de plantas indesejadas, reduzindo a necessidade de capina.

5. Sustentabilidade

Reaproveitar folhas secas evita a produção de resíduos e valoriza os ciclos naturais da natureza — é jardinagem ecológica e consciente.

Confraternização com o coelhinho 🐇 da Páscoa

A lenda do coelhinho da Páscoa tem diversas origens e versões, mas a mais popular conta que um coelho foi o primeiro a ver a ressurreição de Jesus e, por isso, foi incumbido de levar os ovos coloridos como símbolo de nova vida. Outras versões mencionam que os coelhos foram associados à fertilidade e à primavera, tornando-se um símbolo da Páscoa. 


Origens e Versões da Lenda:

A Lenda do Coelho da Páscoa:

Uma lenda comum conta que um coelho teria sido o primeiro a ver Jesus ressurreir, sendo então encarregado de levar os ovos coloridos como símbolo de nova vida. 

A Origem Alemã:

A tradição do coelho da Páscoa tem origem na Alemanha, onde era associado à fertilidade e à primavera. 

A Tradição do Ovo:

A associação dos coelhos com os ovos pode ter surgido quando crianças, procurando ovos escondidos, via a movimentação de coelhos, criando a ideia de que eles estavam entregando os ovos. 

A Lenda do Coelho e os Ovos:

Outra versão da lenda conta que um coelho, ao ver a tristeza de um passarinho que havia perdido seus ovos, os substituiu por outros, sendo recompensado com a missão de entregar ovos às crianças na Páscoa. 

A Lenda da Deusa Eostre:

Acredita-se que o coelho é símbolo da deusa Eostre, que personificava a fertilidade e a primavera. 

A Lenda do Coelho e o Passarinho:

Uma lenda brasileira conta que um coelho ajudou um passarinho a encontrar seus ovos roubados pela raposa, sendo então recompensado com a tarefa de entregar ovos às crianças na Páscoa. 

A Lenda do Coelho e a Transformação:

Uma lenda conta que um coelho teria se transformado em coelhinho, carregando ovos coloridos e distribuindo-os às crianças na Páscoa. 

Significado Cultural:

A lenda do coelhinho da Páscoa reflete a importância da fertilidade e da nova vida na comemoração da Páscoa, sendo um símbolo culturalmente significativo, especialmente para as crianças. 









 

Animação "Atlantis: O Reino Perdido"

Você percebe que em "Atlantis: O Reino Perdido", a Disney fugiu do padrão e ninguém deu atenção ao filme.

– Não há músicas, nem princesas, nem animais falantes. Há cultura antiga, saque colonial e uma mensagem poderosa: nem tudo o que você descobre… te pertence.

– Milo não é um herói musculoso. Ele é um nerd idealista, que ninguém escuta… até provar que seu coração vale mais do que seu currículo.

– Kida é uma das melhores "princesas" que a Disney já criou: sábia, guerreira, protetora de seu povo. E, ainda assim, a história não a colocou em um castelo, mas sim em batalha.

– A animação é belíssima, misturando arte steampunk, linguagem fictícia e mitologia. E o roteiro, para ser "infantil", tem mais profundidade que muitos filmes adultos.

Uma joia enterrada. Exatamente como a cidade que quis homenagear.



terça-feira, 15 de abril de 2025

Matopiba

O Matopiba é uma região formada pelo estado do Tocantins e partes dos estados do Maranhão, Piauí e Bahia, onde ocorreu forte expansão agrícola a partir da segunda metade dos anos 1980, especialmente no cultivo de grãos. O nome é um acrônimo formado pelas siglas dos quatro estados estados (MA + TO + PI + BA). 

A topografia plana e o baixo custo das terras comparado às áreas consolidadas do Centro-Sul levaram alguns produtores rurais empreendedores a investir na então nova fronteira agrícola. A expansão aconteceu sobre áreas de cerrado, especialmente pastagens subutilizadas, e só foi possível pela disponibilidade de tecnologias para viabilizar os plantios nas condições locais. Os sistemas de produção são intensivos desde a implantação e buscam alta produtividade.

A forma hexagonal perfeita das células do favo de mel

Você sabia que as abelhas constroem suas células de cria em formato circular e não hexagonal? Observe na foto a estrutura circular de um disco inicial da abelha Jataí. O formato  hexagonal ocorre posteriormente à construção das células  através do aquecimento e derretimento do cerume que escoa entre as células ocasionando a fusão e dessa forma toma o formato hexagonal. Muitos, equivocadamente atribuem às abelhas a capacidade de "realizar" cálculos estruturais e matemáticos complexos. Porém isso não acontece. Usando um favo de mel de Apis, cultivado em um centro de pesquisa em Pequim, a equipe do pesquisador Bhushan Karihaloo, afastaram cuidadosamente as abelhas e fotografaram as colmeias vazias segundos após a formação dos favos, proporcionando a primeira evidência clara de que as células começam naturalmente como círculos. Eles então observaram as abelhas no aquecimento da cera após a formação inicial da célula – um fenômeno identificado em estudos anteriores, mas nunca analisado em detalhes – e descobriram que esse é o passo fundamental na formação do hexágono para o favo de mel.


A forma hexagonal perfeita das células do favo de mel é considerada uma façanha incrível de quem domina conhecimentos de matemática e possui habilidade arquitetônica, fascinando e intrigando humanos há milênios. Hoje, sabe-se que as células começam como círculos. Ao aquecer as células, as abelhas fazem com que a cera derreta e flua como lava, fazendo com que as paredes das células caiam e assumam a forma de um hexágono. Os hexágonos possuem a maior relação superfície/perímetro, em comparação com outros polígonos que podem ser usados para ladrilhar o plano, o que sugere que as abelhas constroem suas células hexagonais para atingir a melhor economia de material (evita o desperdício). Ademais, estudos apontam que elas aquecem a célula de uma só vez, transformando círculos em hexágonos em apenas seis segundos, o que minimiza o gasto de energia e torna logo estável e resistente a colméia. Compreender como elas realizam isso com tanta firmeza, fineza e beleza é uma busca antiga que pode ajudar na criação de materiais estruturais e de construção mais leves, estáveis e resistentes.

“Há uma obra-prima, a célula hexagonal, que toca a perfeição. Nenhum ser vivo, nem mesmo humano, conseguiu, o que a abelha alcançou sozinha. E se a inteligência de outro mundo descesse e pedisse à Terra a criação mais perfeita, eu ofereceria o humilde favo de mel.” Maurice Maeterlinck, in The Bee's Life (A Vida da Abelha), 1901.

Referências:

https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rsif.2013.0299

https://www.elsevier.es/en-revista-science-tecnology-materials-395-articulo-effect-honeycomb-cell-geometry-on-S2603636318300083



Uma lição de criatividade, resiliência e beleza em meio à dificuldade!

Vestidos de Esperança: Quando Sacos de Farinha Viraram Moda na Crise 

Na década de 1930, em plena Grande Depressão nos EUA , sacos de farinha e cereais começaram a ganhar um novo propósito. Eles eram feitos de tecido, geralmente algodão, e muitas famílias mais pobres os reutilizavam para costurar roupas femininas e infantis .

Percebendo isso, a empresa Kansas Wheat teve uma ideia genial : passou a fabricar os sacos com estampas florais e coloridas , pensando especialmente nas mulheres que transformavam aquele material em vestidos e saias.

A iniciativa foi um verdadeiro sucesso! Algumas estampas já vinham até com moldes prontos para recortar , e a tinta usada nos logos era feita para sair facilmente após uma simples lavagem .

Mais do que uma jogada de marketing, foi um gesto de empatia e inteligência emocional . Esses tecidos estampados ajudaram mulheres a vestirem suas famílias e, muitas vezes, a ganharem uma renda extra vendendo as peças recicladas .

Uma lição de criatividade, resiliência e beleza em meio à dificuldade!



segunda-feira, 14 de abril de 2025

Cocar indígena brasileiro

O cocar é um adorno tradicional usado por muitos povos indígenas brasileiros. É um símbolo de identidade, status, história, conexão com a natureza e ancestrais.

Cocar indígena brasileiro
-Significado
Representa identidade, status, história, conexão com a natureza e ancestrais
-Uso
Adorno usado por caciques, guerreiros e pajés
-Confecção
Geralmente feito de penas presas a uma tira de couro ou de outro material
-Características
Cada povo tem um modo e um momento específico de uso

O cocar pode ter diferentes significados para os indígenas, dependendo da etnia. Por exemplo, para os Fulni-ô, o cocar é a conexão do guerreiro com o grande espírito.


Exemplos de significados do cocar

-Para a etnia Haliti-Paresi, as cores fortes e diversas do cocar são como escudos usados para rebater as energias negativas
-Na aldeia kayapó, o verde representa as mata e florestas, o vermelho simboliza a casa dos homens, e o amarelo representa as casas e as roças

As casas dos indígenas da etnia Paresi, chamadas de Hatí, são construídas com estruturas de madeira e fechadas com folhas, fibras e cipós

Descrição das casas
As casas dos indígenas são geralmente chamadas de maloca, oca, maioca ou oguassu
São construídas com estruturas de madeira, ligadas por encaixe
As paredes e telhados são fechados com folhas, fibras e cipós
As ocas são as habitações mais simples e são unifamiliares
Uma maloca pode ter várias ocas, cada uma delas destinada a uma família

Sobre os Paresi

Os Paresi são um povo indígena que acredita que os rios e as florestas são habitados por espíritos
Na casa dos homens, cultuavam uma serpente espírito e sua esposa
A serpente era representada por uma trombeta e a esposa, por uma flauta

Onde ver uma casa Paresi

É possível ver uma casa Paresi na aldeia Wazare da Terra Indígena Utiariti, em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso.


Maquete da Hati, casa indígena Parecí, destacando a estrutura principal (sem tesoura), de aroeira, e a estrutura secundária que suporta a palha (de guariroba), desenhando o formato da casa tradicional.

Na segunda imagem podemos ver outro detalhe da Hati, mostrando as portas, localizadas nas extremidades, sendo a porta principal aberta para o pátio e a outra servindo para a circulação doméstica. As portas estão orientadas no sentido leste/oeste, com o sol da manhã entrando no lado leste, voltado para o pátio.


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Oca indígena

Características

Construída com madeira e palha, sem divisórias internas

Tamanho

Pode chegar a 30 metros de comprimento

Construção
Pensada coletivamente, erguida por um grupo de homens de uma mesma tribo

Uso

Espaço de habitação coletivo e de desenvolvimento de tarefas cotidianas, como a produção de alimentos e objetos artesanais

Significado

A palavra oca vem do tupi oka, que pode significar "cobrir" ou "tapar"

Na tradição indígena, cabe aos homens construir e erguer a estrutura das malocas, enquanto as mulheres socam o barro a ser assentado no chão da habitação.


A oca é uma casa tradicionalmente construída por povos indígenas da América do Sul, em especial no Brasil. É um espaço de convívio familiar e comunitário, onde são realizadas atividades cotidianas e celebrados rituais e festas.


Galinhas Garnizé

É uma galinha ornamental que serve para adubar o solo, resolve o problema de pragas indesejáveis, como formigas, aranhas e até escorpiões em seu jardim.


A galinha garnizé pode ser um animal de estimação, adubar o solo e ajudar a controlar pragas.

Como animal de estimação
Algumas raças de garnizé, como a sedosa, são dóceis e recomendadas para crianças com deficiência

Adubação do solo
As galinhas transformam restos de comida e resíduos orgânicos em adubo

Controle de pragas
As galinhas ajudam a controlar pragas indesejáveis, como formigas, aranhas e até escorpiões

Benefícios para a saúde
A carne de frango é uma excelente fonte de vitaminas e minerais essenciais, como ferro, zinco, selênio e vitamina B12
O frango pode ser preparado de inúmeras maneiras, tornando-o uma opção atraente para refeições diversificadas e saudáveis

Sobre as galinhas
As galinhas são aves sociais, inquisitivas e inteligentes
Além de sua carne, fornecem ovos
As penas também têm utilizações industriais
As galinhas reciclam restos de comida e resíduos orgânicos do quintal

domingo, 13 de abril de 2025

Árvores frutíferas e identificando o primeiro ser vivo em uma horta

Estive realizando uma vistoria de área e avaliando o estado das instalações disponíveis para construir uma horta, observar o espaço disponível, considerar a quantidade de luz solar, drenagem do solo, e facilidade de acesso, ...

Aproveitei e fiz umas podas nas árvores frutíferas e inesperadamente surgiu um pequeno e ágil animal silvestre, que certamente vive nas copas das árvores daquele espaço.

Pasma, vi que era um sagui ou mico-estrela.

O primata arborícola começou a se comunicar com seus companheiros de espécie ou filhotes por meio de gritos e usando sua cordas vocais para alertar sobre o possível perigo.

Pensei rápido e lembrei que saguis são animais sociáveis, comunicativos, sensíveis, gostam de uma atenção especial e imediatamente resolvi  explicar o que estava fazendo ali e que não representava perigo para eles.

Não só disse, como discursei: "- ESTOU EM MISSÃO DE PAZ! ....
É uma horta escolar! Pedagógica! Vai estimular o desenvolvimento cognitivo e sensorio-olfativo, as crianças aprenderão a ciências, educação ambiental, matemática, ... , aprendizado prático, hábitos saudáveis e sustentáveis, ...
A palavra vale mais que a força, e o diálogo supera todos os obstáculos. "

Enfim, passado o susto, agradeci ao sagui, a São Francisco padroeiro dos animais e a Deus, pela compreensão do animalzinho.

No final, consegui gravar o vídeo do sagui assobiando, permaneceu assim por uns 20 minutos e depois tirei uma foto dele mais amistoso e amável. Tentei uma selfie de novos amigos, mas não consegui.

https://www.instagram.com/reel/DIZsJRiS_w8/?igsh=MWU0bm1jODM4cmViNQ==




sexta-feira, 11 de abril de 2025

Promover a inclusão e a qualidade da educação

Desafios

A necessidade de modificar valores tradicionais da educação, que podem excluir os diferentes
A necessidade de desenvolver novas políticas e reestruturar a educação
A necessidade de reconhecer e responder às diversas necessidades dos alunos
A necessidade de eliminar as barreiras encontradas para que se torne possível a inclusão

Estratégias

Estimular a interação entre estudantes, incentivando a colaboração e o trabalho em equipe
Implementar e apoiar políticas públicas
Promover a diversidade nas escolas
Desenvolver estratégias pedagógicas
Incluir a família
Apoiar parcerias
Ajustar-se aos diferentes ritmos de aprendizagem
Diversificar o ensino
Modificar os currículos
Usar recursos

Políticas

Implantar salas de recursos multifuncionais
Assegurar a acessibilidade arquitetônica nos prédios escolares
Garantir o acesso e a permanência das pessoas com deficiência na educação superior
Monitorar o acesso à escola de todos os favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC)


O objetivo deste artigo é discutir sobre a necessidade de professores e escola estarem preparados para lidar com os alunos que têm necessidades especiais e merecem participar de uma escola que os reconheça como pessoas que também podem participar da vida escolar. Para tanto, as escolas precisam prever recursos e apoio para atender às necessidades destes educandos. Pois a finalidade é desenvolver um trabalho diferenciado na educação inclusiva e o que se deve ser feito para integrar esses alunos. Na fundamentação teórica foram utilizados os estudos de Mantoan (2000, 2003), Mazzota (2005) Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, entre outros autores. O capítulo 1 aborda a Educação Inclusiva, apresenta um recorte histórico e uma reflexão sobre o que é a inclusão. O capítulo 2 aponta as mudanças necessárias à escola e o capítulo 3 enfatiza o professor na busca de novas aprendizagens importância de uma formação o prepare melhor para o exercício da profissão. 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS Este presente artigo apresenta um recorte histórico da Educação Inclusiva, de que forma a Educação Inclusiva é inserida dentro da escola regular, e se essa escola está preparada para acolher esses alunos com necessidades educacionais especiais. Tem como objetivo discutir sobre a importância de professores e escola  conseguirem novas aprendizagens para facilitar a inclusão desses alunos de forma prazerosa. O tema para este trabalho surgiu a partir da experiência de estágio em uma escola pública que recebe vários alunos com necessidades especiais e nos despertou para este estudo. São grandes os desafios da atualidade tanto para professores como para a própria escola, em construir novas aprendizagens para atender a esses alunos. Para fundamentar nosso trabalho foram utilizados os estudos de Mantoan (2000, 2003), Mazzota (2005) Declaração de Salamanca (1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, entre outros autores.

A Educação Inclusiva tem sido discutida em uma diversidade de contextos e a escola é o melhor local para promover a inclusão social e educacional desses alunos, onde a relação professor-aluno é extremamente importante. 

Uma educação de qualidade satisfaz aspectos que dá uma nova dimensão à escola no que equivale não somente na aceitação, como também na valorização das diferenças, resgatando os valores culturais respeito ao aprender e criar para melhor condição do ensino aprendizado. 

Segundo a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994), a história da educação especial começou a ser traçada no século XVI, com médicos e pedagogos que, desafiaram as opiniões vigentes na época, confiaram nas probabilidades de pessoas até então consideradas, que não necessitariam serem inseridos em escolas. Situados no aspecto pedagógico, numa sociedade em que a educação formal era direito de poucos, de longe se pensava na Educação Inclusiva. Esses antecessores desenvolveram seus trabalhos dando importância a temas que levasse a discursão, discursões essas que chegassem a melhor conceito para o ensino dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE). 

No entanto, apesar de alguns poucos conhecimentos inovadores desde o século XVI, o cuidado foi simplesmente primordial, e a institucionalização em asilos e manicômios foi a principal resposta social para tratamento dos considerados antissocial. Foi uma etapa de separação, justificada pela crença de que a pessoa diferente seria mais bem cuidada e protegida se limitada, no espaço separado logo para proteger sociedade dos “anormais”. 

Há seguir o século XIX com a evolução da Educação Inclusiva aceitaram a institucionalização da escolaridade obrigatória e a inabilidade da escola de responder pela aprendizagem de todos os estudantes com (NEE).

Já, na metade do século XX avançaram no processo educacional lentamente, pois só estudavam em classes de especiais separando-os cada vez mais de uma educação igualitária. Mas isso logo começou a mudar quando em meados dos anos 90 surgiu à inclusão escolar e ofereceu direito a todos com Necessidades Educacionais Especiais ser inseridos na escola regular. 

Entretanto, a escola passou por mudança tanto na sua estrutura quanto na equipe pedagógica para inserir o aluno nas classes comuns. Pois nessa concepção de educação inclusiva deu-se norte à prática politica educacional na escola regular. 

O fato de Educação Inclusiva ser parte do contexto escolar, não significa que os atores desta situação fiquem ausentes da responsabilidade de trabalhar a inclusão, uma vez que é se necessário estarem preparados para esse desafio de apresentarem e atuarem com metodologias estruturadas e diferenciadas, mas acima de tudo tendo relação entre o educador com o educando no ensino aprendizado. 

1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 

A Educação Inclusiva antes conhecida como Necessidades Educativas Especiais (NEE), era um modelo de atendimento escolar especial só para os alunos da elite que buscavam o ensino fora do Brasil em escolas especializadas, visto que os menos favorecidos ficavam sem serem alfabetizados. 

Nesse período pessoas com necessidades especiais não precisariam estudar, só precisariam de cuidados médicos. Pois os mesmos eram vistos como doentes ou anormais. Mas havia uma necessidade de uma educação de qualidades para todos. 

A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação. (JANNUZZI, 2004, p. 34)

No século XX, aos poucos, alguns cidadãos começam a dar importância às pessoas de deficiência e surge a nível mundial, movimentos sociais de luta contra a discriminação para defender a sociedade inclusiva. As formas de ensino daquela época acenderam muitas críticas levantando questionamento do ensino aprendizagem que excluía e não incluía. 

Enquanto este movimento crescia na América do Norte, ao mesmo tempo, o movimento reconhecia a diversidade e o multiculturalismo como essências humanas começaram a tomar e ganhar força na Europa em decorrência das mudanças geopolíticas ocorridas nos últimos 40 anos do século XX. Uma das consequências deste último movimento foi em 1990, o Congresso de educação para todos em Jamtien na Tailândia que tinha como propósito a erradicação do analfabetismo e a universalização do ensino fundamental tornara-se objetivos e compromissos oficiais do poder público perante a comunidade internacional. (STAINBAK e STAINBAK, 1999, p.36). 

Assim através de muita luta por parte da sociedade civil, movimentos e protestos políticos que chegaram às discussões se aprofundaram enquanto práticas educacionais, dando importância à inclusão das pessoas com deficiências à escola. 

De acordo com Mazzotta (2005), a evolução da Educação Especial no Brasil pode ser subdividida em dois períodos distintos: de 1854 a 1956 (iniciativas oficiais e particulares) e de 1957 a 1993 (iniciativas oficiais de âmbito nacional). 

Ainda a esse respeito, parece relevante destacar que:

Na primeira metade do século XX, portanto, até 1950, havia quarenta estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder público, sendo um Federal e os demais estaduais, que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais. Ainda, catorze estabelecimentos de ensino regular, dos quais um Federal, nove estaduais e quatro particulares, atendiam também alunos com outras deficiências. No mesmo período, três instituições especializadas (uma estadual e duas particulares) no atendimento de deficientes mentais e outras oito (três estaduais e cinco particulares) dedicavam-se à educação de outros deficientes. (MAZZOTA, 2005, p.31) 

Com isso houve uma erguida da Educação Especial dando aos alunos com necessidades especiais o acesso a escola. Mas ainda tinha muito a se fazer enquanto para inclusão escolar, o aluno também necessitava de ser incluído em escola regular, apesar dos avanços do momento ainda não satisfatório. Já em meados da segunda metade da década dos anos 90 com a propagação da conhecida Declaração de Salamanca (UNESCO 1994), que crianças e jovens com necessidades especiais devem ter acesso à escola regulares. 

Nesta mesma ocasião, no Brasil, não existia nenhum interesse pela educação das “pessoas consideradas idiotas e imbecis, persistindo, deste modo, na era da negligência” (MENDES, 1995; DECHICHI, 2001)

Para MENDES (1995), a educação especial era uma produção teórica referente à deficiência mental esteve restrita aos meios acadêmicos, com escassas ofertas de atendimento educacional para os deficientes mentais. 

Sabendo que no começo a Educação Especial se constituiu originalmente como campo de saber e área de atuação a partir de um modelo médico ou clínico. 

Os avanços logo começaram a surgir quando perceberam que no Brasil o índice de analfabetismo com relação a outros países da América já estava avançado em relação à educação especial. “Nesse período, houve uma grande expansão do ensino primário, caracterizado pela redução do tempo de estudo e multiplicidade dos turnos”. (MENDES, 1995). 

Conforme este aspecto, a Educação Especial que por muito tempo apresentou um sistema que separava o ensino de forma que não possibilitava nenhuma escolarização para esse aluno especial. Por isso houve a necessidade política educacional da época do país de criar a melhor forma de atender os alunos com necessidades especiais. 

Desse modo, pessoas com deficiência que não eram alfabetizadas ficavam impossibilitadas de ter acesso a bens políticos, culturais e materiais produzidos socialmente. Portanto essa situação mudou através da Educação Especial mostrando que pessoas com deficiências podem e devem ser respeitada socialmente. 

Uma educação de qualidade satisfaz aspectos que dá uma nova dimensão à escola no que equivale não somente na aceitação, como também na valorização das diferenças, resgatando os valores culturais respeito ao aprender e criar para melhor condição do ensino aprendizado. 

A educação inclusiva veio para resgatar direito de igualdade educacional independente de qual classe ou condição social que o aluno possa ter, se faz importante atender a todos sem diferença e descriminação. 

Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p7). 

Neste contexto, essa educação inclusiva vem acontecer de forma que os alunos possam se encontrar dentro de uma perspectiva educacional que corresponda a sua necessidade de acordo com o currículo de aprendizagem com estratégias flexíveis propostos pela sua escola inclusiva para melhor atender suas expectativas no processo educativo. Por essa razão, é evidente que cabe à escola e aos seus profissionais prepararem-se para garantir as condições de desenvolvimento de ensino e aprendizagem deste grupo. 

Assim, Educação Inclusiva não pode ser confundida com aquela educação especial do passado que se tratava mais de uma exclusão do que uma inclusão em relação ao ensino aprendizado da época, onde não havia escola regular para os alunos com deficiência e aos transtornos psíquicos. 

Entretanto, a pessoa com deficiência deve viver em uma comunidade onde não é tratado como um doente e sim como uma pessoa que dentro de suas limitações, tem capacidade de estudar ou mesmo trabalhar como qualquer pessoa.

Entender que a inclusão não é somente para as pessoas com deficiência, mas, para todas as pessoas que se encontrem em situações desfavorecidas educacionalmente, socialmente e financeiramente (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). Portanto é preciso fazer com que essa educação seja de forma favorável à sua necessidade, para que ele possa estar adaptado ao ambiente escolar como qualquer outra pessoa, pois educação inclusiva é fazer com que todos sejam iguais. 

Na sociedade contemporânea a educação inclusiva tem se mostrado um assunto de muitos debates entre órgãos políticos e educacionais, não vista mais como uma educação para doentes e sim para pessoas com necessidades especiais, onde pode ser incluída no ensino regular, dessa forma pode se exercer a democracia socialmente. 

No artigo 58 da Lei nº 9394/96, entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais. 

Portanto, a Educação Inclusiva tem o papel de ofertar a todos os alunos com necessidades especiais, escolas públicas garantidas por lei e que sejam bem estruturadas tanto na matéria quanto no físico.

Segundo BRASIL (2001): 

A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um estudo democrático. Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso continuado, ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida. (BRASIL, p.20) 

Dessa forma, todos os estudantes com deficiência que faz parte do ensino regular, na perspectiva de uma educação inclusiva a todos, precisam de um ensino onde a pedagogia realize a melhor forma de desenvolver práticas pedagógicas que envolva este aluno de maneira que ele se sinta incluído nesse contexto. 

A educação inclusiva faz que pessoas com necessidades educacionais possam exercer o direito de ser capacitado, através de um ensino que os qualifiquem. Com estratégias adequadas é possível que independentemente de qualquer tipo de necessidade específica alcance êxito educacionalmente. 

O ensino aprendizagem, da inclusão só tem a contribuir para a vida desse aluno. Tendo em vista que não há nenhuma outra metodologia de ensinar e aprender fora de um contexto escolar, apesar das diferentes origens socioeconômicas, culturais, religiosas, ou pessoas com diferentes deficiências e necessidades educacionais, precisam ser inseridas em uma inclusão garantida por lei, lei que deve ser inserida no ambiente escolar. 

Nesse sentido, o importante é que haja pluralidade, entre todos os que fazem parte da educação inclusiva sejam os educadores, sejam os educandos em fim todos do corpo escolar. Ações de políticas públicas voltadas à formação inicial ou continuada assegura a educação com excelência a todos deste processo educacional. 

Os dias atuais mostram que cada vez mais a escola tem que elaborar suas práticas para acolher às diferenças. Essas práticas podem fazer com que o aluno possa se desenvolver melhor no seu aprendizado. 

O fato, de que a inclusão deve ser vista como um compromisso, inserida nas escolas, só terá resultado quando a transformação escolar vier acontecer através de projetos de desenvolvimento concernente as práticas da inclusão.

2 MUDANÇAS NECESSÁRIAS À ESCOLA 

A escola necessita oferta ao aluno independente da sua condição física, psíquica ou financeira uma educação de qualidade. 

Segundo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC-SEESP, 1998). O conceito de escola inclusiva sugere em uma escola regular, indicar no projeto político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que beneficiem a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendem todos os alunos. 

A finalidade da inclusão no sistema educacional na escola regular com pessoas deficientes estabeleceu uma forma diferenciada do ensino aprendizagem. Consequentemente a inclusão depende de modificação de valores da sociedade e a existência de um novo modelo que não se faz com simples sugestões, mas com reflexões dos professores, gestores, pais, alunos e comunidade. No entanto se devem levar em conta as diferenças. Bem como colocar no mesmo espaço, ações tão diferentes e específicas não tão simples assim e muitas vezes, nem a escola especial consegue dar conta desse acolhimento de forma adequada, já que lá se tem demandas diferentes.

Gomes (1999) analisa que “a escola é um espaço sociocultural em que as diferentes presenças se encontram”. Logo permitir esses diferentes aspectos de forma harmoniosa e produtiva na escola, sempre foi um desafio, visto que, consecutivamente se buscou desenvolver um trabalho fundamentado na igualdade. 

Por isso, a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos necessitavam habituar-se a ela, chega constituindo um novo padrão onde a escola é que necessita se adaptar às necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na escola, o seu maior desenvolvimento. 

Uma escola comum só se torna inclusiva depois que se reestruturou para atender à diversidade do novo alunado em termos de necessidades especiais (não só as decorrentes de deficiência física, mental, visual, auditiva ou múltipla, como também aquelas resultantes de outras condições atípicas), em termos de estilos e habilidades de aprendizagem dos alunos e em todos os outros requisitos do princípio da inclusão, conforme estabelecido no documento, ‘A declaração de Salamanca e o Plano de Ação para Educação de Necessidades Especiais’. (SASSAK, 2004, p.2) 

Neste contexto, a escola deve se preparar para enfrentar o desafio de proporcionar uma educação com qualidade a todos os alunos com necessidades educativas especiais. Analisando que, cada aluno numa escola, apresenta suas próprias características, que os tornam únicos e especiais, instituindo uma variedade de valores e ritmos de aprendizagem. Pois trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir uma nova opinião da metodologia do ensino aprendizado, excluindo definitivamente o preconceito, de modo que sejam incluídos neste processo de ensino onde todos têm direito dessa inclusão.

Portanto, uma inclusão escolar de verdade é garantir à aprendizagem, criando uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde para acolher os alunos com Necessidades Educacionais Especiais. 

O ambiente escolar que trabalha inclusão, na perspectiva de uma prática pedagógica coletiva e flexível aos alunos com (NEE) tem o papel promover regras significativa que contribua na formação desde estudante. 

Por isso, a ação de inserir Educação Inclusiva na escola regular no meio social com uma metodologia educacional onde o aluno no cotidiano da escola pública tem que ser amparado no processo de ensino e aprendizagem como sendo de responsabilidade dos todos que fazem parte dessa escola. Pois trabalhar práticas pedagógicas inclusivas faz com quer a aprendizagem, desse aluno seja desenvolvida na importância dos conteúdos curriculares. 

As escolas abertas à diversidade são escolas [...] em que todos os alunos se sentem respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que não são indiferentes às diferenças. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não exclui não categoriza os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a dicotomia entre educação regular e especial. As escolas para todos são escolas inclusivas em que todos os alunos estudam juntos, em salas de ensino regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às habilidades e necessidades de todos. (MANTOAN. 2000, p.7-8). 

Entretanto, analisar a escola como, um espaço que é frequentado praticamente por todos não pode desconsiderar a sua importância no contexto da inclusão. Logo a escola precisa da condição ao aluno com necessidade educativa especial, para que ele se sinta amparado e acolhido dentro da escola. Assim a escola não está causando discriminação e tradição de uma cultura de exclusão que, além dos danos pessoais e escolares, também forma uma presença individual não coletiva, no contexto escolar, que transcorre os muros da escola e influência na ampliação profissional e social de seus alunos. 

O modelo educacional deve partir da escola que age categoricamente, na formação da personalidade de seus alunos. 

Entende-se que o acessório oferecido pela Educação Inclusiva não diz respeito ao ensino de conteúdos curriculares da escola comum: alfabetização, matemática, ciências, português, geografia, entre outras. Mas ao ensino de recursos, de linguagem, uso de equipamentos e códigos que sirvam para os alunos enfrentarem obstáculos que suas deficiências atribuem à aprendizagem nas salas de aula das escolas comuns: código Braille, Língua Brasileira de Sinais (Libras), língua portuguesa como segunda língua para surdos e entre outros. A coordenação de salas de recursos multifuncionais se constitui como espaço que promova acesso curricular aos alunos das classes comuns do ensino regular, onde se realizam atividades da parte, diferenciada como o uso e ensino de códigos, linguagens, tecnologias e outras complementares à escolarização. 

Neste contexto pedagógico se podem excluir barreiras físicas e de comunicação nas escolas. Em uma escola inclusiva, o ensinar e o aprender são processos dinâmicos, onde a aprendizagem não fica restrita a conteúdos e ao espaço físico da escola, ela transcende. Sendo assim, é que a inclusão combate às formas de opressão, injustiças e desigualdades, e estabelece formas de libertação, justiça e solidariedade. 

A relação do professor com aluno de Necessidades Educativas Especiais, não é uma tarefa fácil, requer uma amplitude por parte da sua prática pedagógica, para que se possa trabalhar com esse público antes se deve refletir sobre o conceito de uma prática tradicional onde Educação inclusiva não existia. Porém antes do século XX Essas metodologias de ensino que não atendia as necessidades dos educandos com necessidades educativas especiais por várias mudanças até chegar aos dias atuais com novas estratégias de ensino. 

Desse modo, a preparação do educando na Educação Inclusiva dentro da escola regular, admitem reverem sua própria formação, as suas referenciais teorias, metodologias, para incentivar expressão ao enfretamento da diversidade social e das diferenças de seus alunos, a buscar uma formação continuada e, acima de tudo uma modificação da cultura pedagógica. 

A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (LDB, 1996) 

No entanto, mesmo com a formação pedagógica o professor precisa ampliar seus conhecimentos com técnicas significativas podendo então criar estratégia para que o aluno interaja no contexto passado através da sua metodologia de ensino. Porém é necessária uma integração por parte do educador, com os seus estudantes existindo, melhor aspecto na aprendizagem. 

Diante disto, é imprescindível que o pedagogo em nível de licenciatura tenha formação continuada em Educação Inclusiva para melhor atender os alunos.

É importante, contudo, que a formação inicial dos professores trate, com solidez dos aspectos gerais que permeiam a educação especial permitindo que estes, percebam na sua prática de docência as necessidades especiais de seus alunos, assim como compreendam a educação inclusiva a partir de um olhar inclusivo. Contribuindo, com isso, para uma prática que considere as contingências e as possibilidades de melhora no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com (NEE) tendo em vista que este aspecto é a função principal da docência. (PINHEIRO, 2010, p. 71) 

Entende-se, que é prioridade na Educação Inclusiva assegurar uma educação, com professores que busquem aos estudantes (NEE) assegurar uma educação de qualidade, respeitando as diferenças e especialidade de cada pessoa, exercendo assim direto de prender com louvor. Pois só assim a inclusão é exercida como se deve, valorizando a diversidade e considerando a construção característica de cada individuo no seu cotidiano. 

Sabendo que o perfil do aluno com necessidades educativas especiais é peculiar a sua necessidade, não que dizer que ele seja diferente, apenas carece de atenção inclusiva por parte do pedagogo que lhe assiste. Logo, esse processo inclusivo requer dos profissionais projetos que apresentem mudanças curriculares, avaliativas e metodológicas na prática do ensino. Fazendo assim com que seu trabalho flua de modo que todos convivam em ambientes compartilhados nos quais, os alunos com NEE têm as mesmas oportunidades, contemplando-se o respeito, à solidariedade, a identificação mútua. 

Neste contexto, “Cada escola deve ser uma comunidade, conjuntamente responsável pelo sucesso de cada aluno. É a equipe pedagógica, mais do que o professor individual, que se deve encarregar da educação dos alunos com necessidades educativas especiais.” (Artigo 37.º da Declaração de Salamanca, 1994). 

O professor de Educação Especial é o responsável de apoiar e realizar planos, incentivando esse aluno a ter maior compreensão e diversidade no ensinoaprendizado. Por isso o olhar investigativo do pedagogo, deverá se dar por uma avaliação complexa, ou seja, que o método avaliativo atenda a cada estudante, individualmente, pois não existe uma única forma ou processo de avaliação da aprendizagem. 

A formação do professor em Educação Inclusiva não deixa de ser um desafio, porque a diversas possibilidades de ensinar os alunos com Necessidades Educacionais Especiais no ambiente escolar para promover o conhecimento no ensino aprendizado, se pede um conhecimento diferenciado, para garantir melhores recursos e serviços apropriados a esse aluno.

A Resolução CNE n.º I, de 11.9.2001, no artigo 18, § 2º, estabelece que: 

São considerados professores especializados em educação especial aqueles que desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais especiais para definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização, adaptação curricular, procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas, adequados ao atendimento das mesmas, bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor de classe comum nas práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais.(CNE, 2001) 

A formação de professores de educação especial deve realizar-se, ainda em licenciatura específica em educação especial ou em uma de suas áreas, preferencialmente junto com a licenciatura para educação infantil ou ensino fundamental (possivelmente para atuação na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental). Para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, a formação de professores deve ocorrer sob a forma de complementação de estudos ou de pós-graduação, posteriormente à licenciatura em diferentes áreas de conhecimento.

Por isso o professor especializado ele pode garantir um papel importante quando atua de forma colaborativa em sala de aula criando recursos que favoreçam estratégias pedagógicas que dê acesso do aluno no currículo comum, fazendo com que ele interaja em grupo, participe em todos os projetos e atividades no espaço escolar. 

Concernente na interdisciplinaridade como uma realidade a ser desejada no currículo pedagógico na formação do professor, é pensar numa proposta altamente coerente com o processo de inclusão escolar, visto que o complexo curricular se engajará na luta pela inclusão a fim de educar professores que possam compreender o paradigma da Inclusão, bem como suas considerações no contexto escolar. 

O desafio é construir e por em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender os alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem requeiram uma pedagogia diferenciada (BEYER, 2006, p. 76).

Contudo, a formação do professor neste contexto requer em desenvolver ou criar a melhor forma de condições nas atividades propostas. Logo o professor especializado, deve participar das reuniões técnico-pedagógicas, planejamento, dos conselhos de classe, da elaboração do projeto pedagógicos, desenvolvendo ação conjunta com os demais profissionais da escola para promoção da inclusão escolar. 

Nesse sentido, essa formação não se constitui numa tarefa fácil nem nos conhecimentos acadêmicos e escolares vão muito além é preciso ter: motivação luta contra a exclusão, participação e reflexão quanto a prática de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A educação inclusiva garante o acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribuindo para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças. Este artigo destacou em seus tópicos o valor de se rever as práticas pedagógicas e administrativas das escolas para que estas possam tornar-se espaços inclusivos. Entretanto a questão da escola regular, ressaltou-se o papel das políticas públicas como instrumento orientador desses espaços com a 16 participação e comprometimento dos professores na preparação e execução da metodologia utilizada. 

Quanto, à Educação Especial, reiteramos que a necessidade desta modalidade de ensino ser parte complementar, do ensino aprendizado, para que seus serviços possam ser implementados nas probabilidades da educação inclusiva, como prevê a Política Nacional da Educação Especial. No entanto a avaliação dos serviços de Educação Especial, entre os quais o Atendimento Educacional Especializado, mostra que igualdade e diferenças podem ter valores que não podem se separarem e com qualidade de acolher a todos nas escolas. 

Nosso intuito neste trabalho acadêmico é evidenciar que a inclusão propõe mudanças de padrões, avançando para novas práticas de ensino, competência do pedagogo, enfim, todos que fazem parte dessa educação inclusiva. Nesse aspecto Mantoan (2003) ressalta: 

A inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores e faz com que seja resinificada a identidade do aluno. O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais, permanentes, essenciais (MANTOAN, p.20). 

Nesse sentido, entende-se que a inclusão escolar é processo extenso, portanto ainda difícil de ser trabalhado. Contudo essa educação necessita de esforço, dedicação, e vontade, pois mudar o modelo que está posto durante décadas, abolindo as barreiras que impedem nossas ações e quebrando padrões conservadores oposto a Educação Especial. 

Por isso, o pedagogo e escola tem que estre de mão dadas na Educação Inclusiva que a cada dia possa se profissionalizar, buscando as melhores condições de ensinar reconhecendo as diferenças no olhar inclusivo. Portanto estar aberto às diferenças e ser capaz projetar e trabalhar para enfrentar os desafios da inclusão escolar criando uma educação de qualidade para todos desse contexto. 

O presente trabalho nos fez ampliar a visão sobre educação inclusiva e nos fez refletir sobre o compromisso de continuar nossos estudos a fim de estarmos mais capacitados para contribuir nesse processo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BEYER, Hugo Otto (2006). Da integração escolar à educação inclusiva: implicações pedagógicas. In: Baptista, C. R. (Org.) Inclusão e Escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação. P. 73 -81 

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BRASIL. constituição da república federativa do Brasil. Brasília: imprensa oficial, 1998. 

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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, 1994, Salamanca-Espanha. 

DECHICHI, C. Transformando o ambiente da sala de aula em um contexto promotor do desenvolvimento do Aluno deficiente mental. Tese (Doutorado em Psicologia Educacional) pontifícia. Católica de São Paulo, 2001. 

JANUZZI, Gilberta de Martinho. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas. Coleção Educação Contemporânea. Autores Associados. 2004. 

GOMES, Nilma Lino. Educação e diversidade cultural: Refletindo sobre as diferentes presenças na escola, 1999. Acessível em http://www.mulheresnegras.org 

MENDES, E. G. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a realidade. Educacional. 1995. Tese (Doutorado em Psicologia) Universidade de São Paulo, 1995.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. ____ Análise do documento. Parâmetros Curriculares Nacionais-adaptações curriculares/estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. FE/UNICAMPI: 1988 ____ Incluindo os excluídos da escola. FE/UNICAMP: 2000 ____ Pensando e fazendo educação de qualidade. São Paulo: Moderna, 2001. 

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer?. São Paulo: Moderna, 2003. (Col. Cotidiano Escolar). 

MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas/ Marcos José Silveira Mazzota-5. Ed.- São Paulo: Cortez, 2005. 

MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

PINHEIRO, Ana Paula Rocha. Formação de professores para inclusão de pessoas com necessidades especiais: o caso de cursos de licenciatura da UFRB. 2010. Monografia- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Amargosa/BA, 2010. 

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 5. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2004. 

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