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quinta-feira, 2 de maio de 2024

O que é aritmética?

Basicamente, esta é a parte da Matemática que estuda as operações numéricas, isto é, soma, subtração, multiplicação e divisão. Nas aventuras de Aritmética da Emília, o escritor Monteiro Lobato transforma a sua envolvente história num compêndio que expõe os princípios da área em questão, além de demonstrar a busca por uma saída da ideia cristalizada de compreensão da Matemática como um espaço hermético, dissociado dos demais componentes trabalhados não apenas ao longo de nossa educação básica, mas também no percurso de nossas vidas adultas, afinal, estamos constantemente em aprendizagem. Publicado em 1935, o livro é um dos mais conhecidos do escritor acoplado didaticamente no período da história de nossa literatura chamado pré-modernismo, fase de antecedentes das ideias perpetradas após o advento da Semana de Arte Moderna, de 1922. Monteiro Lobato, no entanto, vai além destas classificações, tendo atuado até a década de 1930, produzido ensaios, críticas e se envolvido em polêmicas com outros artistas da época, numa presença como agente do discurso que ainda hoje é debatido veementemente em diversos círculos de intelectuais.  

Sobre o livro:

Visconde de Sabugosa consegue transformar a matemática em uma grande aventura . Usando o Couro de Quindim com Lousa , ele explica as regras de maneira tão simples que a turma logo entende todos os conceitos. Para trabalhar o tema frações as crianças dividem uma deliciosa melancia . A tabuada fica fácil quando a aula é feita com Laranjas apanhadas do pé . Algarismos arábicos, algarismos romanos , adição, subtração , multiplicação ,divisão, números decimais , medidas números complexos e muitos outros pontos são abordados de forma lúdica.

Nesta viagem, Monteiro Lobato demonstra o seu interesse em promover debates sobre desenvolvimento intelectual do público infantojuvenil, afinal, era uma figura social que se envolvia com os debates de sua época, principalmente as discussões sobre educação. A problemática questão racial, em especial, o tratamento dado para Tia Anastácia, alvo de polêmicas na contemporaneidade, se encontra também neste livro, obra que precisa sim, ser lida e conhecida, orientada para os leitores jovens, permitindo a compreensão da mentalidade escravocrata da época, algo que permite aprendizagem com conscientização, sem a necessidade de anulação que é fruto dos desdobramentos da atual cultura do cancelamento.  

O livro é leve, divertido, inteligentemente escrito e com fluência que torna a sua leitura um passatempo grandioso, uma das primeiras publicações brasileiras com olhar lúdico voltado ao campo da Matemática.  

Aritmética da Emília (Brasil, 1935)

Autor: Monteiro Lobato







sábado, 27 de abril de 2024

Nomes indígenas dos estados de Brasil


Pindorama é o nome indígena do Brasil.

Esse roedor é chamado de Jerboa

Encontrado no Deserto de Gobi, na Mongólia e é muito conhecido por seus grandes pulos. Se vistos de lado parecem não têm membros anteriores, mas os possuem em tamanhos reduzidos, já os posteriores são grandes e avantajados.

São justamente esses últimos que permitem esses bichos com cerca de 10cm, pularem mais de 1,8m do chão!



Este é o esqueleto de um ornitorrinco.

Mamífero semiaquático e ovíparo é natural da Austrália e Tasmânia. De hábito crepuscular e/ou noturno, possui um focinho que lembra bico de pato e membranas interdigitais nas patas, como adaptação para a vida em rios e lagos.







Esse é o esqueleto de uma tartaruga.


O cágado Podocnemis expansa está distribuído pela bacia amazônica e ocorre em quase todos os seus afluentes. O esqueleto dos vertebrados é composto de cartilagem e osso e representa o produto de células de três linhagens embrionárias distintas. O crânio é formado por células da crista neural. O conhecimento do critério biológico para a seqüência de formação óssea é de suma importância para o entendimento da ontogenia. Assim, o propósito do presente estudo foi estabelecer etapas normais da formação da seqüência de ossificação dos elementos ósseos do crânio em P. expansa, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal. Coletaram-se embriões a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se morfometria e os embriões foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos. Neurocrânio: no estágio 19 o basisfenóide e o basioccipital apresentam centro de ossificação; no estágio 20 o supra-occipital e o opistótico, no estágio 21 o exoccipital e somente no estágio 24 o proótico. Dermatocrânio: o esquamosal, o pterigóide e a maxila são os primeiros elementos a iniciar o processo de ossificação, isso ocorre no estágio 16. Mas a maioria desses elementos ósseos apresenta centros de ossificação no estágio 17, são eles: frontal, jugal, pós-orbital, parietal, pré-maxila, pré-frontal, seguido do palatino e quadradojugal no estágio 19 e por último o vômer no estágio 25. O osso quadrado do esplancnocrânio, no estágio 23. Ossificação da mandíbula e aparelho hióide: tanto o dentário, coronóide e o supra-angular apresentam centros de ossificação no estágio 16 e o corpo branquial I no estágio 17. A seqüência e a sincronização da ossificação em P. expansa exibem similaridades, bem como diferenças, quando comparada com outras espécies de Testudines. Fica evidente que mais estudos quantitativos são necessários para documentar a variabilidade natural de formação dos ossos. 

Os ossículos da esclera são pequenas placas ósseas localizadas no globo ocular de muitos vertebrados e diferem em sua morfologia, desenvolvimento e posição dentro de diferentes grupos de vertebrados. Com objetivo de investigar o desenvolvimento, o número, a forma e a disposição dos ossículos da esclera, em Podocnemis expansa coletou-se 15 embriões, a partir do 18º dia de incubação natural e 16 espécimes adultos, pertencentes ao acervo do LAPAS, dos quais foram removidos os globos oculares. Os embriões e os globos oculares foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos. Apurou-se que os ossículos da esclera, nessa espécie de Testudines, possuem forma quadrangular, variam de 10 a 13 com 11,25 ± 0,93 e 11,43 ± 0,81, no olho direito e no olho esquerdo, respectivamente, e ocupam posição fixa, próximos à borda anterior da esclera. Os ossículos se desenvolvem de forma intramembranosa e começam a apresentar centros de ossificação no estágio 21, com dez centros de ossificação no olho direito e oito no olho esquerdo. No estágio 23, todos os ossículos do anel esclerótico aumentam em comprimento e se aproximam dos ossículos adjacentes, formando um anel. No estágio 26 os ossículos da esclera já se apresentam na disposição definitiva. 

Com objetivo de se investigar a seqüência de formação dos elementos ósseos que formam a coluna vertebral, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal em Podocnemis expansa, coletaram-se embriões e filhotes, a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se morfometria e os embriões e filhotes foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos e cartilagens. A coluna vertebral de P. expansa compreende oito vértebras cervicais, dez vértebras costais, duas vértebras sacrais e vinte vértebras caudais. No estágio 15 as vértebras ainda são constituídas por cartilagem. No estágio 17 a cartilagem começa a ser substituída por osso, e ocorre no sentido crânio-caudal. No estágio 19 todas as vértebras costais apresentam centros de ossificação, além das duas vértebras sacrais. A partir do estágio 20 as vértebras caudais começam a apresentar centros de ossificação. 

O Brasil tem a fauna mais rica de toda a América Central e do Sul, mas a maioria das informações sobre répteis é ainda preliminar. A Podocnemis expansa, conhecida popularmente como tartaruga-da-amazônia, é largamente distribuída pela bacia amazônica e seus afluentes. Com objetivo de investigar a seqüência de formação dos elementos ósseos que formam a carapaça, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal, em P. expansa coletaram-se embriões e filhotes recém-nascidos, a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se morfometria e os embriões foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos e cartilagens. A carapaça é composta por 8 pares de ossos costais, 11 pares de costelas, 7 ossos neurais, onze pares de ossos periféricos, 1 osso nucal que forma a parte cranial da carapaça, 1 osso supra-pigal e 1 osso pigal que forma a parte caudal da carapaça. No estagio 16 estão presentes centros de ossificação do segundo ao sétimo par de costelas. No estágio 19, iniciam-se expansões ósseas nas costelas mais craniais. Os ossos neurais começam a se ossificar no estágio 20, seguindo do osso nucal no estagio 21. No estágio 23 o primeiro par de ossos periféricos apresentam centros de ossificação. No estágio 26, os ossos supra-pigal e o pigal iniciam o processo de ossificação. A aproximação dos ossos que formam a armadura rígida da carapaça, só ocorre depois de 46 dias da eclosão. 

A Podocnemis expansa é conhecida popularmente como tartaruga-da- Amazônia e é considerada uma das espécies selvagens mais exploradas zootecnicamente. Com objetivo de se investigar a seqüência de formação dos elementos ósseos que formam o plastrão, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal, coletaram-se embriões e filhotes, a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se biometria e os embriões e filhotes foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos e cartilagens. Os ossos epiplastrão, endoplastrão, hioplastrão, hipoplastrão, xifiplastrão e o mesoplastrão formam o plastrão desse testudines. No estágio 16 observam-se centros de ossificação na grande maioria dos ossos do plastrão. De acordo com a retenção do corante alizarina a seqüência é: primeiro o hioplastrão e o hipoplastrão, depois o endoplastrão, seguido do xifiplastrão e por último o mesoplastrão. O osso epiplastrão mostra-se com centro de ossificação apenas no estágio 20. Todos esses elementos possuem centros de ossificação independentes e se unem posteriormente. O fechamento do plastrão só ocorre depois de sete meses após a eclosão.

Com objetivo de investigar a seqüência de formação dos ossos da cintura peitoral e do membro torácico, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal em Podocnemis expansa, coletou-se embriões e filhotes recémnascidos, a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se biometria e os embriões e filhotes foram submetidos à técnica de diafanização e coloração dos ossos e cartilagens. O esqueleto do braço (estilopódio) é composto pelo osso úmero e o esqueleto do antebraço (zeugopódio) compreende dois ossos, a ulna e o rádio. O esqueleto da mão (autopódio) é formado pelos ossos: ulnar do carpo (UC), central do carpo 2 (C2), central do carpo 3 (C3), ossos distais do carpo (DCI, DCII, DCIII, DCIV e DCV), pisiforme do carpo (PC), osso intermédio do carpo (IC), 5 ossos metacarpos (MCI, MCII, MCIII, MCIV e MCV) e 14 falanges, duas no primeiro dedo e três em cada um dos demais dedos, cuja fórmula falângica é 2:3:3:3:3. No estágio 19, a escápula, o processo acromial e o coracóide já mostram centros de ossificação. No estágio 16, observaram-se centros de ossificação no osso úmero, seguido pelo osso ulna e, finalmente, o osso rádio. No estágio 23, o IC apresenta centro de ossificação, no estágio 24, toda a fileira distal do carpo apresentou centros de ossificação, exceto do DC V. Ainda nesse estágio também se verificaram centros de ossificação nos UC, CII e CIII. O DCV só mostrou centros de ossificação no início do estágio 25. O PC somente é visto 40 dias após a eclosão. A retenção do corante nos metacarpos ocorre na seguinte ordem: MCIII > MCII = MCIV > MCI > MCV. No estágio 20 torna-se evidente que, em todos os metacarpos, os centros de ossificação progridem em direção às epífises. A seqüência de retenção de corante nas falanges distais (FD) ocorre na ordem: FD III > FD II > FD IV > FD I > FD V. Nas falanges médias (FM): FM III > FM IV > FM II > FM V. E, finalmente, nas falanges proximais (FP): FP I > FP III > FP IV > FP II > FP V. Diferenças e semelhanças na sincronização de ossificação são evidentes entre Podocnemis expansa e as espécies comparadas. Assim, não existe um padrão de osteogênese para todos os Testudines, devido à variação do local inicial de formação óssea e da seqüência de ossificação. 

Com objetivo de investigar a seqüência de formação óssea da cintura pelvina e dos membros pelvinos, nos diferentes estágios de desenvolvimento pré e pós-natal em Podocnemis expansa, coletou-se embriões e filhotes, a partir do 18º dia de incubação natural. Efetuou-se biometria e os embriões foram submetidos à técnica de diafanização com coloração dos ossos e cartilagens. A região do estilopódio é composta pelo osso fêmur, o zeugopódio compreende dois ossos, tíbia e fíbula e o autopódio é formado pelos ossos: intermédio do tarso (IT), fibular do tarso (FT), central do tarso (CT), distais do tarso (DTI, DTII, DT III e DTIV), 5 metatarsos (MtI, MtII, MtIII, MtIV e MtV) e 14 falanges, duas no quinto dedo e três em cada um dos demais dedos, cuja fórmula falângica é 3:3:3:3:2. No estágio 16 o fêmur, tíbia e fíbula apresentam centros de ossificação na diáfise progredindo para as epífises. No estágio 19, os ossos da cintura pelvina mostram centros de ossificação. Nos ossos do tarso o DT I é o primeiro a apresentar centros de ossificação, no início do estágio 24, seguindo com IT, depois o CT e o DT II no final do estágio 24, DT III e DT IV no estágio 25. O FT mostra centro de ossificação no último estágio embrionário, estágio 26. A retenção do corante nos metatarsos ocorre na seguinte ordem: MtIII>MtII=MtIV>MtV>MtI. No estágio 20 torna-se evidente que, em todos os metatarsos, os centros de ossificação progridem em direção às epífises. A seqüência de retenção de corante nas falanges distais (FD) ocorre na ordem: FD V > FD IV > FD III > FD II >FD I. Nas falanges médias (FM): FM III > FM IV > FM II > FM I. Nas falanges proximais (FP): FP V > FP I > FP II > FP III > FP IV. As diferenças e semelhanças na sincronização de ossificação são evidentes entre Podocnemis expansa e as espécies comparadas. Assim, não existe um padrão de osteogênese para os Testudines, devido à variação do local inicial de formação óssea e da seqüência de ossificação.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Como a água entra no coco

A água entra no coco por meio do processo de osmose, que ocorre através da casca externa fibrosa e da casca interna mais dura. A água presente no ambiente externo do coco possui uma concentração de solutos menor do que a água presente dentro do coco. Devido a essa diferença de concentração, a água tende a passar através das membranas celulares das células da casca externa e interna do coco para equilibrar a concentração de solutos. Como resultado desse processo de osmose, a água é gradualmente absorvida pelo coco, ficando retida dentro dele. Isso ajuda a manter a umidade e fornecer nutrientes para o desenvolvimento e a sustentação do fruto.



Esquema para captação e reaproveitamento da água da chuva.

As duas de cima são filtros com cascalho, areia, carvão, etc, a última o reservatório.