POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

Horta e alimentação saudável

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Livro: A horta da escola Aurora do Cerrado

A HORTA DA ESCOLA AURORA DO CERRADO

Um livro educativo sobre natureza, comunidade e aprendizagem viva

Autora: Renata Bravo

Está obra é uma ficção. Qualquer semelhança com pessoas, fatos ou lugares reais é mera coincidência.

APRESENTAÇÃO

Desde que os primeiros povos descobriram que a terra podia alimentar, cultivar tornou-se mais que sobrevivência, tornou-se conhecimento, cultura e cuidado.
Na Escola Aurora do Cerrado, localizada no fictício Estado de Verdejantes, em uma região de clima tropical, uma grande área improvisada no fundo do pátio aguardava destino.

O que muitos chamavam de espaço vazio, a escola enxergou como oportunidade.
Assim nasceu a horta educativa, um laboratório vivo que uniu professores, estudantes, famílias e a comunidade.

Este livro conta essa história.
E, ao mesmo tempo, ensina como a terra, quando tocada com respeito, ensina de volta.

CAPÍTULO 1
A TERRA SILENCIOSA


A Escola Aurora do Cerrado ficava em um bairro simples de Vila Esperança, uma cidade cheia de ventos quentes e árvores tortas pelo sol forte. Atrás da quadra esportiva, havia um terreno esquecido, onde a poeira se acumulava e apenas algumas plantas espontâneas teimavam em nascer.

A professora Mathilde Mendonza, de Ciências, observava aquela área todas as manhãs.

- Um espaço assim não gosta de ficar parado - ela dizia sempre.

Certa tarde, durante uma reunião pedagógica, Mathilde levantou a mão e lançou a semente da ideia:

- Que tal transformarmos o terreno ocioso em uma horta escolar? A terra aqui é fértil. Está só esperando gente.

A coordenação se surpreendeu, os professores se animaram e os estudantes… esses vibraram. Uma horta! Com plantas vivas! Com terra de verdade nas mãos!

Foi decidido: a escola deixaria de ser apenas muros, corredores e salas. Seria também chão, raízes e vida.


CAPÍTULO 2
A HORTA COMO SALA DE AULA


A diretora, Consuelo Duarte, convocou todos os professores para planejar um projeto interdisciplinar.

- A horta será mais que um plantio - explicou ela. - Será ensino de Ciências, de Matemática, de História, de Geografia, de Língua Portuguesa, de Arte… de vida!

E assim foi.

O caderno de campo

Cada turma ganhou um caderno especial para registrar:

temperatura do ar

umidade do solo

crescimento das plantas

quantidade de água usada

relatos de observação

desenhos dos estágios das hortaliças

O laboratório vivo

Mathilde explicou aos alunos:

- A horta é um laboratório vivo. Aqui nada é só teoria. Tudo respira, cresce, se transforma. É a natureza ensinando o que nenhum livro sozinho dá conta.

E todos aprenderam que:

o solo é formado por camadas

as minhocas arejam a terra

o húmus é o ouro do agricultor

cada planta tem época certa

sem o sol não há fotossíntese

sem água não há vida

A escola começava a mudar.

CAPÍTULO 3
O PRIMEIRO CONTATO

Na semana seguinte, as turmas foram para o terreno.
O sol brilhava forte quando o professor de Matemática, Juvenal Campos, anunciou:

- Hoje não teremos conta no quadro. Teremos medidas reais. Vamos dividir o terreno em canteiros.

Os estudantes pegaram cordas, estacas e fitas métricas. Aprenderam:

o que é área

como calcular perímetro

como dividir espaços proporcionalmente

como alinhar fileiras de plantio

Enquanto isso, a turma de Arte, com a professora Mirian Souza, pintava placas coloridas para identificar os canteiros: “Alface”, “Rúcula”, “Cebolinha”, “Coentro”, “Cenoura”, “Beterraba”.

O terreno que antes era poeira virou promessa.

CAPÍTULO 4
A VIDA NO SOLO

Antes de plantar, a professora Mathilde pediu:

Peguem um punhado de terra. Sintam.

Os estudantes colocaram a mão no solo e se surpreenderam.

- Cheira diferente!
- Tem bichinhos aqui dentro!
- Parece vivo!

Mathilde sorriu.

- Porque é vivo. A terra boa é cheia de seres microscópicos que decompõem matéria orgânica e criam nutrientes para as plantas.

Eles aprenderam sobre:

decompositores

macrofauna e microfauna

ciclo do nitrogênio

importância da matéria orgânica

pH ideal do solo

como a chuva infiltra no terreno

A horta já estava ensinando antes mesmo de ser plantada.

CAPÍTULO 5
A SEMENTE É UMA HISTÓRIA

O dia do plantio chegou.

Cada aluno recebeu sementes e mudas. O professor de História, Edilásio Penna, contou:

- A agricultura é uma das mais antigas criações humanas. Quando aprendemos a plantar, aprendemos também a viver em comunidade.

As crianças descobriram que:

sementes são pacotes de vida

cada espécie tem profundidade ideal

algumas plantas gostam de sombra parcial

outras precisam de sol pleno

a água deve ser suave para não arrancar a semente

E assim, mãos pequenas fizeram pequenos sulcos, colocaram sementes, cobriram com cuidado e regaram com carinho.

CAPÍTULO 6
O CRESCIMENTO QUE ENSINA

Os dias passaram. E algo mágico aconteceu: as primeiras folhas surgiram.

Os estudantes correram para ver:

- Olha! Ela nasceu!
- Meu canteiro está maior!
- O meu precisa de mais sombra!

A cada visita:

medições eram feitas

hipóteses eram levantadas

comparações eram registradas

folhas eram desenhadas

minhocas eram celebradas

A horta virou um livro aberto.

CAPÍTULO 7
O QUE A HORTA ENSINA SEM FALAR

Com o tempo, os alunos perceberam lições que não estavam nos cadernos:

que paciência é essencial

que cada planta tem seu ritmo

que nada nasce forte de um dia para o outro

que cuidar é tão importante quanto plantar

que comida não aparece magicamente nas prateleiras

que o tempo da natureza é diferente do tempo humano

Essas lições mudaram comportamentos.

Estudantes que não conversavam passaram a dividir regadores.
Turmas que disputavam espaço passaram a compartilhar canteiros.
A escola inteira descobriu que aprender junto é mais gostoso.

CAPÍTULO 8
A COLHEITA QUE ALIMENTA O CORPO E A MENTE


O grande dia chegou: colheita.

A merendeira Amara Clemente recebeu as hortaliças com brilho nos olhos:

- Nunca pensei que faria salada com o que vocês plantaram!

A cozinha ganhou cores: verde da alface, roxo da beterraba, laranja da cenoura, cheiro fresco da cebolinha.
A merenda escolar ficou mais saborosa e mais saudável.

Os alunos comeram orgulhosos:

— Parece mais gostoso porque fomos nós que fizemos!
— O sabor é diferente!
— Dá vontade de plantar mais!

E plantaram.

CAPÍTULO 9
A HORTA VAI PARA A COMUNIDADE

Ao verem o entusiasmo, as famílias começaram a visitar a escola.
Alguns pais ensinaram técnicas tradicionais de plantio; outras mães trouxeram sementes raras; avós contaram histórias antigas da época da roça.

A horta tornou-se ponte entre gerações.

Muitos estudantes criaram pequenas hortas em casa.
Outros ensinaram irmãos menores.
Alguns até venderam temperos para arrecadar fundos para a escola.

A natureza uniu a comunidade.

CAPÍTULO 10
PARA AS GERAÇÕES FUTURAS

A Escola Aurora do Cerrado criou um manual pedagógico do projeto, registrou tudo e deixou como herança para as próximas turmas:

protocolos de plantio

calendário agrícola local

fichas de observação científica

projetos interdisciplinares

relatórios ambientais

receitas feitas com a colheita

planos para ampliar o espaço

A horta tornou-se identidade da escola.

EPÍLOGO
A SEMENTE DA EDUCAÇÃO

A terra ensinou mais do que conteúdo programático.
Ensinou respeito, cooperação, paciência, responsabilidade, alimentação saudável, ciência, comunidade e esperança.

E em cada folha colhida, havia uma certeza:

Quando a escola planta conhecimento, a colheita é para a vida inteira.


COLEÇÃO COMPLETA
CADA LIVRO DESTA COLEÇÃO É TOTALMENTE AUTONÔMO, EDUCATIVO E FICICIONAL

AUTORA: RENATA BRAVO

LIVRO 1
CIÊNCIAS DA NATUREZA

“VIDA QUE BROTA DA TERRA”

Da Coleção Horta Viva - Escola Aurora do Cerrado

PRÓLOGO
A Terra chamava por eles

Havia na Escola Aurora do Cerrado um espaço quase esquecido: um terreno amplo atrás do galpão de artes, onde o vento brincava com o capim seco.
A professora de Ciências, Náyra Alencar, costumava passar por ali todos os dias. Cada vez que caminhava, sentia como se a terra lhe pedisse um favor em silêncio:

“Acordem-me. Deixem-me respirar. Quero voltar a ser vida.”

Um dia, decidiu: a nova turma do 6º ano daria início ao maior projeto de Ciências que a escola já vira, a Horta Aurora, mas antes disso, eles precisavam entender o que havia por baixo de seus pés: a vida invisível que brota da terra.

CAPÍTULO 1
A Terra que Respira

NARRATIVA

As crianças reuniram-se ao redor da professora Náyra, que segurava um punhado de solo escuro na palma da mão.
- Olhem bem para isto. Parece apenas terra, não é?
- Parece sujeira - respondeu Mateus.
Ela sorriu.
- E se eu disser que essa “sujeira” respira?

Os alunos se entreolharam.
A professora então colocou o solo dentro de um vidro com tampa e introduziu um pequeno sensor de oxigênio. Aos poucos, os números começaram a mudar.

- Viram? O solo consome oxigênio. Ele respira. E quando cuidamos dele, devolve a vida para nós.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

O solo é formado por matéria orgânica, areia, argila, água e ar.

Micro-organismos liberam gases e transformam nutrientes, como se fossem pulmões da terra.

Um solo saudável “respira” porque há vida nele.

ATIVIDADE

Montar o experimento com solo fechado em potes e observar variações de gases por dias.

CAPÍTULO 2
As Camadas da Terra, Camadas da Vida

NARRATIVA

A turma cavou um pequeno perfil de solo próximo à sombra de um jatobá. As camadas surgiam como páginas de um livro antigo.

- A natureza escreve sua história em capítulos de terra, disse Náyra.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Horizonte O (orgânico): folhas, galhos, restos que formam húmus.
Horizonte A: solo fértil onde as raízes se firmam.
Horizonte B: minerais, ferro, argila.
Horizonte C: rocha-matriz.

ATIVIDADE

Construir um Pote Estratificado: colher solos de diferentes pontos da escola e montar um frasco com camadas visíveis.

CAPÍTULO 3
Quem Alimenta as Plantas? O Banquete Invisível dos Nutrientes

NARRATIVA

A professora levou a turma até um canteiro onde folhas amareladas chamavam atenção.

- Esta planta está pedindo socorro, disse.
Os alunos começaram a investigar como verdadeiros cientistas.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Nitrogênio (N): fortalece folhas e caules > quando falta, a planta fica amarela.

Fósforo (P): energia, raiz forte, floração.

Potássio (K): resistência e defesa.

Esses nutrientes vêm do solo, de compostos orgânicos e da decomposição.

ATIVIDADE

Diagnóstico de plantas: identificar sintomas e criar uma ficha.

CAPÍTULO 4
O Ciclo da Água: A Jornada da Gota Clarinha

NARRATIVA

A professora contou uma história: Gota Clarinha, uma gotinha curiosa que caiu em uma folha de alface, infiltrou-se no solo, encontrou raízes e evaporou de volta ao céu.

As crianças ouviram com encanto, mas logo foram para a investigação prática.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Evaporação

Condensação

Precipitação

Infiltração

Transpiração

ATIVIDADE

Criar um mini-ecossistema fechado (terrário) e observar o ciclo da água funcionando dentro dele.

CAPÍTULO 5
A Microbiota Milagrosa: Vida Que Não Vemos

NARRATIVA

Com lupas em mãos, os alunos observavam pedacinhos de terra.
- Professora, parece um planeta! - disse Mila.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

O solo possui milhões de seres:

Bactérias fixadoras de nitrogênio

Fungos micorrízicos que ajudam raízes

Protozoários que controlam micróbios

Minhocas que arejam e formam túneis

ATIVIDADE

“O Hotel dos Micróbios”: montar caixas de decomposição com folhas, restos vegetais e solo para observar o processo ao longo das semanas.

CAPÍTULO 6
O Solo do Cerrado: Força que Renasce

NARRATIVA

A escola se localizava em uma região onde a terra era avermelhada, quente, forte.
A professora explicou:
- O Cerrado tem solos antigos, mas resistentes. A vida aqui aprende a persistir.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Latossolos: profundos, ácidos, ricos em ferro.

Argissolos: transição entre argila e areia.

Neossolos: jovens, rasos.

ATIVIDADE

Comparar amostras de solos da região com lupa e registro em tabela.

CAPÍTULO 7
Experimentos Científicos da Horta Aurora

NARRATIVA

A turma se sentiu como pequenos cientistas quando receberam jalecos simples feitos de TNT e cadernos de anotação.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Experimentos realizados:

1- Teste de infiltração da água

2- Medição de pH usando repolho roxo

3- Testes de retenção de umidade

4- Observação de decomposição

5- Montagem de composteira

ATIVIDADE

Relatório científico com hipóteses, resultados e conclusões.

CAPÍTULO 8
Ameaças à Terra Viva: O Que Pode Matar um Solo

NARRATIVA

Os alunos visitaram uma área erodida próxima à escola. Era como se a terra estivesse ferida.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Erosão

Compactação

Agrotóxicos

Queimadas

Perda de biodiversidade

ATIVIDADE

Elaborar cartazes e planos de mitigação para a escola.

CAPÍTULO 9
Projeto Final: O Laboratório Vivo do Solo

NARRATIVA

Depois de meses de estudos, observações e cuidados, o espaço abandonado ganhou vida.
Havia canteiros, composteiras, pluviômetro artesanal, bandejas de germinação e um mural de registros.

A horta finalmente respirava.

E, ao seu redor, as crianças também respiravam um novo tipo de conhecimento: o conhecimento que nasce da terra.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

O Laboratório Vivo inclui:

Área de experimentação

Área de observação

Cartografia da horta

Espaços de solo, água, clima e biodiversidade

Diário da Horta Aurora

Coleta de dados contínua

ATIVIDADE FINAL

Cada grupo cria um “Livro da Terra”, registrando todo o processo, ciência, poesias, relatos, desenhos.

EPÍLOGO
A Terra que Ensina

Com o vento soprando entre as folhas, a horta da Escola Aurora do Cerrado se transformou no maior laboratório que os alunos poderiam ter.

Porque a vida, afinal, sempre brota da terra,
basta que alguém se disponha a ouvir seu chamado.

~~~~~~

LIVRO 2
MATEMÁTICA

“CONTANDO SEMENTES, MEDINDO SONHOS”

PRÓLOGO
O Mistério dos Envelopes Numerados

Na manhã ensolarada de terça-feira, os alunos do 6º ano entraram na sala encontrando nove envelopes marrons sobre a mesa. Cada envelope tinha um número escrito à mão e um pequeno desenho de uma semente.

- Hoje vamos começar um desafio matemático que vem direto da terra, disse a professora Náyra, que, além de Ciências, também coordenava o projeto interdisciplinar.
Ao lado dela estava o professor de Matemática, Aramis Ventura, sorrindo de maneira enigmática.

- Dentro desses envelopes há o início da nossa jornada. Escolham com cuidado. A matemática da horta está viva e espera vocês.

A partir dali, cada capítulo seria uma etapa dessa aventura.

CAPÍTULO 1
O Enigma da Contagem: Quantas Sementes Cabem em um Sonho?

NARRATIVA

Os alunos abriram os envelopes. Dentro, encontraram sachês de sementes variadas: feijão, girassol, cenoura, coentro, rúcula. A tarefa parecia simples:

“Contem as sementes. Classifiquem-nas. Descubram seus padrões.”

Mas logo perceberam que nada era tão óbvio. Sementes de tamanho irregular, sementes grudadas, sementes incompletas…

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Conceitos trabalhados:

Contagem exata

Estimativa

Agrupamento

Classes e categorias

Noção de amostragem

A horta é um excelente laboratório para mostrar que a Matemática nasce do real.

ATIVIDADE

Criar uma “Caixa de Estimativas da Horta”: frascos com sementes onde os colegas tentam estimar quantidades antes de contar.

CAPÍTULO 2
Classificar para Compreender: A Ordem Secreta da Natureza

NARRATIVA

O professor Aramis espalhou sobre as mesas sementes de diferentes formas, cores e texturas.

- A natureza não é desorganizada. Somos nós que ainda não aprendemos a ver a ordem.

Os alunos, então, criaram sistemas de classificação próprios: por cor, tamanho, função, tipo de germinação. Cada grupo justificava matematicamente seus critérios.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Tabelas

Diagramas de Venn

Relações de equivalência

Séries e conjuntos

ATIVIDADE

Montar o “Banco de Sementes Matemático Aurora”, com fichas e classificações.

CAPÍTULO 3
Medidas e Proporções: A Matemática do Crescimento

NARRATIVA

Os alunos plantaram as primeiras sementes.
O professor Aramis pediu que trouxessem régua, fita métrica e caderno.

- O crescimento é uma história escrita em números.

Cada planta passou a ter seu próprio Diário de Medidas: altura, número de folhas, variações semanais.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Conceitos:

Medidas de comprimento

Tabelas de variação

Proporção e razão

Unidades de medida

Porcentagem de crescimento

ATIVIDADE

Criar gráficos de altura e fazer previsões (interpolação).

CAPÍTULO 4
Geometria dos Canteiros: Formas que Alimentam

NARRATIVA

A professora Náyra pediu ajuda para reorganizar a horta.
O professor Aramis sorriu:

- Eis o momento perfeito: vamos usar geometria.

Os alunos mediram áreas, calcularam perímetros, projetaram formatos de canteiros — quadrados, círculos, triângulos e até espirais.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Área e perímetro

Formas planas

Ângulos e orientação solar

Simetria e padrões geométricos

ATIVIDADE

Desenhar a planta baixa da horta em escala.

CAPÍTULO 5
Estatística Viva: O Retrato Numérico da Horta

NARRATIVA

A coleta de dados já era hábito na turma: altura das plantas, número de folhas, quantidade de água aplicada.
Aramis ensinou:

- A horta fala através dos números. Basta ouvir com atenção.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Média, moda e mediana

Gráficos de colunas e linhas

Gráficos de pizza

Interpretação de dados

Variáveis dependentes e independentes

ATIVIDADE

Montar o mural “Como crescem nossas plantas?” com gráficos coletivos.

CAPÍTULO 6
Padrões e Sequências: A Matemática das Espirais da Natureza

NARRATIVA

Durante a observação de flores de girassol, o professor mostrou a clássica espiral.

- A sequência de Fibonacci está por toda parte.

As crianças ficaram fascinadas ao descobrir padrões nas folhas, na disposição das sementes do girassol, nos brotos da horta.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Sequências numéricas

Fibonacci

Razão áurea

Padrões naturais (filotaxia)

ATIVIDADE

Criar mandalas de sementes seguindo padrões matemáticos.

CAPÍTULO 7
Problemas Matemáticos da Vida Real

NARRATIVA

A horta enfrentou desafios: alguns canteiros receberam água demais; outros, de menos. Um ataque de formigas exigiu cálculos para distribuir iscas naturais. A previsão de chuva mudou o calendário de plantio.

Os alunos resolveram cada situação usando Matemática:

Quanto de água cada canteiro precisa?

Se 40% das mudas não germinaram, quantas restaram?

Qual é a quantidade de composto por metro quadrado?

Qual é o custo de uma horta sustentável?

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Porcentagem

Regra de três

Proporcionalidade

Problemas de raciocínio lógico

ATIVIDADE

Criar “O Livro de Problemas da Horta Aurora”, com desafios autorais.

CAPÍTULO 8
Matemática e Sustentabilidade: Calculando o Impacto da Nossa Horta

NARRATIVA

Professor Aramis propôs uma investigação:

- Até onde a Matemática pode mostrar nosso impacto no mundo?

Os alunos calcularam economia de água, peso da colheita mensal, redução de resíduos graças à composteira.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Cálculo de consumo

Gramas, quilos e litros

Comparação de dados

Linha do tempo quantitativa

ATIVIDADE

Produzir um relatório anual: “Quanto a Horta Aurora salva o planeta?”

CAPÍTULO 9
Projeto Final: O Atlas Matemático da Horta Aurora

NARRATIVA

Depois de meses de trabalho, os números contaram a história da horta.
Alturas, gráficos, medidas, formas, padrões - tudo se transformou em um grande atlas, como um livro-mapa da vida que crescia.

O professor Aramis ergueu o volume finalizado:
- Aqui está. A Matemática não é só conta. É caminho, é descoberta, é vida.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

O Atlas Matemático inclui:

Mapa da horta

Gráficos de crescimento

Tabelas de medidas

Padrões geométricos

Problemas resolvidos e criados pelos alunos

ATIVIDADE FINAL

Exposição escolar: Feira “Números que brotam”.

EPÍLOGO
Sonhos Medidos, Vida Contada

A horta crescia.
As crianças cresciam junto com ela.
A Matemática, que antes parecia distante, agora morava nas sementes, nas mãos, nos olhos atentos.

Porque quando contamos sementes, também medimos sonhos.

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LIVRO 3
LÍNGUA PORTUGUESA

PALAVRAS QUE FLORESCEM: A HORTA COMO TEXTO VIVO

Da Série Interdisciplinar da Escola Aurora do Cerrado


APRESENTAÇÃO DO LIVRO

A horta escolar é mais que um espaço verde: é um texto vivo cheio de significados.
Cada planta, cada semente, cada gesto de cuidado carrega palavras, narrativas, descrições, instruções e poesias escondidas.
Este livro transforma a Horta Aurora do Cerrado em cenário, personagem e inspiração para o estudo da Língua Portuguesa, revelando como a natureza ensina a ler, escrever, falar e ouvir.

SUMÁRIO

PARTE I
NARRATIVA: O CADERNO VERDE DE ANE

1- Capítulo 1 - O Caderno que Mudou Tudo

2- Capítulo 2 - A Palavra que Nasceu da Terra

3- Capítulo 3 - A Conversa dos Ventos

4- Capítulo 4 - O Dia em que Plantaram um Poema

5- Capítulo 5 - Os Textos que Germinam

6- Capítulo 6 - A Colheita das Histórias

7- Capítulo 7 - O Festival das Palavras Frescas

8- Capítulo 8 - Quando a Horta Silenciou

9- Capítulo 9 - A Palavra Final

PARTE II
EXPLICAÇÃO DE CADA CAPÍTULO E OBJETOS DE APRENDIZAGEM

PARTE I - NARRATIVA COMPLETA

CAPÍTULO 1
O CADERNO QUE MUDOU TUDO

Ane, do 6º ano da Escola Aurora do Cerrado, nunca havia se interessado tanto pela aula de Língua Portuguesa.
Gostava de histórias, sim, mas não gostava de escrever. Achava difícil, lento, às vezes sem graça.

Até o dia em que a professora Anésia entregou a cada aluno um Caderno Verde, capa grossa, folhas recicladas, um adesivo com uma pequena muda de alecrim.

- Este será o seu Caderno da Palavra Plantada - anunciou a professora.
- Aqui, tudo o que escreverem poderá crescer.

Ane não entendeu de imediato, mas gostou da ideia.

O vento daquela manhã cheirava a terra molhada. Era o dia da inauguração oficial da Horta Aurora do Cerrado, construída pelos alunos, professores, merendeiras e até por alguns moradores da comunidade.

No final da aula, a professora disse:

- Quem quiser pode começar escrevendo lá fora. A horta é o nosso novo laboratório da língua.

Ane abriu o Caderno Verde pela primeira vez e escreveu timidamente:

“A horta fala. Mas eu ainda não entendo o idioma dela.”

E assim começou a história.

CAPÍTULO 2
A PALAVRA QUE NASCEU DA TERRA

As aulas de Língua Portuguesa passaram a acontecer entre as fileiras de hortaliças.
Anésia ensinava os gêneros textuais usando exemplos vivos.

Um bilhete era comparado a uma etiqueta de planta.
Uma instrução era comparada ao modo de plantar cenouras.
Uma descrição era inspirada nas texturas das folhas.

- A língua está em tudo. Basta observar - dizia ela.

Um dia, Lila percebeu algo curioso: quando ela se sentava próxima aos canteiros de manjericão, as ideias vinham com mais facilidade. O aroma parecia arrumar os pensamentos.

E escreveu:

“Se eu fosse uma palavra, seria verde.”

Anésia leu, emocionada.

- Uma frase simples, Ane. Mas cheia de imagem e sentimento. Isso é literatura começando a brotar.

CAPÍTULO 3
A CONVERSA DOS VENTOS

A escola ficava numa área onde os ventos do Cerrado tinham personalidade própria: às vezes calmos como leitura silenciosa; outras vezes barulhentos, como alunos em recreio.

A professora propôs:

- Vamos escrever textos poéticos sobre o vento da horta. Observem, sintam, esperem, escutem.

Cada aluno se espalhou.
Ane fechou os olhos.

Parecia ouvir conversas.
Suspiros.
Histórias contadas em outro idioma.

Ela escreveu:

“O vento passa e leva com ele palavras que ainda não inventei.”

O exercício virou o primeiro mural poético da escola.

CAPÍTULO 4
O DIA EM QUE PLANTARAM UM POEMA

O professor de ciências sugeriu:
- Vamos plantar flores para atrair polinizadores.

Anésia viu nisso uma oportunidade literária:

- E vamos plantar poemas junto.

Foi assim que cada aluno enterrou no solo um rolinho de papel biodegradável com versos escritos à mão.

- Poesia é semente - disse a professora.

Algumas semanas depois, entre folhas novas, começaram a surgir mini cartazes plastificados com trechos dos poemas.
Era a Exposição Brotação Poética.

Ane, surpresa, encontrou o seu:

“Dentro de mim é sempre primavera quando escrevo.”

CAPÍTULO 5
OS TEXTOS QUE GERMINAM

A turma estudou textos instrucionais, relatos de experiência, fábulas, diálogos, reportagens, crônicas.
Tudo inspirado na horta.

Criaram:

- receitas com verduras colhidas pelos alunos;
- entrevistas com as merendeiras;
- uma fábula sobre um tomate tímido;
- uma reportagem sobre a construção da horta;
- crônicas sobre amizade e cuidado coletivo.

Ane se descobriu repórter.
Gostava de ouvir, registrar e transformar fatos em linguagem.

Sentiu que escrever era conversar com o mundo.

CAPÍTULO 6
A COLHEITA DAS HISTÓRIAS

O semestre estava terminando.
A horta estava exuberante.
As palavras também.

A professora pediu que cada aluno escolhesse seu texto favorito do Caderno Verde.

Ane escolheu uma narrativa chamada “O Sol que me Ensina”, em que o sol conversava com ela e explicava que a escrita também precisa de paciência, repetição e um pouco de calor no coração.

Na apresentação para a comunidade, Ane leu seu texto em voz alta pela primeira vez.
E percebeu que sua voz era mais firme do que imaginava.

CAPÍTULO 7
O FESTIVAL DAS PALAVRAS FRESCAS

A escola realizou o 1º Festival das Palavras Frescas da Aurora do Cerrado.

Tinha:

- recitais poéticos
- contações de histórias
- leitura dramática
- exposição de crônicas
- peça teatral criada pelos alunos
- receitas escritas e degustações com verduras da horta

Ane foi convidada a abrir o festival. Ela começou dizendo:

- Escrever é regar o que ninguém mais vê, até que floresça.

Aplausos surgiram como chuva fina.

CAPÍTULO 8
QUANDO A HORTA SILENCIOU

Um dia de verão, uma tempestade forte atingiu a escola.
A horta foi parcialmente danificada.
Algumas mudas ficaram destruídas.

Os alunos ficaram entristecidos.

— Mesmo quando tudo parece destruído, ainda há o que escrever — disse Anésia.

Ela propôs um desafio:

“Escrevam sobre o silêncio.”

Ane hesitou, mas escreveu:

“O silêncio da horta é um pedido de ajuda, mas também uma promessa de recomeço.”

E, de fato, recomeçaram: limparam, reconstruíram, replantaram.

A linguagem da horta se tornou ainda mais preciosa.

CAPÍTULO 9
A PALAVRA FINAL

No encerramento do ano letivo, os alunos encontraram envelopes colados em seus cadernos, escritos pela professora:

“A palavra que você cultiva hoje será a sombra que acolherá alguém amanhã.”

Ane fechou o Caderno Verde com carinho.
Agora sabia falar o idioma da horta.
E sabia, sobretudo, ouvir.

PARTE II - EXPLICAÇÃO PEDAGÓGICA DE CADA CAPÍTULO

Cap. 1 - Gênero Diário / Escrita Inicial

Objetivos: registrar sentimentos, iniciar contato com escrita espontânea, desenvolver voz autoral.

Cap. 2 - Descrição e Linguagem Sensorial

Estudos sobre adjetivação, metáfora, sentidos e observação detalhada.

Cap. 3 - Poesia e Figuras de Linguagem

Trabalha ritmo, sonoridade, personificação, imaginação e sensibilidade literária.

Cap. 4 - Poesia Concreta e Projeto Artístico-Literário

Integração entre escrita e artes visuais; processo de publicação escolar.

Cap. 5 - Múltiplos Gêneros Textuais

Instruções, relatos, fábulas, crônicas, entrevistas, reportagens.
Aprendizagem contextualizada.

Cap. 6 - Leitura em Voz Alta / Oralidade

Confiança, fluência, expressão, comunicação com público.

Cap. 7 - Produção Final / Curadoria de Textos

Evento que valoriza autoria; formação de leitores e escritores.

Cap. 8 - Texto Reflexivo / Narrativa Intimista

Trabalha empatia, resiliência, escrita emocional, interpretação subjetiva.

Cap. 9 - Fechamento / Autoavaliação Poética

Desenvolvimento metacognitivo: como escrevo, por que escrevo, como cresci.

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LIVRO 4
HISTÓRIA

RAÍZES DO TEMPO: A HORTA QUE GUARDA MEMÓRIAS

Da Série Interdisciplinar da Escola Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

A história está em tudo: nas plantas, nas mãos que cultivam, nos alimentos que atravessam séculos e migram de um continente a outro.
A Horta Aurora do Cerrado torna-se aqui uma máquina do tempo, permitindo que os estudantes compreendam ciclos, tradições, povos, migrações e modos de vida.

Este livro transforma o estudo da História em uma aventura narrativa, guiada por personagens que descobrem que cada verdura esconde uma história ancestral.

SUMÁRIO

PARTE I - NARRATIVA: “O BAÚ DE SEMENTES DA PROFESSORA AYNA”

1- Capítulo 1 - O Baú Antigo

2- Capítulo 2 - As Sementes-Passaporte

3- Capítulo 3 - As Hortas dos Povos Antigos

4- Capítulo 4 - Uma Linha do Tempo que Brota

5- Capítulo 5 - Histórias que Vieram em Barcos

6- Capítulo 6 - O Cerrado, a Casa das Raízes

7- Capítulo 7 - Memórias das Mãos que Plantam

8- Capítulo 8 - A Grande Exposição Viva

9- Capítulo 9 - A História que Se Replanta

PARTE II - EXPLICAÇÃO PEDAGÓGICA E CONTEÚDOS

PARTE I - NARRATIVA COMPLETA

CAPÍTULO 1
O BAÚ ANTIGO

Na sala de História da Escola Aurora do Cerrado havia um objeto misterioso sobre a mesa da professora Ayna: um baú de madeira escura, com desenhos entalhados de folhas, rios e pássaros.

Quando a turma chegou, ela disse apenas:

- Aqui dentro existe história viva. E vocês vão descobri-la.

Os alunos se entreolharam, curiosos.
Ane, personagem que já conhecemos dos outros livros, levantou a mão:

- Professora, história viva? Tipo… sementes?

Ayna apenas sorriu.

- Abram e vejam.

Dentro do baú havia centenas de envelopes pequenos, cada um com o nome de um vegetal… e uma data.
Algumas eram muito antigas.

No fundo do baú, uma mensagem:

“Cada semente carrega um povo, um tempo e um caminho.”

A aventura começava ali.

CAPÍTULO 2
AS SEMENTES-PASSAPORTE

A professora explicou que o projeto do semestre se chamaria “Raízes do Tempo”.
Os alunos escolheriam envelopes, pesquisariam as origens daqueles alimentos e voltariam à horta para plantá-los com consciência histórica.

Uma semente poderia ter vindo dos Andes.
Outra, da savana africana.
Outra, de povos originários brasileiros.

- Cada vegetal é um passaporte para viajar no tempo - dizia Ayna.

Ane escolheu quinoa, e descobriu povos inteiros que a consideravam sagrada.
Pedro escolheu milho, e ouviu histórias do avô sobre antigas plantações familiares.
Maya escolheu quiabo, e se emocionou ao descobrir sua ancestralidade africana.

As sementes deixavam de ser objetos: viravam memórias.

CAPÍTULO 3
AS HORTAS DOS POVOS ANTIGOS

A professora levou a turma ao laboratório e projetou imagens:

- hortas circulares indígenas
- jardins suspensos babilônicos
- terraços incas
- hortas de mosteiros medievais
- hortas coloniais
- quintais de comunidades quilombolas

Cada uma respondia às necessidades de um povo, a sua geografia, seu clima e sua cultura.

- Vocês vão criar uma horta inspirada em um desses modelos.
A escolha seria coletiva.
Os debates foram ricos: uns preferiam terraços incas; outros, o círculo indígena; alguns queriam misturar elementos.

Decidiram: um círculo dividido em setores, representando cada cultura estudada.

A horta ganhava significado global.

CAPÍTULO 4
UMA LINHA DO TEMPO QUE BROTA

A turma construiu no chão, ao lado da horta, uma Linha do Tempo dos Alimentos no Mundo.

Ela começava 10 mil anos atrás, na agricultura do Crescente Fértil, e seguia até hoje.

Para cada cultura, cada época, cada povo, uma semente era colocada no ponto correspondente.

Havia cartazes assinados pelos alunos:

- “Tomate: do México para o mundo.”
- “Mandioca: raiz indígena brasileira.”
- “Arroz: múltiplas origens na Ásia.”
- “Melancia: viajante africana.”
- “Cenoura: mudou de cor com o tempo.”

A linha do tempo virou um museu a céu aberto.

CAPÍTULO 5
HISTÓRIAS QUE VIERAM EM BARCOS

Ayna reuniu relatos:

- alimentos que cruzaram oceanos;
- sementes carregadas em porões de navios;
- espécies que migraram com imigrantes que buscavam um novo lar;
- espécies que sobreviveram a expulsões, escravizações e diásporas.

Os alunos criaram diários fictícios, como se fossem as próprias sementes viajando:

“Sou um grão de milho. Fui colhido por mãos incas, viajei em sacos pesados e hoje estou nas mãos de uma menina chamada Ane.”

A consciência histórica nascia suave, profunda e afetiva.

CAPÍTULO 6
O CERRADO, A CASA DAS RAÍZES

A turma visitou o entorno da escola com apoio de um guia ambiental da comunidade.

Ele falou sobre:

- as plantas nativas do Cerrado;
- raízes profundas que guardam água;
- os ciclos de fogo natural;
- as espécies alimentares pouco conhecidas.

Os alunos ficaram impressionados com a força da biodiversidade local.

Ane escreveu:

“O Cerrado não é só um bioma. É um tempo diferente que mora debaixo da terra.”

E começaram o canteiro das espécies nativas, parte essencial do projeto.

CAPÍTULO 7
MEMÓRIAS DAS MÃOS QUE PLANTAM

Ayna convidou moradores antigos da região para uma roda de conversa.

Vieram:

- Dona Dorizete, descendente de agricultores;
- Seu Lázaro, ex-morador de roça comunitária;
- Maria das Brotas, cozinheira que aprendeu tudo com sua avó.

Cada um contou histórias de plantio, festas, colheitas, rezas, ferramentas antigas.

A turma percebeu que História não estava apenas nos livros, mas nas pessoas.

Foi criado o “Livro das Mãos Sabidas”, onde os alunos registraram relatos orais e fizeram desenhos.

CAPÍTULO 8
A GRANDE EXPOSIÇÃO VIVA

O semestre terminou com a Exposição Viva - A História que Floresce.

A horta foi dividida em:

- setor indígena
- setor africano
- setor das migrações europeias
- setor asiático
- setor nativo do Cerrado

Havia placas explicativas, códigos para leitura, QR codes com áudios gravados pelos próprios alunos contando as histórias das plantas.

A comunidade ficou impressionada.
Era um museu vivo, que mudava a cada estação.

CAPÍTULO 9
A HISTÓRIA QUE SE REPLANTA

No último dia, Ayna devolveu aos alunos envelopes com as sementes que eles mesmos haviam colhido.

- A história continua com vocês. Plantem longe. Plantem perto. Plantem no tempo.

Ane guardou seu envelope no bolso do caderno.
Sabia que ali havia mais que alimento: havia identidade, pertencimento, memória.

E escreveu:

“A história não termina: ela brota.”

PARTE II - EXPLICAÇÃO PEDAGÓGICA DOS CAPÍTULOS

Cap. 1 - Introdução ao conceito de patrimônio histórico

Reconhecer objetos como fontes históricas.

Cap. 2 - Linha do tempo e difusão agrícola

Pesquisas, origem dos alimentos, processos de migração humana.

Cap. 3 - Povos antigos e modos de cultivo

Comparações culturais e históricas; análise de sociedades.

Cap. 4 - Construção de linha do tempo

Ferramenta visual e concreta para compreender periodização.

Cap. 5 - Colonização, escravidão e diásporas

Compreensão sensível de movimentos históricos e seus impactos.

Cap. 6 - Bioma Cerrado como patrimônio natural

História ambiental e geográfica.

Cap. 7 - História oral

Valorização de memória, identidade, comunidade.

Cap. 8 - Curadoria histórica

Organização de exposição viva; desenvolvimento de competências.

Cap. 9 - Continuidade histórica e cidadania

Reflexão final sobre tempo, cultura, responsabilidade e preservação.

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LIVRO 5
GEOGRAFIA

MAPAS QUE BROTAM DA TERRA: CAMINHOS DA HORTA AURORA DO CERRADO

Da Série Interdisciplinar da Escola Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

A Geografia nasce do olhar curioso: observar o espaço, entender os caminhos da água, sentir o vento, ler o solo, interpretar mapas e compreender como o ser humano transforma o ambiente.
A Horta Aurora do Cerrado é o cenário perfeito para isso.

Este livro transforma o espaço geográfico da horta em objeto de estudo e imaginação, mostrando como plantas, lugares, mapas e pessoas se conectam num grande sistema vivo.

SUMÁRIO

PARTE I - NARRATIVA: “O MAPA SECRETO DE ARYEL”

1. Capítulo 1 - O Mapa Encontrado na Garrafa

2. Capítulo 2 - A Cartografia das Raízes

3. Capítulo 3 - Quando a Horta Virou Bússola

4. Capítulo 4 - Os Territórios do Vento

5. Capítulo 5 - O Rio Invisível

6. Capítulo 6 - A Viagem das Sementes pelo Mundo

7. Capítulo 7 - Os Climas que Conversam com a Terra

8. Capítulo 8 - O Dia em que o Solo Falou

9. Capítulo 9 - A Geografia que Floresce

PARTE II — EXPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS E CONTEÚDOS

PARTE I - NARRATIVA COMPLETA

CAPÍTULO 1
O MAPA ENCONTRADO NA GARRAFA

Aryel, aluno do 7º ano da Escola Aurora do Cerrado, adorava explorar o pátio.
Certo dia, caminhando perto do local onde a horta começou a ser construída, encontrou uma garrafa de vidro meio enterrada.

Dentro havia um mapa amarelado, com desenhos de plantas, setas e símbolos estranhos.

No topo do papel, em letras tortas:

“Mapa Vivo da Terra que Cuida”.

Sem perceber, Aryel acabara de abrir caminho para o maior projeto de Geografia que a escola já vivera.

CAPÍTULO 2
A CARTOGRAFIA DAS RAÍZES

A professora de Geografia, Dona Elíria, examinou o mapa e sorriu:

- Alguém conhecia bem a arte da cartografia.

O papel trazia:

- curvas de nível, mesmo que simples;
- símbolos que indicavam diferentes tipos de solo;
- setas que mostravam direção dos ventos;
- desenhos das plantas originais do Cerrado.

Mas havia também espaços em branco.

- Essa será nossa missão: completar o mapa vivo da horta e seus arredores.

A turma aprendeu que mapas são representações, escolhas, códigos.

Criaram uma legenda coletiva:

▲ - árvores
○ - canteiros
- áreas úmidas
-> - direção dos ventos
✦ - espécies nativas

A horta virava um atlas em construção.

CAPÍTULO 3
QUANDO A HORTA VIROU BÚSSOLA

A professora ensinou a turma a usar bússolas simples.

Achavam que seria difícil.
Mas o encantamento tomou conta quando perceberam:

- o leste exato dos nasceres do sol;
- o oeste brilhante do fim das aulas;
- o norte apontando para o bosque;
- o sul abraçando o campo de areia.

Com isso, dividiram a horta em quadrantes.

Lila observou:

- Professora… algumas plantas crescem mais no quadrante norte.

Elíria explicou:

- A influência da luz solar muda tudo.

Assim, aprenderam orientação, pontos cardeais e insolação.

CAPÍTULO 4
OS TERRITÓRIOS DO VENTO

A turma instalou fitilhos coloridos em diferentes pontos da horta.
O objetivo: observar a direção e a intensidade dos ventos.

Descobriram:

- ventos calmos pela manhã;
- rajadas mais fortes à tarde;
- redemoinhos locais perto das árvores;
- áreas protegidas naturalmente.

Essas observações permitiram planejar canteiros:

- espécies delicadas em locais protegidos;
- plantas altas onde o vento ajudava a polinização.

E o mapa ganhou flechas maiores e menores, desenhadas pelos alunos.

Aryel escreveu no caderno:

“O vento é um viajante que desenha o espaço.”

CAPÍTULO 5
O RIO INVISÍVEL

Durante uma observação após a chuva, a turma percebeu que a água sempre seguia o mesmo caminho.
A professora explicou o conceito de escoamento superficial.

- Existe um rio invisível aqui, - disse Aryel.

Criaram o “Mapa das Águas”:

- áreas onde a água se acumula;
- áreas de infiltração;
- trilhas que a água percorre;
- lugares em risco de erosão.

A partir disso, construíram pequenos canais de drenagem e sistemas de captação simples.

A horta agora era sustentável, e “inteligente”.

CAPÍTULO 6
A VIAGEM DAS SEMENTES PELO MUNDO

Geografia também é movimento.

A turma estudou a origem geográfica das plantas horta:

- tomate: região mesoamericana
- pimenta: Andes
- quiabo: África
- manjericão: Ásia tropical
- couve: Mediterrâneo
- mandioca: povos originários brasileiros

Usando linhas de barbante em um globo terrestre de papelão, traçaram rotas:

“Rotas das Sementes Migrantes.”

Aryel percebeu:

- As plantas viajam como pessoas. Carregam histórias.

A Geografia humana entrava em cena.

CAPÍTULO 7
OS CLIMAS QUE CONVERSAM COM A TERRA

Elíria trouxe gráficos de temperatura e pluviometria da região.

Os alunos compararam:

- meses mais secos;
- meses mais chuvosos;
- temperaturas médias;
- regime solar do Cerrado.

Com isso, entenderam:

- estações adequadas para cada cultivo;
- importância do clima na agricultura;
- como eventos climáticos extremos afetam o espaço.

Criaram o Calendário Agroclimático da Horta Aurora.

Um trabalho lindo, com aquarelas e legendas.

CAPÍTULO 8
O DIA EM QUE O SOLO FALOU

A professora ensinou a testar o solo:

- textura (arenoso, argiloso, siltoso);
- cor;
- porosidade;
- pH.

A turma percebeu que diferentes partes da horta tinham solos distintos.

E assim surgiram áreas de:

- raízes profundas,
- hortaliças leves,
- folhosas que gostam de sombra,
- plantas aromáticas.

O mapa agora incluía zonas de solo, algo que surpreendeu até outros professores.

Aryel escreveu:

“O solo fala com quem sabe ouvir.”

CAPÍTULO 9
A GEOGRAFIA QUE FLORESCE

No fim do semestre, a turma finalizou o Mapa Vivo da Horta Aurora do Cerrado:

- orientação;
- ventos;
- águas;
- solos;
- culturas associadas;
- rotas de origem das plantas.

O mapa foi plastificado e exposto no corredor da escola.

E a professora disse:

- Vocês não aprenderam apenas a ler mapas. Aprenderam a ler o mundo.

Aryel olhou o grande painel colorido e pensou:

“A Geografia é uma plantação de perguntas que nunca para de crescer.”

PARTE II - EXPLICAÇÃO PEDAGÓGICA DOS CAPÍTULOS

Cap. 1 - Cartografia básica

Introdução a mapas, símbolos, legendas, leitura espacial.

Cap. 2 - Representação do espaço

Conceito de paisagem e território; mapas mentais.

Cap. 3 - Orientação e pontos cardeais

Bússola, sol, sombreamento, orientação prática.

Cap. 4 - Dinâmica dos ventos

Climatologia básica, microclimas e influência no cultivo.

Cap. 5 - Hidrografia local

Escoamento, infiltração, erosão, captação de água.

Cap. 6 - Geografia humana das plantas

Migrações, rotas agrícolas, globalização histórica.

Cap. 7 - Clima e agricultura

Estudo dos climas, estações do ano, calendário agrícola.

Cap. 8 - Pedologia

Tipos de solo, fertilidade, manejo responsável.

Cap. 9 - Síntese cartográfica

Produção final, leitura crítica do espaço, cidadania ambiental.

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LIVRO 6
ARTES

“CORES DA TERRA, FORMAS DA VIDA”

Coleção Interdisciplinar Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

A horta da Escola Aurora do Cerrado é um espaço de criação.
Cada semente plantada desenha uma forma; cada cor revelada pela natureza inspira uma paleta; cada textura do solo, da folha ou da água convida o olhar a transformar ciência em arte.

Este livro traz uma narrativa poética sobre descobertas estéticas e sensíveis vividas pelos estudantes, revelando como a arte floresce quando as mãos tocam a terra.
Em seguida, apresenta reflexões e explicações pedagógicas que aprofundam conteúdos de artes visuais, teatro, música, composição, estética, processos criativos e educação sensível.

PARTE I - NARRATIVA LITERÁRIA

“CORES DA TERRA, FORMAS DA VIDA”

CAPÍTULO 1
O DIA EM QUE AS CORES DESPERTARAM

Era cedo na Escola Aurora do Cerrado quando Nira, do 5º ano, percebeu algo curioso: o sol, ao bater na horta recém-regada, criava pequenos arco-íris nas gotas.

- “A horta está pintando luz!”, exclamou.

A professora de Artes, Maestra Lígia, sorriu:

- “E você acabou de descobrir o primeiro pincel da natureza: o sol.”

A partir daquele dia, Nira nunca mais olharia a horta de forma comum.
Ela veria as cores escondidas em tudo, no verde, no dourado do solo, no roxo da beterraba, no vermelho das flores, no azul imaginado do céu dentro de cada gota d’água.

CAPÍTULO 2
PALETA VIVA DO CERRADO

Em uma aula ao ar livre, Maestra Lígia levou tintas, papéis e lupas.

- “Hoje vamos descobrir quantas cores existem na horta.”

Os alunos catalogaram:

- cinco tons de verde nas folhas
- quatro variações de marrom no solo
- três amarelos diferentes nas flores
- um rosado delicado na raiz exposta de um rabanete
- as listras brancas da cebola
- o laranja profundo da cenoura

Nira concluiu:

- “A horta é uma paleta que nunca acaba.”

CAPÍTULO 3
TEXTURAS QUE CONTAM HISTÓRIAS

Maestra Lígia propôs uma atividade de frottage (técnica de atrito).
Os alunos posicionaram folhas, cascas, pedras e galhos sob as folhas de papel e passaram giz por cima.

As texturas revelaram:

- nervuras de folhas
- ranhuras de troncos
- rachaduras da terra seca
- desenhos inusitados das cascas de abóbora

- “Cada textura guarda uma história de vida”, disse a professora.

Nira passou o dedo nas texturas e imaginou que eram impressões digitais da natureza.

CAPÍTULO 4
O TEATRO DAS PLANTAS

Na semana seguinte, os alunos montaram pequenas encenações baseadas na vida das plantas:

- A semente tímida que acorda no escuro
- A raiz que explora caminhos
- O caule que espreguiça
- As folhas que dançam com o vento
- A flor que recebe um visitante inesperado (uma abelha interpretada com muito humor)
- O fruto que amadurece e oferece alimento

Nira fez o papel do vento, sempre presente, sempre invisível, sempre em movimento.

As plantas ganhavam voz e personalidade.
O teatro mostrava que a horta é cheia de personagens silenciosos.

CAPÍTULO 5
CANÇÃO DO SOLO, MÚSICA DAS FOLHAS

Durante uma roda de observação, Maestra Lígia pediu silêncio absoluto.

De repente, todos ouviram:

- o som delicado das folhas roçando
- o canto distante de um pássaro
- o vento passando pelas cercas
- o barulhinho suave da água no regador
- um inseto vibrando como uma nota aguda

- “A natureza já compõe sua própria música”, explicou a professora.
- “Nosso papel é ouvir.”

A turma compôs então a Sinfonia da Horta, unindo instrumentos feitos com materiais naturais:

- chocalhos de sementes
- tambores de troncos ocos (simulados com caixas)
- flautas improvisadas
- batuques no chão

Nira sentiu que a música fazia a horta respirar.

CAPÍTULO 6
ESCULTURAS DE LUZ E SOMBRA

Ao final de uma tarde, Lígia levou a turma para observar sombras.

As sombras das plantas formavam:

- silhuetas longas e hieráticas
- recortes geométricos
- figuras abstratas
- arabescos inesperados

Os alunos criaram esculturas feitas com galhos secos, pedras e folhas que, ao receberem luz, projetavam sombras diferentes.

- “Escultura não é só massa e forma”, explicou Lígia. “É também o que a luz cria.”

Nira ficou fascinada: era como se a horta tivesse dois mundos, o visível e o da sombra.

CAPÍTULO 7
A GRANDE EXPOSIÇÃO: ARTE COLHIDA DA TERRA

No final do semestre, a escola organizou a Exposição Aurora das Artes, com obras criadas na horta.

Havia:

- pinturas de observação
- mosaicos de sementes (feitos com cuidado para não desperdiçar)
- esculturas de argila retirada de maneira sustentável
- peças de teatro filmadas
- letreiros de poesia feitos com galhos
- instrumentos musicais artesanais
- fotografias das sombras
- diários visuais da horta

Nira apresentou seu quadro favorito:
“O Sol que Pinta a Terra”, uma aquarela feita com pigmentos naturais.

A horta, naquela noite, parecia uma grande galeria viva.

PARTE II - EXPLICAÇÕES EDUCATIVAS (CAPÍTULO POR CAPÍTULO)

Capítulo 1 - O dia em que as cores despertaram

Conceitos: teoria da cor, interação luz-matéria, percepção visual, sensibilização estética.
A horta como espaço para observar fenômenos ópticos e variações de luz.

Capítulo 2 - Paleta viva do Cerrado

Conceitos: tonalidades, matiz, saturação, observação cromática, estudo das cores naturais.
Mostra como o Cerrado possui uma ampla paleta que pode inspirar a pintura e o design.

Capítulo 3 - Texturas que contam histórias

Conceitos: textura natural, frottage, composição visual, leitura tátil do ambiente.
As texturas da horta revelam características biológicas e estéticas.

Capítulo 4 - O teatro das plantas

Conceitos: improvisação, personificação, dramaturgia simples, expressão corporal.
Transforma processos naturais em linguagem cênica.

Capítulo 5 - Canção do solo, música das folhas

Conceitos: paisagem sonora, acústica natural, criação musical, instrumentos alternativos.
Amplia a escuta sensível e aproxima música e meio ambiente.

Capítulo 6 - Esculturas de luz e sombra

Conceitos: escultura, tridimensionalidade, luz, sombra, contraste, composição.
A horta como laboratório de observação dos efeitos luminosos.

Capítulo 7 - A grande exposição

Conceitos: montagem de exposição, curadoria escolar, artes integradas.
Os alunos tornam-se criadores e curadores de suas próprias obras.

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LIVRO 7
EDUCAÇÃO FÍSICA

“CORPO EM MOVIMENTO NA HORTA”

Coleção Interdisciplinar Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

O corpo também aprende.
Movimentar-se na horta da Escola Aurora do Cerrado é compreender o espaço, sentir o clima, perceber o ritmo da natureza e transformar tarefas simples em práticas de consciência corporal.

A horta não é apenas um ambiente de cultivo, mas um campo de experiências motoras, onde crianças e jovens exploram equilíbrio, força, coordenação, lateralidade, respiração, interação social e cuidado com o meio ambiente.

Este livro une narrativa literária e explicações pedagógicas, mostrando como o movimento humano transforma a relação com a terra — e como a terra devolve ao corpo uma nova forma de se mover.

PARTE I - NARRATIVA LITERÁRIA

“CORPO EM MOVIMENTO NA HORTA”

CAPÍTULO 1
O PRIMEIRO PASSO NA TERRA

O professor de Educação Física, Mauro Benício, decidiu começar o semestre com uma aula diferente.

Levou sua turma para a horta.

- “Hoje, o nosso ginásio é o chão da Aurora do Cerrado.”

Os alunos acharam estranho.
Mas assim que pisaram na terra fofa, perceberam que o corpo reagia de outro modo: o solo afundava levemente, pedindo equilíbrio; as pedras exigiam atenção; o vento esfriava e aquecia a pele; os perfumes de ervas despertavam a respiração.

A aluna Íris, do 8º ano, abriu um sorriso:

- “É como se meu corpo acordasse.”

CAPÍTULO 2
CORRIDA ENTRE OS CANTEIROS

O professor Mauro propôs um circuito de corrida leve entre os canteiros.

O percurso incluía:

- curvas suaves
- pequenos saltos sobre troncos
- desvio de obstáculos naturais
- trechos de aceleração
- zonas de desaceleração para observar as plantas

- “O movimento também é respeito”, explicou Mauro.
- “Corremos sem prejudicar os canteiros, percebendo o espaço.”

Íris percebeu que, ali, correr era mais do que velocidade: era ler o ambiente com o corpo.

CAPÍTULO 3
EQUILÍBRIO DAS HORTALIÇAS

Na aula seguinte, Mauro trouxe um desafio:

- “Vamos treinar equilíbrio usando elementos da natureza.”

Os alunos caminharam sobre:

- linhas de pedras
- troncos estreitos
- caminhos sinuosos marcados no solo

Depois, equilibraram pequenos pesos (feitos de saquinhos de areia) enquanto caminhavam lentamente.

- “É assim que a cenoura cresce”, brincou Íris, segurando o peso imóvel como se fosse uma folha na brisa.

O equilíbrio não era apenas físico, mas mental.

CAPÍTULO 4
FORÇA DAS RAÍZES

O professor pediu ajuda dos estudantes para abrir um novo canteiro.

Usaram:

- enxadinhas leves
- pás pequenas
- ancinhos
- baldes de água

Durante o trabalho, Mauro explicou:

- “A força que usamos precisa ser consciente. Nada de exagero. Observem o corpo.”

Íris aprendeu que força não é só potência, é também controle, postura, respiração e ritmo.

Era como as raízes das plantas: fortes, mas inteligentes.

CAPÍTULO 5
ALONGAMENTOS NA SOMBRA DO JAMBO

No fim da manhã, os alunos se reuniram sob a sombra do grande jambo da escola.

Fizeram alongamentos inspirados na natureza:

- postura do tronco
- respiração de vento
- alongamento em raiz
- movimento ondulante das folhas
- postura da flor aberta

Íris sentiu que o corpo ficava mais leve enquanto o vento atravessava a copa do jambo.

- “O corpo também floresce”, disse baixinho.

CAPÍTULO 6
JOGOS COOPERATIVOS DA COLHEITA

Mauro inventou jogos cooperativos baseados na colheita:

- Corrida da Cestinha: equipes precisavam encher uma cesta com hortaliças de brinquedo.
- Travessia da Irrigação: transportar copinhos de água sem derramar.
- Desafio dos Polinizadores: jogo de pega-pega em que quem “polinizava” (tocava) acumulava pontos em grupo.

O foco não era competição, era união.

- “A natureza não compete para destruir. Coopera para sobreviver”, explicou Mauro.

Íris percebeu que cooperar deixava o corpo mais confiante.

CAPÍTULO 7
RESPIRAÇÃO DO CERRADO

Em um fim de tarde, o professor conduziu uma atividade de respiração consciente na horta.

Os alunos fecharam os olhos e escutaram:

- o som dos insetos
- o vento nos capins
- a água escorrendo do regador
- as folhas batendo umas nas outras

Mauro falou:

- “Respirem como o Cerrado respira: lento, profundo e atento.”

Íris sentiu uma calma nova, como se ela própria fosse parte da paisagem.

CAPÍTULO 8
A CAMINHADA DO ENCANTO

A última aula foi uma trilha leve pelos arredores da escola.

Durante o percurso, o professor pediu que notassem:

- o ritmo natural do corpo
- os músculos que mais atuavam
- o impacto do chão
- a postura
- a hidratação
- a percepção da paisagem

A trilha terminava em um mirante onde era possível ver toda a Escola Aurora do Cerrado - e sua horta viva.

Mauro concluiu:

- “O corpo também cria raízes quando aprende a se mover com consciência.”

Íris sorriu. Agora, sabia que movimento era mais que exercício, era relação.

PARTE II - EXPLICAÇÕES EDUCATIVAS (CAPÍTULO POR CAPÍTULO)

Capítulo 1
O primeiro passo na terra

Conceitos: propriocepção, consciência corporal, estímulos sensoriais, ambientação natural.
A horta como espaço de percepção do corpo no ambiente.

Capítulo 2
Corrida entre os canteiros

Conceitos: resistência aeróbica, coordenação espacial, velocidade com controle ambiental.
Ensina a movimentar-se respeitando o espaço natural.

Capítulo 3
Equilíbrio das hortaliças

Conceitos: equilíbrio estático e dinâmico, coordenação motora fina e grossa.
A natureza como referência para exercícios motores lúdicos.

Capítulo 4
Força das raízes

Conceitos: força funcional, ergonomia, movimentos conscientes, cadeia muscular.
Mostra como tarefas da horta podem desenvolver força com segurança.

Capítulo 5
Alongamentos na sombra do jambo

Conceitos: flexibilidade, respiração, consciência postural, relaxamento.
Integra práticas corporais inspiradas na observação da natureza.

Capítulo 6
Jogos cooperativos da colheita

Conceitos: cooperação, sociabilidade, comunicação não violenta, ludicidade.
Evita a competição excessiva e valoriza objetivos coletivos.

Capítulo 7
Respiração do Cerrado

Conceitos: respiração profunda, atenção plena, consciência ambiental.
A horta como espaço para práticas de concentração e calma.

Capítulo 8
A caminhada do Encanto

Conceitos: caminhada, resistência, ritmo corporal, leitura do espaço geográfico.
Expande a horta como território de movimento e exploração.

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LIVRO 8
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

GUARDIÃO DA TERRA, GUARDIÃO DA VIDA

Coleção Interdisciplinar da Escola Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

A Escola Aurora do Cerrado nasceu rodeada de árvores de cascas retorcidas, flores resistentes e um céu que mudava de azul a dourado ao longo do dia. Dentro desse cenário, alunos e professores descobriram que a horta escolar era mais do que um espaço de cultivo: era um convite para compreender o planeta.

O oitavo livro da coleção traz uma narrativa educativa sobre responsabilidade ambiental, sustentabilidade e consciência ecológica. Cada capítulo combina história, conceitos, projetos práticos, diálogos pedagógicos e reflexões éticas, formando o coração do trabalho de Educação Ambiental da escola.

CAPÍTULO 1
O CHAMADO DA TERRA

Narrativa

Era início de agosto quando o vento quente trouxe um cheiro doce de terra molhada - mesmo sem chuva. Os alunos estranharam, mas Cecília, a professora de Ciências Ambientais, explicou:

- A Terra fala com quem sabe escutar.

Naquele dia a turma recebeu um desafio: transformar a horta da escola em um laboratório vivo de sustentabilidade.

O líder da turma, Ravi, perguntou:

- Professora, mas como vamos saber o que a natureza precisa?

Ela sorriu, retirou uma muda de pequizeiro da sacola e respondeu:

- Observando. Investigando. E cuidando.

Explicação Educativa

O capítulo introduz:

Sensibilização ambiental

O conceito de ecossistema escolar

O Cerrado como bioma rico e ameaçado

Observação da natureza como método científico e ético

Atividade Sugerida

Caderno da Terra: cada aluno cria um diário para registrar sensações, descobertas e perguntas sobre o ambiente.

CAPÍTULO 2
PEQUENAS AÇÕES, GRANDES MUDANÇAS

Narrativa

Durante a semana, os alunos começaram a observar pequenos problemas: lixo espalhado, desperdício de água na pia da cantina, folhas queimadas no quintal vizinho.

Ravi anotou tudo. Helena desenhou soluções. Otávio criou um mapa dos problemas. Jade escreveu cartazes educativos.

Em assembleia, reuniram suas ideias e criaram o Pacto do Cuidado, com ações reais para mudanças cotidianas.

Explicação Educativa

Conceitos trabalhados:

Sustentabilidade prática

Consumo consciente

Redução, reutilização e reciclagem

Mapas ambientais

Projeto do Capítulo

Criação do Pacto do Cuidado da turma ou da escola.

CAPÍTULO 3
O CICLO DA VIDA

Narrativa

Na horta, os alunos aprenderam sobre o ciclo das plantas. Mas Cecília apontou algo maior:

- O ciclo da vida depende da relação entre todos os seres: água, solo, plantas, insetos, humanos.

Ravi observou uma joaninha e perguntou:

- Até ela faz diferença?

- Sem dúvida - disse Cecília - uma joaninha protege nossas plantas dos pulgões. Ela é pequena, mas essencial.

Explicação Educativa

Conceitos:

Cadeia alimentar

Ciclo de nutrientes

Relações ecológicas (cooperação, predação, mutualismo)

Importância da biodiversidade

Atividade

Mapa da Cadeia da Horta: os alunos representam graficamente como seres vivos se relacionam.

CAPÍTULO 4
O TESOURO INVISÍVEL: O SOLO

Narrativa

Para entender o solo, Cecília levou a turma até uma clareira atrás da escola. Com pequenas pás, as crianças coletaram amostras. Cada uma tinha cor, textura e cheiro diferentes.

- O solo é como uma biblioteca - explicou a professora - guarda histórias de milhares de anos.

Ravi ficou impressionado ao descobrir que um punhado de terra viva contém mais seres do que pessoas em uma cidade inteira.

Explicação Educativa

Camadas do solo

Solo fértil, arenoso, argiloso

Microorganismos úteis

Erosão e preservação

Experimento

Construção de um perfil de solo em garrafas PET.

CAPÍTULO 5
A ÁGUA QUE NOS MOVE

Narrativa

Depois de dias secos, uma chuva intensa caiu. A turma correu ao pátio e viu a água escorrendo pelo chão, levando terra da horta.

- Isso é erosão! - disse Cecília.
Jade se assustou:
- Vamos perder nossa horta?!

A turma decidiu construir um sistema simples de contenção e reaproveitamento da água de chuva.

Explicação Educativa

Ciclo da água

Importância da água potável

Erosão

Captação e reaproveitamento

Projeto

Mini cisterna artesanal

Relevo artificial para observar fluxo da água

CAPÍTULO 6
O AR QUE RESPIRA A VIDA

Narrativa

Na aula seguinte, Cecília levou todos para caminhar pelo bosque atrás da escola. Pediu que inspirassem profundamente.

- Sem as árvores, nenhum de nós estaria aqui - disse ela.

Helena abraçou um jatobá e afirmou:
- Eu quero ser protetora das árvores quando crescer.

Explicação Educativa

Fotossíntese

Poluição do ar

Plantio de árvores nativas

Importância dos biomas e da vegetação

Atividade

Mapa das árvores da escola

Plantio coletivo de espécies nativas

CAPÍTULO 7
LUZ, SOMBRA E CALOR: O CLIMA

Narrativa

Uma onda de calor atingiu a cidade. Os alunos perceberam como o pátio sem árvores ficava quente demais.

- O clima está mudando - disse Cecília.

Ela mostrou gráficos, notícias e exemplos reais. A turma decidiu criar uma ilha de sombra, plantando espécies que crescem rápido.

Explicação Educativa

Diferença entre clima e tempo

Ação humana no clima

Ilhas de calor

Soluções naturais para resfriamento de ambientes

CAPÍTULO 8
O LIXO QUE NÃO SOME

Narrativa

Durante a organização do pátio, Ravi encontrou um brinquedo quebrado e disse:

- Se jogarmos fora, isso vira lixo.

- E o lixo não desaparece - completou Cecília - ele apenas muda de lugar.

A turma criou uma cooperativa fictícia chamada EcoAurora, com divisão de tarefas:

coleta,

separação,

transformação,

educação ambiental.

Explicação Educativa

Tipos de resíduos

Compostagem

Reciclagem e reutilização

A importância social dos catadores

Projeto

Composteira da escola

Cestos de separação ilustrados

CAPÍTULO 9
O PROJETO GUARDA-VERDE

Narrativa

A Escola Aurora do Cerrado organizou um grande encontro chamado Dia da Terra Viva, aberto para a comunidade. Os alunos apresentaram:

maquetes,

experimentos,

cartazes,

mudas plantadas,

teatro sobre sustentabilidade,

exposição fotográfica da horta.

Ravi subiu ao palco e disse:

- Somos guardiões da Terra. E todo guardião protege aquilo que ama.

Cecília chorou de emoção.

Explicação Educativa

Engajamento comunitário

Protagonismo estudantil

Projetos sustentáveis

Ação coletiva

CAPÍTULO 10
A CARTA DA TERRA AURORINA

Narrativa Final

Antes das férias, Cecília entregou um envelope a cada aluno.

Dentro havia uma carta escrita como se fosse da própria Terra:

> “Quando vocês cuidam de mim, eu respiro melhor.
Quando plantam, eu floresço.
Quando preservam, eu agradeço.

Continuem sendo meus guardiões.
Com amor,
A Terra da Escola Aurora do Cerrado.”

As crianças guardaram a carta como um juramento silencioso.

EPÍLOGO
PARA PROFESSORES, FAMILIARES E EDUCADORES

O livro incentiva:

reflexões éticas,

projetos ambientais reais,

protagonismo estudantil,

interdisciplinaridade com ciências, artes, geografia, matemática, língua portuguesa e ética.

Inclui propostas de atividades, experimentos, textos de apoio, pesquisas de campo e ações comunitárias alinhadas às competências gerais e específicas da BNCC.

~~~~~~

LIVRO 9
ALIMENTAÇÃO

SABORES DA TERRA, SABERES DA VIDA

Coleção Interdisciplinar da Escola Aurora do Cerrado

APRESENTAÇÃO

No coração do Cerrado, onde os sabores têm força de raiz e perfume de flor resistente, a Escola Aurora do Cerrado descobriu que a alimentação é muito mais do que comer: é cultura, ciência, memória e cuidado consigo e com o planeta.

Este livro acompanha a turma da professora Mara, responsável pelo projeto Alimentar Para Viver Bem, inspirado na horta da escola e no conhecimento ancestral das famílias da comunidade.

Aqui, cada capítulo combina:

narrativa ficcional;

conceitos científicos e culturais;

atividades práticas;

reflexões sobre saúde, sustentabilidade e culinária do Cerrado.

CAPÍTULO 1
A FEIRA DO SABER

Narrativa

Era segunda-feira quando a professora Mara entrou na sala com uma cesta coberta por um pano colorido.

- Hoje começamos nossa jornada pelos sabores da Terra! - anunciou.

Ao retirar o pano, revelou frutas, legumes e raízes da região: cajuzinho-do-campo, maxixe, abóbora-seringa, taioba, buriti.

Ravi, curioso, perguntou:
- Professora, isso tudo faz parte da alimentação saudável?

Mara sorriu.
- Faz parte da nossa história.

Explicação Educativa

O que é alimentação saudável

Conceito de alimento in natura, minimamente processado e ultraprocessado

Valorização da produção local

Segurança alimentar

Atividade

Montar uma Feira Sensorial com alimentos da região.

CAPÍTULO 2
DO SOLO AO PRATO

Narrativa

A turma visitou a horta da escola. Lá, Mara explicou:

- Cada alimento que vocês comem tem uma história. E essa história começa no solo.

Os alunos acompanharam o ciclo das hortaliças, entenderam o plantio, a colheita e a importância de respeitar o tempo das plantas.

Helena falou:
- Então quando a gente desperdiça comida, desperdiça a vida que a Terra deu?

- Exatamente - respondeu a professora.

Explicação Educativa

Origem dos alimentos

Agroecologia

Impacto do desperdício

Sazonalidade

Projeto

Criar um Calendário de Plantio e Colheita do Cerrado.

CAPÍTULO 3
O CORPO QUE PRECISA, O PRATO QUE OFERECE

Narrativa

No laboratório de Ciências, Mara mostrou um cartaz colorido com grupos alimentares.

Ravi exclamou:
- Carboidratos, proteínas, vitaminas… isso tudo está no nosso prato?

- Sim. Cada alimento tem uma função no nosso corpo - explicou a professora.

A turma montou pratos equilibrados usando cartões ilustrados.

Explicação Educativa

Nutrientes e suas funções

Pirâmide alimentar atualizada

Alimentação equilibrada na infância e adolescência

Hidratação

Atividade

Jogo "Monte Seu Prato Saudável".

CAPÍTULO 4
MEMÓRIA QUE TEM SABOR

Narrativa

Mara pediu que cada aluno trouxesse uma receita de família.

Vieram histórias de avós, tios, vizinhos, festejos, roças, viagens.
Receitas de pequi, bolo de jatobá, caldo de mandioca, angu, arroz com ora-pro-nóbis, doce de buriti.

Jade trouxe uma história emocionante do avô que plantava mandioca há décadas.

- A comida guarda memórias - disse Mara - e quando cozinhamos juntos, revivemos essas memórias.

Explicação Educativa

Alimentação e cultura

Patrimônio imaterial

Tradições culinárias regionais

Afetos ligados ao comer

Projeto

Criar o Livro de Receitas da Escola Aurora do Cerrado.

CAPÍTULO 5
AS CORES QUE ALIMENTAM

Narrativa

Em uma mesa, Mara organizou alimentos por cor.

- Cada cor diz algo sobre os nutrientes que estão ali - explicou.

Os alunos ficaram impressionados ao descobrir que o roxo da beterraba tem antioxidantes, que o laranja da cenoura protege a visão e que o verde das folhas fortalece o corpo.

Explicação Educativa

Classificação das cores e seus nutrientes

Antioxidantes

Importância da diversidade alimentar

Experimento

Fazer sucos coloridos e observar diferentes pigmentos.

CAPÍTULO 6
COMER COM CONSCIÊNCIA

Narrativa

Durante o recreio, a turma percebeu que muitos colegas jogavam comida fora.

Mara organizou uma roda de conversa:

- O que significa comer com responsabilidade?

As crianças refletiram sobre:

quantia servida;

responsabilidade com quem prepara a comida;

impactos ambientais do desperdício.

Explicação Educativa

Desperdício de alimentos

Compostagem

Porcionamento consciente

Ética da alimentação

Projeto

Criar a Campanha “Pegue Apenas o Que Vai Comer”.

CAPÍTULO 7
O CAMINHO DOS ALIMENTOS ATÉ NÓS

Narrativa

A professora levou a turma a uma agroindústria artesanal da região. Eles viram:

lavagem dos alimentos,

seleção,

embalagem,

cuidados sanitários.

Otávio comentou:
- Nunca imaginei que desse tanto trabalho até chegar na nossa mesa.

Explicação Educativa

Cadeia produtiva dos alimentos

Controle sanitário

Transporte e impacto ambiental

Armazenamento seguro

Atividade

Montar um Mapa do Caminho dos Alimentos (campo -> escola -> prato).

CAPÍTULO 8
COMER É UM ATO POLÍTICO

Narrativa

Em uma manhã de debate, Mara provocou:

— Quem escolhe o que vocês comem?

As respostas variaram: “minha mãe”, “o mercado”, “quem produz”.

Ela explicou como fatores sociais, econômicos e ambientais influenciam a alimentação de toda comunidade.

Explicação Educativa

Direito humano à alimentação

Economia local

Feiras e agricultura familiar

Políticas públicas de merenda escolar

Projeto

Simular uma Feira Solidária onde os alunos usam “moedas ecológicas”.

CAPÍTULO 9
COZINHA EXPERIMENTAL: SABORES DO CERRADO

Narrativa

A turma participou de oficinas culinárias com receitas simples da horta:

pesto de ora-pro-nóbis

vinagrete colorido

chips de maxixe

suco de buriti com limão

pão com abóbora-seringa

No final, fizeram um piquenique coletivo sob a sombra das mangueiras.

Explicação Educativa

Higiene alimentar

Técnicas culinárias básicas

Compostagem do que sobra

Valorização dos ingredientes locais

Atividade

Montar a Cozinha Experimental da Escola Aurora.

CAPÍTULO 10
FESTIVAL DO SABER E DO SABOR

Narrativa Final

Em parceria com famílias e vizinhos, a escola organizou o Festival do Saber e do Sabor do Cerrado.

Houve:

apresentações culturais,

oficinas de culinária,

estandes com alimentos in natura,

teatro sobre alimentação saudável,

exposição “Do Solo ao Prato”.

Ravi encerrou o evento dizendo:

- Agora entendemos que comer é também agradecer: a quem planta, a quem cozinha, à Terra e à vida.

Mara sorriu, emocionada.

EPÍLOGO
PARA PROFESSORES E EDUCADORES

O Livro 9 trabalha:

Componentes da BNCC

Ciências

Geografia

História

Língua Portuguesa

Matemática (quantidades, proporções, medidas)

Arte e cultura

Saúde e ética

Competências desenvolvidas

Consciência alimentar

Sustentabilidade

Protagonismo juvenil

Identidade cultural

Alfabetização científica

Inclui projetos fáceis de aplicar, roteiros culinários, atividades sensoriais e materiais que promovem saúde integral.



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LIVRO 10
ARTE E EXPRESSÃO

“Cores da Terra: Criando com a Horta”

APRESENTAÇÃO GERAL DO LIVRO

“Cores da Terra” é um livro interdisciplinar de Arte voltado para estudantes do Ensino Fundamental, tendo como cenário a horta pedagógica da Escola Aurora do Cerrado.
A obra combina narrativa literária, conceitos de artes visuais, história da arte, processos criativos, experiências práticas, projetos coletivos, e educação sensível.

SUMÁRIO

1- Capítulo 1 - A Horta como Atelier Vivo

2- Capítulo 2 - As Cores que a Natureza Revela

3- Capítulo 3 - Formas, Texturas e Simetrias no Jardim

4- Capítulo 4 - Arte com Elementos Naturais

5- Capítulo 5 - Retratos da Terra: Do Desenho à Pintura

6- Capítulo 6 - Esculturas Vivas e Efêmeras

7- Capítulo 7 - Arte, Cultura e Identidade do Cerrado

8- Capítulo 8 - A Exposição “Belezas que Brotam”

9- Capítulo 9 - Projetos Artísticos Interdisciplinares

10- Atividades Finais

11- Orientações Pedagógicas para Professores

NARRATIVA PRINCIPAL DO LIVRO

A protagonista é Íris, uma estudante do 6º ano que sempre gostou de desenhar, mas nunca acreditou que pudesse ser uma artista “de verdade”.
Um dia, a professora de Artes, Alba Lúmen, leva a turma para a horta da escola, afirmando:

> “Aqui está o maior atelier do mundo: a Terra.”

Ao explorar o espaço, Íris percebe cores, sombras, linhas, padrões e texturas que nunca tinha notado.
Durante o ano letivo, ela e seus colegas criam obras inspiradas na horta e realizam uma grande exposição aberta para toda a comunidade.

A narrativa acompanha o crescimento da horta e o crescimento artístico dos alunos, revelando que arte é um jeito de enxergar a vida.

CAPÍTULO 1
A Horta como Atelier Vivo

NARRATIVA

Íris entra na horta e se sente dentro de uma pintura. O vento move as folhas como pincéis invisíveis. A professora Alba pede que todos fechem os olhos e “escutem as cores”.

Íris sente o cheiro da terra e imagina um quadro marrom e úmido, cheio de vida.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

A arte nasce da observação.

A horta é um “atelier vivo”, com luz, contraste, simetria, ritmo e movimento.

Conceitos: composição, contraste, luz natural, perspectiva do olhar.

ATIVIDADE

“Mapa artístico da horta”: o aluno desenha a horta destacando onde vê cores, formas e movimentos interessantes para criar arte depois.

CAPÍTULO 2
As Cores que a Natureza Revela

NARRATIVA

Íris descobre que a beterraba solta tinta roxa; o açafrão, um amarelo forte; folhas podem virar pigmentos. Ela prepara sua primeira paleta natural.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Pigmentos naturais na história da humanidade.

Cores primárias, secundárias, quentes e frias.

Misturas, tonalidades e saturação.

ATIVIDADE

“Criando tintas naturais”: usar beterraba, cúrcuma, espinafre e terra peneirada.

CAPÍTULO 3
Formas, Texturas e Simetrias no Jardim

NARRATIVA

A professora pede que os alunos procurem “arte escondida”.
Íris observa padrões nas folhas, simetria nas flores e fractais em brócolis.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Linhas e formas.

Simetria radial e bilateral.

Texturas naturais.

Arte biomórfica.

ATIVIDADE

Impressão de folhas (carimbos naturais).

CAPÍTULO 4
Arte com Elementos Naturais

NARRATIVA

Íris cria um mandala com sementes, galhos e pedras. Ela percebe que a arte pode ser efêmera, durando apenas alguns minutos.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Land art.

Arte efêmera e permanente.

Arte sustentável.

ATIVIDADE

Criar mandalas de solo, sementes e folhas.

CAPÍTULO 5
Retratos da Terra: Do Desenho à Pintura

NARRATIVA

Íris tenta desenhar sua planta favorita, mas se frustra. A professora diz:
“Arte não imita a realidade: dialoga com ela.”

A menina tenta novamente e cria seu primeiro retrato botânico.

EXPLICAÇÃO DO CAPÍTULO

Proporção.

Observação atenta.

Luz e sombra.

Técnicas de desenho e aquarela.

CAPÍTULO 6
Esculturas Vivas e Efêmeras

NARRATIVA

A turma modela o solo úmido e cria pequenas esculturas inspiradas em raízes e pedras. O vento modifica as obras, e Íris entende que “a natureza também é artista”.

EXPLICAÇÃO

Modelagem com argila.

Arte tridimensional.

Equilíbrio das formas.

CAPÍTULO 7
Arte, Cultura e Identidade do Cerrado

NARRATIVA

Um artista local visita a escola e mostra como a cultura do Cerrado inspira obras: grafismos indígenas, cerâmicas, pinturas sobre o fogo e tradições populares.

EXPLICAÇÃO

Patrimônio cultural.

Arte indígena e popular.

Identidade regional.

CAPÍTULO 8
A Exposição “Belezas que Brotam”

NARRATIVA

A escola inteira se reúne. Pais, avós, comunidade, todos visitam a exposição criada pelos alunos.

Íris sorri, certa de que encontrou seu lugar no mundo da arte.

EXPLICAÇÃO

Curadoria.

Organização de exposição.

Montagem, iluminação, narrativa visual.

CAPÍTULO 9
Projetos Artísticos Interdisciplinares

Arte + Ciências: pigmentos naturais.

Arte + Matemática: simetria.

Arte + Geografia: paisagens do Cerrado.

Arte + História: tintas antigas e artes tradicionais.

Arte + Língua Portuguesa: poemas visuais da horta.

ATIVIDADES FINAIS

1- Criar um diário visual da horta.

2- Fazer uma obra usando apenas materiais naturais.

3- Produzir um autorretrato inspirado em uma planta.

4- Montar uma mini exposição pessoal.

ORIENTAÇÕES PARA PROFESSORES

Incentivar a observação sensível.

Propor atividades práticas com baixo custo.

Relacionar arte com sustentabilidade.

Convidar artistas locais.

Promover exposições, varais artísticos e murais.


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