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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Jogo da memória tátil (adaptado para deficientes visuais)

Material necessário : 
- Tampas de garrafa pet (cole diversas texturas)
- Papelão
- Tinta 












Dicas de como brincar com a criança com deficiência visual 

- Use toques e voz suaves ao se comunicar com a criança que tem deficiência visual, aproximando sua face do rosto dele para que ela possa percebe-lo e toca-lo.
– Auxilie a criança a conhecer o próprio corpo com toques enquanto nomeia cada parte tocada.
– Incentive que a criança siga em direção ao som de brinquedos ou da sua voz. É interessante ter brinquedos que emitam sons, como chocalhos, bolas e pelúcias com guizos.
– Brinque com a criança com deficiência visual e incentive que outras pessoas também brinquem e interajam com ela. Assim, ela se tornará mais sociável e receptiva, facilitando os relacionamentos interpessoais.
– Imite os sons que seu bebê faz e crie estímulos para que ele possa imita-lo. Isso auxiliará na comunicação.
– Se o bebê ainda não senta, coloque-o de lado para manusear o brinquedo. Invista em brinquedos com texturas diferenciadas, para estimular o tato e a percepção de diferentes objetos.
– Dê objetos à criança nomeando-os e relacionando às possíveis ações que poderão ser feitas com este item. Exemplo: “A bola. Pegue a bola. Chute a bola. Jogue a bola para cima”.
– Procure usar brinquedos contrastantes, coloridos, luminosos, de diversas texturas e tamanhos.
– Propiciar momentos em que a criança manipule e crie espontaneamente jogos a partir da exploração de objetos concretos.
– Brincadeiras com miniatura de objetos, como animais e meios de transportes, possibilitam que a criança tenha uma melhor compreensão de objetos muito grandes ou impossíveis de serem alcançados (casinha com telhado, elefante, caminhão, avião, fogão, geladeira).
– Vale incentivar brincadeiras infantis com o uso das mãos, como dedo mindinho, seu vizinho; passa anel.
– Em jogos com bola, se não for possível ter uma bola com guizo, envolva a bola com saco plástico, assim ela fará barulho enquanto se desloca.
– Salte para o alto. Com a criança agachada, segure em suas mãos e peça para ela se levantar ”bem forte e bem alto”, ajudando com um leve “puxão“ para cima.

Jogos, brinquedos e brincadeiras para fazer com as crianças cegas e com baixa visão

– Brincadeiras de roda: cantigas, parlendas, rimas;
– Meu mestre mandou…Como sugestão, trabalhar o esquema corporal com as crianças, solicitando que coloquem as mãos na cabeça, joelhos, pescoço, cotovelo, barriga, pés, mãos, etc.
– O que é, o que é? Brincar de adivinhação utilizando as mãos para descobrir a textura e formato dos objetos. Materiais como embalagens de xampu, escova de dentes, talheres (colher e garfo), chaves, caneta/ lápis, frutas, etc.
– Vai e vem – Brincar alternando a criança de lugar é um estímulo à coordenação visuomotora
– Fantoches/Dedoches – estes brinquedos estimulam a imaginação, linguagem e o pensamento, além de  favorecerem a comunicação e expressão de sentimentos e emoções.
– Blocos de construção: Brincar com blocos favorecem o desenvolvimento da atenção e concentração, associação de formatos  e tamanhos, desenvolvimento de movimentos amplos e finos, coordenação visuomotora e noções de equilíbrio. Estes brinquedos também propiciam à criança a satisfação de inventar, construir, desconstruir e transformar, estimulando a criatividade.
– Massa de modelar – Estimula o desenvolvimento da coordenação motora fina e a criatividade.
– Jogo da velha adaptado – Permite interação com quem não tem deficiência visual.
– Jogo da memória tátil: Utiliza a percepção tátil e a memória para reunir o maior número de peças.
– Manter as brincadeiras que incluam brinquedos diversos como bonecas e carrinhos mantém a brincadeira das crianças que não enxergam com as que enxergam, sentindo-se incluídas.

Outras brincadeiras que retomam a infância dos pais e visa incluir as crianças nos momentos de lazer:
– Estátua;
– Passa anel;
– Centopéia;
– Telefone sem fio.

Brincadeiras fáceis de produzir
– Jogo de argolas: Estimula a percepção visuomotora, a identificação de cores para as crianças com baixa visão e a relação número / quantidade.
Confecção: Colocar uma porção de areia no fundo de 10 garrafas descartáveis. Cortar tiras de papel crepom colorido e colocar uma cor em cada garrafa. Recortar números de 1 a 10 em papel preto ou fita adesiva preta e fixar cada número em uma garrafa. As argolas podem ser confeccionadas com tampas de plástico ou anéis de fitas adesivas que encaixem nas garrafas.

– Jogo de boliche: Estimula a percepção visuomotora, a identificação de cores e a relação número x quantidade.
Confecção: Colocar uma porção de areia no fundo de 10 garrafas descartáveis. Cortar tiras de papel crepom colorido e colocar em cada garrafa uma cor.
Recortar números de 1 a 10 em papel preto ou fita adesiva preta e fixar cada número em uma garrafa. As bolas podem ser confeccionadas com meias velhas. E podem ter guizos em seu interior.



A medida que se entra no século XXI, tem-se razão para se ser otimista sobre as perspectivas relativas as escolas e uma sociedade mais inclusiva. Este trabalho teve como meta demonstrar que o portador de deficiência visual tem o direito garantido ao convívio social igualitário . Com a participação de professores, funcionários e alunos, pode-se realizar um trabalho para compreender a cidadania como participação social e política, adotando-se, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade e cooperação dentro da comunidade escolar. 
Talvez o desafio mais importante para o futuro seja o de tornar as crianças e os jovens capazes de falarem por si próprios, até mesmo desafiarem o sistema, as visões de suas famílias e dos profissionais que trabalham com elas. Esse processo deve começar nas escolas, em parceria com os pais, porque as escolas são agentes da sociedade para a socialização da sua criança. Entretanto, tradicionalmente, elas não têm visto isso como parte do seu papel no apoio aos estudantes na crítica ao sistema ou nas decisões tomadas, através de outros, em seu nome. É preciso-se preocupar em promover a autonomia e o crescimento pessoal, temos que preparar os jovens para confrontar a discriminação e o menosprezo que eles provavelmente encontrarão em um sistema que ainda está engatilhando em direção a uma sociedade inclusiva. 
Deve-se tomar como ponto de partida que os professores já têm o conhecimento necessário e as habilidades que os equipam para tal jornada; o que lhes falta, muitas vezes, é a confiança em sua própria habilidade para ensinar de modo inclusivo. É necessário que o professor também trabalhe em escolas comprometidas com a inclusão desses alunos na sociedade. 
Este trabalho não teve a pretensão de ditar normas ou apontar soluções quanto ao atendimento prestado pelo profissional a educação ao deficiente visual. Mas, somada a experiência desta pesquisadora aos conhecimentos levantados em bibliografia, foi possível apresentar algumas idéias visando sanar as necessidades de informação na área da deficiente visual na sociedade, e que sirvam de base para reflexão, proporcionando mais elementos para a discussão sobre o deficiente visual. 
Dessa forma, a escola terá mais subsídios para o processo de inclusão do deficiente visual. . 
O objetivo maior da escola é atuar através de todos os seus segmentos para possibilitar a integração das crianças que nela estudam, conduzindo-as para que atinjam o seu pontecial máximo. Este processo deverá ser dosado de acordo com as necessidades de cada criança. 
À medida que se vive no século XXI, acredita-se que as perspectivas relativas a escolas e a uma sociedade mais inclusiva deverão ser mais otimistas. 

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