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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A criança e o brincar: transição da educação infantil para o ensino fundamental no ciclo de 9 anos

Aqui, o eixo central é a importância do brincar no desenvolvimento da criança de seis anos e o que deve ser garantido a ela na transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, relatar como o brincar pode contribuir para um melhor desenvolvimento cognitivo, social e afetivos nos alunos de 6 anos, conhecer documentos oficiais do trabalho a ser realizado com os alunos inseridos nessa fase, com levantamento bibliográfico documental e pesquisa descritiva com revisão bibliográfica.

De acordo com a teoria de Piaget (1896 - 1980) o desenvolvimento da criança divide-se em períodos de acordo com o que consegue fazer em cada faixa etária, são eles: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto (PIAGET, 1975).

A pesquisa está focada no período pré-operatório, pois está relacionado a crianças de seis anos de idade. Esse período também pode ser chamado de estágio da representação, onde prevalece o pensamento simbólico, o faz-de-conta, acredita que tudo no mundo foi criado pelas pessoas (Artificialismo) e dá vida a seres inanimados (animismo). A criança ainda não tem a capacidade de raciocinar sobre o mundo de forma racional e adulta.

Aos seis anos de idade, as crianças ainda se encontram em processo evolutivo, onde deveria prevalecer o lúdico, o brincar. É por meio do brincar que aprendem e socializam com mais facilidade, desenvolvendo seu aspecto intelectual, emocional, físico-motor, sendo imprescindíveis em sua vida.

O brincar é algo que faz parte da cultura da criança de um modo geral. Cada criança tem seu modo de aprender, criar, cultura e vínculos afetivos.

O brincar é de suma importância para o desenvolvimento da criança pois ela aprende regras, costumes, aspectos afetivos, exprimir sentimentos, enfim, tem prazer em aprender brincando.

As crianças que acabam de sair da Educação Infantil, de um mundo onde a sua volta é de brincadeiras e fantasias de repente se depara com algo diferente em sua rotina escolar, é uma ruptura entre os dois ciclos, em que o lúdico deixa de prevalecer para ingressar em um ambiente de regras e ordens, algo mais sério, encontrando muitos desafios e frustrações.

Ao compreender a importância do brincar para as crianças, o professor tem o papel de favorecer que ele aconteça em sua prática pedagógica junto com a escola.

É necessário que o sistema escolar esteja atento às situações envolvidas no ingresso da criança no Ensino Fundamental, seja ela oriunda diretamente da família, seja da pré-escola, a fim de manter os laços sociais e afetivos e as condições de aprendizagem que lhe darão segurança e confiança.

As escolas devem criar um ambiente em sala de aula que estimule o aprendizado da criança, para que possa haver um desenvolvimento de todo seu potencial cognitivo.

Com a aprovação da Lei Federal nº 11.274 em Fevereiro de 2006, houve uma alteração na duração do Ensino Fundamental de oito anos para nove anos, assegurando um período mais longo na escola maior oportunidade de aprendizagem, principalmente as crianças pertencentes aos setores populares, pois as de poder econômico, já estão incorporadas no processo privativo desde cedo.

Devem-se respeitar as especificidades da criança de seis anos, não podemos trabalhar o mesmo conteúdo da primeira série do ensino de oito anos no ensino de nove anos. A criança desta faixa etária ainda não tem a capacidade de raciocinar o mundo de forma concreta.

Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. 

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica diz que a transição entre as etapas da Educação Básica requer uma articulação sequencial, sem rupturas.

Continuidade e ampliação – em vez de ruptura e negação do contexto socioafetivo e de aprendizagem anterior – garantem à criança de seis anos que ingressa no Ensino Fundamental o ambiente acolhedor para enfrentar os desafios da nova etapa.

É necessário que a transição ocorra de forma natural, valorizando o aprendizado através do brincar, no qual as crianças obtinham na Educação Infantil dentro do novo ciclo de nove anos, não provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de aprendizagem.

As características das crianças de seis anos devem ser preservadas durante a transição da educação infantil para o ensino fundamental. O ingresso desta criança garante que a mesma entre em contato com a realidade do mundo e da escrita, desenvolvendo suas habilidades cognitivas dentro da escola.

A transição da educação infantil para o ensino fundamental sofre uma grande ruptura onde o mundo da criança era o lúdico, jogos e brincadeiras, e de repente ela se depara com algo diferente, o estudar se torna algo mais sério, sobrecarregando-a com obrigações que não são para sua faixa etária.

A presente pesquisa desenvolveu-se em três capítulos, conforme segue:

Capítulo I - A importância do brincar no desenvolvimento da criança: trata-se da história do brincar na história humana, o brincar e o desenvolvimento da criança de seis anos.

Capítulo II – Aspectos da legislação: uma análise dos documentos legislativos, como: Constituição, Estatuto da criança e do adolescente, Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, Lei de diretrizes e bases e sua alteração e o Currículo.

Capítulo III – Vantagens e desvantagens do ensino de nove anos: um estudo dos pontos positivos e negativos da transição da educação infantil para o ensino fundamental.


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