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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A tolerância alimentar de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser limitada. Isso pode ser devido a dificuldades sensoriais com cheiros, sabores e texturas.

Características
Podem ter um repertório alimentar limitado, com menos de 20 alimentos
Podem preferir determinadas texturas ou marcas
Podem ter dificuldade em incluir novos alimentos na dieta
Podem apresentar recusa alimentar
Podem ter Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo

Como lidar
Evite forçar a criança a comer
Incentive a independência, deixando a criança escolher o prato e copo
Brinque de “fazer comidinha”
Cultive uma horta com a ajuda da criança
Celebre cada conquista, cada novo alimento introduzido na alimentação
Comece aos poucos
Escolha um alimento que seja semelhante ao que a criança já tolera
Evite quantidades exageradas
Evite frases como “se você provar, te dou um presente” ou “como você não gosta se nunca provou?”
Encoraje a criança a ajudar na preparação das refeições

Considerações
A intolerância alimentar pode impactar não apenas o organismo das crianças autistas, mas também o comportamento.


Estima-se que 70% a 90% das crianças com Transtorno do Espectro Autista apresentem seletividade alimentar, não só pelo risco de deficiências nutricionais, mas também pelo momento da refeição se tornar bem estressante aos pequenos. A dificuldade de alimentação que surge em crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) é frequente, uma vez que ocorre interferência direta nos estímulos sensoriais.

Desta forma, alguns fatores podem contribuir diretamente para a relação autismo e seletividade alimentar. A aversão pode ocorrer por conta da sensibilidade do indivíduo com texturas, sabores, cheiros e até mesmo temperaturas dos alimentos.

Vale lembrar que uma das características do TEA é o comportamento repetitivo e restritivo. Ou seja, estes hábitos afetam diretamente a forma como a criança se relaciona com a comida, e podem até mesmo fazer com que ela perca o interesse em se alimentar.

Há também outros fatores que podem interferir e potencializar a seletividade alimentar nos autistas. Uma delas é a habilidade motora tardia. Assim, o acompanhamento com profissionais especializados é fundamental para essa jornada. Mas, mesmo com várias informações à sua disposição, todo cuidado é pouco no manejo dos problemas alimentares, pois muitas vezes podemos, ainda que sem querer, agravar o quadro. É aí que entram os especialistas no assunto.