POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013

Acontecimento que originou o blog Brincadeira Sustentável por Renata Bravo
EMAIL: RENATARJBRAVO@GMAIL.COM

Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

domingo, 6 de outubro de 2024

A fórmula matemática que revela até que ponto o dinheiro traz felicidade

 Parece óbvio para algumas pessoas que mais dinheiro significa mais felicidade. Mas a verdade é que depois que as necessidades básicas são atendidas, as coisas podem tomar um rumo surpreendente.

Nossa relação emocional com renda, dívidas e perdas financeiras é complexa e cheia de nuances.

Evidentemente o dinheiro tem um grande poder e pode influenciar as decisões e ações das pessoas, e que é uma forma eficaz de resolver problemas, principalmente em tempos de crise.

Dinheiro é "um facilitador para que as pessoas vivam uma vida decente", resume Jan-Emmanuel De Neve, professor de Economia e Ciências Comportamentais da Universidade de Oxford.

Mas, de acordo com pesquisas, ter mais dinheiro faz menos diferença em termos de felicidade na medida em que as pessoas ficam mais ricas.

A relação entre renda maior e mais felicidade é "logarítmica", explica De Neve.

Por exemplo, se o seu salário de repente dobrar de R$ 8 mil para R$ 16 mil, você ficará bem feliz. Até aqui, nada de surpreendente.

Mas se você quiser ter o mesmo grau de aumento de felicidade e bem-estar novamente, outro aumento de R$ 8 mil não será suficiente. Você vai ficar mais feliz, mas não tanto.

Para sentir a mesma recompensa emocional, você precisaria dobrar sua renda novamente, portanto, se R$ 16 mil o deixaram feliz, você precisaria dobrar sua renda novamente, atingindo R$ 32 mil. E depois novamente para R$ 64 mil, R$ 128 mil e assim por diante.

Ad infinitum?

Apesar da relação logarítmica entre dinheiro e felicidade, é importante fazer uma ressalva.

A pesquisa mostrou que depois de um certo limite, seria perda de tempo continuar tentando dobrar seu salário. No Reino Unido, por exemplo, esse limite tende a ser de R$ 64 mil.

Não são muitos os que atingem esse nível de renda. Mas os que chegam atingem o que o professor De Neve chama de "um teto" acima do qual "não detectarão mais uma relação estatisticamente significativa entre ter mais dinheiro e mais satisfação com a vida".

A felicidade não é tão fácil de se comprar.

Imagem com desenhos de sacos de dinheiro

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,O mais importante é ter dinheiro para atender às necessidades básicas

O mais importante é ter dinheiro para atender às necessidades básicas (comida, moradia, saúde etc.).

Mas depois desse ponto existem vários fatores que contribuem significativamente para o bem-estar das pessoas e que não estão necessariamente ligados ao dinheiro.

Mark Williamson, diretor da instituição de caridade Action for Happiness, identificou alguns deles:

  • Cultivar boas relações dentro da comunidade (família, amigos, colegas de trabalho);
  • Ser parte de algo "maior do que nós mesmos";
  • Ser resistente a situações difíceis ou incontroláveis;
  • Ter autonomia (controle sobre as próprias escolhas de vida).

Em alguns países, esses fatores são usados ​​para calcular o nível de bem-estar da população.

De Neve — que é um dos autores do Relatório da ONU sobre a Felicidade no Mundo — diz que viver em uma sociedade mais igualitária é um fator fundamental para o nível de satisfação geral dos habitantes.

Segundo o relatório, os países escandinavos estão sempre no topo dos rankings. Para o especialista, isso sugere que os estados de bem-estar proporcionam "uma espécie de segurança psicológica", com maior confiança da população nos planos fiscais dos seus governos.

Perdas

Outra peculiaridade psicológica interessante sobre o dinheiro é que odiamos perder dinheiro mais do que gostamos de ganhá-lo.

Enquanto a fórmula dos retornos emocionais decrescentes é verdadeira quando ganhamos mais dinheiro, o oposto acontece quando perdemos dinheiro.

A aversão à perda, como é conhecida na economia comportamental, já foi medida em diversos estudos.

De acordo com De Neve, "o bem-estar é duas vezes mais sensível à perda de renda ou poder de compra em comparação com um ganho equivalente".


Ensine sobre dinheiro para crianças

Ensinar sobre dinheiro para crianças é essencial para garantir que cresçam com uma boa base financeira. Muitos adultos enfrentam problemas financeiros porque não receberam a educação adequada na infância. Quer descobrir como abordar este tema com seus filhos? Acesse o botão abaixo para aprender como abordar a educação financeira para crianças!


Educar financeiramente os filhos desde cedo pode prepará-los para um futuro mais seguro e independente. As crianças precisam entender que o dinheiro não é um recurso infinito e que é necessário trabalhar para ganhá-lo.

Mostre conceitos importantes sobre educação financeira, incluindo não só o esforço necessário para ganhar dinheiro, mas também o incentivo à responsabilidade e organização financeira.

Além disso, é fundamental explicar a diferença entre necessidades e desejos. As crianças devem aprender que existem gastos essenciais, e gastos não essenciais. Essa distinção ajuda a priorizar e a tomar decisões financeiras mais conscientes no futuro.

Outra prática importante é incentivar o hábito de poupar. Estimular as crianças a guardar parte da sua mesada pode ser feito através de um cofrinho ou uma conta poupança infantil. Explique que, ao poupar, elas podem alcançar objetivos maiores, como comprar algo que realmente desejam ou até mesmo economizar para o futuro.

Incorporar a educação financeira no dia a dia também é crucial. Aproveite situações cotidianas e oportunas fazer um orçamento simples e a importância de seguir esse planejamento.

Um ponto essencial é educar pelo exemplo. As crianças observam e aprendem com as atitudes dos pais. Portanto, demonstre boas práticas financeiras. Quando os pais são modelos financeiros positivos, as crianças tendem a seguir esses comportamentos.

A educação financeira para os filhos é um investimento que trará benefícios duradouros. Ao ensinar as crianças a lidar com o dinheiro de maneira inteligente e responsável, estamos preparando-as para enfrentar desafios financeiros e a construir um futuro próspero. Comece hoje mesmo a introduzir esses conceitos em sua rotina familiar e observe como seus filhos desenvolvem habilidades financeiras valiosas que os acompanharão por toda a vida.

Como dar valor ao dinheiro (pedido para trabalho escolar)

EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CRIANÇAS

1. Introdução Quase não se ouve falar em procedimentos de educação financeira para que as futuras gerações possam usar seus ganhos de forma correta. Fazendo parte dessa discussão o comportamento frente ao consumismo, ressaltando a importância de economizar recursos, sendo que sempre devemos parar para refletir se aquilo que vamos comprar é realmente necessário e se vai ser útil. Se este tema for bem trabalhado, bem discutido durante o período de formação das crianças, poderemos assim ter a chance de ter adultos mais conscientes da importância e da diferença que se faz uma boa educação financeira, para que o consumismo desenfreado não faça parte da nossa realidade atual e futura e para que as crianças tenham uma formação de valores morais positivos, sabendo poupar e doar. 

2. Objetivo Discutir a importância da conscientização financeira com as crianças, sobre o uso e a administração adequada dos recursos financeiros familiares. 

3. Metodologia Para o desenvolvimento desta pesquisa foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a pedagogia de projetos para montar sugestões de projetos sobre o tema. 

4. Resultados e discussão A educação financeira ajuda a ter um planejamento econômico, uma pessoa que sabe onde quer chegar e quais são seus objetivos tem consciência financeira, sabe administrar e poupar o seu dinheiro. Cabe à escola ensinar os alunos a serem responsáveis com o seu dinheiro, para se tornarem adultos que saberão os princípios dos valores de gastar, poupar e até mesmo de doar. Ressaltar, portanto, os quatro principais pontos da educação financeira como: ganhar dinheiro; poupar; gastar; e doar, incluindo as noções tempo, dinheiro e talento, englobando a responsabilidade social, ambiental e ética dos indivíduos. 

Partindo dessas premissas montamos dois projetos interdisciplinares voltados para alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 

O projeto 1: “Para ter é preciso poupar”, objetivou mostrar que o dinheiro poupado pela criança, no decorrer de um período determinado de tempo, poderá ser utilizado para adquirir algo que ela queira e que venha beneficiar sua educação. Partindo do conto A cigarra e a formiga, discutir sobre a necessidade real de adquirir algum bem e de onde vem o dinheiro para comprar. Propor que os alunos façam uma lista do que desejam comprar, quanto custa os objetos listados e mostrar que poupando podemos adquirir o que desejamos. Cada aluno irá montar um cofrinho de caixa de suco usada para poupar dinheiro ao longo do tempo determinado no projeto, para depois poder comprar um brinquedo ou livro.

O Projeto 2: “Sonhar começa com poupar”, com o objetivo de ensinar a criança sobre a importância de poupar para alcançar seus sonhos. Propor aos alunos que eles pensem em coisas que eles querem comprar no momento (sonhos) e não possuem dinheiro para realizar. Confeccionar juntos uma árvore como a do livro e colocar na sala de aula, cada aluno terá um galho que será fixado em um potinho que também será utilizado como cofre. Ao final do projeto o aluno verá se tem ou não o suficiente para realizar um dos seus sonhos. 

5. Conclusões A educação financeira tem se mostrado um assunto que vem ganhando espaço no meio acadêmico, pois é relevante que se conheça a sua importância, o seu impacto e que este tema seja explorado com fins pedagógicos nas escolas e em casa. Durante as fases de desenvolvimento da criança, a educação financeira, poderá promover uma relação equilibrada com o dinheiro, persuadindo-as a se tornarem adultos conscientes, com uma relação equilibrada com o dinheiro e o meio ambiente. 

Deve ser proposto às crianças que para lidar com o dinheiro é necessário fazer escolhas, resolver problemas, planejar, sem se esquecer do princípio da ética e dos valores sociais. O processo de educação financeira não é um processo curto, sendo necessário que o mesmo seja bem estruturado, objetivo e claro, respeitando a fase de desenvolvimento da criança. Cabe à escola fortalecer os ensinamentos familiares transformando-os em conhecimentos que a criança vai levar para toda a vida.