POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
EMAIL: RENATARJBRAVO@GMAIL.COM

Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

quinta-feira, 14 de abril de 2022

sábado, 2 de abril de 2022

Vitória régia

Vitória Régia: A rainha dos Lírios Amazônicos

As exuberantes paisagens da Amazônia abrigam uma planta aquática tão majestosa que merece o título de "Rainha dos Lírios Amazônicos". Estamos falando da magnífica vitória régia, uma espécie botânica que fascina com sua beleza e curiosidades únicas.

Imponente e cheia de significados a Vitória Régia faz parte da beleza amazônica.

A Vitória Régia, cientificamente conhecida como Victoria amazonica, é uma planta aquática nativa da região amazônica, especialmente encontrada em áreas de água doce calma, como lagos, igarapés e pântanos. Suas folhas são verdadeiramente impressionantes, podendo atingir até 2,5 metros de diâmetro.

Essas folhas gigantes têm uma peculiaridade notável: suas bordas são voltadas para cima, formando uma espécie de borda que parece ter sido projetada para segurar gotas de água da chuva.

Esse engenhoso design evita que a planta fique submersa, permitindo que ela flutue na superfície da água e aproveite ao máximo a luz solar.

Ela também é famosa por suas flores. Elas são brancas e desabrocham à noite, exalando um perfume doce que atrai insetos polinizadores. Durante a noite, as flores atraem besouros e abelhas que ajudam na polinização.

Lenda da Vitória Régia
A lenda da Vitória Régia é uma narrativa folclórica rica em significado e magia, que tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a cultura amazônica.

De acordo com essa lenda encantadora, a Vitória Régia era originalmente uma jovem índia de grande beleza que se transformou em uma deslumbrante planta aquática após sua morte.

A lenda conta a história de amor entre a índia e o guerreiro Tupi que, após a tragédia, foram transformados pela Mãe Natureza em duas das mais belas maravilhas da Amazônia.

A lenda da Vitória Régia é um tributo à conexão profunda entre a natureza e a cultura indígena, transmitindo uma mensagem de respeito e reverência pela beleza natural da Amazônia.

Planta Vitória Régia: Habitat e importância ecológica
A planta Vitória Régia desempenha um papel fundamental no ecossistema amazônico. Suas folhas largas criam uma sombra valiosa para peixes e outros organismos aquáticos, proporcionando abrigo contra predadores e proteção contra a forte luz solar tropical.

Além disso, sua presença nas águas ajuda a oxigenar o ambiente, beneficiando a vida aquática.

Vitória Régia: Curiosidades
A Vitória Régia é uma das plantas que atrai olhares e possui muitas curiosidades. Veja algumas delas a seguir:

Tamanho
Ela também é conhecida por suas enormes folhas, mas seu tamanho pode variar dependendo das condições ambientais.

Em condições ideais, as folhas podem atingir até 2,5 metros de diâmetro, mas em áreas com menos recursos, elas podem ser menores.

Nome em homenagem a uma rainha
O nome “Vitória Régia” foi dado à planta em homenagem à rainha Vitória do Reino Unido, durante o século XIX. Essa escolha de nome reflete a fascinação e admiração que a planta despertou quando foi descoberta pelos botânicos europeus.

Flor Vitória Régia
As flores da Vitória Régia são efêmeras e desabrocham à noite, liberando seu perfume adocicado, ou seja, são flores de curta duração. Elas duram apenas duas noites, e no terceiro dia, começam a murchar e afundam na água.

Apesar de sua notoriedade, ela enfrenta desafios em relação à conservação devido à degradação do habitat natural e à exploração comercial. É essencial conscientizar e apoiar esforços para proteger essa planta incrível e o ecossistema da Amazônia.

Em resumo, ela é uma das maravilhas naturais da Amazônia, com suas folhas gigantes, flores noturnas e importância ecológica.

Proteger essa espécie é crucial para manter o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos da região.

A lenda da vitória-régia é uma história indígena que faz parte do folclore brasileiro e procura explicar a origem da vitória-régia. A lenda conta que uma índia chamada Naiá, nascida e criada numa aldeia tupi-guarani, se apaixona por Jaci, a Lua, que brilha no céu e ilumina as noites. Jaci, que é uma figura masculina, desce de vez em quando à Terra para buscar virgens e transformá-las em estrelas do céu para lhe fazer companhia. Naiá quer ser uma dessas escolhidas e, durante uma noite, vê o reflexo de Jaci na água de um igarapé e pula para tentar alcançá-la. No entanto, Naiá acaba por se afogar e morre. Com pena, Jaci transforma Naiá numa planta aquática, a vitória-régia, também conhecida como a estrela das águas. A lenda também explica por que as flores da vitória-régia só se abrem à noite, porque Naiá ficava na beira do igarapé durante dias e noites a fio, esperando e admirando o reflexo da lua, sem comer nem beber.

A lenda da vitória-régia tem origem na região Norte do Brasil e evidencia elementos característicos dos índios, como a Lua, a moça da tribo, a floresta e a natureza como habitat.





Proposta de atividade educativa e criativa sobre a Vitória Régia, utilizando materiais reciclados - Autora: Renata Bravo

Vitória Régia

Atividade Criativa com Materiais Reciclados

A atividade sugere a construção de uma representação da Vitória Régia utilizando materiais como rolinhos de papelão, caixa de ovos, prato de papelão, tintas e cola. Além de ser uma forma divertida de ensinar sobre a flora amazônica, a atividade também promove a conscientização ambiental ao incentivar o uso de materiais reutilizados.

Conteúdo Educativo:

Informações sobre a Vitória Régia

Nome em Homenagem à Rainha Vitória:
O nome "Vitória Régia" foi dado à planta em homenagem à rainha Vitória do Reino Unido, durante o século XIX.

Características da Planta: A Vitória Régia é uma planta aquática nativa da região amazônica, com folhas que podem atingir até 2,5 metros de diâmetro e flores que desabrocham à noite, exalando um perfume doce.

Lenda da Vitória Régia:
A lenda indígena de Naiá, uma jovem que se apaixonou pela lua e foi transformada na planta Vitória Régia após sua morte.

Importância Ecológica: A planta desempenha um papel fundamental no ecossistema amazônico, proporcionando sombra e abrigo para organismos aquáticos e ajudando a oxigenar o ambiente.

Aplicações Pedagógicas:

Essa atividade é especialmente indicada para crianças a partir do 1º ano do Ensino Fundamental, alinhando-se aos objetivos de introduzir a Educação para o Trânsito e promover a cidadania e os direitos humanos. Ao envolver os alunos na criação de uma representação da Vitória Régia, a atividade estimula a criatividade, o trabalho em equipe e a compreensão de conceitos ambientais e culturais.

Variações:

1- Para Educação Infantil (3 a 5 anos)
Objetivos: Explorar cores, formas e texturas; desenvolver coordenação motora fina e percepção visual.

Atividade:

Forneça rolinhos de papelão, caixas de ovos, papéis coloridos, pratos de papelão, tintas e cola.

Incentive os pequenos a recortar e colar para criar a folha gigante da Vitória Régia.

Conte a lenda de Naiá de forma simplificada, usando fantoches ou imagens.

Estimule a observação das cores e formas da planta e peça para relacionarem com objetos do cotidiano.

Desdobramento:

Pintura coletiva do lago com papel kraft ou jornal.

Explorar sons da floresta amazônica com instrumentos ou objetos recicláveis.

2- Ensino Fundamental I (6 a 9 anos)
Objetivos: Trabalhar percepção espacial, criatividade, habilidades motoras e conhecimentos de flora amazônica.

Atividade:

Construa folhas de Vitória Régia em tamanho maior, utilizando papelão e caixa de ovos.

Faça uma mini exposição na sala ou corredor, como se fossem plantas reais em um lago.

Introduza a importância ecológica da planta: abrigo para peixes, sombra para animais, oxigenação da água.

Faça um paralelo com a cidadania: cuidado com o meio ambiente e preservação da biodiversidade.

Desdobramento:

Criar pequenos textos ou quadrinhos contando a lenda de Naiá.

Relacionar a planta com conceitos de matemática (formas geométricas das folhas) e ciências (hábitat da Amazônia).

3- Ensino Fundamental II (10 a 14 anos)
Objetivos: Desenvolver pesquisa, expressão artística, interdisciplinaridade e consciência ambiental.

Atividade:

Dividir a turma em grupos e propor a criação de um lago amazônico em maquete, usando apenas materiais recicláveis.

Cada grupo cria a Vitória Régia de forma diferente, aplicando técnicas de colagem, dobradura e pintura.

Pesquisar sobre a flora e fauna amazônica, destacando relações ecológicas.

Produzir apresentações explicando o processo e a importância ecológica da planta.

Desdobramento:

Comparar a Vitória Régia com outras plantas aquáticas do mundo, discutindo adaptações e biodiversidade.

Criar uma campanha de conscientização sobre preservação ambiental, utilizando a planta como símbolo.

4- Interdisciplinaridade e Projetos Especiais
Arte e História: explorar lendas e mitos amazônicos, como Naiá, integrando literatura e artes visuais.

Matemática: trabalhar proporções, medidas e formas geométricas na confecção das folhas.

Ciências: estudar fotossíntese, ecossistemas aquáticos e preservação ambiental.

Educação para o trânsito e cidadania: relacionar cuidados com o lago artificial e a responsabilidade coletiva.

Para uso e adaptável a diferentes faixas etárias:

Plano de Aula – Vitória Régia com Materiais Reciclados
Tema: Vitória Régia – Arte, Natureza e Lenda
Faixa etária: Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II (3 a 14 anos, adaptável)
Duração: 2 a 3 aulas de 50 minutos ou um projeto de 1 semana
Área interdisciplinar: Artes, Ciências, Matemática, Literatura e Educação Ambiental

1- Objetivos:

Geral:

Desenvolver a criatividade e a expressão artística utilizando materiais recicláveis, ao mesmo tempo em que se aprende sobre a planta amazônica Vitória Régia e a lenda de Naiá.

Específicos:

Conhecer a história e a lenda da Vitória Régia.

Identificar características da planta aquática e sua importância ecológica.

Explorar cores, formas, texturas e tamanhos na construção da obra.

Desenvolver habilidades motoras finas por meio de recorte, colagem e montagem.

Trabalhar cooperação, responsabilidade e cuidado com o ambiente.

Estimular o pensamento crítico, observação, planejamento e resolução de problemas.

Criar produções artísticas interdisciplinares (maquetes, textos, quadrinhos, exposições).

2- Materiais:

Papelão, caixas de ovos, jornais, revistas e retalhos de papel colorido

Tesouras sem ponta (crianças pequenas)

Cola branca e cola bastão

Tinta guache, pincéis e esponjas

Barbantes, botões, fitas e EVA (opcional)

Recipientes de plástico ou papelão para simular lago

Imagens ou livros sobre a planta e a lenda de Naiá

3- Desenvolvimento da Aula

Aula 1 – Introdução e Pesquisa

Apresentação da planta e da lenda:

Contar a história de Naiá e a transformação em Vitória Régia.

Mostrar imagens da planta, destacando formato e cores.

Observação e debate:

Conversar sobre a importância da preservação ambiental.

Perguntar como podemos cuidar de lagos e plantas aquáticas.

Planejamento da atividade artística:

Cada criança ou grupo define como irá construir a folha e/ou flores da Vitória Régia.

Listar materiais que serão utilizados.

Aula 2 – Produção

Construção das folhas:

Recortar papelão ou caixas de ovos em formatos de folhas.

Decorar com papéis coloridos, fitas, botões ou tintas.

Montagem do lago:

Em um espaço coletivo, colocar as folhas e flores produzidas, criando um lago simbólico.

Registro da atividade:

Incentivar desenhos, fotos ou textos descrevendo a experiência.

Para Ensino Fundamental II, pode-se criar quadrinhos ou histórias inspiradas na lenda.

Aula 3 – Exposição e Interdisciplinaridade

Exposição das produções:

Organizar um “lago coletivo” no corredor ou sala.

Cada criança apresenta sua folha e conta sua inspiração ou processo criativo.

Integração com outras áreas:

Ciências: discutir o ecossistema aquático e importância das plantas.

Matemática: identificar formas geométricas nas folhas e flores.

Literatura: leitura da lenda ou criação de histórias próprias.

Reflexão e avaliação:

Conversar sobre trabalho em equipe, cuidado com os materiais e aprendizado adquirido.

Observar autonomia, cooperação, planejamento e criatividade.

4- Avaliação:
Formativa: durante o processo, observando engajamento, participação, criatividade e cooperação.

Final: pela qualidade da produção, capacidade de aplicar técnicas aprendidas e apresentação oral ou escrita sobre a experiência.

5- Desdobramentos e Continuidade:

Criar um mini-livro da Vitória Régia com imagens e textos das crianças.

Realizar maquete de lago amazônico com outras plantas e animais.

Relacionar com educação ambiental e cidadania, discutindo preservação da água e plantas.

Explorar técnicas de colagem, pintura e recorte em outras lendas ou plantas regionais.

Produzir cartazes educativos sobre a flora amazônica e seu cuidado, para a escola e comunidade.



Pintura com garfinhos de plástico