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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Reaproveitamento de móveis a partir do conceito upcycling

Dentro da produção cenográfica 










 Este artigo tem como objetivo a construção de um guia prático simplificado para implementação do conceito upcycling, dentro da produção cenográfica. Baseado na análise de cases e no relato de uma experiência com reaproveitamento de materiais, levando em consideração a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. O desenvolvimento do guia prático foi fundamentado através da intersecção entre cenografia, arquitetura e sustentabilidade, com base em um estudo mais aprofundado sobre o upcycling, seus conceitos e técnicas dentro da área do design. Dentre os cases analisados durante o desenvolvimento, o projeto voluntário Decorarth, baseado em uma experiência pessoal e profissional, voltado à produção de decoração de interiores, através de reaproveitamento de materiais e racionalização de recursos.

INTRODUÇÃO 

A preocupação com o meio ambiente tornou-se um requisito para todas as atividades do século XXI. Segundo o departamento de serviços urbanos da cidade de São Paulo (2020), o descarte irregular de lixo e entulho é um dos maiores vilões para nossa convivência em sociedade. Materiais de todos os tipos como madeira, embalagens plásticas, restos de construção civil e móveis velhos rejeitados de forma inadequada sujam a cidade, atraem animais peçonhentos e vetores de doenças, além de contribuírem para alagamentos na área urbana. A indústria cenográfica contribui para esse problema, uma vez que, segundo Chanoft (2019), 90% dos materiais convencionais utilizados na confecção de cenários e estandes são despejados no meio ambiente como lixo comum, sem nenhum tratamento ou reuso.

A relação do conceito de sustentabilidade com a produção da cenografia pode se dar sob diversos aspectos, seja em busca por uma produção que utilize menos materiais, na reutilização de materiais e objetos ou buscando processos de construção sustentáveis, através dos elementos cenográficos. Além disso, utilizar materiais que possam ser reciclados ou reutilizados e prezar por processos de produção mais limpos e conscientes são igualmente importantes. Entre essas possibilidades está o upcycling, que significa reaproveitamento, e vem sendo bastante aplicado no mercado do design. 

No Design de Interiores e na Arquitetura, técnicas de upcycling vêm sendo empregadas através da transformação ou reaproveitamento de objetos de decoração, móveis e materiais descartados. Já no campo da Moda, o upcycling está presente tanto no uso de materiais recicláveis e reaproveitados pela indústria, quanto na expansão do mercado de roupas usadas e customizações. De acordo com Ljungberg (2007), a seleção de materiais sustentáveis implica em mudanças culturais e no estilo de vida dos consumidores, demonstrando preocupação com o futuro do planeta, e estimulando a prática de novas ideias para reduzir problemas ambientais. 

Considerando as experiências positivas citadas anteriormente, este trabalho aborda como o conceito de upcycling poderia ser utilizado em projetos de Design Cenográfico. Tendo o artigo como objetivo a construção de um guia prático simplificado, com o intuito de auxiliar e orientar as pessoas na hora de criar um produto a partir do reaproveitamento de materiais em projetos cenográficos, baseado no conceito upcycling. Para desenvolver este estudo, primeiramente buscamos desenvolver a intersecção entre Cenografia, Arquitetura e Sustentabilidade com base em um estudo mais aprofundado sobre o upcycling. Além disso, analisamos 6 cases voltados a decoração e cenografia, entre os quais estão experiências de aplicação do upcycling em projetos autorais de decoração de interiores.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Relação entre Cenografia e Arquitetura 

Desde a Grécia antiga, são usados elementos cenográficos na Arte e no Teatro, mas só a partir do século XX, na renascença, através de pinturas em perspectiva que a cenografia virou mercado. A partir disso, as técnicas de criação de elementos e cenários foram evoluindo, até que em 1967 foi criado um evento dedicado à cenografia, A Quadrienal de Praga, considerado o maior evento sobre Cenografia no mundo. 

O termo cenografia (skenographie, que é composto de skené, cena, e graphein, escrever, desenhar, pintar, colorir) se encontra nos textos gregos - A poética, de Aristóteles, por exemplo. Servia para designar certos embelezamentos da skené. Posteriormente é encontrado nos textos em latim (De architectura, de Vitruvio): scenographia. Era usado provavelmente para definir no desenho uma noção de profundidade. No Renascimento os textos de Vitruvio foram traduzidos, e o termo cenografia passou a ser usado para designar os traços em perspectiva e notadamente os traços em perspectiva do cenário no espetáculo teatral. 

Embora a Cenografia tenha sua origem ligada à Arquitetura, são áreas de conhecimento distintas. Isso não significa que elas andem separadas, somente possuem funções diferentes dentro do mercado, por exemplo, na Arquitetura e no Design de interiores, a maioria dos projetos residenciais/comerciais são pensados para uma utilização em longo prazo e com intuído de criar um espaço para a vida e necessidade das pessoas no seu dia a dia. Na Cenografia o espaço é projetado de forma mais lúdica, com projetos em curto prazo e transitórios. Com isso, um fator importante para relacionar a Cenografia com a Arquitetura, está no tempo/época, na necessidade do espaço e nas mudanças. 

****** depois continuo*******

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