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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

quarta-feira, 29 de março de 2023

Cultivando morangos em cestos.

Morangos da horta ao prato: como plantar e preparar.

Um dos grandes prazeres de quem tem uma horta em casa é colher e cozinhar os seus próprios ingredientes. Cultivando alimentos em casa você vai experimentar uma nova e fortíssima conexão com a terra e com a comida, tornando seus pratos mais significativos e com certeza muito mais saudáveis.



Falcão-peregrino

 O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é a ave mais rápida do mundo, e não só isso, é também o animal mais rápido de todos. O seu voo diário ronda os 100 km/h, mas quando se trata de caça é capaz de mergulhar a mais de 300 km/h. Toda a sua anatomia está perfeitamente adaptada às velocidades extremas que pode atingir. Portanto, não é novidade que parte de sua aerodinâmica foi adotada no setor aeroespacial.



O trabalho com a música na educação infantil

 O Trabalho pedagógico-musical deve se realizar em contextos educativos que entendam a música como um processo contínuo de construção, que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar e criar e refletir. 



Surpreendentemente através de sapiência humana, o homem em contato com os fenômenos da natureza, começa a distinguir e a reconhecer seu sentido auditivo por intermédio dos sons que se desenvolveram pelos aspectos naturais, como ―o quebrar das ondas do mar, o som trovejante das tempestades e os diversificados sons dos animais‖. (OLIVEIRA, 2011, p.3). A música, então, é demarcada na história por aspectos místicos, que se transforma em sons, influenciados pelos indivíduos apreciadores dos campos sonoros.

De acordo com os estudos históricos foram encontradas pinturas importantes em determinados lugares que demonstram a relação do homem com a música, para acontecimentos históricos importantes, como manifestações culturais em que a música servia como preparação para fortalecer o caçado em busca das forças da natureza, na reverência e lembrança dos mortos. A música dentro desses momentos era manifestada através da voz e do corpo, se tomando conhecimento dela na prática aos longos dos anos sobre produções sonoras. Dai por diante a música foi evoluindo, influenciando diretamente os períodos históricos.

 A música chega à contemporaneidade como algo essencial para a aprendizagem, contribuindo assim para o desenvolvimento humano. 

 De uma forma mais artística e lúdica, a música contribui para que os fatores como a timidez, dicção, linguagem, corporeidade e motricidade sejam desenvolvidos e melhor explorados espontaneamente, através de adaptações musicais em situações de aprendizagem que estejam relacionados ao cotidiano educacional da criança.

Com base nesse pressuposto, aqui se buscou pesquisar sobre O trabalho com a música na educação infantil, partindo-se de um grandes motivo: refere-se à lei nº 11.769, declamando que ―a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular‖ (LDB, 1996, p27). Diante deste decreto surgiu o interesse pessoal de observar como a música está sendo inserida nas salas de aulas da educação infantil e como seus respectivos professores estão trabalhando em sala de aula.

Para tanto, o objetivo geral desta pesquisa é investigar que concepções os docentes possuem sobre o papel da música na educação infantil. A fim de alcançarmos este objetivo, delimitamos os seguintes objetivos específicos: 1. Analisar as contribuições que a musicalidade traz para aprendizagem; 2. Destacar o papel da música dentro do desenvolvimento educacional; 3. Identificar o entendimento dos professores sobre o papel da música na educação infantil.

Para realizarmos este estudo, adotou-se como metodologia a pesquisa de campo exploratória, que buscou, por meio do instrumento de coleta de dados, obter informações sobre o trabalho realizado com a música na educação infantil. 

A fim de subsidiar esta pesquisa, foram retomados os estudos de Oliveira (2011), Piaget (2001), Palagana (2001), Weiz e Sanchez (2009), Brennand (2009), RCNEI (1998), Prado et al (1998), Lino (1999), Brito (2003), entre outros. Tais referências auxiliaram no desenvolvimento da interpretação e análise dos dados, conduzindo-nos aos resultados apresentados no final deste trabalho. 

A organização da pesquisa segue os parâmetros metodológicos, sendo apresentada da seguinte forma: parte pré-textual, textual e pós-textual. Em se tratando dos capítulos, apresentamos três, assim descritos – no capítulo 1 aborda-se sobre o processo de aprendizagem infantil, retomando os estudos de Piaget (2001) sobre a gênese do desenvolvimento humano e a influência da música neste contexto. No capítulo 2 são feitas considerações a respeito do papel da escola na inserção da arte musical, tomando-se como referência a perspectiva dos parâmetros e dos referenciais curriculares nacionais para a educação infantil. Já o capítulo 3 dedica-se à pesquisa de campo, seu processo metodológico, delimitação dos sujeitos e coleta, organização e análise dos dados. Em seguida, apresentam-se as considerações finais, em que são expostos os resultados alcançados. 

Espera-se que este trabalho traga contribuições relevantes para o contexto da educação infantil, servindo como um instrumento para reflexão de docentes sobre a prática pedagógica envolvendo a educação musical.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A APRENDIZAGEM ESCOLAR ATRAVÉS DA MÚSICA

- OS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E A APRENDIZAGEM ESCOLAR

O ato de conhecer e de aprender não acontece por acontecer. Assim, o aprendizado do ser humano ocorre em etapas, conforme seu desenvolvimento físico e cognitivo. 

As primeiras etapas do aprendizado ocorrem na infância. É nesta fase em que a criança precisa ser estimulada com qualidade, para adquirir conhecimento e desenvolvimento físico. 

Sobre estas etapas, os estudos de Piaget nos trazem muitos esclarecimentos. O foco de sua pesquisa trata da gênese do conhecimento humano, a qual estabelece uma ligação direta com desenvolvimento cognitivo que compreende fases de crescimento, acontecendo em estágios distintos ao mesmo tempo em que se adquirirem mudanças e novas habilidades. 

No desenvolvimento cognitivo a criança passa a refletir sobre ações pensadas. Independentemente da seqüência que faça, suas ações vão sendo adquiridas em disposição e ligação de uma atividade para outra. Através deste processo que vai fixando ainda mais o desenvolvimento cognitivo, acontecem múltiplas produções de conhecimentos, em seguimentos de evoluções biológicas, em que a criança começa a se coordenar através ações repetidas e contínuas. Acontecendo a [...] ―organização de ações no espaço e tempo, que é chamado de lógica das ações‖. (PALANGA 2001, p.21, aupd PIAGET 2001, grifo nosso). 

Essa lógica das ações está relacionada tanto com a maturação física quanto cognitiva. Desse modo, as ações e reações, o que se aprende e o que ainda não é possível de compreender, dependem de estágios do desenvolvimento humano, os quais são denominados por Piaget (2001) como: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. 

O estágio sensório–motor está ligado ao desenvolvimento humano na fase do nascimento aos 2 anos de idade. Neste período a criança não tem pensamento organizado em sua afetividade, que permita fazer identificação de pessoas e objetos sem que estejam em sua presença. Dentro de um processo construtivo, os sentidos básicos vão se formando e, na medida em que os utiliza, o sistema nervoso vai se amadurecendo através do contanto da criança com meio. Os reflexos comportamentais vão se modificando e com um mês e meio de vida a criança já é capaz de identificar objetos e pessoas, amadurecendo inicialmente suas estruturas cognitivas. As mesmas são formadas através da construção da coordenação ―sensório- motora‖ (PALAGANA, 2001, p.24). O crucial neste período é a evolução da criança na identificação estável de um objeto. Possibilitando também a formulação conjunta de estruturas cognitivas que serviram como suporte para o desenvolvimento perceptivo e intelectual subseqüentes.

O segundo estágio de desenvolvimento se trata do pré-operatório, que ocorre de 2 a 7 anos. Sendo um período mais evoluído, neste estágio o indivíduo desenvolve suas possibilidades de diferentes formas: no sentido da atuação lingüística/comunicação oral, no processo de raciocínio e na apresentação de um comportamento substancial: é a fase em que a individualidade melhor se expressa. Neste estágio a criança possui o entendimento próprio diante a representação do meio, fazendo o reconhecimento através de seu entendimento do que é posto em sua presença, diferentemente daquilo que está ausente. ―É nele que se estrutura a função semiótica, habilidades cognitivas fundamentais para que a criança possa trabalhar com operações lógicas, passando assim para estágio seguinte‖. (PALAGANA, 2001, p. 26).

 O estágio seguinte se trata das operações concretas, ocorrendo entre os 7 e 12 anos. Os processos cognitivos dentro desse estágio não são responsáveis por ações lógicas e independentes da criança. O entendimento depende de situações vividas em sua realidade. Neste período acontece a troca constante de representações mentais, ocasionando a aquisição, modificação e ampliação de informações decorrentes do processo contínuo de aprendizagem. A criança agora procura desenvolver um pensamento que seja transmitido diante uma argumentação compreendida e considerada por todos em seu meio.

O último estágio, denominado de período das operações formais, se dá dos 12 anos em diante. Nesta fase a criança passa a ampliar as suas habilidades e capacidades adquiridas na fase anterior e já consegue raciocinar usando hipóteses e idéias abstratas. A criança adquire a capacidade de analisar e avaliar criticamente a realidade social. Segundo Piaget (2001), é o mais alto nível de desenvolvimento cognitivo.

Deste modo, tendo-se compreensão dos níveis de desenvolvimento humano, é possível realizar um trabalho educativo voltado para as peculiaridades da criança, de acordo com seu processo cognitivo. Por isso o professor tem que ser um constante observador das ações demonstradas pelo aluno, para que novos conhecimentos aconteçam diante dos existentes. 

 Considerando que a aprendizagem se constrói diante das respostas das ações dos alunos, o professor precisa construir ações em que o aluno desenvolva suas estruturas cognitivas, constantemente. Uma das inúmeras formas de proporcionar situações de aprendizagem significativa e, portanto, coerente com o nível de maturação cognitiva, é inserindo a música nas atividades escolares. É o que veremos no item a seguir.

A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Desenvolver atitudes espontâneas é de importantíssimo valor para se construir uma educação rica em valores culturais. Diz Brennand que ―Rousseau defendia que a escola não deveria prepará-la para o futuro nem modelá-la para determinados fins, mas oferecerlhe a possibilidade de ser livre e espontânea, oportunizando-lhe felicidade, enquanto ainda criança‖ (SILVA, 2009, p.395). 

É a partir deste entendimento que começo a falar sobre a importância da música para aprendizagem, ressaltando a importância de se oferecer possibilidades para a criança ser livre e espontânea, por meio da educação musical. Assim, interagir com o meio natural e o ritmo musical, usando sua espontaneidade a desenvolver habilidades musicais. 

Esta vivência deve ser priorizada na escola, a partir do momento em que o professor põe em prática o ensinamento de Pestalozzi, quando ele diz que o ensino deveria partir do conhecido para novo, do concreto para abstrato. Recomendando que seja essencial para a escola o ato do ―aprender fazendo’‖. (SILVA, 2009, p.396.) 

A música desenvolve o raciocínio, dando criatividade à criança e aptidões para que sejam aproveitadas nas ricas atividades dentro da sala de aula. Assim como é a música é a dança que atuam no desenvolvimento corporal através da gesticulação e movimentação, dando equilíbrio para metabolismo humano, estimulando a disposição e evitando doenças como obesidade, fadiga, problemas cardíacos, levando o aluno ao prazer e estimulação fazendo uma aprendizagem de forma saudável.

A música e a dança proporcionam movimentos corporais, que trazem satisfação e alegria. Desenvolvendo a criança a música despertando seu interesse e criatividade, ao mesmo tempo em que estimula a sua autodisciplina, através das distinções rítmicas e estéticas. Abrindo caminho para imaginação, fazendo com que a identidade do sujeito seja construída. Este aprendizado proporcionado pela música pode ser direcionado às práticas educativas escolares, a começar pelo contexto da educação infantil, uma vez que desperta o interesse e o envolvimento da criança, ajudando-a a expressar-se e a socializar-se melhor.

Por isso, cabe ao professor sempre proporcionar apoio às crianças, dentro do ambiente e por meio dos acervos musicais que possam ser trabalhados, despertando as crianças para conhecimento cultural diversificado, de outras cidades ou regiões, como músicas clássicas, músicas folclóricas, regionais, líricas, etc. Vale ressaltar que estas atividades que devem sempre partir do conhecimento prévio da criança, respeitando seu tempo de assimilação e aprendizagem – ou seja: trabalhar a educação musical de acordo com as possibilidades e recursos que estejam dentro das condições que professor possa disponibilizar para crianças, favorecendo, assim, o desenvolvimento cognitivo.

 Como se percebe, a música contribui para vida do ser humano e traz um bem estar a pessoas. Pensando-se no contexto escolar, o professor pode desenvolver práticas de ensino, ampliando os sentidos das crianças, principalmente o auditivo, na estimulação do ouvir.

A música estimula à prática sonora desenvolvendo o aluno a distinção dos efeitos sonoros, como timbre, altura e intensidade, fazendo com que seja distinguido cada som escutado. E aos poucos vai se ampliando o seu desenvolvimento sonoro, apreendendo-se quais gostos sonoros mais aprecia e o que não são de seu agrado, assim podendo fazer reproduções que são agradáveis ao gosto.

 Música dentro da perspectiva sonora faz com que se despertem sensações afetivas, pensamentos e ações. Portanto, estimular a socialização, interagindo musicalmente, faz a criança aprender a conviver melhor se comunicando afetivamente em harmonia na família, na escola e em meio à sociedade.

A ESCOLA E A ARTE MUSICAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

- CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA MÚSICA NA PERSPECTIVA DOS REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) é desenvolvido numa abordagem diversificada, para estímulo e organização da aprendizagem e identidade da criança. Dentre desses aspectos são inseridos vários métodos e orientações que apontam caminhos para uma melhor prática docente. 

No RCNEI (1998) se encontram várias formas de abordagem de ensino direcionado à criança. Numa dessas abordagens está à música como método de aprendizagem a ser utilizado e desenvolvido, para que trabalhem as capacidades afetivas, emocionais e sociais.

 ―A cultura dentro referencial curricular é entendida de forma a ampliar conteúdos dentro de seus códigos e produções simbólicas‖ (RCNI, 1998, pg 46). Por isso, a música proporciona, ao professor, meios que possibilitem aprendizagens e manifestações culturais das e para as crianças. 

Para que o professor se utilize adequadamente destes meios, o seu perfil deve ser amplamente diversificado, para que no planejamento de suas atividades proporcione conteúdos diversos a garantir aprendizagens em diferentes abordagens, em especial quando se trabalha com a arte musical, uma vez que ―a implantação e/ou implementação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente, dos professores que trabalham nas instituições‖. (RCNEI, 1998, p.41) 

 O RCNEI contém três volumes. O terceiro volume é relacionado ao âmbito do conhecimento de mundo, em que se desenvolve na construção de um trabalho com variadas linguagens pelas crianças, objetivando conhecimentos relacionados entre si. Dentre os conteúdos curriculares está a música, como construção de conhecimento significativo a se inserir de forma integral a métodos diversos, na promoção da aprendizagem das crianças. Assim: 

O trabalho com a música proposto por este documento se fundamenta em estudos de modo a garantir à criança possibilidades de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades. (RCENI, 1998, p.48).

A música está presente na educação infantil, ao longo dos tempos, sendo compreendida como forma curricular contribuinte no desenvolvimento de hábitos, atividades e culturas, além de proporcionar a prática do convívio social, desempenhando estímulos à memorização e melhorando a fixação conteúdos e aprendizagens. 

Partindo-se dessas considerações, podemos dizer que o trabalho com a música está entrelaçado com práticas e referenciais interdisciplinares, já que remete a conhecimentos diversificados, ao se inserir em contextos literários e artísticos, datas comemorativas, brincadeiras, atividades desportivas, etc. 

Assim, na perspectiva das práticas curriculares da educação infantil a interdisciplinaridade é entendida [...] ―como um ponto de cruzamento de disciplinas ou atividades baseadas em diferentes pressupostos que articulam os conteúdos trabalhados de forma harmoniosa‖ (BEZERRA, 2010, p.206). O professor de educação infantil, através de uma abordagem interdisciplinar, deve considerar a diversidade dos conteúdos disciplinares, para que haja uma articulação maior entre o que se ensina e o que se aprende. Assim, é preciso saber fazer uso de métodos interdisciplinares para melhor favorecer a aprendizagem. 

Deste modo, para educar com qualidade, as instituições precisam fazer adaptações estruturais e funcionais, para promover condições de desenvolvimento das crianças, de acordo com as orientações curriculares nacionais.

Nas escolas o desenvolvimento infantil deve ser acessível a todos sem qualquer tipo de discriminação, em que sejam válidos e resgatados os fatores culturais da criança. Logo, o desenvolvimento curricular deve criar possibilidades diversas de aprendizagem, pois diante das metodologias adotadas estimula a criança a desenvolver sua identidade, emitindo seu reconhecimento através de várias situações envolvendo a música, o corpo, a cognição e o afeto. 

A educação escolar infantil respaldada pelo RCNEI (1998) proporciona várias situações em que as aprendizagens contribuam integramente para o desenvolvimento de habilidades como o ouvir/falar, o ler/escrever, o cantar/ dançar, entre outras. O estímulo ao desenvolvimento de diferentes habilidades, especialmente as motoras e lingüísticas, faz com que a relação entre o cuidar e o educar se estabeleça, pois a educação escolar está sendo pensada e planejada adequando-se ao cuidado não apenas físico, mas o cuidado global da criança – o que resulta na qualidade e diversidade do ensino em relação aos diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo.

Portanto, o cuidado global da criança deve acontecer na interação de métodos interdisciplinares, através de orientações baseadas nos procedimentos curriculares que estimulem o aluno a se descobrir e desenvolver suas capacidades. Isto pode ser favorecido por meio de estímulos musicais.

TÉCNICAS E MÉTODOS PARA O TRABALHO COM A ARTE MUSICAL NA ESCOLA

A aprendizagem deve acontecer de forma que socialize o indivíduo, que ele conquiste a autonomia e se torne crítico e criativo. ―O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético, e não, um favor que podemos ou não conceder uns aos outros‖. (BEZERRA,2010, p.162 apud FREIRE,1996,p.59). 

O ensino e aprendizagem estão disponíveis da mais variadas formas para crianças, através das tecnologias da informação e comunicação, que inclui a música na aquisição e uso desses novos métodos (utilização de vídeo, áudio, conto, musical, etc), ampliando e facilitando uma aprendizagem com mais eficácia através utilização mídias, que traz para sala de aula informações de formas diversas através cultura contemporânea. Em suas reflexões, Ausebel (apud MOREIRA e MAZINI, 1982), apresenta dois eixos de aprendizagem memorística (mecânica), sendo um deles aprendizagem por descoberta – em que o estudante precisa descobrir o conteúdo antes de assimilá-lo. Por esta razão, o uso do meio mediático, dentro da sala de aula, deve ser adaptado para ser utilizado pelas crianças. 

A utilização de métodos que instiguem uma aprendizagem sadia e significativa, proporcionando formas novas de aprendizagem, faz com que o aprendizado se apreenda na prática. É através da música que tais possibilidades podem se inseridas no contexto escolar, como, por exemplo, na contemplação da arte cênica, no desenho de melodias, na busca das variações lingüísticas, na valorização da diversidade cultural.     

A formação da música é o que dá forma ao seu gênero, por isso também pode ser abordada dentro da sala de aula a criação de gêneros e letras curiosas, demonstrando como a forma estrutural da música pode se desenvolvida. A dança faz parte da composição dos gêneros que podem ser abordados dentro da música.        

Os gêneros musicais são os mais diversificados possíveis, deixando que o professor possa procurar os ritmos e harmonias que melhor possam se encaixar em algum conteúdo que queira aplicar. 

A voz é uma forte contribuinte de percepção musical que pode se desenvolvido no ser humano. O professor está em constante uso da voz para desempenho de suas aulas; então precisa fazer exercícios que trabalhem o cuidado e qualidade da sua voz, através do gargarejo, da respiração correta, de exercícios vocais que estimulem a garganta, verificando como está a sonoridade da voz. A visita ao fonoaudiólogo orienta sobre os devidos cuidados com a garganta e a voz. Exercícios como descanso da voz, o hábito de tomar água e falar baixo são atos benéficos para aos professores, para que possa garantir uma qualidade na sua voz, para desempenho de sua profissão. 

Este cuidado é uma questão para ser abordada dentro da sala de aula, ao trabalhar a música, despertando e conscientizando o aluno sobre a importância do cuidado com a garganta, e com voz, dentro de seus aspectos acústicos, fonéticos e na comunicação. 

Segundo Lino (1999, p.62), ―o som é uma onda invisível, e através da percepção tornamos esse invisível, visível, respeitando a medida o tempo no tempo da medida e de suas direções‖. A música é construída através de manipulação do som. A sonoridade vai se formando na construção musical, que vai sendo adquirida através dos conhecimentos criados pelas e com crianças.

―A noção de conhecimento em música surge da ação da criança com a música‖ (LINO, 1999, p.64). Através do contato com brinquedos sonoros e brincadeiras desenvolvidas através do ar com músicas que despertem na criança formas desenvolvimento através movimentos corporais, da voz e interação.

Os sons da voz e dos instrumentos se integram aos elementos sonoros, sendo descobertos e inovados pelas crianças. Através de objetivos como som da mesa, cadeira, porta, janela, zíper da bolsa, sons que possam desenvolver construções sonoras diferentes, podem ser explorados aguçando a curiosidade da criança, fazendo que ela pesquise sons através exploração sonora desses objetos. Assim, [...] ―atividades de improvisação e composição podem ser utilizadas pelo educador para desenvolver o processo de percepção - expressão – comunicação possibilitado pela música‖ (LINO, 1999, p.67). Direcionando o entendimento da prática consciente nos campos musicais, propiciada pela qualidade da compreensão dos elementos sonoros, que desdenhados sobre formas livres expressionais propicia diversidades rítmicas, dentre outras características sonoras que podem se impulsionadas e descoberta.

Para Lino (1999, p. 80), a sala de aula precisa ter um espaço dedicado à música, em que os alunos possam colecionar objetos sonoros e músicas para dividir com toda a turma. É preciso que a escola que trabalha com educação infantil obtenha um espaço para desenvolvimento musical, e que tal espaço seja confortável e estimulante com almofadas e tapetes, com infra-estruturar adequada à sonorização da escola, em que seja distante de áreas muito movimentadas, que ofereça ambiente térmico e acústico, seja agradável. Sendo composta de brinquedos, CDs, vídeos, equipamentos de som, gravador, microfones e instrumentos; assim como livros e contos musicais: todo material possível para que a criança desenvolva a relação afetiva através das expressões sonoras.

 É interessante o docente e a escola construírem uma sala em que todo material musical esteja disponível para criança ter acesso, planejando momentos diários com ambiente musical, trabalhando as mais diversas possibilidades de estilos musicais a serem desenvolvidas. Assim, o planejamento de momentos de relaxamento e apreciação musical, através da acomodação das crianças nos tapetes da sala de aula, faz com que a música seja contemplada e que as crianças possam se envolver no momento, prestando atenção aos conteúdos e ritmos musicais utilizados.

Portanto, o ambiente deve ser estimulante para que atividades sobre percepção musical sejam utilizadas nos momentos da aprendizagem instrumental. O instrutor deve estimular as crianças para explorar a sonoridade dos instrumentos e todos os materiais disponibilizados dentro da sala, fazendo a mistura dos sons, que podem ser leve grave ou agudo, curto ou longo e forte ou fraco. 

Assim, tocando, expressando-se e cantando as crianças terão vivenciado as mais diversas possibilidades de sonoridades que elas poderem descobrir, explorar e criar, pois ―a escola é um lugar pedagógico por excelência e por essa razão é o local onde devemos oportunizar diferentes modalidades de escuta infantil‖. (LINO, 2003, p.81). 

O professor pode realizar atividades dirigidas, que sejam desenvolvidas sempre mediante o binômio educar e cuidar, através do acompanhamento do professor, verificando se o ambiente está nas devidas condições e se os materiais são de qualidade para que atividade seja desenvolvida com êxito, sem prejudicar o órgão auditivo ou vocal da criança, como também respeitando suas possibilidades físicas e mentais. 

Para Louro (2006, p.27), a educação musical, realizada por profissionais informados e conscientes de seu papel, educa e reabilita a todo o momento, uma vez que afeta o indivíduo em seus aspectos principais: físico, mental, emocional e social. 

Dentre estas atividades, que envolvem a educação musical, temos como recurso pedagógico o jogo musical, os brinquedos sonoros, os objetos sonoros, as brincadeiras rítmicas (parlendas, trava-línguas, cantigas de roda, etc.). 

O Jogo musical tem ficcionalidade de trabalhar muitas vezes à memorização da criança. Jogos musicais são geralmente encontrados em lojas, como teclado, guitarra. Jogos de dança que tem identificação de cores ou números, notas musicais para que seqüências de sons ou movimentos e notas musicais sejam desenvolvidas dentro do jogo. Com um desses jogos, a criança pode trabalhar a questão do fazer letras e melodias musicais, proporcionando que elas se divirtam aprendendo através das tecnologias da informação. 

O trabalho na área de música pode reunir grande variedade de fontes sonoras. ―Devem-se valorizar os brinquedos populares, instrumentos étnicos, materiais aproveitados do cotidiano‖. (BRITO, 2003, p.64) 

Os brinquedos sonoros são materiais que devem ser valorizados dentro da aprendizagem formal, pois possuem uma interação para realização continuada da aprendizagem musical. Brinquedos populares como piões sonoros, reco-reco, chocalho, violão, pandeiro, teclado, ao serem usados, dão entoações acústicas a ritmos, em diferentes emissões sons produzidas. 

Para BRITO (2003, p.69), construir instrumentos musicais ou objetos sonoros é uma atividade que desperta a curiosidade das crianças. Uma forma lúdica de as crianças fazerem suas descobertas sobre o surgimento da produção sonora, podendo elas ser produtoras do mecanismo sonoro e da confecção dos instrumentos musicais que gostam. Então, envolver as crianças na produção desse instrumento possibilita o desenvolvimento da arte de criar.

A questão ambiental também é introduzida nesta atividade. Ao se usar material reciclado como lata, canudos, varetas, papel usadas, bexigas, tintas, colar, para confecção, por exemplo, de uma bateria de lata, também se trabalha a questão da conscientização da preservação do meio ambiente: 

As crianças devem ser orientadas para escolher aquelas que formem uma série interessante de sons, explorando contrastes, tais como: uma lata com som mais grave, outra com som agudo, uma que vibre mais, produzindo um timbre mais metálico outra com timbre mais abafado. (BRITO, 2003, p.74). 

As brincadeiras com a utilização da música são uma forma de os adultos entrarem na brincadeira e animarem as crianças. As parlendas são brincadeiras rítmicas com rima e sem música (BRITO, 2003, p.101). São versos animados com rimas através de uma linguagem que permite estimular a memorização e fazer com que aconteça associação de aspecto da realidade através do lúdico numa iniciativa própria da criança ou realizada pelos pais para entreter mesma. Elas são desenvolvidas para melhorar a relação entre professor aluno ou entre os próprios alunos, a linguagem, a memorização. Estimulando noções de aprendizagens como para distinção dos dias, semana, mês, gênero, variações de regiões, alfabeto, fonemas. 

O trava-língua usado no campo educacional se direciona ao desenvolvimento da linguagem da criança através de pronúncias silábicas repetidas: apresenta-se como um desafio de pronúncia, em que a criança explora as formas de linguagens, através de frases populares com pronúncia dificultada. Produzir o trava-língua é também proporcionar momentos descontraídos, por meio de vivência folclórica. 

A dança circular também uma forma de resgatar as próprias brincadeiras do professor. Através da cantiga de roda, as crianças interagem na cultura folclórica, assim desenvolvendo movimentos corporais através dos ritmos e melodias são adaptadas coreografias. São muito usadas dentro da sala de aula infantil, para trabalhar o desenvolvimento lingüístico, motor e valores da cultura popular.

PROCEDIMENTO METODOLOGICO 

- A PESQUISA DE CAMPO

Para compreender como o Trabalho com a música na educação infantil é realizado, realizamos nossa pesquisa de campo, cujo estudo se apoiou em alguns critérios metodológicos que traçaram a diretriz de nossa investigação. Uma pesquisa de campo é definida como:

Aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. (LAKATOS E MARCONI, 1991, p. 188) 

 Considerando-se que a pesquisa de campo possui diferentes características, realizou-se uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, buscando encontrar respostas para os objetivos, de forma planejada, no lócus da pesquisa. Assim, o método qualitativo busca significados, que investigados sobre várias possibilidades procuram entender as reações e desenvolvimento humano dentro campo social. ―Nessa perspectiva, a pesquisa tem como foco a vida e a realidade como fonte direta dos dados, demandando um trabalho intenso de campo‖. (BRENNAND et. al., 2012, p.66). 

DESCRIÇÃO DO CAMPO EMPÍRICO

Uma escola onde funciona a Educação Infantil, sendo 1 turma de Pré-Escola no turno da manhã e 2 no turno da tarde, e mais uma turma do 1º ano do Ensino Fundamental no turno da manhã. A escola se encontra em local residencial, onde os principais problemas são precariedades sociais da comunidade. As principais carências da escola, no momento, estão relacionadas com a infra-estruturar.

Na atual administração passou por reformas significativas como a construção de 2 salas de aula; houve reformas também na cozinha e segundo a diretora outras reformas serão realizadas durante os anos. Atualmente a escola é composta de 5 salas de aulas. 

O seu projeto político pedagógico tem como objetivo o atendimento a comunidade ao redor da escola, construindo ações benéficas na relação escola e comunidade, assim como promover um bem estar para todos os professores e alunos.

DELIMITAÇÃO DA AMOSTRA E CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS PARTICIPANTES

Para pesquisa foram escolhidas 4 professoras que trabalham na educação infantil, pois as mesmas condizem com área desta pesquisa. 

A professora 1 é formada no ensino superior completo do curso de Licenciatura do curso de Pedagogia, tendo 58 anos de idade e tem como tempo de serviço prestado na educação 32 anos. 

A professora 2 tem formação e pós-graduação em orientação e supervisão educacional, tendo 32 anos de idade e com tempo de serviço prestado na educação de 12 anos de trabalho. 

A professora 3 possui formação no curso superior em licenciatura plena em história, com 31 anos de idade, com tempo de serviço prestado à educação de 3 anos de trabalho. 

Já a professora 4 possui ensino superior incompleto, estando cursando pedagogia, com 23 anos de idade; tem de tempo de serviço prestado na educação de 2 anos, sendo a mais nova do campo educacional.

METODOLOGIA ADOTADA PARA A COLETA DE DADOS 

Os procedimentos para coleta de dados da pesquisa aconteceram com o consentimento da gestora da escola (anexo1). Com a pesquisa concedida, iniciou-se o processo para a coleta dos dados. 

Os sujeitos das pesquisas responderam a um questionamento com perguntas abertas (anexo3) sobre a utilização da música na prática docente, no contexto da educação infantil.

ANÁLISE DOS DADOS 

Para a organização e análise dos dados obtidos, utilizamos a tabulação que é um procedimento que permite apresentar os dados coletados por meio gráfico (RUDIO, 1986). Para melhor tabular as respostas apresentadas pelos sujeitos participantes da pesquisa, utilizamos os quadros abaixo. 

Registro e análise das respostas apresentadas no questionário 

1 – Você usa a música em atividades de sala de aula? Justifique:

Professora 1 

Sim! É através da música que a criança sente o prazer de ir para escola e o aluno aprende com mais facilidade, pois a música em sala de aula é um grande incentivo. 

Professora 2 

Sim! A música está sempre presente em sala de aula com objetivo de enriquecer qualquer tema ou disciplina que seja abordado assim facilitando a compreensão. 

Professora 3 

O uso da música em sala de aula tem o intuito de deixar as aulas mais dinâmicas e expor assuntos lúdicos. 

Professora 4 

A música facilita para a interação do professor com aluno.

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Conforme as respostas dadas, a música é utilizada como atividade em sala de aula, sendo responsável pela facilitação da aprendizagem, pois enriquece os conteúdos, deixando as aulas mais dinâmicas, lúdicas e interativas. 

Diante das respostas apresentadas, entendemos que a utilização da música é significativa para as professoras. 

2 – Em sua opinião, para se aplicar atividades com música em sala de aula precisa ter formação em música? Justifique. 

Professora 1 

Não! Na sala de aula o educador e alunos construíram o instrumento musical. 

Professora 2 

Não! É necessário apenas que o professor trabalhe de maneira ampla, inove e crie novas técnicas para a construção do saber. 

Professora 3 

Acredito que a formação e relativa, pois a maioria dos professores não tem formação em música, contando apenas com suas experiências docentes. 

Professora 4 

Não! Precisa de nenhuma graduação em música, mas é sempre bom os educadores participarem de formação continuada. 

De acordo com as opiniões das professoras, todas concordam que não necessariamente precisariam ser formadas em música para trabalhar com as crianças. As professoras 1 e 2 frisam que o professor, independente de formação, sabe trabalhar e consegue inovar e criar ―novas técnicas‖, o que é relativizado nas respostas dadas pelas professoras 3 e 4, ao colocarem respectivamente que a formação é relativa (no entendimento da formação inicial) e que seria ―bom os professores participarem de formação continuada‖. 

Estas respostas apresentam posições contrárias em relação à formação do professor de educação infantil, principalmente no que se refere ao conhecimento de métodos eficazes para o trabalho com a educação musical. Como então planejar as aulas, procurando explorar a música no seu campo interdisciplinar, quando não existe uma orientação musical voltada para este contexto de sala de aula? É uma questão polêmica, já que ―um trabalho pedagógico-musical deve se realizar em contextos educativos que entendam a música como processo de construção, que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar, criar e refletir‖ (BRITO, 2003, p. 46). 

3 – Qual função da música na educação Infantil?

Professora 1 

É um método que a criança aprende brincando, tendo o prazer de chega na escola, pois lá é um ambiente prazeroso. 

Professora 2 

A Música tem inúmeras possibilidades. Assim como ampliar, promover um ambiente que a escola seja alegre, que promova e contribua no conteúdo e no desenvolvimento corporal da criança. 

Professora 3 

A música tem como função um agente facilitador integrado do progresso educacional. 

Professora 4 

Facilitar a interação da criança com o professor, contribuindo para laços de amizade, desenvolvendo corporal, contribuindo com a metodologia no ensino – aprendizagem.

Mesmo não tendo formação apropriada, as professoras reconhecem a música como um recurso pedagógico, com diferentes funções: a música propicia aprendizagem dos conteúdos trabalhados, motivação, alegria, prazer, melhor interação e habilidade motora. 

Se a escola tivesse melhor estruturada, podia-se pensar em um planejamento partilhado, em que as professoras pudessem associar, por exemplo, as habilidades motoras e lingüísticas ao trabalho com a música. Assim, haveria um momento para a troca de conhecimentos e experiência que pudessem auxiliar a prática de cada uma delas. 

Também é interessante se conceber a prática da educação musical ―como um processo orientado que, visando promover uma participação mais ampla na cultura socialmente produzida, efetua o desenvolvimento dos instrumentos de percepção, expressão e pensamento necessários à apreensão da linguagem musical, de modo que o indivíduo se torne capaz de apropria-se criticamente das várias manifestações musicais disponíveis em seu ambiente‖. (PENNA, 2008, p.47). Mas isto também só poderia acontecer se a formação inicial orientasse o professor neste processo.

4 – De que forma a música pode entrar no planejamento da educação infantil? 

Professora 1 

A música deve ser objetiva. A música você trabalha a palavra e a família silábica, é uma aula interdisciplinar podendo se desenvolvida em português e ciência. 

Professora 2 

A música pode entra num planejamento através de temas pedagógicos integrados. 

Professora 3 

Sim! Como instrumento didático pedagógico que além de ampliar os conhecimentos, pode proporcionar aos alunos momentos agradável. 

Professora 4 

A música não deve entrar de que forma aleatória, tem que ser objetiva, tendo conteúdos compreensíveis, para isso o professor tem saber adapta a música ao conteúdo explanado.

Os planejamentos devem correr através elaboração construtiva, se possível de forma interdisciplinar, ampliando as possibilidades de aprendizagens das crianças. O professor deve estruturar um planejamento que aborde a melhor forma de aplicar um conteúdo. 

As professoras apontam para a possibilidade de inserir a música no planejamento, como também indicam como isto pode ser feito, embora de modo superficial: a professora 1 afirma que a música tem que ser objetiva – e pelo que demonstra, serve apenas para ilustrar o ensino das famílias silábicas (método este tradicional); a professora 2 menciona o trabalho com a música de forma interdisciplinar, quando trata de temas pedagógicos integrados; a professora 3 inseriria a música como um recurso/instrumento para ampliar conhecimentos e tornar a aula descontraída; e por último, a professora 4 aponta para a necessidade de adequar a música ao contexto do ensino, tomando como referência conteúdos compreensíveis. 

Esta compreensão do que é aprendido, mesmo que superficial, poderia ser aqui relacionada aos estágios de desenvolvimento infantil (PIAGET, 2001), uma vez que a música inserida nas atividades cotidianas favoreceria o aprendizado de certo conteúdo, como também influenciaria a desempenho das crianças em atividades motoras.

5 – Você Faz uso de recursos específicos como instrumentos musicais nas atividades cotidianas? Justifique. 

Professora 1 

Sim! Nossos instrumentos são improvisados em sala de aula. 

Professora 2 

Sim! Nossos instrumentos são criados em sala de aula 

Professora 3 

Não! Por que a escola em que onde trabalho não disponibiliza de instrumentos musicais. 

Professora 4 

Não! Faço uso dos instrumentos por que a escola não possui tais instrumentos.

Os instrumentos sonoros devem estar presentes no cotidiano da criança, pois é através do toque e da exploração de conhecimento instrumental que vai ajudar a criança a conhecer suas possibilidades de uso e desenvolver seus sentidos e gostos musicais. 

Os materiais sonoros como pianos, violões, pandeiros e chocalhos de brinquedos (ou não) fazem parte dessa composição; com eles o professor pode desenvolver o trabalho mais criativo, envolvente e com qualidade. Dentro da escola é preciso que sua estrutura favoreça o ensino e a aprendizagem. Assim, ter disponível determinados recursos faz com que haja um trabalho de maior qualidade. No caso da educação musical, a falta de materiais e recursos didáticos tende a dificultar o trabalho do professor, inviabilizando a aplicação da lei.

Conforme as respostas apresentadas, as professoras 3 e 4 não usam instrumentos porque a escola não possui. Deduz-se, então, a inviabilidade do trabalho com a música através de instrumentos musicais, mesmo de brinquedo. No entanto, como declararam as professoras 1 e 2, pode-se também criar instrumentos musicais. Elas conseguem fazer algo a mais, tentando suprir a falta de material adequado. É importante se frisar que esta criação é uma estratégia utilizada pedagogicamente, desde que seu manuseio seja seguro e possa ser usado com objetivo voltado não apenas para ―a hora da brincadeira‖, mas que trabalhe também aspectos da educação musical. 

Construir instrumentos musicais e/ou objetivos sonoros é uma atividade que desperta a curiosidade e o interesse das crianças, ―além de contribuir para o entendimento de questões elementares referentes à produção do som e às suas qualidades, às acústicas, ao mecanismo e ao funcionamento dos instrumentos musicais.‖ (BRITO, 2003, p.69). 

A confecção de instrumentos musicais, desperta arte, a dominação de técnicas de planejamento e execução, que desperta a criança no desenvolvimento para capacidade de reconhecer, criar, reproduzir, produzir. ―Ao construir instrumentos musicais, as refazem, à sua maneira, o caminho traçado por nós, seres humanos, na busca de meios para o exercício da expressão musical, ao mesmo tempo em que transcendem esse caminho por meio da invenção de novas possibilidades‖ (BRITO, 2003, p.71).

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O objetivo geral desta pesquisa foi investigar como vem sendo desenvolvido o trabalho com música na Educação Infantil. Buscamos, também, analisar as contribuições que a musicalidade traz para aprendizagem, destacando o papel da música dentro do desenvolvimento educacional e identificando o entendimento das professoras, sujeitos da pesquisa, sobre o papel da música na educação infantil. 

Estes objetivos, como se pode verificar, foram alcançados, fazendo-nos entender mais sobre a importância da música nas atividades escolares e sua aplicabilidade na educação infantil. 

O referencial teórico que subsidiou o trabalho reforçou conceitos e diretrizes relacionadas à educação musical, principalmente tomando-se como base o RCNEI (1998). Deste modo, na escola de educação infantil, a música deve fazer parte da vivência das crianças, estimulando os sentidos e os movimentos corporais, favorecendo interação e uma melhor socialização entre criança/criança e professor/criança, além de proporcionar momentos lúdicos, envolvendo também a família. 

Com relação aos dados coletados, percebeu-se a importância das respostas apresentadas, fazendo-nos refletir tanto sobre a urgência e necessidade de uma formação inicial que contemple um melhor preparo com relação ao trabalho com a música na escola, em especial, na educação infantil, como a urgência e a necessidade de políticas públicas que invistam melhor na educação básica, estruturando-a conforme determina a lei. 

Mesmo diante da falta de recursos e de uma formação continuada capaz de suprir as necessidades de professores da educação infantil, as professoras participantes da pesquisa têm conhecimento sobre a importância da música inserida nas atividades escolares e tentam fazer o trabalho da forma que é possível. Elas demonstram aceitação da música, e a insere em suas práticas, para ilustrar um conteúdo, descontrair a turma, ou motivar a criação/uso de instrumentos musicais artesanais. 

É preciso também ressaltar que não foi percebida, diante das respostas, uma ação pedagógica que expressa diretamente o trabalho interdisciplinar ou multidisciplinar envolvendo a música. Isto reflete a realidade do ensino e a predominância do trabalho com conteúdos isolados. Assim, por mais que se tenha explicitada a importância do trabalho com a música, deduz-se que ela é ainda pouco utilizada como prática curricular.

Deste modo, concluímos que a formação inicial do professor precisa contemplar a educação musical, para assim poder instrumentalizar melhor o profissional em educação, possibilitando-o com técnicas e metodologias adequadas ao contexto da educação infantil, favorecendo o aprendizado tanto da música, quanto dos conteúdos e conhecimentos a ela associados

Borboleta







Canção de Marisa Monte


Borboleta pequenina que vem para nos saudar

Venha ver cantar o hino que hoje é noite de Natal

Eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira

Ando no meio das flores procurando quem me queira

Borboleta pequenina saia fora do rosal

Venha ver quanta alegria que hoje é noite de Natal

Borboleta pequenina venha para o meu cordão

Venha ver cantar o hino que hoje é noite de Natal

Eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira

Ando no meio das flores procurando quem me queira

Borboleta pequenina saia fora do rosal

Venha ver quanta alegria que hoje é noite de Natal



terça-feira, 28 de março de 2023

O segredo é, simplesmente, fazer o básico bem feito.



Refuncionalização

Rugosidade?

Testemunho geográfico? 

A imagem abaixo focaliza um velho vagão de trem metamorfoseado em uma ponte de um riacho na República da Geórgia  - no Leste Europeu. 

Será que o citado artefato pode ser considerado uma rugosidade? Ou quem sabe um testemunho geográfico?

Deixo essas questões para os geógrafos que trabalham com esses conceitos caros à geografia. 

O que dá para afirmar é que o vagão de outrora assumiu uma nova FUNÇÃO ao se transformar em uma ponte.



Se percebe, igualmente, que - como FIXO - o vagão/ponte continua sendo utilizado para facilitar a mobilidade dos FLUXOS de pessoas.


Por meio das assertivas aqui salientadas, percebe-se, portanto, que o monumento inusitado em tela representa um verdadeiro ente geográfico.



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