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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

E do nada se fez Natal ...


O apóstolo João não conta a história do Natal como os evangelistas Mateus e Lucas o fazem. João é o evangelista que nos dá uma perspectiva teológica diferente do Natal ao descrever Jesus Cristo como aquele por meio do qual nasce o mundo e em quem renascemos.
 

No Natal segundo João, o cenário é o universo, criado por meio de Jesus Cristo, a Palavra

O cenário do Natal de Jesus em Mateus e Lucas vai de Nazaré a Belém, lugares em que se cumprem as profecias dadas pelos profetas antigos. Já em João, o cenário é o próprio universo, que nasce por meio de Jesus Cristo, a Palavra.

No início do Evangelho, João nos confronta com a divindade, a eternidade e o poder criativo de Jesus Cristo. Gênesis 1.1 nos coloca frente a frente com a majestade de Deus: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Da mesma forma, João 1.1-3 nos depara com a majestade de Jesus Cristo: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele nada do que foi feito se fez”.

Gênesis 1 afirma repetidamente “e Deus disse…”. O Salmo 33.6,9 afirma: “pela palavra do Senhor foram feitos os céus…”; “porque ele falou, e foi feito; ele ordenou, e foi estabelecido”. O Salmo 107.20 declara: “ele enviou a sua palavra e os curou.” A palavra de Deus cumpre o propósito para o qual Deus a envia (Is 55.11). Há poder criativo na palavra de Deus e Jesus Cristo é essa Palavra. Assim, quando João chama Jesus Cristo de “a Palavra”, ele quer dizer, e diz, que Deus falou e se revelou a nós na pessoa de Jesus Cristo, o eterno Criador de todas as coisas (Cl 1.16-17), que operou “no princípio” (Gn 1.1), na Criação, juntamente com o Pai e o Espírito Santo (Gn 1.2,26; 1Co 8.6; Hb 1.1-3).

Aliás, ninguém pode conhecer os pensamentos de alguém se não forem colocados em palavras ou sinais interpretáveis. Deus é espírito e, portanto, invisível aos nossos sentidos finitos (1Tm 6.16). Jo 1.18 diz: “Nunca ninguém viu Deus, o Deus unigênito, que está junto do Pai, é quem o revelou”. O próprio Jesus disse (Jo 14.9): “Aquele que me vê, vê o Pai”. Portanto, só por meio de Jesus podemos conhecer Deus de maneira pessoal e plena (Lc 10.22).

Hebreus 1.1-2 declara: “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo”. Se Deus nos falou por meio de Jesus Cristo, sua Palavra, então é melhor ouvirmos o que ele diz. João 3.36 estabelece a perspectiva: “Quem crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”. Ignorar Jesus Cristo, a Palavra de Deus dada a nós, é um erro grave. Jesus Cristo é o Deus eterno, a Palavra de Deus autorizada. Não crer em Jesus Cristo traz consigo o perigo de não se tomar parte na nova Criação que sua vinda veio inaugurar com seu nascimento numa pobre manjedoura em Belém.

No Natal segundo João, a luz é Cristo, aquele que vence a escuridão do nosso coração

Nos relatos que Mateus e Lucas trazem do Natal de Jesus Cristo, a luz é um elemento central. É a luz que vem transformar a realidade, como quando o sacerdote Zacarias louva a Deus pela vinda iminente do “sol nascente das alturas”, que vem “para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte” (Lc 1.78-79). É luz que vem manifestar a presença de Deus, como quando a “glória do Senhor brilhou ao redor” dos pastores, nas campinas de Belém (Lc 2.9). É luz que sinaliza e dirige, como quando uma estrela (Mt 2.2,9-10) guia os sábios do Oriente até à casa onde Maria e José cuidam de Jesus. Já no prólogo de João, Jesus Cristo, a Palavra eterna, o Criador de tudo – da luz, inclusive (Gn 1.3), é a própria luz encarnada e caminhante. Essa luz, Jesus Cristo, revela a vida e a luz de Deus a este mundo escuro.

Ao falar de Jesus Cristo, João 1.10b diz que “o mundo não o conheceu”. E João 1.11b complementa que mesmo o seu próprio povo “não o recebeu”. Em João 3.19-20, Jesus salienta que os que estão nas trevas amam as trevas e odeiam a luz porque as suas obras são más. Como diz Paulo em 2 Coríntios 4.4,6, ao falar dos que estão perecendo: “nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Porque Deus, que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo”. Os pecadores caminham na escuridão (Jo 8.12) e não veem quem Jesus realmente é a menos que Jesus lhes abra os olhos cegos para ver.

João 1.4 diz de Jesus Cristo: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”. A palavra “vida” aparece 36 vezes no Evangelho de João, mais do que em qualquer outro escrito do Novo Testamento. E em João 1.4, vida e luz estão entrelaçadas na pessoa e na obra de Jesus Cristo. É João dizendo que aqueles que estão espiritualmente mortos nos seus pecados precisam de vida, e Jesus é a fonte dessa vida. Eles estão na escuridão espiritual, mas quando nascem de novo, a luz se acende, resplandece.

Jesus Cristo é a única fonte de luz verdadeira neste mundo espiritualmente escuro. João no capítulo 1, versículo 5 afirma: “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. A luz, uma vez criada (Gn 1.5), venceu a escuridão. Jesus Cristo, a luz, veio à luz e foi crucificado, mas ressuscitou e venceu as trevas. A salvação que vem por meio de Jesus Cristo supera a escuridão espiritual de cada coração que nele confia. Jesus é luz que transforma a realidade, que manifesta a presença de Deus e que sinaliza e dirige a vida dos que ilumina no caminho que leva à eternidade.

No Natal segundo João, os personagens somos nós, os renascidos e recriados em Jesus Cristo

Quando o pecado entrou no mundo, tornou-se impossível conhecer a Deus em sua plenitude a menos que ele se revelasse a nós. Uma nova Criação se fazia necessária, liberta das algemas do pecado e da escuridão. “E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade” (Jo 1.14).

Diferente do que os gregos pensavam, a matéria não é eterna. Só Deus é eterno. E a Criação aponta para o espantoso poder e inteligência de Deus.

Ler Gênesis 1.1 e João 1.1 à luz um do outro nos ajuda a lembrar que somos criaturas finitas e limitadas e que devemos, portanto, submeter-nos a Deus e depender dele. Em outras palavras, sendo Jesus Cristo aquele por meio de quem o que foi feito se fez, então, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, Jesus Cristo é Deus, o que significa que eu não sou Deus. E isso é uma lição fundamental em todo o tempo.

No Natal segundo João, esta lição é ensinada sempre de novo: Jesus Cristo veio recriar vidas, iluminando-as e transformando-as com a sua luz. Se existo, assim como toda a Criação, é por desígnio de Deus que estou aqui e deveria reconhecer isso e devotar-me a Deus com reverência e gratidão todos os dias, também neste tempo santo de Natal, tempo de renascer com Jesus Cristo para a vida plena e eterna.

No Natal segundo João, só enxergamos a luz se Jesus Cristo, nascido em Belém, nascer em nosso coração também. Abençoado Natal!

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