POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Capacidade de adaptação

A diversidade humana reflete uma vasta gama de adaptações ao ambiente, tanto no que diz respeito à genética e à cultura, como também à forma como as pessoas interagem com o meio em que vivem. A capacidade de adaptação permite que os seres humanos sobrevivam e prosperem em uma grande variedade de ecossistemas. 

Adaptação Genética:

Adaptabilidade:

A diversidade genética humana permite que algumas populações se adaptem melhor a condições ambientais específicas, como climas extremos ou a presença de determinadas doenças. 

Seleção Natural:

A seleção natural favorece indivíduos com características genéticas que aumentam a probabilidade de sobrevivência e reprodução em um determinado ambiente. 

Exemplos:

A resistência a certas doenças, a tolerância à altitude, a capacidade de digerir lactose e a cor da pele são exemplos de adaptações genéticas que variam entre diferentes grupos humanos. 

Adaptação Cultural:

Saberes Tradicionais:

Populações indígenas e comunidades locais desenvolvem práticas e conhecimentos tradicionais que se baseiam na compreensão do ambiente natural e na adaptação às suas condições.

Cultura Material:

A criação de ferramentas, habitações e roupas adequadas a um ambiente específico demonstra a capacidade humana de adaptar-se ao meio através da cultura material.

Comportamento e Socialização:

As normas sociais, as práticas de produção e os rituais de uma cultura podem refletir uma adaptação ao ambiente, permitindo que as pessoas interajam de forma mais eficaz com o meio em que vivem. 

Adaptação Individual:

Aptidão:

A forma como cada indivíduo se adapta ao ambiente varia, dependendo de seus recursos pessoais, experiências e habilidades.

Aprendizagem:

A capacidade de aprender e adaptar-se a novas situações é essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento humano em ambientes dinâmicos.

Interação:

A interação com o ambiente, incluindo a natureza e outros seres humanos, é fundamental para a adaptação individual. 

Importância da Diversidade:

Resiliência:

A diversidade humana, tanto genética quanto cultural, contribui para a resiliência das sociedades diante de desafios ambientais e sociais. 

Inovação:

A interação entre diferentes grupos humanos e culturas pode levar à inovação e à criação de novas soluções para problemas ambientais e sociais. 

Inclusão:

Reconhecer e valorizar a diversidade é fundamental para construir sociedades mais justas e inclusivas, onde todos possam contribuir com seus conhecimentos e experiências. 

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Abelhas e marimbondos

Nos desenhos animados, as colmeias amarelas em forma de “gota” penduradas em galhos são quase sempre mostradas como casas de abelhas, mas na verdade esse tipo de ninho é típico dos marimbondos (ou vespas). Eles constroem essas estruturas de papel com fibras mastigadas. Já as abelhas (principalmente as Apis mellifera, as abelhas-africanizadas que temos no Brasil) preferem fazer suas colmeias em cavidades: troncos ocos, caixas, paredes, caixas de abelhas... Elas constroem favos internos com cera produzida por elas mesmas.

A escolha por representar “colmeias penduradas” nos desenhos tem muito mais a ver com estética e simbolismo visual: é fácil de desenhar, colorido, simpático e virou um estereótipo.



A evolução da rosa dos ventos

A rosa dos ventos surgiu como resultado da necessidade de navegação precisa e se desenvolveu entre os povos do Mediterrâneo. Embora suas raízes estejam na observação antiga dos ventos, seu formato moderno foi consolidado com os avanços da cartografia náutica na Europa medieval, especialmente a partir do século XIII.

Origens históricas:

Antiguidade Clássica: Civilizações como os gregos e romanos já conheciam os ventos predominantes e os associavam a pontos cardeais. Por exemplo, Aristóteles, no século IV a.C., escreveu sobre os ventos em sua obra Meteorologia.

Mundo Árabe e Mediterrâneo Medieval: Durante a Idade Média, navegadores árabes e mediterrâneos utilizavam representações dos ventos em cartas náuticas. Nesses mapas, os ventos eram associados a direções específicas, o que levou à representação gráfica que mais tarde evoluiria para a rosa dos ventos.

Cartografia Europeia (século XIII em diante): A rosa dos ventos como a conhecemos, com 8, 16 ou 32 pontas, começou a aparecer nos portulanos, mapas náuticos usados por marinheiros europeus, especialmente genoveses e venezianos. A primeira representação conhecida da rosa com 32 direções aparece em cartas do final do século XIII.

Marco simbólico: O ponto norte era frequentemente representado por uma flor-de-lis, símbolo que se popularizou com os navegadores italianos e portugueses.

Uma curiosidade interessante: a palavra "bússola" vem do italiano bussola, que significa "caixinha". Isso porque as primeiras bússolas eram caixas pequenas com uma agulha magnetizada flutuando em óleo ou suspensa por um fio. Ela foi fundamental para o uso da rosa dos ventos na navegação, permitindo que os navegadores mantivessem o rumo mesmo sem referências visuais como o Sol ou as estrelas. 


sábado, 24 de maio de 2025

Pintura

A pintura é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral da criança, estimulando a criatividade, a coordenação motora, a expressão emocional e o conhecimento das cores. Ao permitir que as crianças explorem diferentes materiais e técnicas de pintura, elas são incentivadas a criar e se expressar de forma única, desenvolvendo habilidades que podem ser aplicadas em diversas áreas do seu desenvolvimento. 

Benefícios da pintura na educação infantil:

Desenvolvimento da coordenação motora:
A pintura exige que as crianças usem as mãos e os dedos para segurar o pincel e aplicar a tinta, o que estimula o desenvolvimento da coordenação motora fina. 
Estímulo à criatividade e imaginação:
A pintura é uma forma de expressão artística que permite que as crianças criem e imaginem, desenvolvendo a sua criatividade e imaginação. 
Expressão emocional:
A pintura pode ser uma forma de as crianças expressarem os seus sentimentos, emoções e experiências, permitindo que elas se sintam mais livres e à vontade para se comunicarem. 
Conhecimento das cores:
A pintura ajuda as crianças a aprender e reconhecer as cores, bem como a explorar as suas combinações e efeitos. 
Desenvolvimento da concentração:
A pintura exige que as crianças se concentrem na atividade, o que pode ajudar a melhorar a sua capacidade de concentração e atenção. 
Melhora da autoconfiança:
Ao conseguirem criar algo original e bonito, as crianças sentem-se mais confiantes em si mesmas e nas suas capacidades. 

Atividades de pintura que podem ser realizadas na educação infantil: 

Pintura com os dedos: Uma forma divertida e acessível de explorar as cores e texturas. 
Pintura com materiais da natureza: Utilizar folhas, flores e outros materiais da natureza para criar pinturas únicas e criativas. 
Pintura com esponjas, pincéis e outros utensílios: Explorar diferentes materiais e técnicas para obter resultados variados. 
Pintura com água: Uma atividade mais relaxante e que pode ser feita com materiais mais simples, como canetas e tintas aquosas. 
Pintura livre: Permitir que as crianças explorem as cores e os materiais de forma livre, sem regras ou restrições. 

A pintura na educação infantil é uma atividade que deve ser promovida e valorizada, pois ela tem um papel fundamental no desenvolvimento das crianças. Ao proporcionar oportunidades para as crianças se expressarem e criarem através da pintura, estamos a ajudá-las a desenvolver habilidades e competências que serão importantes para o seu futuro. 







 

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Tranquilidade e clareza

Enquanto o Titanic afundava no gelo do Atlântico, entre gritos, caos e morte, um homem silencioso emergia das profundezas da cozinha.

Não usava uniforme de comando. Não dava ordens.

Era apenas o padeiro-chefe. Charles Joughin.

Quando a tragédia se instalou, ele não correu para salvar a própria vida. Correu para o depósito de pão.

Reuniu mantimentos para os botes.

Ajudou mulheres e crianças a embarcar.

Empurrou os indecisos. Levantou os que caíam.

E quando já não havia barcos… ele ficou.

Voltou ao seu camarote. Tomou alguns copos de uísque. E esperou o fim com uma serenidade quase impossível.

Às 2h20 da madrugada, o Titanic afundou. Joughin foi tragado pelas águas geladas, mas não se debateu. Flutuou. Por mais de duas horas.

Em um mar onde quase ninguém sobreviveu, ele sobreviveu.

Segundo o próprio, nunca entrou em pânico. Quase não sentia frio.

O uísque salvou-o? Não. A ciência é clara: o álcool piora a hipotermia.

O que o salvou foi outra coisa:

coragem. Clareza. Calma.

Uma força silenciosa que não grita — age.

No fundo, às vezes, o verdadeiro herói não carrega medalhas.

Ele só faz pão, ajuda os outros…

e continua a flutuar.



quarta-feira, 21 de maio de 2025

VLT

Coisas que ninguém te conta sobre o VLT no Rio de Janeiro — e que talvez façam você enxergar esse “trenzinho futurista” com outros olhos.

Quando você vê ele passando devagar pelo Centro, talvez não imagine que ali tá rolando uma revolução silenciosa. Moderno, elétrico, integrado — o VLT não buzina, não polui, não corre. Ele vai no tempo da cidade antiga, mas com a cara da cidade que quer evoluir. E é justamente esse contraste que torna tudo mais interessante.

Você sabia que o VLT percorre áreas onde o bonde circulava há mais de cem anos? É quase uma reencarnação da história, só que com vidro, ar-condicionado e sensores de segurança. E mais: ele é um dos poucos transportes no Brasil que não usa catraca, não tem cobrador nem motorista tradicional. Tudo é feito com base na confiança e no bom senso do passageiro. E aí te pergunto: será que a gente tá preparado pra esse nível de civilidade?

Mas o mais curioso não é a tecnologia — é o impacto. O VLT conecta pontos estratégicos que antes viviam isolados: aeroporto, rodoviária, Boulevard Olímpico, Praça XV, Museu do Amanhã. Tudo isso num trajeto que te faz ver o Rio com outro olhar. Já experimentou andar de VLT só pra observar a cidade? Tem trechos onde a paisagem mistura o moderno com o colonial, o turista com o morador, a pressa com o ócio. É um passeio disfarçado de deslocamento.

E no fim das contas, fica a reflexão:

o VLT não é só um meio de transporte. É um termômetro social. Ele mostra como o carioca se relaciona com o espaço público, com o tempo, com o outro. Ele revela o quanto a cidade pode ser eficiente sem deixar de ser poética. E talvez seja por isso que tanta gente ainda subestima o VLT — porque ele não grita. Ele propõe.

E você? Já andou no VLT só pra ver até onde ele te leva? Porque às vezes, os caminhos mais curtos carregam os maiores aprendizados.

Não é apenas turístico como acham, também não é tão devagar quanto parece, ele liga pontos de transporte importante do Centro da cidade, aeroporto Santos Dumont, rodoviária Novo Rio , terminal Gentileza , Central do Brasil , estação da Barcas.

Excelente meio de transporte.

E ainda passa pelo AquaRio e pela roda gigante.

Ciclo hidrológico

O ciclo da Água ou ciclo hidrológico é o caminho que a água percorre na natureza, passando por diferentes estados físicos (líquido, gasoso e sólido) e ambientes (atmosfera, solo, rios, oceanos).

Evaporação: A água dos rios, lagos e oceanos aquece com o sol e se transforma em vapor, subindo para a atmosfera.

Transpiração: As plantas liberam vapor de água pelas folhas, contribuindo para a umidade do ar (junto com a evaporação, esse processo é chamado de evapotranspiração).

Condensação: O vapor de água na atmosfera esfria e se transforma em gotículas, formando as nuvens.

Precipitação:Quando as nuvens ficam carregadas, a água cai em forma de chuva, neve ou granizo.

Infiltração: Parte da água da chuva penetra no solo, abastecendo os lençóis freáticos.

Escoamento superficial: Outra parte da água escorre pela superfície até rios, lagos e oceanos, reiniciando o ciclo.