POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

Horta e alimentação saudável

quarta-feira, 25 de março de 2015

Helicóptero

Material: garrafa de amaciante, talheres descartáveis (para as hélices), tampinhas de garrafa pet (para as rodas)


terça-feira, 24 de março de 2015

Kabuletê - instrumento de percussão


Cartilha Educativa: Conhecendo o Kabuletê
Sons que encantam e conectam culturas
Autora: Renata Bravo

- O que é o Kabuletê?

O kabuletê é um instrumento musical de percussão, muito utilizado em brincadeiras infantis, musicalizações e rituais afro-brasileiros. É fácil de manusear e permite que até os pequenos aprendam rapidamente a produzir seus sons. Ele desperta a curiosidade, estimula os sentidos e promove a valorização da diversidade cultural.

- Características do Kabuletê:

Pequena caixa de ressonância (pode ser feita com caixa redonda ou prato)

Couro ou papel nas extremidades

Duas sementes ou bolinhas presas em barbantes, que batem ao girar o instrumento

Haste ou cabo (pode ser de cano de PVC ou papelão)

Enfeitado com fitas, botões, papel crepom e outros elementos coloridos

- Materiais para confeccionar o seu Kabuletê:

Opção 1:

1 caixa de papelão redonda

1 cabo (cano de PVC, rolo de papelão ou palito grosso)

Miçangas ou sementes pequenas

Fitas coloridas

Papel crepom tipo italiano (sólido)

Cola, tesoura, fita adesiva e barbante

Opção 2 (modelo simples):

2 pratos descartáveis (ou papel cartão)

Palito de picolé (para o cabo)

Botões ou miçangas

Fitas e enfeites

Cola quente ou fita adesiva resistente

- Como usar o Kabuletê:

O som é produzido ao girar o instrumento entre as mãos, fazendo com que as sementes batam nos lados da caixa. É fácil e divertido!

- O que podemos trabalhar com o Kabuletê?

- Coordenação motora
- Percepção sonora e rítmica
- Estímulo à musicalização
- Expressão corporal
- Valorização da cultura afro-brasileira
- Exploração de diferentes timbres e sons

- Um instrumento, muitas histórias:

A origem do kabuletê ainda é incerta: alguns estudiosos apontam raízes africanas, enquanto outros acreditam que sua origem pode estar na Ásia. No entanto, no Brasil, sua presença se fortaleceu através dos rituais religiosos afro-brasileiros.

- Curiosidade:
Durante o período da escravidão, os negros utilizavam o kabuletê para espantar animais durante caminhadas pelas matas. Com o tempo, esse instrumento ganhou espaço nas brincadeiras e cerimônias e, hoje, está presente em escolas, rodas culturais e até em lojas de artesanato no Nordeste.

- Kabuletê é cultura viva!

Além de estimular habilidades musicais, o kabuletê fortalece a conexão das crianças com a história e os saberes de matrizes africanas — essenciais para a formação de uma sociedade mais justa, plural e respeitosa.

- Sugestões de atividades com crianças:

Oficina de confecção do kabuletê com materiais recicláveis

Apresentação musical com coreografias simples

Roda de conversa sobre instrumentos de origem africana

Exploração dos sons produzidos por diferentes materiais

Contação de histórias ligadas à cultura afro-brasileira

- Objetivos pedagógicos:

Desenvolver coordenação motora fina e grossa

Trabalhar ritmo, musicalidade e escuta ativa

Estimular a criatividade e a expressão artística

Valorizar a diversidade cultural brasileira

Ampliar o repertório musical das crianças

- Vamos fazer juntos?

Criar e tocar um kabuletê é muito mais do que uma atividade musical - é uma oportunidade de resgate cultural, respeito às origens e educação para a diversidade.

- Toque, brinque e aprenda com alegria!



Kabuletê - instrumento de percussão

Kabuletê
Sons que conectam culturas

Autoria: Renata Bravo, idealizadora do blog Brincadeira Sustentável

Há sons que não se escutam com os ouvidos,
mas com a pele, com a memória, com a alma.
O kabuletê é um desses.
Gira entre as mãos como quem gira o tempo.
O barulho que nasce do toque das sementes contra o corpo do instrumento
é o eco de muitas vozes – vozes de crianças em brincadeira,
de ancestrais em vigília, de povos em resistência.

Cada fio que prende o barbante,
cada semente que vibra,
cada gesto que conduz o ritmo,
carrega saberes que não se leem em livros,
mas se transmitem pelo ato de fazer, de sentir, de compartilhar.

O kabuletê não pertence a um único lugar.
É ponte entre continentes e gerações.
Alguns dizem que nasceu na África,
outros que veio do Oriente.
Talvez tenha vindo de ambos,
ou talvez tenha surgido do próprio desejo humano
de criar sons para espantar medos
e celebrar a vida.

No Brasil, encontrou solo fértil nas mãos daqueles
que mesmo silenciados, seguiram cantando.
Instrumento de sobrevivência,
de alerta, de culto, de festa.
Mais tarde, tornaria-se brinquedo,
e hoje, renasce como arte, como história, como aula viva.

Nesta exposição, convidamos o público a ouvir
o que os olhos não dizem
e ver o que o som revela.

Convidamos a dançar com as memórias,
a bordar afetos,
a girar o mundo com a palma das mãos.

Aqui, o kabuletê se reinventa:
escultura, fotografia, arte têxtil, pintura, vídeo, instalação.
Grita e canta.
Conta segredos sobre ancestralidade,
sobre liberdade,
sobre o direito de existir em ritmo próprio.

Se a história muitas vezes se escreveu com espada,
aqui se escreve com semente.
Se a cultura tanto já foi calada,
aqui ganha voz, movimento e cor.

Que os sons deste kabuletê
toquem os que passam.
Que despertem em cada visitante o desejo de aprender,
de respeitar, de celebrar as raízes culturais que nos sustentam.

Porque no coração de cada batida
há a certeza de que somos feitos de movimento,
de resistência
e de poesia.

E enquanto o kabuletê gira,
gira também a história,
gira a esperança,
gira o futuro.

Material: Papel cartão ou prato descartável, botões, fitas, palito de picolé

Banjo

Material: caixa de sapato, lápis, elásticos, cano de pvc ou papelão, tinta


Maracas

Material: saco de papel, fitas, tinta, cola colorida, cabo de madeira ou cano de pvc, grãos


Oficina artística com maracas recicladas e um projeto musical que pode ser aplicado em contextos como Educação Infantil, Educação Não Formal, Inclusão ou Terceira Idade.

Oficina Artística: “Minhas Maracas, Meu Ritmo”

Objetivo:

Criar maracas a partir de materiais recicláveis, estimulando a criatividade, a coordenação motora e o reaproveitamento consciente de materiais.

Público-alvo:

Educação Infantil (a partir de 4 anos)

Terceira Idade

Educação Inclusiva (adaptável)

Materiais:

Garrafinhas PET pequenas ou potes de iogurte

Tampas seguras

Grãos secos (arroz, feijão, milho)

Fitas coloridas, papel crepom, tecidos

Tinta guache ou canetinhas

Cola, tesoura (sem ponta), pincéis

Palitos (churrasco ou de picolé) – opcional como cabo

Duração:

1h30 a 2h

Etapas:

1- Acolhida e roda de conversa: Apresentar as maracas e mostrar músicas onde são usadas.

2- Escolha e preparação do material: Cada participante escolhe sua garrafinha ou pote.

3- Preenchimento com grãos: Com auxílio, os participantes colocam os grãos no recipiente (cuidar para não encher demais).

4- Fechamento e segurança: Tampar bem e selar com fita.

5- Decoração livre: Pintar, colar papéis, amarrar fitas, dar nome à maraca.

6- Testar o som: Explorar os diferentes sons produzidos e fazer comparações.

7- Mini-apresentação musical coletiva.

Projeto Musical: “Ritmos com as Maracas”

Eixos:

Música e cultura

Expressão corporal

Sustentabilidade

Identidade e pertencimento

Objetivos:

Explorar sons e ritmos com instrumentos não convencionais.

Trabalhar noções básicas de pulsação e compasso.

Estimular a escuta ativa e a cooperação em grupo.

Duração total:

De 3 a 5 encontros (1h por encontro)

Etapas:

Encontro 1 - “O Som Que Eu Faço”

Apresentação das maracas criadas.

Jogo de escuta: cada maraca tem um som. De olhos fechados, adivinhar de quem é.

Atividade de batidas simples (1-2-1-2 / 1-2-3-4).

Encontro 2 - “Ritmos Latinos”

Ouvir músicas com maracas (ex: salsa, merengue, cumbia).

Marcar o ritmo com as maracas.

Dança livre com acompanhamento.

Encontro 3 - “Corpo e Som”

Integração com palmas, pés, voz e maracas.

Roda de percussão: cada um cria e ensina um ritmo.

Encontro 4 - “Composição Coletiva”

Criação de uma música com refrão simples (pode ser falada ou cantada).

Organizar partes: quem toca o quê e quando.


Encontro 5 - “Apresentação e Celebração”

Ensaiar e apresentar a música criada para outros grupos ou familiares.

Gravar ou registrar a produção.

Encerramento com conversa sobre o processo.

Avaliação:

Participação ativa

Expressividade rítmica e corporal

Trabalho em equipe

Envolvimento com a criação artística