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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

sexta-feira, 24 de maio de 2024

O origami como apoio pedagógico



O origami no Japão é considerado uma tradição, ou seja, é passado de geração em geração, suas técnicas foram sendo aperfeiçoadas e sua prática difundida para outros países que passaram a se apropriar dessa arte. Devido a sua popularização o origami foi sistematizado por estudiosos que criaram duas correntes: a japonesa e a ocidental, cujos objetivos são distintos. Na corrente japonesa os estudiosos consideram o origami como arte, já na corrente ocidental o origami é pensado como ciência. Com o avanço da tecnologia e dos estudos nessa temática, muitas variações do origami foram surgindo. O origami atualmente está presente em nosso cotidiano e mal percebemos a sua aplicabilidade em alguns materiais, como no ar-bag, em embalagens de diversos produtos e no design de objetos decorativos.

O origami passou a ser visto também como apoio pedagógico na matemática, trabalhavando com alguns conceitos da geometria, e outros conteúdos de áreas como estudos sociais, artes, ciência e meio ambiente. Com isso, passamos então a ter a possibilidade de usar as potencialidades do origami como um instrumento interdisciplinar pedagógico. Ao trabalhar o origami em sala de aula podemos explorar, para que o aprendiz possa aprimorar sua criatividade, estimular a memória e a concentração, explorar a participação, a interação e a socialização, e desenvolver a psicomotricidade e a afetividade. 

A partir dessas possibilidades, podemos explorar a utilização do origami como um instrumento pedagógico nas aulas de Educação Fisica Escolar, inserido na proposta da cultura corporal.

Como a arte do origami, utilizada como instrumento pedagógico, pode contribuir nas aulas de Educação Física Escolar?

O origami pode ser um recurso aplicado ao currículo escolar, pois pode servir de auxilio no desenvolvimento da criança, além do entretenimento, pode vir a estimular a imaginação e contribuir para o aperfeiçoamento da criatividade. O origami pode ser usado como recurso pedagógico na sala de aula e na escola, nas mais variadas formas, como contar histórias, fábulas e lendas, usando as dobraduras durante as dinâmicas que podem servir de auxílio na hora de contar a história explorando a ludicidade. Esse recurso pode possibilitar que a aula fique mais atrativa, fazendo com que a criança possa ter uma melhor compreensão e assimilação dos conteúdos. Os alunos podem participar da confecção dos personagens que estarão presentes na história, e até recontar a história ou criar outra. O professor pode trabalhar com diferentes formas geométricas de tamanhos diferentes. O trabalho com as cores, com a arte, com a beleza e a preocupação com os detalhes, poderá facilitar a exploração e o desenvolvimento do senso estético e criativo do aluno. 

Na Educação Física o origami pode ser usado como um instrumento pedagógico, auxiliando nos conteúdos mais específicos e no desenvolvimento social do aluno. Nos primeiros tempos de vida a criança explora o mundo que vive com os olhos e com as mãos, aperfeiçoando as suas habilidades. O origami exige que o aluno tenha uma consciência das suas habilidades motoras finas, porém algumas capacidades são fundamentais para o aprimoramento da concentração, do raciocínio e da memória. Para conseguir lidar com atividades mais complexas é preciso que a criança tenha domínio de suas habilidades e experiências com os movimentos fundamentais que exigem um longo processo, e servem de base para a aquisição de habilidades das etapas seguintes. Essas habilidades podem ser trabalhadas e aperfeiçoadas nas aulas de Educação Física e o origami pode contribuir como um instrumento de auxilio, facilitador para a execução e o desenvolvimento de tais tarefas. Como exemplo, fazer um avião de papel e utilizar essa dobradura, para trabalhar o educativo do lançamento.

Pensando na relevância em torno da área científica e acadêmica, com esse trabalho busco trazer uma pesquisa sobre o tema do origami no âmbito da Educação Física Escolar. Temática que ainda é pouco estudada na área, pois nas pesquisas de dados até o momento não foram encontrados trabalhos que façam essa discussão da arte do origami nas aulas de Educação Física Escolar.

  O origami pode se tornar uma forma de auxiliar no desenvolvimento motor, na aquisição da sensibilidade com a criatividade, paciência e imaginação. Ainda são frequentes ideias sobre a criatividade sendo atribuída como um “dom” raro ou decorrente da hereditariedade. Ao discordar dessas afirmativas percorremos em outro caminho que acredita no desenvolvimento das capacidades. O origami é considerado um ótimo exercício para a criatividade, a concentração, e para o corpo, porque se utiliza da harmonia dos hemisférios cerebrais de maneira agradável e leve.

Esse acréscimo, pode influenciar em diversos aspectos do desenvolvimento do indivíduo, tais como: a observação, a concentração e atenção, a autoconfiança, o esforço pessoal, tornando-as capazes de aprender e compreender esta arte. 

A partir dessas possibilidades, pode-se explorar e propor a utilização do origami como um instrumento pedagógico nas aulas de Educação Fisica Escolar, inserido na proposta da cultura corporal. 

Como a arte do origami, utilizada como instrumento pedagógico, pode contribuir nas aulas de Educação Física Escolar? E nos objetivos específicos:

a) Elaborar estratégias pedagógicas para a utilização do origami na escola; 

b) Discutir a possibilidade de utilização do origami no trabalho com a cultura corporal;

O que podemos fazer com o origami?

Para a construção do origami são utilizados três elementos: o papel, a forma e o processo. O papel se altera conforme seu tamanho, sua forma inicial, cor e textura. A forma inicial das dobraduras pode ser um quadrado, ou outras formas. A textura ideal é aquele papel que permite realizar vincos bem determinados sem rasgar. A forma do origami permite fazer criações geométricas, animais, plantas, objetos e outros. A dificuldade encontrada nas dobraduras é bastante variável, o que permite a seleção de figuras de diversos níveis de aprendizado. As figuras podem ser confeccionadas através de um único papel ou utilizando módulo, que são encaixados formando uma figura. O processo da dobradura requer uma sequência de passos, com uma ordem pré-estabelecida. Para a realização desses passos precisamos ter organização e inicialmente o auxílio de um instrutor, que pode até ser virtual, e acreditamos que no trabalho com conteúdos podemos tornar o professor um mediador para esse processo pedagógico.

O uso do origami como apoio ao aprendizado traz benefícios em diferentes áreas de estudos. Conhecer novas culturas pode inspirar a curiosidade dos alunos, estimular e promover o intercâmbio cultural entre estudantes de diferentes nações, trocando técnicas e dobraduras.

Na matemática e geometria o aluno terá uma noção melhor sobre plano e espaço, grande e pequeno e etc.

Na educação artística o trabalho com as cores, originalidade da beleza e a preocupação dos detalhes. O aluno em contato com o origami pode vir a explorar o seu senso estético e seu lado criativo através das suas próprias criações e através delas criar e imaginar novas histórias. Assim o aluno pode explorar de forma lúdica o seu jeito de pensar e agir, podendo trazer pontos importantes durante a realidade que está inserida. Nas ciências naturais a confecção de dobraduras que representam animais pode ser utilizada em aula prática, quando as crianças poderão diferenciar insetos, flores e animais.

Na língua portuguesa podemos utilizar as dobraduras para “contar histórias” e como auxílio na alfabetização. Encontra-se farto material de apoio na narração de histórias e produções de teatro com apoio de figuras do origami.

A partir das especificidades abordadas, observa-se que a ferramenta do origami possui características transversais, que extrapolam os limites de uma disciplina. Com isso, podemos considerá-lo também uma ferramenta interdisciplinar.

Com a arte de dobrar o papel, o aluno poderá ter um aprendizado satisfatório e se beneficiar conforme a dinâmica da aula e através da dobradura poderá também vir a estimular e ampliar as suas habilidades motoras. Assim o origami pode ser um instrumento de apoio pedagógico que possibilita, que a turma que trabalha com as dobraduras tenha um melhor relacionamento e que compreenda, com maior interesse, as isciplinas que forem ensinadas através dele. 

Através do origami o aluno pode construir novos conceitos por meio da confecção de variadas peças, desde a manipulação até as variadas formas assumidas pelo papel. Ao brincar de dobradura o aluno movimenta o seu olhar em várias direções. Quando a criança constrói uma peça de origami ela esta sujeita a reproduzir uma seqüência de passos, que estão ligados a informações visuais aliadas a comandos que possuem uma simbologia própria pré-definida – os chamados símbolos gráficos (diagramas) que na maioria das vezes dispensa o uso da língua específica. Um indivíduo de qualquer país que já tenha um conhecimento básico do origami consegue, por exemplo, reproduzir o esquema de um livro em japonês sem mesmo dominar a língua. A partir daí se inicia a confecção das peças de origami, selecionando de modo que evoluam dos modelos mais simples para os mais complexos. 

Esse material lúdico trabalhado na sala de aula como um recurso especial irá propiciar a construção do saber pelo próprio aluno em atividades criativas e desafiadoras.

Através do origami foi possível desenvolver embalagens práticas, como as caixas de comida e sacolas de compras. Até no campo da moda o origami ajudou a definir novos conceitos, com roupas que podem ser dobradas e encaixadas. O uso do origami pode contribuir para estimular e aperfeiçoar a capacidade de concentração; desenvolver a coordenação motora fina; aprimorar a destreza manual e a paciência; reduzir o estresse e melhorar a visão espacial. Algumas pesquisas mostram que a prática do origami na educação de crianças e adultos ajuda no desenvolvimento de habilidades que envolvem o lado comportamental e social.

O uso das mãos e dedos é considerado por estudiosos, ser de grande importância para o desenvolvimento das percepções cerebrais, porque estimula e realiza novas conexões entre os neurônio, traçando novos caminhos. Aprende-se muito com o tato e a sua coordenação com a visão e os outros sentidos, estimula a estética, a habilidade social, a criatividade, por ser uma atividade rica em possibilidades inovadoras.

O ato de dobrar um papel e transformá-lo em uma figura seja a mais simples ou a mais complexa, se torna um exercício importante para a movimentação e o raciocínio espacial até obter a simetria. Ao observar o trabalho do outro podemos ajudar o colega nas dobras auxiliar no trabalho em equipe. A arte do origami, é, portanto, uma atividade criativa que transmite curiosidade e alegria e finalmente leva o executante a ter orgulho e satisfação da obra concluída. As crianças a demonstram satisfação e entusiasmo ao terminarem de dobrar o papel e notarem que haviam conseguido fazer a dobradura proposta. 

É necessário, a partir desse desenvolvimento mental, enfatizar no desenvolvimento da criança a observação, a persistência, a meticulosidade, a concentração e atenção, a autoconfiança, o esforço pessoal, tornando-as capazes de aprender e compreender essa arte fascinante.

Acredita-se também que através do origami se trabalha no aluno a autonomia e responsabilidade capacidades fundamentais para o nosso dia a dia. O uso de dobraduras no ensino não é novo. Friedrich Froebel (1782-1852), educador alemão, foi quem iniciou este uso. Ele foi o criador do “kindergarten” mais conhecido como “jardim de infância”, e na sua abordagem dividia-as em três estágios: dobras de verdade, onde visava o trabalho da geometria elementar com a intenção de que as crianças descobrissem sozinhos os princípios da geometria euclidiana; as dobras da vida, consistia em conhecimentos básicos de dobradura tendo como finalidades dobraduras tradicionais como pássaros e animais. Esse estágio não foi tão relevante de segundo os adeptos desse estágio, pois o considerava como apenas uma forma rigorosa de memorização, acreditando que não havia à exploração da criatividade infantil. As dobras da beleza tinham como intenção a criatividade e a arte. As crianças guardavam suas dobraduras em álbuns ou em caixas, muitas dessas coleções datam do século 19 e podem ser encontrados em museus da Europa.

Foi Friederich Froebel (1782-1852) quem pela primeira vez utilizou essa arte obtendo sucesso junto à sua primeira turma de educação infantil, ao usar as dobraduras iniciais em suas praticas pedagógicas, onde usa esta arte nas salas de aula com toda a filosofia de educação ocidental, que nasce suas pretensões alterar ou substituir o ensino tradicional da educação infantil e do Ensino Fundamental existentes, com isso houve mudanças positivas na educação. A criança é que tem que estar agindo para aprender e escolher o caminho a seguir a partir da imaginação e do seu potencial.

O professor ao utilizar o origami nas suas aulas, pode suscitar um maior interesse dos alunos e o enriquecer a metodologia das suas aulas, tornando-a mais satisfatória e satisfazendo a sua proposta. Sabemos o quanto é importante para o indivíduo que ele desenvolva de forma equilibrada e possa exercer todo o seu potencial e criatividade. O origami pode ser um excelente recurso pedagógico.

Na psicopedagogia, jogos e brincadeira são considerados instrumentos ricos para a avaliação pedagógica e para o acompanhamento terapêutico das crianças. O professor deve observar pensamentos e atitudes dos alunos, inclusive durante as atividades que estão relacionadas ao fazer. Existe um provérbio chinês que diz o seguinte: “o que escuto, esqueço; o que vejo, lembro; o que faço, compreendo."

O origami é considerado um instrumento educativo e terapêutico. Seu uso trabalha com toda a parte física e o lado emocional, onde estudos comprovam que ao trabalhar com as duas mãos, é exercitar toda à parte do cérebro. Exercitando ainda a coordenação motora, atenção, visualização espacial e a criatividade.



A inserção do origami nas escolas possibilitaria alternativas didáticas a serem trabalhadas nas mais diversas disciplinas. Por mais difícil que seja trabalhar interdisciplinarmente na estrutura escolar atual, percebemos que a ferramenta origami poderia atuar como facilitadora nesse processo. 

Diante disso porque não adotar as potencialidades que o origami traz como ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física Escolar para trabalhar com um ou mais conteúdos conectados, na temática da cultura corporal? 

Analisando a coleta de dados, os relatórios de estágios, as informações que foram observadas, podemos considerar que os alunos demonstraram interesse em participar das aulas. Observa-se que alguns tem dificuldade na questão de dobrar o papel quanto a precisão dos movimentos das mãos. Mesmo que a atividade seja individual a cooperação entre os alunos pode ser observada. Durante a atividade os alunos que conseguem assimilar a dobradura ajudam os colegas, e quando é entregue o diagrama (passo a passo) pode-se perceber que para alguns fica ainda mais compreensível, pois eles olham a figura e tentam reproduzir.

É necessário que o origami seja trabalhado e apresentado ao aluno de acordo com o seu nível de conhecimento. Utilizamos o origami de forma cadenciada seguindo uma linha de raciocínio cuja o conhecimento é construído em saltos qualitativos de forma espiralada. No caso, contamos primeiro a história do origami, abordamos e relacionamos a questão cultural e refletimos a sua utilidade no contexto social. É preciso também relacionar esses aspectos na hora de dobrar o papel, pensando no desenvolvimento motor de cada aluno. Diante disso, apresentamos e ensinamos dobraduras simples, sem muito detalhe e de fácil assimilação. Depois acrescentamos o diagrama e um origami modular (estrela ninja), onde exige do aluno um pouco mais de atenção e concentração. 

Depois que o origami está pronto, percebe-se a animação dos alunos e ao mesmo tempo um ar de admiração ao ver o objeto pronto. A atividade tem como proposta usar os dois aviões e explorar o lançamento, de distância e de precisão. Uma das variações da atividade é que o aluno escolha um avião que melhor se adapta e invente um lançamento criativo. Tem exemplos de alunos que saem correndo e saltam, lançando o avião por debaixo das pernas. A ideia é através o origami como objeto de auxílio, explorar no aluno a liberdade de expressão dos movimentos. 

Observa-se também que os alunos mostram ser solidários e cuidadosos com o objeto do colega, tanto com o avião e a estrela ninja. por exemplo, quando as estrelas são lançadas, algumas se perdem devido ao seu tamanho e velocidade. Cada estrela estará com o nome do aluno, então quando se acha, logo devolvem para o dono. Eles tem a preocupação de manter aquele objeto intacto, sempre arrumando das dobras para que o objeto volte ao seu formato.

Um fato que também poderá ser observado na aula da estrela ninja, será quando os alunos ja tiverem feito os módulos, porém não for ensinado a forma de encaixa-los, devido ao um "contra-tempo". Na aula seguinte poderão surgir alguns alunos mostrando que conseguiram montar a estrela colando os dois módulos, etc. Como e de que forma fizeram para conseguir resolver a dobradura não saberemos. O importante é deixar claro que mesmo que o origami tenha uma sequência de dobras e técnicas envolvidas, os mesmo tentarão solucionar a dobradura do jeito deles. Os alunos terão a autonomia, liberdade, paciência, criatividade, persistência em resolver aquele problema. As observações relatadas aqui mostram que o origami não está somente relacionado a coordenação motora, e que podemos usá-lo e explora-lo para além do desenvolvimento motor.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

O surreal em sua mais pura forma

 O triângulo de Penrose é um objeto impossível criado em 1934 pelo artista sueco Oscar Reutersvärd. Posteriormente, foi redescoberto de forma independente pelo físico Roger Penrose, na década de 1950, que o tornou popular, descrevendo-o como "impossibilidade na sua forma mais pura".



O termo pode referir-se tanto ao objeto impossível como à sua representação bidimensional. Este objeto impossível parece ser um objeto sólido, formado por três troços retos de secção quadrada, que se encontram unidos formando ângulos retos nas extremidades do triângulo que compõem.


Existem também objetos tridimensionais sólidos que, quando observados de um ângulo adequado, aparentam ser triângulos de Penrose. 

O primordial uso da tesoura para as habilidades de coordenação motora fina

 O desenvolvimento da motricidade, em especial dos pequenos músculos, pode ser desenvolvido e aprimorado diariamente de diversas formas, e algumas dessas formas são bem simples e práticas.

Muitas vezes temos ferramentas muito proveitosas ao nosso alcance e não sabemos. As revistas, jornais e a tesoura entram nesse rol de ferramentas que as crianças gostam.

Trabalhar movimentos de rasgar, recortar desde os primeiros anos de vida contribui e muito para a futura aquisição da escrita. Estimular os músculos das mãos garante que a criança tenha mais facilidade em realizar os movimentos necessários para se desenvolver integralmente no momento em que for aprender a escrever.

Estimulem a rasgarem e recortarem pedaços de revistas ou jornais, cada vez menores, aumentando o grau de dificuldade, mas em contrapartida aumentando também o desenvolvimento e as habilidades manuais além da coordenação viso-motora.







E a contribuição da técnica da colagem, trazendo mais benefícos à coordenação motora fina das crianças, pois aprenderão a ter cuidado tanto no momento de passar a colar, quanto no momento de posicionar corretamente a figura onde será colada. Além de potencializar a imaginação e promover a autonomia.
 







Psicomotricidade e seu desenvolvimento na educação infantil a partir da dobradura

Dobradura como estratégia metodológica para o desenvolvimento da coordenação motora (fina e óculo manual), junto à prática educativa na primeira infância.



Psicomotricidade e as artes plásticas


Como é que o corpo se sente quando desenha?

De que cor é o movimento das minhas emoções?

A ligação entre a psicomotricidade e as Artes Plásticas, pode ser feita através de um jogo de brincadeiras, partilhas de emoções e sentimentos, e muita taividade motora, permitindo a um grupo de estudo com oito crianças, momentos de libertação verbal e motora na descoberta da froma como vêem o mundo. 





A observação e análise da expressão gráfica e a capacidade motora das crianças, envolve-nos no seu mundo e no seu íntimo, ajudando a entenderas suas emoções. A riqueza das suas representações gráficas e a forma como utilizaram o seu corpo para as desenvolverem, ajudou a concluir que conseguem envolver-se com materiais de forma a melhorarem as suas capacidades cognitivas e emocionais.





A aliança entre estas duas áreas, a Psicomotricidade e as Artes Plásticas, apresenta um imenso potencial de exploração na melhoria das capacidades expressivas, relaiconais, motoras e emocionais das crianças, ajudando-as a desenvolverem-se de uma forma mais salutar.

Educação psicomotora

 A educação psicomotora discutida em uma dimensão mais ampla da educação se faz presente no conhecimento que se relaciona com a vida, pois proporciona descobertas do mundo exterior, do modo objetivo, das coisas como um todo, assim como está diretamente relacionado às descobertas do mundo interno, mais precisamente presentes no autocontrole, autoconhecimento e auto-organização; que juntos compõem fatores básicos e importantíssimos ao desenvolvimento. Está intrinsecamente ligada à personalidade, organização através das atividades humanas de relação, realização e a criação e à sua expressão. Compreendem aspectos intelectuais, que compreende o pensar, motores – que abrange o agir-, e emocionais, que define o sentir, tudo isso respaldado em uma dialética que se baseia em fundamentos sociais, psicológicos e orgânicos do ser humano, aqui especificamente da criança, levando em conta toda sua subjetividade e complexidade. É na infância que a fase mais importante do desenvolvimento acontece, e é preciso ter cautela com essa fase, que abrange o motor, cognitivo, afetivo, e principalmente a psicomotricidade. Nesse sentido, este trabalho abordará a importância da psicomotricidade e da relevância do profissional de educação física neste processo, com enfoque nas séries iniciais do ensino fundamental.



Em testes, alguns alunos apresentam dificuldades psicomotoras, sobretudo nos testes de estruturação espaço temporal e praxia global óculo-manual, o que mostra a importância de um processo de ensino- aprendizagem voltado para o desenvolvimento psicomotor dos alunos. Existem diversas atividades, esportivas, lúdicas, entre outras, que podem ser importantes instrumentos neste processo de desenvolvimento. O profissional de educação física, em nossa visão, tem nas mãos a possibilidade, desde que lhe sejam dados os instrumentos, para desenvolver tais atividades. As atividades psicomotoras são essenciais para toda a vida do indivíduo, sobretudo no processo de ensino-aprendizagem na infância, onde atividades como a escrita, que estão sendo inseridas no cotidiano dos alunos, exigem o desenvolvimento de tais capacidades. Por isso, consideramos que a atuação do profissional de educação física não pode se isentar desta responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento psicomotor do aluno. Neste ínterim, é imprescindível que se desenvolvam futuros estudos que possibilitem o desenvolvimento de atividades estimuladoras da motricidade de alunos da faixa etária entre 5 e 7 anos, afim de tornar o desenvolvimento motor cada vez mais eficaz. A ludicidade das brincadeiras é um caminho por onde pode ser trilhado o desenvolvimento destes exercícios



quarta-feira, 22 de maio de 2024

Plante Sua Árvore do Jeito Certo!

Com tanta gente querendo plantar, chegamos em um estágio onde é cada vez mais importante e necessário saber o máximo sobre a árvore que escolhemos.

 

Plantar árvores é uma equação de bom senso, principalmente quando falamos de plantio em áreas urbanas! O primeiro passo para se chegar a um resultado positivo nesta equação é começar sempre realizando um levantamento do espaço que receberá a árvore quanto aos aspectos de:


  • Insolação
  • Tipo de solo
  • Largura da calçada
  • Fiação elétrica aérea
  • Tubulação subterrânea de serviços
  • Espaço disponível para canteiro
  • Plantio sobre laje, em vaso ou direto no solo
  • Proximidade de edificações
  • Uso do espaço onde será realizado o plantio: passagem de pedestres, área de estacionamento, cercar uma área, etc.

Cada um destes aspectos nos dá base de informações para sabermos como a árvore escolhida deverá ser nas suas características:

  • Porte / altura quando adulta
  • Tipo de raiz quando adulta
  • Largura de copa quando adulta
  • Necessidade de incidência de luz direta
  • Características do solo
  • Necessidades de nutrientes
  • Destaque por suas flores, frutos, folhas ou arquitetura de tronco
  • Nativa da nossa bioregião ou exótica?

Cruzando estas informações com certeza chegaremos a um número mais limitado de espécies encontradas no mercado, que irão satisfazer nossa vontade de realizar um plantio consciente de uma árvore

Além disso, é cada vez mais importante fazer opção por espécies nativas da nossa região geográfica e bioma. Por exemplo, uma árvore nativa do Brasil não é necessariamente nativa de todas as regiões do nosso país. Árvores exóticas são assim chamadas, por não serem nativas da região onde estão vivendo. Em São Paulo, uma das regiões mais ricas em diversidade de espécies nativas no mundo, mas por falta de conhecimento e disponibilidade no mercado as pessoas acabam optando por pouquíssimas opções de espécies.

 

Em algumas cidades, pode-se observar que muitas árvores foram plantadas sem nenhum tipo de reflexão sobre estes aspectos, e esta atitude sem planejamento, pode levar a termos mais tristezas do que alegrias enquanto a árvore cresce, culminando em pedidos de poda, podas drásticas, podas de raízes e até remoções. 


Devemos sempre ter em mente que, quando falamos em aliar o plantio de árvores com a estrutura urbanística de uma cidade, precisamos estar muito atentos aos impactos que este plantio trará e por isso quanto mais informação tivermos antes de plantar, melhor.

 

Maneira Correta de Plantar uma Árvore Para Prevenir Danos às Bancadas e Calçadas

Cave um Buraco Adequado: Cave um buraco de 40 centímetros de largura e 1 metro de profundidade.

Instale um Cano de PVC: Insira um cano de PVC de 4 polegadas no buraco e preencha com pedras.

Coloque Sua Árvore: Posicione a árvore no buraco.

Cubra com Pedras: Preencha ao redor do cano com mais pedras.

Este método ajuda a direcionar a água diretamente para as raízes, garantindo uma irrigação eficiente e prevenindo que as raízes subam à superfície e causem danos às calçadas e bancos.

Por Que Este Método é Importante:

Quando você rega a superfície, as raízes crescem para cima em busca de água, fazendo com que as calçadas e bancos se elevem e quebrem.

A instalação de um cano de PVC garante uma irrigação profunda, mantendo as raízes no subsolo.

Três Grandes Benefícios:

Embeleza Avenidas Principais, Casas e Terrenos: Melhora o apelo estético.

Reduz o Calor: Proporciona sombra e resfria o ambiente.

Previne Danos: Impede que as raízes levantem bancos e calçadas.

Espalhe a palavra e vamos plantar árvores do jeito certo!