A imagem abaixo focaliza o mapa da divisão administrativas de freguesias do Rio de Janeiro em 1900. Mas, o que eram as freguesias, unidades políticas que vigoravam no Rio de outrora?
Freguesia é o nome que se atribuía à área de influência de uma paróquia e, por extensão, ao conjunto de paroquianos. Com a estreita ligação entre o poder político e o da Igreja Católica no Brasil anterior à República, a administração da cidade do Rio de Janeiro era feita por freguesias, como o é, nos tempos atuais, por Regiões administrativas.
No Rio antigo, as freguesias suburbanas eram as de Nossa Senhora de Apresentação de Irajá (de 1647), São Tiago de Inhaúma (1743) e Engenho Novo (1873); e as do sertão eram Nossa Senhora do Loreto e Santo Antônio (Jacarepaguá, 1661); São Salvador do Mundo de Guaratiba (1755), Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande (1673) e Santa Cruz (1833).
Os bairros ou sub-bairros que conservam a denominação "Freguesia", como os existentes em Jacarepaguá e na Ilha do Governador, têm esse nome por se constituírem no local da igreja matriz, da sede da paróquia. Em Irajá, o entorno da Igreja de Nossa Senhora da Apresentação também foi conhecido como "Freguesia".
A divisão administrativa do antigo Distrito Federal em freguesias vigorou até 1934, quando entrou em vigor o decreto que dividiu o território carioca em 36 circunscrições fiscais. Em 9 de março de 1962, o decreto 898, completado pelo de n° 1.656, de 24 de abril de 1963, "para efeito de organização e administração dos serviços de natureza local", dividiu o território do Estado da Guanabara em 21 regiões administrativas. Com o subsequente desmembramento de algumas delas, o Município do Rio de Janeiro chegou, em 2011, à soma de 33 RAs.