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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Biblioteca escolar

-O bibliotecário escolar como agente educador, além de apresentar problemas e ações pesquisáveis para estudos futuros. 
-Encontra-se no trabalho do bibliotecário uma excelente oportunidade para mediar informação dentro da escola e, principalmente, dentro da biblioteca escolar. 
-O profissional, portanto, precisa se unir aos professores e pedagogos da instituição de ensino para promover momentos de leitura reflexiva, dar voz às crianças e ensinar ao corpo discente as primeiras noções de cidadania infantil.

A cidadania infantil pode e deve ser desenvolvida dentro da biblioteca escolar a partir do trabalho do bibliotecário. Este profissional precisa se unir aos professores, pedagogos e demais funcionários para promover momentos de leitura reflexiva, dar voz às crianças e ensinar ao corpo discente as primeiras noções de cidadania infantil. 

O acesso à informação e educação é um direito de todos os indivíduos, logo deve ser fomentado a partir da infância pela família e instituições de ensino. Em vista disso, ambos precisam ser proporcionados à criança através da participação da sociedade no desenvolvimento de um indivíduo ao prepará-lo para exercer a cidadania (BRASIL, 1988). 

 A primeira maneira de socializar uma criança é pelo convívio familiar, porém a escola é um dos principais ambientes em que ela irá entrar em contato com diversas pessoas e culturas. Neste contexto, a biblioteca escolar também pode ser inserida como um espaço de extrema importância para a promoção da leitura reflexiva e o desenvolvimento da cidadania infantil.

Um indivíduo, por mais jovem que seja, precisa ser incentivado a ter espaço e voz ativa para se manifestar na sociedade. Isso significa que para formarmos bons cidadãos é necessário que eles sejam ensinados desde a infância sobre coletividade, convivência em grupo, ética, respeito e responsabilidade.

A pesquisa surgiu para identificar como o trabalho do bibliotecário escolar pode se tornar um dos pilares para a formação da cidadania infantil, pois sabe se que esse profissional também é considerado um agente educador e possui função fundamental nesse processo. 

O objetivo é proporcionar um olhar amplo acerca do trabalho desse profissional no que diz respeito ao desenvolvimento da cidadania infantil. Configura-se em uma pesquisa exploratória de cunho bibliográfico pois apresenta como principal finalidade esclarecer ideias em relação ao bibliotecário escolar como agente educador além de apresentar problemas e ações pesquisáveis para estudos futuros (GIL, 2008). 

Durante a Idade Média, a criança participava de todas as esferas da sociedade sem limitações por ser considerada um pequeno adulto e por não existir diferença entre a infância e a vida adulta. A visão que se tinha das crianças é que elas se tornariam adultos adequados às exigências sociais caso fossem disciplinadas de modo severo e inflexível. Essa disciplina, contudo, era extremamente rígida ao ponto de engessar e podar o potencial da criança para tudo o que não lhes fosse ensinado.

A partir do século XVII, a ideia de infância foi reconhecida na sociedade e os adultos começaram a entender que elas são seres dependentes e precisam de cuidados diferenciados. Na Convenção Internacional Relativa aos Direitos da Criança, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1989, a criança passou a ser encarada como um cidadão hábil a deter seus próprios direitos . Desse modo, a distinção entre as fases de desenvolvimento humano ficou mais clara através do reconhecimento da importância da educação infantil, uma vez que os períodos escolares eram determinados pelas idades.

Dentro dessa conjuntura, cidadania é o direito à vida em todos os sentidos, isto é, o direito que deve ser concebido socialmente. Ele precisa satisfazer não apenas às necessidades essenciais do ser humano, mas também precisa ser acessível a todos os níveis de existência. De forma geral, a cidadania é promovida pela convivência e socialização do indivíduo, mas para que se tenha consciência do seu significado, compreendê-la e exercitá-la, exige-se um nível de aprofundamento que pode acontecer por meio da leitura e obtenção de informação nos mais variados suportes. 

A missão de uma instituição de ensino é preparar as crianças “[...] para a vida em sociedade e para o exercício da cidadania [...]”. Diante deste cenário, a biblioteca escolar e o trabalho do bibliotecário surgem, em meio aos espaços que existem na escola, para contribuir com a promoção da cidadania infantil. Além de professores, pedagogos e demais agentes educadores que compõem a equipe escolar, também existe um grande potencial na dimensão educativa do trabalho do bibliotecário. 

Por ser um ambiente que preza pela coletividade, o bibliotecário escolar precisa construir em seus usuários mirins a percepção de respeito aos livros, materiais e indivíduos envolvidos. Assim, os estudantes começam a entender desde cedo que as obras e materiais à sua disposição precisam ser cuidados e preservados para que os demais visitantes também tenham acesso a eles. Por mais que as crianças não saibam explicar o conceito de cidadania, elas irão colocá-la em prática a partir do momento que desenvolverem um senso de zelo e respeito ao próximo.

Compreendido assim o trabalho do bibliotecário escolar como agente educador, cultural, gestor e mediador da informação, espera-se que este profissional vise a formação da cidadania infantil através de mudanças inovadoras e da difusão da informação. Uma biblioteca escolar, além de existir como um espaço físico, também deve se fazer presente e estar envolvida com o papel social da escola para que seus usuários se tornem cidadãos responsáveis. 

O professor tem uma função essencial dentro da escola em face do papel educacional, mas essa função também deve ser dedicada ao bibliotecário já que ele faz parte do processo educacional de uma instituição. Em cima dessa análise, entende-se que o bibliotecário escolar deve procurar a se fortalecer como um dos pilares da educação, especialmente nos casos em que esse profissional se encontra trabalhando em ambiente escolar. 

Em diversos espaços da sociedade é muito comum que a criança não seja considerada como um cidadão. A infância é vista como uma fase à parte do restante do desenvolvimento dos indivíduos, isto é, uma fase em que a criança não possui personalidade e pensamentos próprios. Apesar de nesse período ela ser inteiramente dependente dos cuidados de um adulto, esse indivíduo já é um cidadão que desfruta de direitos, possui deveres e pode ser participante ativo da sociedade. Sendo assim, as crianças precisam de espaço para terem sua voz e ideias levadas em consideração. 

Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para a discussão sobre o desenvolvimento da cidadania infantil e como o bibliotecário pode ser um agente fundamental para esse processo. Além disso, o assunto abordado pode incentivar diversos bibliotecários escolares a refletirem sobre o modo como trabalham atualmente e, quem sabe, tentarem transformar a biblioteca escolar em um ambiente mais lúdico, convidativo e de grande difusão da cidadania infantil.

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