POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Foguete de garrafa pet

Com base nos três fundamentais princípios estabelecidos por Newton , " As 3 Leis de Newton", responsáveis por controlarem os movimentos dos objetos na Terra e no Espaço, podemos explicar fenômenos frequentes no nosso cotidiano e que nos auxiliam na exploração deste vasto Universo que nos cerca.

Tomemos como exemplo o desenvolvimento dos foguetes, para uma fácil visualização da presença destes importantíssimos princípios demonstraremo-as através de um "FOGUETE DE GARRAFA PET":

  Material usado:
 - 2 garrafas PET de 2 litros
 - 2 metros de cano PVC
 - cola para cano
 - 1 registro
 - 1 bico de câmara
 - 1 rolo de veda rosca
 - 4 joelhos
 - 3  ``Tês``
 - fita adesiva


Para o lançamento:
- bomba da ar
- base de lançamento com o foguete
- água







Para que o foguete saia da plataforma de lançamento, no caso do FOGUETE DE GARRAFA PET a base é necessário que haja uma desigualdade de forças atuando sobre o mesmo, o que caracteriza a Primeira Leite Newton(Inércia).
- Já a quantidade do empuxo (força) produzida pelo motor de um foguete será definida pela massa de gás que está sendo queimado e a velocidade com que o mesmo escapa , mas por se tratar de um FOGUETE DE GARRAFA PET DE ÁGUA E AR COMPRIMIDO ao invés do gás o que escapará será a água designando assim a Segunda Lei de Newton(Força Resultante é igual a massa vezes a aceleração).
- No que diz respeito a Terceira Lei de Newton(Ação e Reação) se faz presente no movimento do foguete , reação , será no sentido contrário à do empuxo , ação.


Descrevendo o lançamento de um foguete:

Um foguete na base de lançamento está equilibrado. A superfície da base o puxa para cima enquanto a gravidade o puxa para baixo. Quando os motores são ligados(a força de empuxo do foguete desequilibra as forças e o foguete vai par cima. Mais tarde, quando o foguete ficar sem combustível(no caso sem água), a sua velocidade vai diminuindo, ele para no ponto mais alto de sua trajetória e cai de volta para a Terra. No momento em que o foguete atinge o ponto mais alto e começa a retornar para Terra, ele fica por alguns instantes estático, isso quer dizer que neste instante as forças estão novamente equilibradas, mas logo surge uma força resultante no sentido da força gravitacional e o foguete desce.

Testando nosso foguete:

Nosso foguete subiu aproximadamente 60 metros devido a força do vento que atuava contra o nosso movimento. Ele percorreu (nesse lançamento) uns 20 metros contra a força do vento. Mas em outros lançamentos feito nesse mesmo dia , no sentido do vento , o foguete atingiu aproximadamente 70 metros...

Foi uma experiência divertida! As leis da Física ajudam a descrever o fenômeno do movimento descrito pelo foguete e ajudam também a entender outros fenômenos cotidianos da sociedade.
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Outros modelos






quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Jogo da memória tátil (adaptado para deficientes visuais)


Devido à falta de preparo de profissionais e à escassez de publicações que conciliem bases teóricas e a aplicação prática de metodologias eficazes, a tarefa de se realizar a inclusão social efetiva de pessoas com deficiências visuais ainda é muito complexa.

A utilização de material cartográfico, entre croquis, plantas e, em especial, maquetes táteis ajudam no desenvolvimento da noção espacial de crianças com alguma deficiência visual. Mais do que isso, por não pautar exclusivamente na teoria, exemplos da aplicação prática de metodologias de inclusão e seus resultados, tomando emprestada a própria vivência --- período de doença degenerativa e recuperação - milagre 

Propostas à aproximação de pessoas com baixa visão ou cegueira dos demais indivíduos numa sociedade; proponho uma reflexão aos leitores acerca de como fatores sociais e culturais são importantes para o desenvolvimento psíquico, motor e cognitivo de crianças e adultos com deficiências visuais.

Abordo a importância da linguagem falada para esse desenvolvimento, bem como para a interação social de crianças.
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Material necessário : 

- Tampas de garrafa pet (com diversas texturas)
- Papelão liso ou ondulado
- Tinta puff ou tinta com relevo











Dicas de como brincar com a criança com deficiência visual 

- Use toques e voz suaves ao se comunicar com a criança que tem deficiência visual, aproximando sua face, do rosto dele, para que ela possa percebê-lo e tocá-lo.

- Conte e cante histórias. Busque mostrar o sentido da vida nas mínimas coisas, faça a criança escutar os sons mais singelos da natureza e sentir a sensibilidade do toque nas plantas, terra, areia, pedras, ...

- Ensine a utilizar os demais sentidos, como a audição e o tato, para se comunicar, como, por exemplo, ouvir o som dos pássaros na praia. Será uma experiência maravilhosa para ele e para quem estiver ensinando, pois haverá momentos em que julgarão que podem se comunicar com as aves. Sua atenção auditiva auxiliará a "enxergar" a natureza tornando-se íntima dela.
- Auxilie a criança a conhecer o próprio corpo com toques enquanto nomeia cada parte tocada. Como auxílio, cante a música "cabeça, ombro, joelho e pé, ..." 
- Incentive que a criança seguir em direção ao som de brinquedos ou da sua voz. É interessante ter brinquedos que emitam sons, como chocalhos, bolas e pelúcias com guizos.
- Brinque com a criança com deficiência visual e incentive que outras pessoas também brinquem e interajam com ela. Assim, ela se tornará mais sociável e receptiva, facilitando os relacionamentos interpessoais.
- Imite os sons que seu bebê faz e crie estímulos para que ele possa imita-lo. Isso auxiliará na comunicação.
- Se o bebê ainda não senta, coloque-o de lado para manusear o brinquedo. Invista em brinquedos com texturas diferenciadas, para estimular o tato e a percepção de diferentes objetos.
- Dê objetos à criança nomeando-os e relacionando às possíveis ações que poderão ser feitas com este item. Exemplo: “A bola. Pegue a bola. Chute a bola. Jogue a bola para cima”.
- Procure usar brinquedos contrastantes, coloridos, luminosos, de diversas texturas e tamanhos.
- Propiciar momentos em que a criança manipule e crie espontaneamente jogos a partir da exploração de objetos concretos.
- Brincadeiras com miniatura de objetos, como animais e meios de transportes, possibilitam que a criança tenha uma melhor compreensão de objetos muito grandes ou impossíveis de serem alcançados (casinha com telhado, elefante, caminhão, avião, fogão, geladeira).
- Vale incentivar brincadeiras infantis com o uso das mãos, como dedo mindinho, seu vizinho; passa anel.
- Em jogos com bola, se não for possível ter uma bola com guizo, envolva a bola com saco plástico, assim ela fará barulho enquanto se desloca.
- Salte para o alto. Com a criança agachada, segure em suas mãos e peça para ela se levantar ”bem forte e bem alto”, ajudando com um leve “puxão“ para cima.
- Jogos, brinquedos e brincadeiras para fazer com as crianças cegas e com baixa visão:
- Brincadeiras de roda: cantigas, parlendas, rimas;
- Meu mestre mandou…Como sugestão, trabalhar o esquema corporal com as crianças, solicitando que coloquem as mãos na cabeça, joelhos, pescoço, cotovelo, barriga, pés, mãos, etc.
- O que é, o que é? Brincar de adivinhação utilizando as mãos para descobrir a textura e formato dos objetos. Materiais como embalagens de xampu, escova de dentes, talheres (colher e garfo), chaves, caneta/ lápis, frutas, etc.
- Vai e vem – Brincar alternando a criança de lugar é um estímulo à coordenação visuomotora
Fantoches/Dedoches – estes brinquedos estimulam a imaginação, linguagem e o pensamento, além de  favorecerem a comunicação e expressão de sentimentos e emoções.
- Blocos de construção: Brincar com blocos favorecem o desenvolvimento da atenção e concentração, associação de formatos  e tamanhos, desenvolvimento de movimentos amplos e finos, coordenação visuomotora e noções de equilíbrio. Estes brinquedos também propiciam à criança a satisfação de inventar, construir, desconstruir e transformar, estimulando a criatividade.
- Massa de modelar – Estimula o desenvolvimento da coordenação motora fina e a criatividade.
- Jogo da velha adaptado – Permite interação com quem não tem deficiência visual.
- Jogo da memória tátil: Utiliza a percepção tátil e a memória para reunir o maior número de peças.
- Manter as brincadeiras que incluam brinquedos diversos como bonecas e carrinhos mantém a brincadeira das crianças que não enxergam com as que enxergam, sentindo-se incluídas.
Outras brincadeiras que retomam a infância dos pais e visa incluir as crianças nos momentos de lazer:
- Estátua;
- Passa anel;
- Centopéia;
- Telefone sem fio.
- Brincadeiras fáceis de produzir:
- Jogo de argolas: Estimula a percepção visuomotora, a identificação de cores para as crianças com baixa visão e a relação número / quantidade.
Confecção: Colocar uma porção de areia no fundo de 10 garrafas descartáveis. Cortar tiras de papel crepom colorido e colocar uma cor em cada garrafa. Recortar números de 1 a 10 em papel preto ou fita adesiva preta e fixar cada número em uma garrafa. As argolas podem ser confeccionadas com tampas de plástico ou anéis de fitas adesivas que encaixem nas garrafas.
- Jogo de boliche: Estimula a percepção visuomotora, a identificação de cores e a relação número x quantidade.
Confecção: Colocar uma porção de areia no fundo de 10 garrafas descartáveis. Cortar tiras de papel crepom colorido e colocar em cada garrafa uma cor.
Recortar números de 1 a 10 em papel preto ou fita adesiva preta e fixar cada número em uma garrafa. As bolas podem ser confeccionadas com meias velhas. E podem ter guizos em seu interior.
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O Jogo da Memória Tátil é uma atividade pedagógica inclusiva que utiliza diferentes texturas para estimular a memória e a percepção tátil, sendo especialmente benéfica para crianças com deficiência visual. A proposta, que desenvolvi, sugere a confecção de peças utilizando materiais como tampas de garrafa PET, papelão e tinta puff ou tinta com relevo. Essas peças devem apresentar diversas texturas que as crianças devem memorizar e associar em pares.

- Objetivos da Atividade:

Estimular a memória e a atenção: A atividade desafia as crianças a lembrarem-se das texturas e suas localizações, promovendo o desenvolvimento da memória de curto prazo.

Desenvolver a percepção tátil: Ao tocar e explorar diferentes superfícies, as crianças aprimoram sua capacidade de identificar e diferenciar texturas.

Promover a inclusão social: Ao adaptar o jogo para deficientes visuais, a atividade contribui para a inclusão de crianças com deficiência, permitindo-lhes participar ativamente das brincadeiras.

- Materiais Necessários:


Tampas de garrafa PET: Servem como base para as peças do jogo.

Papelão liso ou ondulado: Utilizado para criar diferentes texturas nas tampas.

Tinta puff ou tinta com relevo: Aplicada para criar padrões táteis nas tampas.

Tesoura e cola: Para cortar e fixar os materiais.

- Como Jogar:

Preparação das Peças: Crie 10 pares de tampas de garrafa PET, cada uma com uma textura distinta.

Organização das Peças: Disponha as tampas viradas para baixo em uma superfície plana.

Início do Jogo: Uma criança vira duas tampas por vez, tentando encontrar os pares correspondentes.

Objetivo: Memorizar a localização das texturas e formar os pares.

- Dicas para Inclusão:

Comunicação Verbal: Use descrições verbais claras ao orientar as crianças com deficiência visual.

Exploração Guiada: Permita que as crianças toquem as peças antes de iniciar o jogo para familiarizarem-se com as texturas.

Ambiente Acessível: Assegure que o espaço de jogo seja seguro e livre de obstáculos.

Esta atividade não só promove o desenvolvimento cognitivo e sensorial das crianças, mas também reforça a importância da inclusão e da acessibilidade nas práticas pedagógicas.


A medida que se entra no século XXI, tem-se razão para se ser otimista sobre as perspectivas relativas as escolas e uma sociedade mais inclusiva. Este trabalho teve como meta demonstrar que o portador de deficiência visual tem o direito garantido ao convívio social igualitário . Com a participação de professores, funcionários e alunos, pode-se realizar um trabalho para compreender a cidadania como participação social e política, adotando-se, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade e cooperação dentro da comunidade escolar.
Talvez o desafio mais importante para o futuro seja o de tornar as crianças e os jovens capazes de falarem por si próprios, até mesmo desafiarem o sistema, as visões de suas famílias e dos profissionais que trabalham com elas. Esse processo deve começar nas escolas, em parceria com os pais, porque as escolas são agentes da sociedade para a socialização da sua criança. Entretanto, tradicionalmente, elas não têm visto isso como parte do seu papel no apoio aos estudantes na crítica ao sistema ou nas decisões tomadas, através de outros, em seu nome. É preciso-se preocupar em promover a autonomia e o crescimento pessoal, temos que preparar os jovens para confrontar a discriminação e o menosprezo que eles provavelmente encontrarão em um sistema que ainda está engatilhando em direção a uma sociedade inclusiva.
Deve-se tomar como ponto de partida que os professores já têm o conhecimento necessário e as habilidades que os equipam para tal jornada; o que lhes falta, muitas vezes, é a confiança em sua própria habilidade para ensinar de modo inclusivo. É necessário que o professor também trabalhe em escolas comprometidas com a inclusão desses alunos na sociedade.
Este trabalho não teve a pretensão de ditar normas ou apontar soluções quanto ao atendimento prestado pelo profissional a educação ao deficiente visual. Mas, somada a experiência desta pesquisadora aos conhecimentos levantados em bibliografia, foi possível apresentar algumas idéias visando sanar as necessidades de informação na área da deficiente visual na sociedade, e que sirvam de base para reflexão, proporcionando mais elementos para a discussão sobre o deficiente visual.
Dessa forma, a escola terá mais subsídios para o processo de inclusão do deficiente visual.
O objetivo maior da escola é atuar através de todos os seus segmentos para possibilitar a integração das crianças que nela estudam, conduzindo-as para que atinjam o seu pontecial máximo. Este processo deverá ser dosado de acordo com as necessidades de cada criança.
À medida que se vive no século XXI, acredita-se que as perspectivas relativas a escolas e a uma sociedade mais inclusiva deverão ser mais otimistas.
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O som é um agente criador por excelência e por ele somos conectados de outra forma ao mundo objetivo e provocados a desenhar espaços, ações e sensações pela entrega aos olhos de nossos ouvidos ou aos ouvidos de nossos olhos. Ele ilumina todos os elementos de linguagem da nossa vida.

Podemos complementar e recortar poeticamente imagens sonoras sem assumir uma condução narrativa em uma busca simbólica pela visão, os sons da vida e seu valor afetivo, o feio, o belo, o singelo, o detalhe, o desafinado e o melódico.

Como e o que escolhemos perceber ou o quanto de nós olha e vê, sente e se desperta. Do silêncio ao som, do ruído à música, enxergamos mais.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Ludo



Relatório – TDAH e Ludoterapia
Autora: Renata Bravo

Introdução


O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é caracterizado principalmente pela dificuldade em manter a atenção, pelo esquecimento frequente e pela impulsividade/hyperatividade.
A ludoterapia surge como estratégia terapêutica eficaz para crianças de 3 a 11 anos, já que utiliza o jogo como linguagem natural da infância para trabalhar aspectos cognitivos, sociais e emocionais.

Tipos de Ludoterapia e Aplicações no TDAH
1. Brincadeira participativa

O terapeuta participa ativamente do jogo.

Estimula a confiança, a socialização e o manejo de emoções intensas.

Ajuda a criança a lidar com revezamento, competição e cooperação.

2. Ludoterapia centrada na criança

O jogo é iniciado pela criança.

O adulto responde às escolhas lúdicas, valorizando comunicação não-verbal.

Favorece a expressão de sentimentos e comportamentos.

3. Ludoterapia estruturada

Atividades com objetivos claros.

Trabalha: foco, memória, seguir instruções, paciência e autorregulação.

4. Autorregulação

Uso do jogo para controlar foco e emoções.

O terapeuta atua como modelo e oferece experiências sensoriais, atividades físicas e técnicas de relaxamento.

5. Relação terapêutica

Baseada em confiança, humor, carinho e cordialidade.

Ambiente seguro - criança mais aberta a aceitar orientações e trabalhar objetivos.

- Jogo do Ludo como Recurso Terapêutico:

Benefícios Cognitivos

Estimula raciocínio lógico.

Desenvolve coordenação motora fina.

Estimula planejamento e concentração.

Trabalha contagem e noção numérica (dado).

- Benefícios Socioemocionais:

Desenvolve empatia.

Ensina a lidar com frustrações.

Promove interação social.

Incentiva o trabalho em equipe.

- Benefícios Educacionais:

Ensina estratégias e habilidades matemáticas.

Ensina a esperar a vez pacientemente.

Ajuda no controle emocional.

Promove superação de limites.

Pode ser usado como ferramenta interdisciplinar.

- Atividades Práticas:
1. Ludo adaptado para TDAH

Tabuleiro maior, com cores bem vivas.

Regras simplificadas no início, aumentando a complexidade gradativamente.

Tempo cronometrado por rodada (para ajudar no foco).

2. Circuito da Autorregulação

Montar uma trilha com cartas de instruções simples (pular, respirar fundo, imitar animal, esperar 10 segundos).

Objetivo: treinar autorregulação de forma lúdica.

3. História do Dado

Cada jogada do dado deve vir acompanhada de uma ação verbal, ex.:

1 - diga uma qualidade sua

2 - respire fundo 3 vezes

3 - imite um animal

4 - conte até 10 calmamente

5 - elogie alguém

6 - conte algo que gosta de fazer

Trabalha memória, expressão e controle de impulsos.

4. Oficina Criativa – Construindo Meu Ludo

As crianças desenham e montam seu próprio tabuleiro (papelão, cartolina, tampinhas).

Estimula criatividade, paciência e vínculo com o jogo.

Conclusão:

A ludoterapia, quando associada a jogos estruturados como o Ludo, torna-se uma ferramenta poderosa no tratamento do TDAH. Além de estimular aspectos cognitivos e motores, favorece a socialização, a autorregulação emocional e o fortalecimento da autoestima.


Sugestões de Aplicação em Sala de Aula

1. Ludo da Matemática


Objetivo: trabalhar números, contagem e noções de probabilidade.

Como aplicar:

Cada jogada do dado deve ser contada em voz alta pelo aluno.

Ao avançar casas, pode-se pedir para somar/subtrair o número obtido.

Exemplo: tirar 4 - responder a uma conta simples (2+2).

Benefícios: concentração, raciocínio lógico, reforço de operações básicas.

2. Ludo da Convivência

Objetivo: desenvolver habilidades socioemocionais.

Como aplicar:

Cada cor do tabuleiro representa uma atitude (ex.: vermelho = coragem, azul = cooperação, verde = paciência, amarelo = respeito).

Ao cair em determinada cor, o aluno deve citar uma situação do dia a dia em que viveu essa atitude.

Benefícios: empatia, expressão de sentimentos, construção de valores.

3. Ludo da História

Objetivo: revisar conteúdos de forma divertida.

Como aplicar:

Ao cair em casas especiais, o professor faz uma pergunta de História/Geografia.

Acertou - joga novamente.

Errou - perde a vez.

Benefícios: memorização, paciência, foco em instruções.

4. Ludo do Movimento

Objetivo: ajudar na autorregulação e gastar energia de forma saudável.

Como aplicar:

Cada número do dado corresponde a uma ação física (ex.: 1 = pule 5 vezes, 2 = respire fundo, 3 = bata palmas, 4 = alongue-se, 5 = imite um animal, 6 = sente-se e conte até 10).

Benefícios: coordenação motora, controle da impulsividade, relaxamento.

5. Construindo o Ludo da Turma

Objetivo: estimular criatividade e cooperação.

Como aplicar:

Os alunos constroem seu próprio tabuleiro em cartolina ou papelão.

Definem juntos as regras adaptadas (ex.: casas de desafio, casas de relaxamento).

Benefícios: protagonismo, engajamento, valorização do trabalho coletivo.

- Dicas para o Professor:

Trabalhar em grupos pequenos (máx. 4 por jogo) para manter o foco.

Usar tempo delimitado (cronômetro ou música) para manter a dinâmica.

Reforçar elogios a cada conquista (mesmo que pequena).

Alternar entre atividade física + jogo de tabuleiro para equilibrar energia e concentração.


Plano de Aula – Ludo Pedagógico para Crianças com TDAH

Turma: Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano)
Duração: 50 minutos
Tema: Concentração, cooperação e aprendizagem por meio do jogo Ludo

- Objetivos
Gerais:

Favorecer a inclusão de crianças com TDAH em atividades coletivas.

Promover o desenvolvimento cognitivo, social e emocional por meio do jogo.

Específicos

Estimular a concentração e a atenção sustentada.

Trabalhar a noção de turno e espera da vez.

Desenvolver raciocínio lógico-matemático.

Incentivar a autorregulação emocional e o respeito às regras.

Estimular a convivência e o trabalho em equipe.

- Metodologia:

Apresentação (10 min)

O professor apresenta o tabuleiro do Ludo e explica as regras básicas.

Breve conversa sobre paciência, respeito às regras e importância de esperar a vez.

Jogo Principal – Ludo adaptado (30 min)

Divisão em grupos de até 4 alunos.

Cada grupo recebe um tabuleiro adaptado com casas especiais:

- Casa da Calma - a criança deve respirar fundo 3 vezes antes de jogar de novo.

- Casa do Desafio - responder uma conta de matemática ou pergunta de conteúdo (História/Geografia).

- Casa da Amizade - fazer um elogio ou ajudar o colega do lado.

O professor acompanha, ajudando na regulação da atenção e incentivando a cooperação.

Encerramento (10 min)

Roda de conversa rápida:

“O que você aprendeu jogando?”

“Como foi esperar a vez?”

“O que foi mais difícil e mais divertido?”

- Recursos Didáticos:

Tabuleiros de Ludo (um por grupo).

Dados grandes e coloridos.

Peões adaptados (pode usar tampinhas ou botões coloridos).

Cartas de desafio (matemática, curiosidades, relaxamento).

Cronômetro ou música para marcar o tempo de cada rodada.

- Avaliação:

Observação contínua durante o jogo:

Atenção ao esperar a vez.

Participação ativa e cooperação.

Respeito às regras.

Capacidade de autorregulação emocional diante de vitórias e frustrações.

Autoavaliação oral na roda de conversa final.

- Possíveis Adaptações:

Educação Infantil: tabuleiro ampliado, menos casas e foco em cores e movimentos.

Ensino Fundamental II: incluir desafios mais complexos (problemas matemáticos, charadas, questões de ciências).

Inclusão: uso de tabuleiro com símbolos visuais para alunos com dificuldades de leitura.


Tabuleiro de Ludo Adaptado – Casas Especiais
Estrutura do Tabuleiro

Formato: clássico, com quatro cores (azul, verde, vermelho e amarelo).

Casas especiais adicionadas:

- Casa da Calma: respire fundo 3 vezes antes de jogar novamente.

- Casa do Desafio: responder uma questão simples (matemática, curiosidade ou conteúdo escolar).

- Casa da Amizade: fazer um elogio ou ajudar o colega do lado.

Sugestão Visual de Distribuição:

Casa de Início: padrão, cada cor inicia com seus peões.

Casas normais: percorrer o caminho do tabuleiro normalmente.

Casas especiais: distribuídas ao longo do percurso, 1 a 2 de cada tipo por cor.

Tipo de Casa -Símbolo/Cor -Função
Normal - Quadrado colorido - Avançar conforme dado
Calma - ou azul claro - Respirar fundo 3x antes de jogar
Desafio - ou laranja - Responder questão de conteúdo
Amizade - ou rosa - Elogiar/ajudar colega

Materiais para Montagem:

Cartolina ou papelão para o tabuleiro.

Canetinhas, lápis de cor ou adesivos para diferenciar casas.

Peões: tampinhas, botões ou peças do Ludo tradicional.

Dados grandes e coloridos.

Cartas pequenas com perguntas ou instruções (opcional).

Sugestões de Aplicação em Sala:

Cada grupo de até 4 alunos recebe um tabuleiro.

Professor orienta e acompanha a autorregulação durante o jogo.

Casas especiais ajudam a desenvolver: foco, paciência, empatia e autorregulação emocional.

Ao final, roda de conversa sobre aprendizado, estratégias e sentimentos durante o jogo.



segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Transforme pratinhos de papelão em máscaras

Pratinhos de papelão transformados em máscaras "Queimadas pelo Sol". 🌞
Enquanto recortam e pintam as máscaras, aproveite e converse com as crianças, sobre os perigos da exposição inadequada ao sol. 




outras opções de máscaras 




segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Faces de origami (passo a passo)

Material: papel de origami

Como fazer o origami?

O tradicional não é difícil. Não é preciso ferramentas ou cursos especiais - apenas muita atenção e ser bom observador. É claro que você precisa de papel adequado e conhecimento das regras de dobradura. Qualquer pessoa que dobrar o papel com paciência e exatidão poderá transformá-lo em uma bonita figura.

Você pode usar qualquer papel que tiver à disposição, incluindo jornal, folhas de propaganda ou papel de presente. É você quem decide o tamanho, a quantidade e a cor do papel de acordo com o que quiser fazer. Mas se quiser fazer algo bem bonito, é melhor escolher com cuidado a cor do papel, mas também do tipo de papel que usa. O ideal é usar papel feito especialmente para origami. Pode ser que você queira usar o papel artesanal japonês, chamado washi.

Para a maioria das figuras, é essencial que o papel seja um quadrado perfeito. para verificar se o papel é quadrado, você pode juntar os dois cantos opostos e dobrá-los em forma de triângulo. Se todas as bordas combinarem perfeitamente, então o papel foi cortado da maneira correta.

Para conseguir um ótimo resultado, você tem de dobrar o papel de forma que canto combine com canto e borda com borda, de modo exato. Além disso, é necessário apertar bem as dobras. Ao dobrar o papel em forma de triângulo, junte dois cantos opostos e segure-os bem firme com o polegar e o indicador de uma das mãos e dobre a base com a outra mão. Quando for dobrar o papel no meio para formar um retângulo, certifique-se de que os cantos superiores se casem perfeitamente e então segure bem firme as bordas superiores enquanto dobra a base.

Para algumas figuras de origami é necessário dobrar e desdobrar o papel, fazendo um vinco nele, em preparação para o passo seguinte. Ás vezes é preciso enrolar, preguear, torcer, apertar, forçar para dentro, abrir com sopro e virar o papel pelo avesso - tudo para dar-lhe diferentes efeitos.

Você pode fazer uma variedade de figuras tradicionais ou até mesmo criar outras novas.

Não perca a chance de aprender a arte de dobrar papel.









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domingo, 15 de setembro de 2019

Pinturas, texturas e sensações

Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a perceber que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto. As texturas e sensações, partem do princípio que, através da exploração de diferentes materiais os pequenos ampliam a capacidade de expressão e o conhecimento do mundo.


Pintar é representar uma imagem gráfica por meio de formas e cores. Tem uma função representativa, expressiva e decorativa.

A pintura possibilita a aprendizagem de novas técnicas plásticas.

Para a criança pintar é colorir uma superfície com cor, o que diferencia a pintura de desenho.

A cor estimula a criatividade da criança, proporciona informações sobre como ela percebe as formas e o significado das coisas que o rodeiam. Na pintura, a criança exprime-se através da cor sem a preocupação de reproduzir formas figurativas.

A cor é a principal linguagem plástica da criança pela facilidade com que pode exprimir tudo o que se sente. Consequentemente, a pintura é a técnica que adquiriu maior preponderância na área plástica.

Tal como o desenho, a pintura contribui para um domínio do gesto e do espaço gráfico. No entanto, a pintura não exige tanta coordenação e precisão com o desenho. Ter a vantagem de permitir à criança o contato com uma grande diversidade de materiais e de técnicas.

A estampagem, também permite cobrir com cor determinadas zonas da superfície.

Em relação à cor, a criança passa por várias fases gráficas.

No primeiro momento, na fase da garatuja, a cor não tem importância para a criança que está mais interessada na experimentação do movimento, e com os seus efeitos, sobre o papel ou outro suporte. 

Geralmente, a criança utiliza só uma ou duas cores e prefere as que são vivas e atrativas. Nesta etapa, o trabalho com as cores deve ser dirigido, fundamentalmente, à sua discriminação e identificação.

É nesta fase pré-esquemática, quando a criança mostra grande interesse e vivacidade cromática, utilizando uma maior diversidade de cores nos seus desenhos. Este uso da cor está associado às necessidades e vivências emocionais da criança. É, assim, importante, nesta etapa, oferecer à criança a possibilidade de observar e experimentar cores, para que descubra e estabeleça relações objeto-cor na realidade. Por outro lado, a criança faz também uso livre da cor de acordo com as suas necessidades (exemplo: sol pintado de azul).

Do ponto de vista do conhecimento do objeto, a criança distingue primeiro a cor, antes da forma e dos 3 aos 5 anos está mais interessada nas cores das coisas, do que, nas suas formas. Antes, a criança até os 2 anos depende das suas experiências tácteis e necessidade de pegar o objeto para conhecer a sua textura, forma, etc, ... à medida que a criança cresce, torna-se mais sensível à cor ao mesmo tempo, que se abre ao conhecimento dos outros e adquire consciência dos seus próprios sentimentos.