POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sábado, 14 de setembro de 2019

O Desenho, juntamente com a pintura, é a atividade plástica mais frequente às crianças.










O desenho é uma representação gráfica de algo através do traçado de linhas.
Pode-se dizer que é uma "atividade natural" para as crianças: estas fazem traços com os seus dedos, por exemplo, na areia ou no vidro embaçado.
O desenho é também a base para outras atividades plásticas, como a pintura e a colagem. 
Do ponto de vista do desenvolvimento da criança, o desenho é um forte indicador da maturação intelectual. Existe uma forte relação entre o desenvolvimento do desenho infantil e o das aprendizagens instrumentais básicas, sobretudo da escrita. A escrita surge como um traçado que vem completar o desenho. 
O desenho infantil favorece ainda a aquisição de conhecimentos: a criança desenha o que percebe das coisas, facilitando assim o processo de assimilação dos novos conhecimentos. Por outro lado, os seus êxitos gráficos potenciam o seu conhecimento da realidade. 
É de referir ainda que o desenho constitui um importante meio de diagnóstico e de terapia infantil: o que a criança não sabe ou não pode comunicar diretamente por palavras, exprimi-o muitas vezes através do desenho,daí a importância de não fazer juízos precipitados sobre as realizações infantis. 
Vários autores estudaram a evolução do desenho infantil, não havendo um consenso sobre as várias etapas/fases. Em comum, tem o fato de nenhuma das etapas/fases estarem perfeitamente limitadas, pelo que cada uma delas contêm elementos da etapa/fase anterior e da posterior. De uma forma geral, podem-se distinguir, entre os 2 e os 6 anos, 3 fases-chave no desenvolvimento do desenho. A figura humana é o tema mais frequente no desenho infantil, e é onde melhor se observa a evolução do desenho. Evolui desde o boneco ou girino primitivo, representado, habitualmente, por uma forma circular grande de onde saem 2 traços até se chegar a um desenho que não são incluídos numerosos pormenores. 
Do ponto de vista metodológico, há 3 posíções distintas que as crianças poderão adotar para desenhar: 
- sentados ou deitados no chão com o papel individual ou coletivo, diretamente no chão (é uma posição muito cômoda para os mais pequenos e evita a sujidade);
- à volta da mesa de trabalho onde estão colocados os materiais e onde se apoia o suporte (as crianças podem trabalhar de pé, como costumam preferir, ou sentadas);
- de pé, frente à parede ou no cavalete em que se tenha colocado o suporte em posição vertical.
Os materiais básicos são os lápis e o papel, mas podem ser utilizados mitos outros. Para um traçado mais longo, pode-se usar o dedo molhado em guachê, ceras ou giz, e para um traçado mais fino e preciso utilizam-se por exemplo, lápis, marcadores ou esferográficas. Os primeiros são os mais adequados às atividades de iniciação ao controle do traço e os seguintes ao desenho de pormenor.
Quando aos suportes, o mais comum é o papel, mas podem ser usados outros como cartolinas, quadros ou areias.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Colagem, mosaico e vitrais

Para além de promover o desenvolvimento estético e criativo da criança, estas atividades potenciam o desenvolvimento da organização espacial e das noções geométricas básicas, entre outros.

A colagem parte de formas isoladas para chegar a uma composição global. Consiste em colar pedaços de papel, tecido ou outro material sobre uma superfície plana (tecido, tábua, cartão ou cartolina), distribuindo-os de maneira a obter-se uma composição figurativa ou não.

O mosaico é uma colagem em que, parindo de pedaços de um material, cobre-se uma parte ou a totalidade de uma superfície previamente delimitada.

O vitral é um mosaico luminoso. Constrói-se, esvaziando determinadas zonas do material utilizado como um suporte e revesti-os depois com um papel transparente ou translúcido de cores.

Estas técnicas são fáceis para as crianças, inclusive para os mais pequenos. São também baratos pois utilizam-se muitas vezes materiais de desperdício.

A colagem, o mosaico e os vitrais desenvolvem as destrezas manipulativas de rasgar, partir em pedaços, recortar, enrugar, picar, esvaziar e colar.


Alunos da educação infantil criando um mural com vitrais do Sagrado Coração de Jesus.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Trabalho adaptado com alunos da educação especial. (Tema páscoa)

Já estive na mesma conjuntura e sei o que cada um sente ...

Eis, o princípio vital BRINCADEIRA SUSTENTÁVEL.


A verdadeira harmonia nasce de dentro para fora, calma e gradualmente. Para alcançá-la, além de esforço pessoal, são necessários instrumentos adequados, já que pouco serve a força de vontade de um "lenhador" se, em vez de um bom machado, lhe for oferecida uma simples faca. É aí que as artes entram em cena: na contemplação.







Desenhando e Colorindo com Giz de Cera

1- Objetivos

Estimular a coordenação motora fina e a força da mão por meio do uso do giz de cera.

Desenvolver a percepção tátil e visual ao explorar cores e texturas.

Incentivar a criatividade e a expressão pessoal em ambiente acolhedor e inclusivo.

Promover a interação social e a autoestima através da valorização do trabalho artístico.

2- Materiais

Giz de cera grosso (preferencialmente com adaptadores para facilitar a pegada)

Papel sulfite, cartolina ou papel cartão em tamanho grande

Desenho simples de contorno (por exemplo, flor, casa, sol) para colorir (opcional)

Pranchetas, cavaletes ou superfícies inclinadas para apoiar o papel

Aventais ou roupas que possam sujar

Apoios posturais (cadeira confortável, almofadas) conforme necessidade

3- Preparação

Organizar o ambiente com mesas ou superfícies para apoiar o papel, garantindo espaço para cada participante.

Disponibilizar os giz de cera em potes ou caixas para fácil acesso e escolha.

Adaptar os materiais para cada necessidade (ex.: prender o giz com fita, oferecer apoio postural).

Explicar a atividade com linguagem simples, usando exemplos visuais ou demonstração.

4- Desenvolvimento da atividade

Passo 1: Apresentação dos materiais

Mostrar os giz de cera, explorar cores, permitir toque e experimentar movimentos simples (deslizar o giz no papel).

Passo 2: Escolha do tema

Oferecer um desenho simples para colorir ou incentivar desenho livre com o giz.

Para participantes com maiores dificuldades, oferecer estímulo para fazer marcas, riscos ou manchas com o giz.

Passo 3: Execução

Auxiliar na pegada do giz quando necessário.

Estimular o uso da mão dominante ou alternativa para desenhar e colorir.

Encorajar movimentos amplos para os que têm limitação fina e movimentos detalhados para os que conseguem.

Passo 4: Finalização

Valorizar cada trabalho, destacando as escolhas de cores e o esforço.

Expor os desenhos em um painel para reconhecimento coletivo.

5- Avaliação

Observação da participação e interesse durante a atividade.

Verificação do uso dos materiais e tentativa de coordenação motora (segurar e movimentar o giz).

Avaliação da expressão criativa, mesmo que não formal, respeitando o ritmo individual.

Feedback positivo e incentivo ao desenvolvimento gradual das habilidades.

6- Dicas e cuidados

Respeitar os limites e o tempo de cada participante.

Estimular sempre o elogio e o reforço positivo.

Garantir ambiente tranquilo e sem pressa para que todos se sintam confortáveis.

Adaptar o ritmo e as expectativas conforme a necessidade de cada um.

Ampliação da Atividade com Giz de Cera: Ideias para várias sessões e trabalho em grupo

Sessão 1 – Exploração das cores e formas

Cada participante escolhe cores e faz experimentações livres com o giz no papel (riscos, manchas, traços).

Propor que explorem a pressão do giz para criar efeitos diferentes (mais forte, mais suave).

Incentivar que descrevam ou falem sobre as sensações que tiveram.

Sessão 2 – Desenho orientado com temas simples

Apresentar desenhos simples (ex.: frutas, animais, flores) para colorir.

Auxiliar na escolha das cores e técnicas para preencher o desenho.

Estimular a conversa sobre o tema escolhido, envolvendo linguagem e memória.

Sessão 3 – Criação coletiva de um painel

Em grupo, criar um grande painel com várias folhas ou um papel enorme.

Cada participante contribui com uma parte (desenho, cor, textura) para compor um cenário ou tema comum (ex.: jardim, parque, festa).

Incentivar a cooperação e o diálogo entre eles, valorizando cada contribuição.

Sessão 4 – Atividade sensorial com giz de cera

Experimentar desenhar com diferentes partes do giz (ponta, lado, fundo) para criar texturas variadas.

Usar folhas com relevo (papel vegetal com textura, ou papel cartão com desenhos em alto relevo) para colorir, estimulando o tato.

Conversar sobre as diferenças sentidas no papel.

Sessão 5 – Contação de história com desenhos

Ler ou contar uma história curta e pedir para que cada participante desenhe algo relacionado ao que ouviu.

Após a criação, cada um pode mostrar seu desenho e falar o que representou.

Trabalha a memória, expressão e compreensão.

Dicas para trabalho em grupo:

Organize os participantes em pequenos grupos para facilitar o acompanhamento.

Crie momentos para que todos mostrem seus trabalhos, valorizando o esforço individual e coletivo.

Use músicas ou sons que ajudem a manter o clima descontraído e motivado.

Seja flexível e adapte o ritmo conforme o grupo, respeitando as necessidades e limites de cada um.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Enquanto pipas são construídas, conteúdos de geometria como o estudo de ângulos, área, perímetro, entre outros, podem ser discutidos por alunos, com a orientação de seus professores.




 A história das pipas possui mistérios, lendas, símbolos e mitos.
Ela também encanta pela sua magia e beleza.
A construção de Pipas auxilia no desenvolvimento de conceitos matemáticos, bem como o trabalho colaborativo entre os alunos.
Nesta perspectiva, temos o objetivo de explorar conceitos matemáticos de forma lúdica e interativa, desenvolvendo o raciocínio lógico a partir da construção de pipas.
Nesta oficina os alunos terão a oportunidade de aprender a fazer pipas, de aprender sobre sua história e criação, e também de aprender conceitos matemáticos que são importantes para esta construção. Durante o desenvolvimento da oficina, serão feitos questionamentos que levam os alunos a formalizarem conceitos geométricos e refletirem sobre a importância da Matemática na construção de pipas.



Objetivo Geral:

Explorar conceitos matemáticos de forma lúdica e interativa, a partir da construção de pipas, proporcionando aos alunos experiências que os levem a perceber a matemática de forma contextualizada gerando uma atitude positiva em relação ao conhecimento matemático.

Objetivos específicos:

• Mostrar de que maneira foi criada a pipa, e que a partir dela, foram inventadas coisas grandiosas;
• Explorar os conceitos matemáticos de forma divertida e contextualizada;
• Explorar conceitos matemáticos como: linhas concorrentes, perpendiculares, paralelas, formas geométricas e noções de medidas;
• Desenvolver um trabalho colaborativo entre os alunos;
• Criar nos alunos uma atitude positiva em relação ao conhecimento matemático.

Procedimentos Metodológicos:

• Apresentação da origem/história da pipa (questionando os alunos)- Através do data- show;
• Exposição de pipas (muito breve), por meio do data-show e pipas confeccionadas pelos ministrantes;
 • Etapa da construção de pipas 1- Amarrar a vareta menor, na vareta menor com o auxilio do esquadro para formar um ângulo reto. Conforme a figura: 2- Passar a linha ao redor de toda armação. 3- Colar a armação de varetas no papel seda, deixando uma borda ao redor da linha, para fazer a dobra; 4- Corte o papel um pouco maior que a armação, essa margem servirá para a colagem. 5- Em cada extremidade dê dois cortes e pode preparar a cola, logo será usada. 6- Antes de colar, porém, dobre as margens e veja se está bem ajustada a linha, o dente do papel pode ficar solto ou colado. 7- Passe a cola sobre a margem e vire-a para dentro, aderindo bem. 8- Passe a cola sobre a margem e vire-a para dentro, aderindo bem. 9- Envergue a 1° das varetas e dê uma volta com a linha superior sobre a extremidade da vareta. 10 - Em seguida é só colocar o estirante (cabestro) e a rabiola.
• Apresentação das pipas confeccionadas pelos alunos
• Agradecimentos e encerramento.

OBS: A exploração e formalização dos conceitos matemáticos serão feitos durante e após a construção das pipas.

Cronograma:

ATIVIDADE TEMPO Apresentação da origem/história da pipa - 15 min.
Exposição de pipas - 10 min.
Construção de pipas - 40 min.
Apresentação das pipas confeccionadas pelos alunos - 10 min.
Agradecimentos e encerramento - 15 min.

Material Necessário:

• 70 Palitos de churrasco, de bambu (de preferência, com melhor acabamento, para não machucar a mão dos alunos)
• 40 Papéis Seda de cores diversas
• 07 Colas branca
• 20 Tesouras
• 20 Réguas, se possível esquadro.
• 20 Lápis
• 20 Carretéis de linha para pipas (linha corrente 10)
• Data-show Público Alvo Educação Básica, segunda fase do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

domingo, 8 de setembro de 2019

Mesa e cadeirinhas feitas com garrafas pet, fita adesiva, papelão e eva.


O propósito dessa montagem foi de desenvolver minhas habilidades motoras , visuais , sociais e cognitivas, no meu processo de recuperação.





Construir é fabricar, erigir, edificar, fazer algo novo. Podemos construir imitações de mobílias, brinquedos, edifícios, pontes, etc. São uma forma harmoniosa de integrar vários elementos em uma só unidade.

Essas atividades assemelham-se à modelagem.

 Do ponto de vista evolutivo, as crianças começam por desenvolver um conhecimento intuitivo das propriedades características do material (papel, cartolina, cartão, plástico, espuma, esferovite, cortiça, metal, madeira, etc.) e do seu comportamento e de aspectos como a forma, medida, cor, peso, relações espaciais, etc.

sábado, 7 de setembro de 2019

A natureza e a geometria

Sequência de Fibonacci na natureza.


O número de ouro (razão de Fibonacci) Um dos grandes nomes da matemática que surge inevitavelmente quando se fala da ligação da Matemática com a Natureza é o de Fibonacci. Há relativamente pouco tempo começou-se a dar importância aos números de Fibonacci e descobriu-se que são muito frequentes e podem ser usados para caracterizar diversas propriedades na Natureza, sendo o seu aparecimento não um acaso, mas o resultado de um processo físico de crescimento das plantas e dos frutos.

Há números que nos surpreendem, um desses números é o chamado número de ouro, também conhecido como rácio dourado ou proporção divina. È um número irracional, dado pela dízima infinita não periódica 1,61803398... e também pode ser representado pela metade da soma de 5 com a unidade. Uma das ocorrências mais espantosas do número de ouro encontra-se na disposição das pétalas das rosas. Elas separam-se por ângulos que são partes fraccionárias de Φ e essa disposição permite "arranjar" as pétalas de forma compacta e maximizar a sua exposição à luz.









segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Modelagem

Consiste na manipulação de materiais muito moldáveis. É uma atividade plástica que precede a escultura. Corresponde à introdução do relevo físico, corpóreo, do volume de objetos , etc.
Difere em relação ao desenho e pintura pela sua tridimensionalidade.

As atividades de modelagem oferecem importantes possibilidades de desenvolvimento às crianças, pois, como refere Piaget "o pensamento parte da ação".

Materiais para modelar:
- barro
- argila
- plasticina
- pasta de papel
- ...

Do ponto de vista evolutivo, em um primeiro momento a criança entra em contato com o material, brinca com ele, amassa-o, arredonda-o, introduz-lhe os dedos e mãos - fase de manipulação espontânea.

Posteriormente, a criança começa a perceber formas e procura representá-las - fase da representação.

Por último, depois d manipulação e da observação dos objetos, a criança identifia-os e tenta representá-los de forma realista - fase da identificação.

A expressão das formas em volume exige uma evolução mais lenta do que o desenho ou pintura devido à dificuldade da criança em manejar para além da forma, à terceira dimensão.


A terapia com massinha de modelar é uma abordagem lúdica que pode ser utilizada em diferentes contextos, como em terapia alimentar, arteterapia e atividades de desenvolvimento.

Terapia alimentar

Estimula a coordenação motora e a criatividade
Permite que a criança se aproxime do alimento de forma descontraída e segura
É uma abordagem eficaz para crianças com seletividade, dificuldade ou recusa alimentar

Tecnologia assistiva
A modelagem é uma das transposições de linguagem utilizadas no processo arteterapêutico
O contato com a massinha de modelar permite que o cliente observe a possibilidade de contatar uma produção com volume, com forma diferente da observada no desenho

Atividades de desenvolvimento

Estimula a habilidade visuoespacial e funções executivas
Ajuda a relaxar, diminuindo ansiedade, tensão e estresse
Desenvolve a coordenação motora fina, movimento importante para quando chegar a hora de aprender a escrever
Aprimora a criatividade e a imaginação

A massinha de modelar pode ser feita com farinha de trigo, biscuit, papel machê, massa de modelar escolar e industrializada.