O desenho é uma representação gráfica de algo através do traçado de linhas.
Pode-se dizer que é uma "atividade natural" para as crianças: estas fazem traços com os seus dedos, por exemplo, na areia ou no vidro embaçado.
O desenho é também a base para outras atividades plásticas, como a pintura e a colagem.
Do ponto de vista do desenvolvimento da criança, o desenho é um forte indicador da maturação intelectual. Existe uma forte relação entre o desenvolvimento do desenho infantil e o das aprendizagens instrumentais básicas, sobretudo da escrita. A escrita surge como um traçado que vem completar o desenho.
O desenho infantil favorece ainda a aquisição de conhecimentos: a criança desenha o que percebe das coisas, facilitando assim o processo de assimilação dos novos conhecimentos. Por outro lado, os seus êxitos gráficos potenciam o seu conhecimento da realidade.
É de referir ainda que o desenho constitui um importante meio de diagnóstico e de terapia infantil: o que a criança não sabe ou não pode comunicar diretamente por palavras, exprimi-o muitas vezes através do desenho,daí a importância de não fazer juízos precipitados sobre as realizações infantis.
Vários autores estudaram a evolução do desenho infantil, não havendo um consenso sobre as várias etapas/fases. Em comum, tem o fato de nenhuma das etapas/fases estarem perfeitamente limitadas, pelo que cada uma delas contêm elementos da etapa/fase anterior e da posterior. De uma forma geral, podem-se distinguir, entre os 2 e os 6 anos, 3 fases-chave no desenvolvimento do desenho. A figura humana é o tema mais frequente no desenho infantil, e é onde melhor se observa a evolução do desenho. Evolui desde o boneco ou girino primitivo, representado, habitualmente, por uma forma circular grande de onde saem 2 traços até se chegar a um desenho que não são incluídos numerosos pormenores.
Do ponto de vista metodológico, há 3 posíções distintas que as crianças poderão adotar para desenhar:
- sentados ou deitados no chão com o papel individual ou coletivo, diretamente no chão (é uma posição muito cômoda para os mais pequenos e evita a sujidade);
- à volta da mesa de trabalho onde estão colocados os materiais e onde se apoia o suporte (as crianças podem trabalhar de pé, como costumam preferir, ou sentadas);
- de pé, frente à parede ou no cavalete em que se tenha colocado o suporte em posição vertical.
Os materiais básicos são os lápis e o papel, mas podem ser utilizados mitos outros. Para um traçado mais longo, pode-se usar o dedo molhado em guachê, ceras ou giz, e para um traçado mais fino e preciso utilizam-se por exemplo, lápis, marcadores ou esferográficas. Os primeiros são os mais adequados às atividades de iniciação ao controle do traço e os seguintes ao desenho de pormenor.
Quando aos suportes, o mais comum é o papel, mas podem ser usados outros como cartolinas, quadros ou areias.