POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Atividades de escotismo

As atividades escoteiras - com seu caráter lúdico, cooperativo e de contato com a natureza - oferecem um campo riquíssimo para o desenvolvimento psicomotor de crianças, adolescentes e até adultos.

Segue um panorama dos principais benefícios psicomotores que podem ser trabalhados no escotismo:

1- Coordenação motora grossa

Como ocorre: Corridas, trilhas, jogos de perseguição, nós e amarras, montagem de acampamentos.

Benefício: Melhora do controle dos grandes grupos musculares, favorecendo agilidade, equilíbrio e postura.

2- Coordenação motora fina

Como ocorre: Atividades manuais como esculpir madeira, fazer artesanato, preparar alimentos, manusear bússolas e mapas.

Benefício: Aperfeiçoa a precisão dos movimentos das mãos e dedos, essencial para escrita e trabalhos manuais.

3- Equilíbrio estático e dinâmico

Como ocorre: Caminhar sobre troncos, atravessar pontes improvisadas, jogos de corda, escalada.

Benefício: Desenvolvimento da estabilidade corporal tanto parado quanto em movimento, aumentando a segurança física.

4- Orientação espacial

Como ocorre: Navegação com bússola, caça ao tesouro, sinalização com bandeiras, deslocamento por trilhas.

Benefício: Melhora a percepção de posição e deslocamento no espaço, importante para esportes, direção e mobilidade geral.

5- Ritmo e temporalidade

Como ocorre: Marchas, canções escoteiras, atividades cronometradas, dinâmicas em grupo.

Benefício: Favorece a noção de tempo, sequência e cadência, útil para coordenação e organização mental.

6- Lateralidade

Como ocorre: Jogos que exigem uso diferenciado de lado direito/esquerdo, orientação com pontos cardeais, manobras específicas.

Benefício: Fortalece a consciência corporal e previne dificuldades de aprendizagem relacionadas à orientação espacial.

7- Força e resistência

Como ocorre: Transporte de materiais, construção de abrigos, caminhadas longas com mochila.

Benefício: Aumenta a capacidade física geral e a resistência cardiovascular.

8- Integração motora e socioemocional

Como ocorre: Jogos cooperativos, desafios em equipe, resolução de problemas práticos.

Benefício: Integra habilidades motoras com competências sociais, como liderança, comunicação e empatia.



O handebol dentro das atividades escoteiras - seja como esporte formal ou em forma de jogo adaptado - é excelente para o desenvolvimento psicomotor, pois combina movimento intenso, raciocínio rápido e cooperação.

Principais benefícios:

Benefícios psicomotores

1- Coordenação motora grossa

Corridas, saltos e arremessos exigem controle de grandes grupos musculares.

2- Coordenação óculo-manual

Passar, receber e arremessar a bola com precisão.

3- Velocidade e agilidade

Mudança rápida de direção e reação ao movimento do adversário.

4- Equilíbrio dinâmico

Manter estabilidade ao correr, driblar e lançar sob pressão.

5- Orientação espacial e temporal

Localizar colegas e adversários, calcular o momento certo do passe ou arremesso.

6- Força e resistência

Esforço contínuo em alta intensidade, fortalecendo músculos e sistema cardiovascular.

Benefícios socioemocionais

Trabalho em equipe e cooperação.

Respeito às regras e ao adversário.

Liderança e tomada de decisão sob pressão.

Confiança e autoestima ao marcar gols ou contribuir para a defesa.




Aqui estão realizando uma atividade prática de observação e manipulação no solo - possivelmente coleta de materiais naturais, inspeção de plantas, retirada de ervas daninhas ou preparo de área para plantio.

Essa vivência traz diversos benefícios psicomotores:

Coordenação motora fina: manipular pequenos objetos ou plantas com as mãos, usando movimentos de pinça e precisão.

Coordenação motora grossa: agachar, levantar e deslocar-se pelo terreno.

Equilíbrio estático e dinâmico: manter estabilidade corporal enquanto se inclinam ou se movem no gramado.

Percepção tátil e sensorial: sentir texturas, temperaturas e umidades diferentes no solo e nas plantas.

Orientação espacial: identificar áreas de coleta ou limpeza e se mover de forma organizada.

Resistência física leve: manter posturas sustentadas e realizar movimentos repetitivos.

Além da parte motora, há benefícios cognitivos e socioemocionais como:

Atenção aos detalhes e paciência.

Respeito pela natureza.

Colaboração com colegas para um objetivo comum.



Essa ação traz vários benefícios psicomotores:

Coordenação motora fina: manipulação de cordas e nós, exigindo precisão e controle dos movimentos.

Coordenação motora grossa: transporte e posicionamento dos bambus, usando força e amplitude de movimento.

Orientação espacial: organização das peças no espaço para encaixar corretamente.

Planejamento motor: antecipar os movimentos para realizar amarras firmes e seguras.

Trabalho em equipe: sincronizar ações e movimentos com os colegas para alcançar um objetivo comum.

Força e resistência: manipular materiais pesados e manter esforço físico contínuo.


segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Atividade psicomotora que envolve o uso de bastões para conduzir um barril de plástico azul até a linha de “FINAL” marcada no chão com giz


Essa prática estimula coordenação motora global, trabalho em equipe, planejamento de movimentos e equilíbrio, além de desenvolver força e noção espacial.

Também favorece habilidades socioemocionais, como comunicação, cooperação e respeito às regras do jogo.

Atividade psicomotora com bastão e barril

Objetivo rápido: desenvolver coordenação global, percepção espacial, trabalho em equipe e controle postural.

Materiais: 1 barril plástico (vazio, limpo), 2–4 bastões por equipe (varas leves/plástico com pontas protegidas), giz/fita para marcação, apito, cones (opcional).

Tempo: 20–30 minutos (inclui aquecimento, explicação e 3–5 rodadas).

Preparação (antes de começar):

1- Verifique o piso (seco, sem buracos, antiderrapante).

2- Confirme que o barril está vazio e sem arestas cortantes.

3- Use bastões com pontas protegidas (touca de borracha ou fita).

4- Defina a linha de partida e a linha de FINAL com giz ou fita.

5- Explique regras de segurança e peça atenção ao apito.

Regras básicas (combine com o grupo):

Apenas os bastões podem tocar o barril (sem empurrões com mãos).

Se o barril cair fora do percurso, a equipe volta ao ponto marcado e recomeça.

Respeito ao colega e afastar-se do caminho enquanto outra equipe está em movimento.

Passo a passo (execução):

1- Aquecimento rápido (3–5 min): corrida leve no lugar, rotações de tronco, alongamento dos braços e pulsos.

2- Demonstrar: mostre como apoiar o bastão no barril (lembre: segurar com as duas mãos, empurrar/guia suave), como distribuir o peso do corpo para empurrar sem forçar a lombar.

3- Formar equipes: 3–6 pessoas por equipe (ou duplas para turmas pequenas). Combine a ordem dos participantes se for revezamento.

4- Posicionamento inicial: todos atrás da linha de partida; barril entre as linhas.

5- Sinal de partida: apito/“já!” — primeira equipe (ou primeira dupla) começa a guiar o barril usando os bastões.

6- Condução do barril: cada jogador usa o bastão para empurrar e orientar o barril; manter comunicação (“vai! esquerda! calma!”).

7- Chegada: quando o barril ultrapassar a linha de FINAL, apito para encerrar. Se for revezamento, a próxima pessoa só parte quando o anterior retornar e tocar a linha de partida.

8- Feedback imediato: após cada rodada, peça 30–60 segundos para o grupo comentar o que funcionou (comunicação, posicionamento) e uma dica de melhoria.

9- Repetir: faça 3–5 rodadas, variando tarefas (tempo, percurso com cones, desafio cooperativo).

10- Desaceleração e alongamento: 3–5 minutos de alongamentos e respiração.

11- Roda de reflexão: 3 perguntas rápidas — o que aprendi? Como nos comunicamos? O que podemos melhorar?

Variações e adaptações rápidas:

Competição por tempo: cada equipe tenta o melhor tempo; marcação com cronômetro.

Cooperativa: todas as equipes trabalham juntas para levar o barril a um ponto sem deixá-lo tocar o chão por mais de X segundos.

Obstáculo: inserir cones para contornar, exigindo maior precisão.

Adaptação para mobilidade reduzida: fixe uma corda no barril para que a pessoa em cadeira de rodas puxe; colegas guiam com bastões para segurança.

Crianças pequenas: usar um tambor menor ou caixa leve e bastões curtos.

Segurança e observação:

Supervisor adulto próximo durante toda a atividade.

Interromper se houver contato corporal perigoso ou sinal de desconforto.

Observe: postura ao empurrar, olhos na direção, comunicação entre pares, uso seguro do bastão.





domingo, 10 de agosto de 2025

Biomas e Ecossistemas da Holanda

Por Renata Bravo


Introdução

A Holanda é um país pequeno localizado na Europa Ocidental, conhecido por suas planícies, canais e pelo intenso uso humano da terra. Diferente do Brasil, que possui biomas amplos como a Amazônia e o Cerrado, a Holanda apresenta ecossistemas fragmentados relacionados ao clima temperado marítimo e à sua posição geográfica, marcada pela proximidade do Mar do Norte e pelo delta de grandes rios europeus.

Principais Biomas e Ecossistemas
1- Dunas costeiras

Localização: Faixa litorânea ao longo do Mar do Norte.

Função: Protegem o país contra inundações.

Vegetação: Gramíneas resistentes ao sal (ex.: Ammophila arenaria), plantas rasteiras e arbustos.

Fauna: Aves marinhas, coelhos, insetos polinizadores.

2- Polders e áreas agrícolas

Áreas conquistadas ao mar por meio de diques e drenagem.

Vegetação: Pastagens artificiais, batata, beterraba, tulipas e outras flores.

Fauna: Aves migratórias (gansos, patos) e pequenos mamíferos.

3- Florestas temperadas

Ocupam pequenas áreas, muitas reconstituídas ou plantadas.

Vegetação: Carvalhos (Quercus robur), faias (Fagus sylvatica), pinheiros.

Fauna: Raposas, veados, texugos, aves de bosque.

4- Charcos e áreas úmidas (wetlands)

Incluem o Parque Nacional De Weerribben-Wieden e zonas do IJsselmeer.

Vegetação: Juncos, lírios-d’água e plantas aquáticas.

Fauna: Lontras, castores, aves aquáticas, peixes de água doce.

5- Pastagens salinas e estuários

Localizadas no delta dos rios Reno, Mosa e Escalda.

Vegetação: Plantas halófitas (adaptadas ao sal).

Fauna: Grande diversidade de aves, crustáceos e peixes juvenis.

Características Gerais da Paisagem Holandesa

Paisagem costeira: Dunas, pântanos, turfeiras.

Interior: Campos, charnecas e bosques.

Relevo: Grande parte do território está abaixo do nível do mar.

Uso da terra: Mais de 50% do solo é agrícola, sendo 24% ocupado por pastagens.

Hidrografia: Localizada no delta de três grandes rios europeus, com risco constante de inundações.

Conclusão:

A Holanda apresenta biomas e ecossistemas que refletem a relação entre natureza e ação humana. As dunas, wetlands e estuários formam áreas de proteção natural, enquanto os polders e campos agrícolas mostram a forte intervenção do homem na paisagem. Essa combinação garante ao país não apenas riqueza natural, mas também destaque mundial na produção agrícola e na preservação ambiental.



sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Pintura coletiva na Educação Infantil é uma atividade riquíssima para estimular criatividade, socialização e coordenação motora, além de promover o trabalho em equipe

Atividade: Pintura Coletiva

Faixa etária: 3 a 6 anos

Objetivos pedagógicos:

Estimular a expressão artística e a criatividade.

Desenvolver coordenação motora ampla e fina.

Promover a cooperação e o respeito pelo trabalho do outro.

Trabalhar cores, formas e texturas.

Materiais:

Papel kraft ou cartolina grande (rolo ou folhas coladas para formar um painel).

Tintas guache atóxicas.

Pincéis, rolinhos, esponjas e carimbos.

Potes de água para limpeza de pincéis.

Aventais ou camisetas velhas para proteção da roupa.

Passo a passo:

1- Preparação do espaço: Estenda o papel no chão ou fixe-o na parede baixa, protegendo o entorno com jornal ou lona.

2- Apresentação: Explique que todos irão criar uma única obra juntos, respeitando e complementando as ideias uns dos outros.

3- Exploração livre: As crianças escolhem cores e materiais e começam a pintar.

4- Interação: Incentive-as a conversar sobre o que estão pintando, combinando cores e criando histórias.

5- Encerramento: Quando todos finalizarem, peça para que observem a pintura e contem o que veem, estimulando interpretação e linguagem oral.

Dicas de variação:

Escolher um tema (ex.: “A floresta dos animais” ou “O fundo do mar”).

Usar elementos naturais como folhas, galhos e flores para carimbar.

Trabalhar com música ambiente para inspirar a criação.

Aspecto pedagógico central:

A pintura coletiva promove cooperação, negociação de espaço e expressão artística sem competição, fortalecendo vínculos e estimulando respeito pela produção do outro.


Atividade: Pintura Coletiva

Faixa etária: 3 a 6 anos

Objetivos pedagógicos:

Estimular a expressão artística e a criatividade.

Desenvolver coordenação motora ampla e fina.

Incentivar a cooperação e o respeito ao trabalho coletivo.

Explorar cores, formas, texturas e composições.

Campos de Experiência – BNCC:

Traços, sons, cores e formas: Explorar diferentes formas de expressão artística e visual.

O eu, o outro e o nós: Desenvolver atitudes de respeito, cooperação e valorização do trabalho em grupo.

Corpo, gestos e movimentos: Ampliar as possibilidades de movimento na pintura e no uso de diferentes materiais.

Objetivos de aprendizagem – BNCC (EI03 – 5 anos):

(EI03CG05) Criar produções artísticas, explorando cores, formas, texturas e materiais.

(EI03EO02) Interagir e colaborar com os colegas em atividades coletivas.

(EI03TS01) Utilizar gestos e movimentos no manuseio de ferramentas artísticas.

Materiais:

Papel kraft ou cartolina grande (rolo ou folhas unidas formando um painel).

Tintas guache atóxicas.

Pincéis, rolinhos, esponjas, carimbos.

Potes de água e panos para limpeza.

Aventais ou camisetas velhas.

Desenvolvimento:

1- Preparação: Dispor o papel no chão ou parede baixa, protegendo o espaço.

2- Apresentação: Explicar que será criada uma única obra coletiva.

3- Criação livre: As crianças escolhem materiais e cores, pintando de forma colaborativa.

4. Interação: Incentivar conversas e combinações entre os participantes.

5- Socialização: Observar juntos a obra finalizada, comentando sobre o processo e o resultado.

Avaliação:

Participação ativa e envolvimento na atividade.

Respeito e cooperação no uso do espaço e materiais.

Capacidade de se expressar artisticamente com diferentes recursos.

Produto final: Painel coletivo para exposição na sala ou corredor da escola.

Pinturas faciais, além de divertidas, têm um potencial pedagógico muito rico quando realizadas com intencionalidade educativa

No contexto escolar ou de eventos educativos, elas podem envolver:

1- Desenvolvimento socioemocional

Expressão de identidade: A criança escolhe o que quer pintar (animal, flor, super-herói, personagem), o que reforça autoestima e senso de pertencimento.

Interação social: Estimula o diálogo, a troca de ideias e o respeito às escolhas dos colegas.

Imaginação e criatividade: A pintura desperta a fantasia e o faz de conta, essenciais para o desenvolvimento cognitivo.

2- Estímulo cognitivo e cultural

Aprendizagem temática: Se vinculada a um projeto (ex.: animais da floresta, flores da primavera, personagens folclóricos), a pintura se torna um gancho para ampliar o conhecimento.

Ampliação do repertório cultural: Conhecer símbolos, animais e elementos da natureza que podem ser representados.

3- Desenvolvimento motor

Coordenação motora fina: Ao participar da pintura (pintar colegas ou se pintar com supervisão), a criança pratica controle de movimentos.

Percepção visual e espacial: Reconhece formas, cores e posicionamento no rosto.

4- Inclusão e autoestima

Atividade adaptável para todas as idades e condições, podendo ser ajustada a necessidades especiais (cores, texturas, temas sensoriais).

Pode incluir elementos da cultura de cada criança, reforçando diversidade e respeito.

5- Possibilidades pedagógicas práticas

Roda de conversa antes e depois da pintura para contextualizar o tema.

Ligação interdisciplinar: Ciências (animais, plantas), Artes (cores e formas), Língua Portuguesa (contação de histórias com os personagens pintados), História e Cultura (lendas e símbolos).

Registro e reflexão: Fotografar e montar um painel ou livro ilustrado feito pelas próprias crianças.




Explorando o aspecto lúdico e pedagógico:

Faixa etária: 3 a 5 anos

Duração: 40 a 50 minutos

Área de conhecimento: Artes, Natureza e Sociedade, Linguagem Oral

Tema sugerido: "Animais e Flores do Jardim"

Objetivos de aprendizagem

Estimular a criatividade e a imaginação.

Desenvolver a expressão oral e corporal.

Trabalhar coordenação motora fina e percepção visual.

Favorecer socialização e respeito às diferenças.

Ampliar o repertório cultural e científico sobre a natureza.

Materiais:

Tintas faciais atóxicas e laváveis

Pincéis e esponjinhas

Espelhos pequenos

Cartazes ou imagens de referência (animais, flores, insetos)

Aventais ou camisetas velhas para proteção da roupa

Lenços umedecidos ou algodão e água para limpeza

Desenvolvimento:

1- Roda de conversa (10 min)

Mostrar imagens de animais e flores que poderão ser pintados.

Conversar sobre onde vivem, suas cores e características.

Perguntar qual cada criança gostaria de representar.

2- Escolha do desenho (5 min)

Cada criança escolhe seu tema e o professor anota para organizar a ordem.

As crianças podem ajudar a pintar colegas, com supervisão.

3- Pintura (20 min)

Realizar a pintura individualmente, sempre interagindo e nomeando cores e formas.

Mostrar no espelho para a criança acompanhar e se reconhecer.

4- Apresentação e dramatização (10 min)

Cada criança se apresenta: “Eu sou o leão...”, “Eu sou a flor vermelha...”.

Criar uma mini-história coletiva com todos os personagens.

Avaliação:

Observação da participação, envolvimento e respeito às escolhas dos colegas.

Percepção sobre reconhecimento de cores e vocabulário.

Registro fotográfico para portfólio da turma.

Adaptações inclusivas:

Para crianças com sensibilidade tátil, usar adesivos ou tiaras temáticas em vez de pintura.

Para crianças com TEA, apresentar passo a passo visual do que será feito.

Para alunos com baixa visão, trabalhar também texturas associadas ao tema.

Possível ampliação:

Montar um “Desfile da Natureza” com as pinturas faciais.

Criar um mural com fotos e desenhos das crianças caracterizadas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Atividades práticas de coordenação motora grossa em ambientes fechados - todas usando materiais simples e seguros

1- Caminhos de Fita (Primeira foto)

Objetivo: Desenvolver equilíbrio, agilidade e planejamento motor.

Faça caminhos retos, zigue-zagues e formas geométricas com fita adesiva colorida no chão.

A criança deve seguir cada trilha andando, correndo, pulando ou em um pé só.

2- Encaixe em Cone 

Objetivo: Trabalhar coordenação mão-olho e organização motora.

Cones com hastes verticais servem como “alvos” para empilhar argolas ou peças com buraco central.

A criança busca as peças no chão e as encaixa, estimulando deslocamento e controle dos braços.

3- Teia de Fita

Objetivo: Explorar deslocamentos variados e percepção espacial.

Um grande desenho no chão simulando uma teia de aranha, feito com fita adesiva.

Crianças podem caminhar pelos “raios” e “círculos” tentando não sair das linhas.

4- Caminho de Blocos

Objetivo: Aprimorar equilíbrio e força nas pernas.

Blocos de espuma ou madeira criam um “caminho elevado” que a criança deve percorrer.

Incentive andar devagar, alternar passos e mudar direção.

5- Alvo com Saco de Areia

Objetivo: Melhorar mira, força e coordenação global.

Sacos de areia ou almofadinhas para arremessar em alvos com formas geométricas espalhadas.

Pode incluir contagem de pontos para motivar.

6- Circuito de Equilíbrio e Rampas

Objetivo: Estimular força, equilíbrio dinâmico e lateralidade.

Placas como barras de equilíbrio, pequenos obstáculos para subir/descer ou engatinhar.

Inclua caminhos de círculos coloridos para a criança pisar em sequência.

7- Painel Sensorial de Pinos

Objetivo: Trabalhar alongamento, força de membros superiores e coordenação fina associada à grossa.

Pinos ou argolas coloridas fixas em parede. Criança precisa alcançar e encaixar objetos por cores ou padrões.

8- Túneis de Arcos Coloridos

Objetivo: Explorar deslocamento rastejante, força de braços e tronco.

Arcos criam túneis para as crianças engatinharem ou rastejarem por baixo.

Dicas gerais: 

- Use tapete ou piso emborrachado para evitar escorregões.

- Varie o ritmo: andar, correr, saltar.

- Combine ordens verbais para trabalhar compreensão auditiva e memória de trabalho.

- Sempre supervisione, especialmente em atividades de equilíbrio.


terça-feira, 5 de agosto de 2025

A importância da psicomotricidade na alfabetização

1- Projeto Pedagógico: “Corpo que Aprende”

Objetivo Geral:

Promover o desenvolvimento motor como base para a alfabetização significativa, integrando atividades psicomotoras ao currículo da Educação Infantil e 1º ano do Fundamental.

Eixos principais:

Psicomotricidade e alfabetização

Movimento como linguagem

Integração corpo–espaço–papel

Ações planejadas:

Rotina semanal com circuitos psicomotores

Parceria entre professores de Educação Física e alfabetizadores

Avaliação psicomotora inicial e ao final do semestre

Registros com fotos, relatos e portfólios

Participação das famílias em oficinas e jogos motores

2- Formação de Professores: “Antes da Letra, Vem o Corpo”

Objetivo:

Sensibilizar e capacitar professores para integrar atividades motoras ao processo de alfabetização.

Conteúdo programático:

Fundamentos da psicomotricidade

Corpo e cognição: lateralidade, orientação espacial, esquema corporal

Impactos da ausência de estimulação motora

Propostas práticas para sala e pátio

Metodologia:

Dinâmicas vivenciais (rolar, equilibrar, rastejar)

Estudo de casos e vídeos de práticas bem-sucedidas

Planejamento conjunto de atividades interdisciplinares

Duração:

6 horas presenciais (2 encontros de 3h)

3- Post para Redes Sociais

- Antes do lápis, vem o chão.

- Antes da letra, vem o corpo.

Criança que não corre, pula, rasteja e rola… pode até decorar letras, mas terá dificuldade em usá-las com fluidez.

O movimento organiza o pensamento.

Psicomotricidade não é luxo.

É pré-requisito da alfabetização.

- Incentive o brincar, o mover-se, o explorar.

- Vamos falar mais sobre isso?

4- Folder para Pais: “Corpo que Aprende”

Frente:

Você sabia?

Antes de aprender a escrever, a criança precisa se equilibrar, correr, rastejar e pular.

Esses movimentos ajudam a organizar o pensamento e facilitam a leitura e a escrita.

Verso:

Como ajudar seu filho?

Estimule brincadeiras ao ar livre

Deixe a criança subir, rolar, correr e explorar

Limite o tempo de tela

Brinque de pular amarelinha, fazer trilhas e circuitos simples

Respeite o tempo do corpo: cada fase tem seu ritmo

5- Texto para Reunião Pedagógica Interdisciplinar

Tema: Psicomotricidade como aliada da alfabetização

Trecho para leitura em grupo:

- "A sala de aula precisa da Educação Física para funcionar. A Psicomotricidade não é um luxo: é pré-requisito. E quando ela falta, o professor do 1º ano sente."

Pontos para discussão:

Que sinais indicam ausência de maturidade psicomotora?

Como planejar alfabetização com base no corpo?

Como Educação Física e alfabetização podem caminhar juntas?

Qual o papel da escola e da família nesse processo?

6- Atividades Práticas para Sala e Pátio

Educação Infantil e 1º ano

a) Circuito psicomotor:

Rolar no colchonete

Passar por baixo de cordas

Pular de argola em argola

Equilibrar-se em fita no chão

b) “Desenho gigante com o corpo”:

Rolo de papel pardo no chão

Crianças desenham com pincel ou giz usando os pés, depois com as duas mãos

Exploração do espaço e coordenação

c) “Dança das direções”:

Música tocando

Comandos: “gire para a direita”, “pule para trás”, “rasteje para frente” etc.

7- Plano de Aula Integrado (Educação Física + Alfabetização)

Tema: Lateralidade e letras

Objetivo: Trabalhar lateralidade e reconhecimento de letras em movimento.

Atividade:

Monte um circuito em que as crianças encontrem letras espalhadas pelo espaço.

Ao encontrar a letra, devem dizer com qual mão vão pegá-la (direita ou esquerda).

Depois, usam a letra para formar palavras em grupo.

Duração: 50 minutos

Avaliação: Observação do uso correto da lateralidade e associação letra–som

8- Versão Ilustrada para Crianças (livrinho ou cartaz)

Título: “Antes do Lápis, Vem o Chão!”

Texto (exemplo inicial):

- Eu gosto de correr no pátio,

De me arrastar como minhoca,

De pular como sapo,

E equilibrar como corda bamba!

- Cada vez que brinco assim,

Meu corpo aprende um pouquinho.

E depois, bem mais tranquilo,

Eu aprendo a ler tudinho!

Ilustrações sugeridas:

Crianças pulando corda, rolando no chão, desenhando letras com o corpo

9- Linguagem Acessível para Explicação às Famílias

Seu filho precisa brincar com o corpo para depois aprender a ler e escrever.

Isso não é atraso, é necessidade.

Correr, pular e se equilibrar ajudam a organizar o pensamento.

Quando a criança não passa por isso, ela pode ter mais dificuldade de segurar o lápis, de entender o que lê ou de escrever direitinho.

O movimento é o primeiro passo da alfabetização!