POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Carretel bobina de madeira transformado em tabuleiro gigante do jogo Ludo /Parqués

Tabuleiro gigante do jogo “Ludo” ou “Parqués”, com peões grandes e coloridos, ideal para crianças ou uso educativo. É uma excelente atividade educacional por vários motivos:

Motricidade fina e coordenação motora: movimentar os peões grandes desenvolve habilidades motoras em crianças pequenas.

Noções matemáticas: contar casas ao mover as peças ajuda a trabalhar contagem, sequência numérica e até noções iniciais de adição.

Socialização e regras: como é um jogo de turnos, ensina paciência, respeito à vez do outro e regras básicas de convivência.

Cores e formas: reforça identificação de cores e reconhecimento visual.

Resolução de problemas e estratégia: mesmo sendo simples, exige tomada de decisão e raciocínio para avançar ou bloquear adversários.

Truque pedagógico: essa mesa pode ser usada em salas de aula, espaços de recreação, educação infantil e até em ambientes de educação inclusiva, adaptando o tamanho das peças para crianças com dificuldades motoras.

Projeto Pedagógico Completo usando essa mesa-tabuleiro gigante de Ludo/Parqués como eixo central, pensado para Educação Infantil/primeiros anos do Ensino Fundamental, mas adaptável a outras idades ou necessidades inclusivas:

Tema do Projeto:

Brincar e Aprender com o Jogo Ludo Gigante

Duração:

2 a 4 semanas (ajuste conforme cronograma escolar)

Justificativa:

O brincar é essencial para o desenvolvimento infantil. Utilizar o jogo Ludo em formato gigante possibilita aprendizado lúdico, interação social, desenvolvimento motor e raciocínio lógico, além de trabalhar conceitos matemáticos de forma concreta.

Objetivos:

Desenvolver habilidades de contagem e sequência numérica.

Trabalhar identificação de cores.

Estimular a socialização, trabalho em equipe, respeito às regras e à vez do outro.

Exercitar a coordenação motora grossa e fina ao movimentar as peças.

Promover momentos de diversão que fortalecem vínculos entre as crianças.

Conteúdos:

Matemática: contagem, números, sequências, comparação (maior/menor).

Artes: reconhecimento e uso de cores.

Educação física: movimento, coordenação, equilíbrio.

Educação socioemocional: cooperação, empatia, frustração, paciência.

Metodologia:

Apresentação do jogo: explicar as regras do Ludo de forma simples, com demonstração prática.

Formação dos grupos: dividir as crianças em equipes de cores (azul, vermelho, verde, amarelo, etc.), promovendo diversidade entre os grupos.

Jogo cooperativo: ao invés de competição individual, estimular que cada equipe trabalhe em conjunto para avançar suas peças.

Registro coletivo: após as partidas, construir juntos um painel com registros de vitórias, cores favoritas, números sorteados, fotos ou desenhos do momento do jogo.

Roda de conversa: semanalmente, promover momentos para refletir sobre o que aprenderam, como se sentiram, como lidaram com ganhar ou perder.

Atividades complementares:

Jogos de sequência de cores com materiais diversos.

Pintura ou colagem de peões e tabuleiros em papel.

Histórias em que os personagens são as peças do jogo.

Criação de regras alternativas para estimular a criatividade.

Espaços e materiais:

A mesa-tabuleiro gigante.

Peões grandes e coloridos.

Dado grande de madeira ou espuma.

Cartazes, papéis coloridos, tintas, pincéis.

Câmera ou celular para registros.

Avaliação:

Observação do envolvimento, participação e desenvolvimento individual e coletivo das crianças.

Relatos orais nas rodas de conversa.

Produções artísticas relacionadas ao projeto.

Registro fotográfico das atividades para portfólio ou mural.

Inclusão:

Alunos com deficiência motora: adaptar peças com peões de fácil pegada ou movimentação assistida.

Alunos com TEA ou dificuldades de socialização: trabalhar em duplas para promover interação.

Alunos com baixa visão: usar peças com texturas ou cores contrastantes.

Envolvimento da família:

Convidar famílias para um “Dia do Jogo” para jogar com as crianças.

Enviar registros fotográficos ou pequenos relatos do progresso das crianças.

Culminância:

Realizar um Torneio de Ludo Gigante, com todas as turmas ou famílias convidadas, celebrando o aprendizado de forma divertida.

Sugestões de adaptações conforme a idade:

- Educação Infantil (3 a 5 anos)

Indicação principal!

Essa faixa etária se beneficia muito do projeto, pois está em fase de aquisição de conceitos básicos de cores, números e socialização.

Adaptação: Simplificar regras — por exemplo, jogar só para avançar as peças pelo caminho, sem regras de capturar adversários.

Enfoque: Motricidade, cores e contar até 6 (ou até o valor do dado usado).

- Ensino Fundamental I – 1º e 2º anos (6 a 8 anos)

Também é muito indicado.

As crianças já conseguem entender melhor as regras completas do Ludo tradicional, como capturar a peça do adversário, e trabalhar estratégias simples.

Adaptação: Introduzir registros das jogadas no quadro ou em fichas, incentivando escrita de números e pequenas palavras.

Enfoque: Contagem progressiva, comparação de resultados, trabalho em equipe.

- Ensino Fundamental I – 3º ao 5º anos (9 a 11 anos)

Pode ser usado de forma adaptada.

Nessa idade, o jogo se torna mais um recurso para trabalhar cooperação e estratégias avançadas do que habilidades motoras básicas.

Adaptação: Propor variações nas regras, como múltiplos dados, desafios matemáticos para mover as peças ou tempo limitado para pensar.

Enfoque: Raciocínio lógico, planejamento estratégico, cálculos simples e competitividade saudável.

- Inclusão de outras faixas etárias:

Educação especial ou pessoas com deficiência: altamente recomendado para qualquer idade, pois o formato grande e visual facilita a participação.

Terceira idade: excelente para oficinas intergeracionais, estimulando memória, coordenação e socialização entre avós e netos.

Resumo:

Faixa etária ideal: 3 a 8 anos.

Adaptável até 11 anos com ajustes nas regras.

Também recomendado em contextos inclusivos ou intergeracionais.

Steel drum - reciclagem, som e criatividade




Meu Tamborzinho Caribenho

Faixa etária: 4 a 6 anos

Duração: 40 a 50 minutos

Campos de experiência (BNCC):

Traços, sons, cores e formas

Escuta, fala, pensamento e imaginação

O eu, o outro e o nós

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

Objetivos:

Explorar sons produzidos com materiais recicláveis.

Estimular a coordenação motora ao bater nos instrumentos.

Promover a consciência ambiental ao reutilizar objetos.

Vivenciar ritmos caribenhos de forma divertida e inclusiva.

Materiais:

Latas metálicas (leite em pó, achocolatado etc.) com bordas protegidas com fita

Colheres de pau ou baquetas com ponta de EVA

Tintas guache, pincéis, lantejoulas, fitas coloridas, cola

Adesivos com símbolos musicais e carinhas felizes

Músicas caribenhas ou gravações de steel drum para escuta.

Etapas:

1- Roda de conversa (10 min)

Fale sobre Trinidad e Tobago (com imagens).

Mostre vídeos curtos de steel drum sendo tocado.

Pergunte: “Como seria fazer música com latas?”

2- Construção do instrumento (15 min)

Cada criança escolhe uma lata.

Elas decoram com tinta, fitas e adesivos.

O adulto ajuda a colar o EVA nas pontas das baquetas.

3- Exploração sonora (10 min)

Bater suavemente e experimentar os sons.

Descobrir onde a lata “soa mais grave ou aguda”.

Repetir padrões simples de batida com o professor.

4- Brincadeira musical (10 min)

Tocar junto com uma música caribenha.

Fazer “desfile de tambores” pela sala ou pátio.

Propor sequências de batida: forte/fraco, rápido/devagar.

Adaptação para inclusão:

Para crianças com deficiência visual: usar sons e texturas táteis na decoração.

Para crianças com deficiência motora: adaptar o tamanho das baquetas e apoio de fixação na lata.

Para crianças com TEA: oferecer fones abafadores e permitir exploração individual antes da roda.

Avaliação:

Participação nas etapas.

Exploração criativa do som.

Interação com colegas na roda musical.

Aprender música brincando

Musicalização é o processo de desenvolvimento da sensibilidade musical de uma pessoa, por meio de experiências com sons, ritmos, melodias e movimentos corporais, geralmente de forma lúdica e educativa.

Em palavras simples:

É aprender música brincando, ouvindo, cantando, tocando e se movimentando, sem necessariamente estudar teoria musical formal logo no início.

O que a musicalização desenvolve:

Percepção auditiva

Coordenação motora

Expressão corporal e emocional

Concentração e memória

Criatividade e socialização

Para crianças:

A musicalização ajuda no desenvolvimento global, alfabetização, linguagem e convivência. Ex: bater palmas, reconhecer sons, cantar em grupo, explorar instrumentos.

Para idosos:

Ajuda na estimulação cognitiva, memória afetiva, movimentação corporal e bem-estar emocional.

Em contextos inclusivos:

Favorece a comunicação, autonomia e integração de pessoas com deficiência ou com necessidades específicas.


 “Musicalização” para diferentes públicos:

Para crianças (definição lúdica):

- Musicalização é aprender com a música de forma divertida!
A gente bate palmas, canta, toca instrumentos e dança. Assim, o corpo, o ouvido e o coração aprendem juntos!

Para pais e responsáveis:

- Musicalização infantil é um processo educativo que estimula o desenvolvimento da criança por meio da música.
Ajuda na fala, na coordenação, no raciocínio, na atenção e no convívio com os outros — tudo com alegria e brincadeiras sonoras.

Para terceira idade (acolhedora e motivadora):

- Musicalizar-se é se reconectar com a vida através dos sons.
Cantar, ouvir músicas e experimentar ritmos ativa a memória, o movimento e as emoções, trazendo bem-estar e novas alegrias.

Para contexto inclusivo (acessível e sensível):

- Musicalização é uma forma de se expressar e se comunicar com o mundo através de sons, ritmos e movimentos.
Cada pessoa pode participar com o corpo que tem, do seu jeito, sentindo o prazer de criar e ouvir música.

Para professores e educadores (definição pedagógica):

- Musicalização é o processo de introdução ao universo musical, por meio da escuta ativa, experimentação rítmica, melódica e corporal.
Ela não visa formar músicos profissionais, mas desenvolver a sensibilidade, expressão e cognição através da linguagem musical.

Tribo musical

Grupo Escoteiro (ex: Lobinhos de 6 a 10 anos)


Adaptações de oficinas de musicalização:

Integração com o tema: “Guardas da Floresta” ou “Tribo Musical”.

Incluir desafio: criar maracas sustentáveis com o menor impacto possível.

Propor jogos musicais por patrulha (ex: “Desafio do Ritmo”, “Siga o Mestre” com maracas).

Incluir trilha sonora de acampamento ou hinos escoteiros com ritmo.

Criar música original do grupo com o uso das maracas recicladas.

Destaques do Projeto Musical:

Participação ativa em todas as etapas.

Envolvimento com símbolos, distintivos e espírito de grupo.

Finalizar com um “Concerto Verde Escoteiro” ao ar livre.

Oficina de bongôs

Tema: Música e Sustentabilidade
Público: Educação Infantil, Fundamental I ou oficinas comunitárias
Duração: 1h30
Objetivo: Construir instrumentos musicais tipo bongô usando materiais recicláveis, desenvolvendo ritmo, coordenação e consciência ambiental.

Materiais necessários (para cada par de bongôs):

2 latas de alumínio ou potes plásticos (tipo achocolatado, leite em pó ou Pringles)

Balões (2 unidades grandes)

Elásticos grossos (2 unidades)

Fita adesiva colorida ou washi tape

Tinta acrílica, pincéis, cola e enfeites (papel colorido, lantejoulas, botões, etc.)

Tesoura (com supervisão)

Base de papelão ou EVA para unir os dois “tambores”

Passo a passo:

1- Limpeza: Limpe bem os potes ou latas.

2- Corte dos balões: Corte o bico dos balões e estique cada um sobre a abertura do pote/lata.

3- Fixação: Prenda com o elástico bem firme. Pode reforçar com fita adesiva.

4- Unir os dois tambores: Cole-os lado a lado numa base de papelão, formando o formato do bongô.

5- Decoração: Deixe as crianças personalizarem com tintas e materiais coloridos.

6- Teste sonoro: Toque com as mãos e experimente diferentes ritmos!

Adaptações para inclusão:

Crianças com baixa mobilidade: podem decorar com adesivos e pedir ajuda para colar os balões.

Deficiência visual: use materiais com texturas diferentes (tecidos, EVA, barbante grosso).

Autismo: ofereça fones abafadores se o som incomodar e trabalhe com antecipação e rotina visual.

Coordenação motora limitada: use latas maiores e balões mais elásticos para facilitar.

Atividade complementar:

Roda de música: cada criança experimenta um ritmo.

Batida guiada: um adulto faz batidas simples e as crianças repetem.

História sonora: contar uma pequena história onde as batidas do bongô acompanham os momentos (chuva, passos, trovões…).


 Claro! Abaixo está o plano de aula completo para trabalhar a construção de bongôs reciclados com foco em Educação Infantil ou Anos Iniciais do Ensino Fundamental, dentro de uma abordagem interdisciplinar (Música, Arte e Meio Ambiente), com sugestões para inclusão:

Criando Bongôs Reciclados

Faixa etária: 5 a 9 anos
Duração: 2 encontros de 50 minutos (adaptável)
Áreas do conhecimento: Arte, Música, Sustentabilidade (Educação Ambiental)
Tema: Sons do mundo – Reciclando para criar instrumentos

Objetivos de aprendizagem:

Reconhecer o som como forma de expressão e comunicação.

Desenvolver habilidades motoras e criatividade na construção de instrumentos musicais.

Compreender a importância da reciclagem e do reaproveitamento de materiais.

Estimular a participação em atividades coletivas com respeito à diversidade.

Conteúdos:

Sons corporais e objetos sonoros

Ritmo e batida (exploração musical)

Reciclagem e reaproveitamento de materiais

Expressão artística por meio da decoração do instrumento

Materiais:

Latas ou potes plásticos (2 por aluno)

Balões grandes (2 por aluno)

Elásticos e fitas adesivas

Tintas, pincéis, tecidos, lantejoulas, papel colorido

Cola, tesoura sem ponta, base de papelão ou EVA

Etapas da aula:

1º Momento: Explorando sons (20 min)

Roda de conversa: Quais sons conhecemos? Podemos fazer música com o corpo? E com objetos?

Atividade prática: Sons com palmas, estalos, batidas na mesa, copos vazios.

Mostre um bongô real (ou vídeo) e fale sobre a origem (África/Caribe) e como se toca.

2º Momento: Construindo o bongô (30 min)

Demonstre o passo a passo (cobrindo o pote com balão e elástico).

Ajude as crianças a montarem seus instrumentos.

Decoração livre com materiais artísticos.

3º Momento: Tocando e brincando (30 min)

Experimentação sonora com os bongôs feitos.

Jogos de ritmo: "Repita o som", "Eco do professor", batidas diferentes.

Atividade lúdica: Contar uma história e usar os bongôs para representar sons (chuva, passos, tambores da floresta…).

4º Momento: Reflexão e cuidados (20 min)

Conversa sobre a importância da reciclagem.

Como cuidar do instrumento feito?

Exposição na escola ou apresentação musical simples.

Adaptações para inclusão:

Balões pré-cortados e latas pré-decoradas para alunos com dificuldades motoras.

Alunos com TEA: usar fones, manter previsibilidade, oferecer um canto tranquilo.

Alunos com deficiência visual: trabalhar com materiais táteis na decoração.

Valorização da participação de cada aluno no processo, mesmo que parcial.

Avaliação formativa:

Participação ativa nas etapas da construção e exploração musical.

Interação com os colegas e respeito à diversidade.

Expressão criativa na decoração e na produção sonora.

Compreensão da proposta de reaproveitamento de materiais.

Sugestão de registro:

Fotos do processo e dos bongôs prontos.

Relato descritivo individual do educador sobre a participação de cada aluno.

Produção coletiva de cartaz: "Fizemos música com o lixo!"


Criando Bongôs Reciclados para três contextos distintos:

1- Terceira Idade – Oficina Terapêutica de Percussão Reciclada

Objetivo: Estimular coordenação motora, expressão artística e socialização através da construção e uso de bongôs feitos com materiais recicláveis.

Enfoque:

Estímulo cognitivo e motor

Convivência e memória afetiva (sons da infância, músicas populares)

Valorização da sustentabilidade e criatividade

Adaptações:

Usar potes maiores (mais fáceis de manusear)

Substituir balões por tecido esticado ou papel pardo grosso com cola e fita

Propor músicas conhecidas da época da juventude do grupo para tocar junto

Estimular histórias sobre sons e memórias musicais

Estratégias:

Mesa de apoio para facilitar a montagem

Auxílio para cortes e montagem quando necessário

Dinâmicas em duplas para promover interação

2- Educação Inclusiva – Aprendendo com o Ritmo Sustentável

Objetivo: Proporcionar uma experiência sensorial e criativa acessível a diferentes perfis de aprendizagem, com foco em ritmo, colaboração e expressão.

Adaptações por tipo de necessidade:

Deficiência visual: Decorar os bongôs com materiais texturizados (EVA, barbante, botões), usar som de voz para guiar a batida.

Deficiência auditiva: Instruções visuais, sinalização, e uso de vibração e ritmo visual para acompanhar batidas.

Deficiência física: Oferecer suporte para segurar os materiais; instrumento pré-montado para decoração.

TEA (Transtorno do Espectro Autista): Antecipação da atividade com imagens, tempo para adaptação, espaço silencioso.

Estratégias:

Atividades em pequenos grupos com mediação

Valorizar a participação, não o resultado final

Roda de expressão livre com os instrumentos feitos

3- Educação Não Formal – Oficina Comunitária "Batuque Sustentável"

Local: ONG, centro cultural, abrigo, comunidade
Faixa etária: Livre (crianças, jovens, adultos podem participar juntos)
Objetivo: Promover convivência, arte e consciência ambiental usando a construção de instrumentos musicais com materiais recicláveis.

Metodologia:

Início com bate-papo: "Você já fez som com um objeto em casa?"

Demonstração do passo a passo

Trabalho em grupo (duplas, famílias ou equipes misturadas)

Apresentação final: "Sarau de sons reciclados" ou roda de batucada

Valores e competências desenvolvidas:

Cooperação intergeracional

Respeito à diversidade

Criatividade com baixo custo

Protagonismo cultural

Congas recicladas

Congas recicladas são instrumentos musicais do tipo percussão, feitos a partir de materiais reutilizados, como tambores usados, latas grandes, baldes, tubos de PVC ou galões plásticos. É uma alternativa sustentável e educativa para construir instrumentos de forma artesanal, especialmente em projetos escolares ou oficinas culturais.

Como fazer Congas recicladas (passo a passo simples):

Materiais sugeridos:

1 galão de água ou balde plástico resistente (tipo de tinta ou massa corrida)

Câmera de pneu de bicicleta ou couro sintético (para a pele)

Elástico grosso, cordas ou fita adesiva resistente

Tesoura ou estilete (uso com supervisão adulta)

Tinta e pincéis (para decorar)

Opcional: base de madeira ou suporte com pés

Montagem:

1- Limpe o recipiente escolhido e remova rótulos ou resíduos.

2- Corte a câmera de pneu em um círculo maior que a boca do balde/galão.

3- Estique a pele sobre a boca do recipiente.

4- Prenda bem firme com corda, fita adesiva ou elástico largo.

5- Ajuste a tensão para que o som fique mais grave ou agudo.

6- Decore à vontade! Use tintas, colagens ou tecidos coloridos.

Usos pedagógicos:

Aulas de música (ritmo, som grave/agudo)

Projetos de educação ambiental e sustentabilidade

Atividades culturais afro-brasileiras e caribenhas

Oficinas de artes e construção de instrumentos

Dica:

Você pode montar um conjunto completo com:

Congas (baldes grandes)

Bongôs (potinhos de sorvete colados lado a lado)

Agogôs (latas de refrigerante)

Reco-reco (garrafas PET com canudo e palito)

Oficina Temática com Congas Recicladas, ideal para crianças, adolescentes ou até adultos, em contextos escolares, culturais ou comunitários.

Oficina Temática: Ritmos e Sustentabilidade com Congas Recicladas

Objetivo Geral:

Construir instrumentos musicais de percussão (congas) com materiais recicláveis, explorando ritmos populares e valorizando a consciência ambiental e a cultura afro-latino-americana.

Duração total:

2 encontros de 1h30 ou 1 encontro de 3h com pausas.

 Público-alvo:

Crianças a partir de 8 anos

Adolescentes

Grupos comunitários ou escolares

Conteúdos abordados:

Educação ambiental (reaproveitamento de materiais)

Ritmo e percussão corporal

Cultura afro-brasileira e caribenha

Criatividade e expressão artística

Etapas da Oficina:

1- Acolhida e Introdução (15 min)

Roda de conversa: o que é uma conga?

Mostra de vídeos curtos com ritmos afro-latinos

Fala breve sobre reciclagem e reaproveitamento

2- Construção das Congas Recicladas (50 min)

Materiais: baldes ou galões, câmaras de pneu/couro ecológico, cordas, elásticos, fitas, tintas.

Passo a passo guiado (veja acima)

Pintura e personalização dos instrumentos

3- Ritmos e Experimentação (40 min)

Atividades de percussão corporal e escuta rítmica

Exploração dos sons produzidos pelas congas

Ensaios simples de ritmos básicos (samba-reggae, maracatu, guaguancó caribenho)

4- Apresentação ou Roda de Ritmos (20 min)

Grupo toca junto um ritmo simples aprendido

Possível integração com outros instrumentos reciclados (agogô, chocalhos)

Compartilhamento das criações e impressões

5- Encerramento e Reflexão (15 min)

O que aprendemos?

Como podemos reutilizar mais no dia a dia?

Fotos e exposição dos instrumentos (opcional)

Materiais necessários:

Baldes plásticos ou galões de água

Câmaras de ar de bicicleta (ou couro sintético)

Cordas, elásticos ou fitas adesivas largas

Tesouras (com supervisão), pincéis, tintas, panos

Áudio com batidas para prática (pode ser celular e caixa de som)

Sugestão de título para o projeto:

"Batucando com Consciência: Ritmo, Cultura e Reciclagem"

Adaptação para Inclusão, ideal para escolas, centros culturais ou instituições sociais.

Batucando com Consciência: Ritmo, Cultura e Reciclagem

Público-alvo:

Crianças e adolescentes (8 a 14 anos)

Com inclusão de participantes com deficiência intelectual, física ou sensorial leve a moderada

Objetivos Gerais:

Desenvolver a consciência ambiental por meio da reutilização de materiais.

Estimular a coordenação motora, o ritmo e a expressão musical.

Promover o respeito à diversidade e a inclusão através da arte colaborativa.

Valorizar culturas afro-brasileiras e caribenhas.

Objetivos Específicos:

Identificar sons e ritmos corporais e com instrumentos reciclados.

Construir congas com materiais reutilizados de forma segura e criativa.

Tocar coletivamente um ritmo simples com apoio de sinais visuais e sonoros.

Trabalhar a escuta, o respeito ao tempo do outro e o trabalho em grupo.

Duração:

3h no total, divididas assim:

30 min — acolhida e sensibilização

1h — construção dos instrumentos

1h — prática musical e roda de ritmo

30 min — apresentação, conversa final e fotos

Etapas com Adaptações para Inclusão:

1- Acolhida e Sensibilização (30 min)

Atividade: Roda de conversa + Jogo de escuta rítmica

Adaptações:

Imagens de congas reais e recicladas para apoio visual

Tapete com espaço livre para cadeiras de rodas

Palavras-chave em Libras (com apoio de intérprete, se houver)

Toques leves nos ombros ou palmas para sinalizar transições (surdez)

2- Construção das Congas (1h)

Atividade: Cada participante monta e decora sua conga reciclada

Adaptações:

Tesouras adaptadas com mola para baixa motricidade

Uso de fita dupla face ao invés de nós, se necessário

Auxílio de monitores ou pares para etapas mais difíceis

Decoração com adesivos grandes e carimbos (para baixa visão ou motricidade reduzida)

3- Prática Musical e Roda de Ritmo (1h)

Atividade: Tocar ritmo guiado com sinal visual e sonoro

Ritmos sugeridos: batidas simples (ex: 1 – pausa – 1 2)

Adaptações:

Sinais visuais com plaquinhas coloridas (verde = tocar, vermelho = pausa)

Uso de metrônomo visual no celular/tablet (pisca ou vibração)

Integração de percussão corporal para quem não conseguir tocar a conga

Apoio de educador para manter o ritmo próximo à criança com deficiência intelectual

4- Apresentação e Encerramento (30 min)

Atividade: Roda musical com apresentação livre e fala dos participantes

Adaptações:

Participação simbólica (como bater um sino ou gritar um som no fim do ritmo)

Apoio com tablet ou placas para quem usa comunicação alternativa

Espaço acessível para familiares ou cuidadores assistirem

Recursos e Materiais:

Materiais recicláveis:

Baldes, galões, potes plásticos

Câmaras de pneu (ou papelão rígido e fita)

Cordas, elásticos, fita larga

Tintas, pincéis, adesivos, carimbos

Materiais de apoio:

Tapete ou lona no chão

Metrônomo visual ou app musical com batidas

Cartazes com ritmo colorido 

Intérprete de Libras (se possível)

Fichas com instruções em pictogramas (para TEA e DI)

Avaliação formativa:

Participação ativa na construção

Engajamento nas atividades rítmicas

Respeito e colaboração entre colegas

Expressão individual por meio da arte e do som




Timbal

 

O timbal é um instrumento de percussão que carrega uma rica história ligada principalmente à música afro-cubana, brasileira e caribenha. Ele é bastante usado em gêneros como o axé, a música baiana e a salsa. Veja um resumo da história e evolução do timbal:

Origem e Evolução do Timbal

- Raízes Africanas

O timbal tem suas origens nas tradições percussivas africanas, especialmente em tambores usados em cerimônias religiosas e sociais.

Durante o período da escravidão, muitos desses instrumentos foram trazidos para as Américas, influenciando a música de países como Cuba e Brasil.

- Influência Afro-Cubana

Em Cuba, surgiu o timbal cubano (ou timbales), que é diferente do timbal brasileiro. Ele é composto por dois tambores metálicos usados na música latina, como salsa e mambo.

Os timbales são tocados com baquetas e têm um som metálico, marcante.

- Timbal Brasileiro

O timbal brasileiro surgiu na Bahia nos anos 1980, popularizado por músicos do movimento axé music, como Carlinhos Brown e o grupo Timbalada.

Ele é feito de metal, madeira ou fibra, com formato cônico e som forte, ideal para tocar em pé com as mãos.

Muito usado em blocos afro, como Ilê Aiyê e Olodum.

- Características do Timbal Brasileiro

Formato: cônico, semelhante a um cone invertido.

Material: alumínio, madeira ou fibra.

Tocabilidade: tocado com as mãos, em pé.

Sons: graves potentes no centro e agudos estalados nas bordas.

- Importância Cultural

O timbal é símbolo da força da cultura afro-brasileira.

É um dos instrumentos mais expressivos da música percussiva do Brasil.

Tem papel central em festas populares como o Carnaval de Salvador.

Cultura afro-brasileira, música ou movimento corporal

Batucando com o Timbal

Objetivo Geral:

Estimular a percepção musical, a coordenação motora e o respeito à diversidade cultural por meio da experimentação do timbal e ritmos afro-brasileiros.

- Objetivos Específicos

Reconhecer o som e a forma do timbal.

Desenvolver ritmo e noção de tempo.

Valorizar a cultura afro-brasileira.

Trabalhar em grupo e respeitar turnos.

Duração:

40 a 50 minutos

Público-alvo:

Crianças de 4 a 8 anos (adaptável)

Áreas envolvidas:

Música

Artes

Educação Física

História/Cultura afro-brasileira

Materiais:

1 timbal (real ou improvisado com balde/plástico duro)

Instrumentos alternativos: latas, potes, tambores artesanais

Imagens ou vídeos curtos de blocos afro (ex: Timbalada, Olodum)

Tinta guache, pincéis (opcional para decorar instrumentos)

Cartaz com a palavra: TIMBAL

Etapas da Atividade:

1- Roda de conversa (10 min)

Apresente o timbal: forma, som e história breve (com imagens ou som).

Mostre o uso no Carnaval da Bahia e em blocos afro.

Pergunte: Você já viu ou ouviu um instrumento assim? Como acha que se toca?

2- Experiência sonora (10 min)

Mostre diferentes batidas com as mãos.

Deixe cada criança experimentar tocar com as mãos (individualmente ou em pequenos grupos).

Dê nomes criativos aos sons: “batida do trovão”, “chuva leve”, “passo de formiga” etc.

3- Jogo do ritmo (15 min)

Professor bate um ritmo e os alunos repetem (jogo do "Eco musical").

Varie: lento/rápido, forte/fraco.

Pode-se fazer em duplas: um "comanda" e o outro imita.

4- Criação coletiva (10 min)

Formem uma “batucada mirim”.

Escolham um nome para o grupo (ex: "Timbaleiros da Alegria").

Criem juntos um pequeno ritmo (pode repetir 3 batidas simples).

Toquem juntos, com instrumentos reais ou alternativos.

- Adaptações para Inclusão

Uso de instrumentos leves e acessíveis.

Crianças com deficiência auditiva podem sentir as vibrações ou acompanhar por sinais visuais.

Crianças com mobilidade reduzida podem usar baquetas, caso tenham dificuldade com as mãos.

Sugestão de Avaliação:

Participação ativa nas atividades.

Capacidade de escutar e repetir os ritmos.

Curiosidade e respeito à diversidade musical e cultural.

Extensão artística (opcional):

Peça para as crianças decorarem seus "timbais" artesanais.

Monte uma exposição ou apresente a batucada final para outra turma.

Batucando com o Timbal

Sugestões para adolescentes (Ensino Fundamental II e Médio) e outra para a terceira idade. Também incluí uma sugestão de versão intergeracional.

Versão 1 - Oficina com Adolescentes (11 a 17 anos)

Objetivos:

Desenvolver noções de ritmo, improvisação e trabalho em grupo.

Conhecer o timbal como símbolo da cultura afro-brasileira.

Estimular expressão corporal, criatividade e consciência cultural.

Duração:

1h a 1h30

Etapas:

1- Introdução Cultural

Apresentar vídeo curto de um bloco afro (Timbalada, Ilê Aiyê ou Olodum).

Falar sobre o papel do timbal na resistência e identidade cultural afro-brasileira.

Debate rápido: Por que a música é uma forma de resistência?

2- Vivência com o Timbal

Demonstração de sons básicos no timbal.

Revezamento para que todos experimentem o instrumento.

Utilização de instrumentos alternativos (baldes, latas, tambores artesanais).

3- Desafio de Ritmo

Dividir em grupos pequenos.

Cada grupo cria uma sequência rítmica curta (4 a 6 compassos).

Apresentação entre grupos com feedback colaborativo.

4- Composição Coletiva

Criar uma batucada coletiva com base em temas como: identidade, força, natureza, ancestralidade.

Inserir palmas, voz ou corpo no ritmo.

5- Fechamento

Roda de conversa: O que aprendi com o som do timbal?

Registro da experiência (desenho, texto, poesia ou vídeo).

Versão 2 - Oficina para a Terceira Idade

Objetivos:

Estimular a coordenação motora, memória rítmica e expressão cultural.

Favorecer interação social e autoestima por meio da música.

Duração:

45 a 60 minutos

Etapas:

1- Roda de Memória Musical

Compartilhar músicas de Carnaval ou blocos afro que conheçam.

Mostrar o timbal e seu som. Relacionar com experiências vividas.

2- Batucada com as mãos

Cada participante improvisa com um instrumento leve (tambor, almofada, mesa).

Sequências simples: 3 batidas, pausa, 3 batidas…

3- Corpo que toca

Estímulo à percussão corporal: palmas, batidas leves nas pernas, pés.

Combinações lúdicas com ritmos familiares.

4- Momento Coletivo

Todos tocam juntos uma sequência simples. Pode usar marchinha conhecida.

Cantar juntos, se possível, para integrar mais sentidos.

5- Relaxamento

Encerrar com música suave (instrumental de atabaques ou timbal).

Alongamentos leves e respiração.

Versão 3 - Oficina Intergeracional (crianças, jovens e idosos juntos)

Tema: "Nossos Ritmos, Nossas Raízes"

Dinâmica principal:

1- Grupos mistos com integrantes de diferentes idades.

2- Cada grupo cria um ritmo simples inspirado em uma história ou memória de um dos participantes mais velhos.

3- Apresentação dos ritmos com narração da memória associada.

4- Encerramento com grande roda de batucada coletiva.

A receita da música caribenha e o que a torna tão animada

O ritmo da música caribenha é animado por vários motivos culturais, históricos e musicais. 

Veja por que isso acontece:

1- Origem Africana e Indígena

Muitos ritmos caribenhos, como salsa, merengue, soca, calipso e reggaeton, têm raízes na música africana, que valoriza batidas fortes, sincopadas e dançantes.

A influência indígena e europeia também trouxe instrumentos e estruturas musicais que se fundiram com os ritmos africanos, criando uma mistura rica e energética.

2- Uso de Instrumentos Percussivos

Tambores, bongôs, congas, timbales, maracas, steel drums e outros instrumentos percussivos são comuns na música caribenha.

Esses instrumentos criam batidas rápidas e contagiantes, que dão vontade de dançar.

3- Cultura de Festa

A música caribenha está ligada a festas populares, como Carnaval, festivais de rua e celebrações religiosas.

O objetivo é animar, celebrar, dançar - por isso, o ritmo tende a ser alegre, acelerado e envolvente.

4- Clima e estilo de vida

O clima tropical influencia um estilo de vida mais leve e extrovertido, que se reflete na música.

É comum ouvir essas músicas em praias, bares e festas ao ar livre, o que favorece ritmos vibrantes.

5- Mistura de culturas

A região do Caribe recebeu influências da África, Europa, América Latina e Índia. Essa diversidade resultou em ritmos únicos, como a salsa cubana, o reggae jamaicano e o zouk da Martinica, todos com muito movimento.

Contando as cores

Atividade inclusiva e interdisciplinar para a Educação Infantil, com foco em matemática, coordenação motora, percepção visual, cores e contagem. Ela também favorece a inclusão de crianças com diferentes estilos de aprendizagem e necessidades especiais

Contando com as Cores

Faixa etária: 4 a 6 anos

Áreas envolvidas: Matemática, Artes, Psicomotricidade, Educação Especial

Duração: 30 a 40 minutos

Objetivos:

Desenvolver a contagem e o reconhecimento dos números de 1 a 10.

Estimular a coordenação motora fina e a percepção tátil-visual.

Reconhecer cores e fazer correspondência entre quantidade e numeral.

Promover inclusão com uso de materiais acessíveis e manipuláveis.

Materiais:

Papelão ou EVA (base e tiras)

Cordões ou barbantes

Miçangas ou contas coloridas (preferencialmente grandes)

Canetão para marcar os números

Cola quente ou fita adesiva

Alternativas táteis: contas com texturas diferentes (para cegos/baixa visão)

Alternativas sonoras: miçangas com guizos (para estimular auditivamente)

Desenvolvimento da Atividade:

1- Apresente a base com as casas numeradas de 1 a 10.

2- Cada tira de papelão (com contas coloridas) corresponde a um número.

3- A criança deve contar as bolinhas e associar com o número correspondente na base.

4- Incentive a nomeação das cores e a percepção tátil, quando possível.

5- Proponha desafios orais:

“Qual tira tem 6 bolinhas?”

“Coloque a tira com 4 contas azuis na casa certa.”

“Quantas contas vermelhas você vê?”

Adaptações para Inclusão:

Baixa visão ou cegueira: use contas com diferentes texturas e tamanhos; numerais em braille ou em relevo.

Deficiência intelectual: ofereça apoio visual com cartões coloridos e faça a contagem junto verbalmente.

Autismo: utilize sequência previsível, cores favoritas e tempo extra.

Surdez: inclua sinais em Libras para números e cores.

Motora: permita apoio ou uso de adaptadores para segurar as tiras.

Conteúdos Trabalhados:

Quantidade e numeral

Cores primárias e secundárias

Coordenação olho-mão

Inclusão e respeito às diferenças

Avaliação:

Observação direta da participação e tentativa de associação correta

Capacidade de contar e identificar cores

Envolvimento no processo de experimentação

Contando com as Cores

Etapa: Educação Infantil (4 a 6 anos)

Duração: 1 aula de 40 minutos

Campos de experiência (BNCC):

Traços, sons, cores e formas

Corpo, gestos e movimentos

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

O eu, o outro e o nós

Objetivos de Aprendizagem:

Contar e associar quantidades aos numerais de 1 a 10

Identificar e nomear cores

Desenvolver coordenação motora fina e visual

Explorar diferentes formas de percepção (visual, tátil, auditiva)

Promover inclusão e participação de todas as crianças

Materiais Necessários:

Base de papelão com casas numeradas de 1 a 10

Tiras de papelão com contas coloridas (quantidades de 1 a 10)

Cordão ou barbante

Caneta preta para numerar

Miçangas grandes ou bolas coloridas

Fita dupla face ou cola quente

Materiais táteis alternativos: contas texturizadas, tecido, papel bolha

Sinais em Libras dos números impressos (ou vídeos)

Sistema braille ou numerais em alto-relevo (opcional)

Desenvolvimento da Aula:

1- Roda de Conversa Inicial (10 min)

Apresente os materiais e explore oralmente: “O que vemos aqui? Que cores temos? Para que servem essas bolinhas?”

Mostre as tiras com contas e a base de encaixe.

Incentive a contagem oral coletiva de 1 a 10, usando o corpo (palmas, passos, pulos).

2- Momento de Experimentação (20 min)

Distribua as tiras com contas entre as crianças.

Oriente a contagem individual e o encaixe da tira no número correspondente da base.

Estimule a verbalização: “Essa tem 3 contas, então vai no número 3!”

Use apoio visual (cartazes com números e cores).

Para crianças com deficiência visual: oriente pelo tato e/ou utilize tiras com contas texturizadas.

Para crianças com autismo: utilize sequência clara, com antecipação da tarefa e reforço positivo.

3- Desafio Lúdico (5 min)

Misture as tiras e proponha que troquem entre si.

Proponha perguntas:

“Quem tem a tira com 7 contas?”

“Quem consegue achar o número 5 na base?”

“Qual tira é a mais longa? Qual é a mais curta?”

4 Encerramento e Compartilhamento (5 min)

Convide as crianças a mostrar sua tira e dizer a cor e o número.

Valorize os acertos, mas principalmente o esforço e a participação.

Adaptações Inclusivas Específicas

Necessidade Adaptação:

Deficiência visual Contas grandes com texturas, numerais em alto-relevo ou braille, mediação verbal intensiva

Surdez Apoio visual com Libras (cartazes ou vídeos), uso de gestos e reforço visual das etapas

Autismo (TEA) Sequência previsível, antecipação da atividade com imagens, tempo de adaptação individual

Deficiência intelectual Repetição com apoio visual, pares de apoio (tutoria entre colegas), foco nas cores

Deficiência física Materiais adaptados com velcro ou ímã para facilitar manuseio, tempo maior de execução

Avaliação Formativa:

Participação ativa na contagem e no encaixe das tiras

Reconhecimento de cores e numerais

Interesse e envolvimento no momento lúdico

Interação e cooperação com colegas


 

Desenvolvimento da coordenação motora fina, associação de cores, contagem e noções de quantidade

Habilidades desenvolvidas:

Coordenação motora fina (uso das mãos e dedos)

Reconhecimento de cores

Contagem e noção de quantidade

Atenção e concentração

Pareamento (cor e número)

Força e precisão no movimento de pinça (ao manusear prendedores)

Materiais:

Palitos de picolé grandes

Fita adesiva colorida ou tinta (dividindo o palito em seções)

Prendedores de roupa pequenos

Canetinha para escrever números nos prendedores

Objetivo da atividade:

A criança deve:

1- Contar as divisões coloridas em cada palito.

2- Selecionar o prendedor com o número correspondente.

3- Prender o prendedor na seção correta do palito.

Adaptações para Inclusão:

Usar palitos com texturas diferentes para crianças com deficiência visual.

Marcar os prendedores com símbolos ou pontinhos em relevo (Braille ou tátil).

Substituir prendedores por botões grandes ou velcro para crianças com dificuldade de força ou coordenação.

Sugestão de faixa etária:

2 a 5 anos, com variações na complexidade (ex: cores apenas ou adicionar contagem).


Variações inclusivas

Palitos Coloridos e Prendedores Contadores

Etapa:

Educação Infantil – Pré-escola (3 a 5 anos)

Duração:

30 a 45 minutos

Objetivos Gerais:

Desenvolver a coordenação motora fina por meio de movimento de pinça.

Estimular o reconhecimento e pareamento de cores.

Explorar noções de número e quantidade.

Trabalhar atenção, concentração e autonomia.

Objetivos Específicos (BNCC):

Campo de Experiência: O Eu, o Outro e o Nós / Traços, Sons, Cores e Formas

(EI02ET04) Coordenar suas habilidades manuais no uso de materiais diversos.

(EI02EF03) Classificar objetos com base em características observáveis (cor, forma, tamanho).

(EI03ET03) Demonstrar controle e precisão dos gestos ao manusear diferentes objetos e ferramentas.

Conteúdos:

Coordenação motora fina (movimento de pinça)

Reconhecimento de cores

Contagem de 1 a 5

Pareamento (cor + número)

Atenção visual

Materiais:

Palitos de picolé grandes

Tinta guache ou fita adesiva colorida (5 cores diferentes)

Prendedores de roupa pequenos

Caneta permanente para numerar os prendedores

Caixinha para organizar os prendedores

Desenvolvimento da Atividade:

1- Rodinha de Introdução (5-10 min):

Conversa sobre as cores e os números.

Mostrar os palitos e os prendedores.

Explicar que a missão será “ajudar os palitos a encontrar os prendedores certos”.

2- Exploração Lúdica (20-30 min):

Cada criança escolhe um palito.

Observa quantas cores/divisões há no palito.

Escolhe o prendedor com o número correspondente.

Prende o prendedor na parte colorida.

Pode trocar de palito e repetir.

3- Encerramento (5 min):

Conversa sobre o que foi feito.

Reforço de cores e números.

Elogiar os esforços das crianças.

Adaptações para Inclusão:

Necessidade/Adaptação

- Deficiência visual - Usar texturas diferentes em cada faixa colorida. Números em Braille ou em relevo nos prendedores.
- Dificuldade motora - Prendedores maiores ou com botão. Substituir por velcro ou encaixe simples.
- TEA ou TDAH - Usar cartões com instruções visuais claras e repetir passo a passo. Oferecer fones abafadores se necessário.
- Deficiência intelectual - Usar menos cores e números. Reforçar verbalmente e com gestos cada passo.

Avaliação:

Observar se a criança consegue associar número e quantidade.

Verificar se consegue prender os prendedores com autonomia.

Analisar o interesse, engajamento e persistência na tarefa.

Registro fotográfico ou anotação em portfólio individual.

Variações:

Usar letras ao invés de números para trabalhar alfabetização.

Criar desafios: “Encontre o palito com duas cores vermelhas”, etc.

Trabalhar sequência lógica (do menor para o maior número).

Vulcão colorido de espuma

Esse tipo de experiência desperta a curiosidade científica de forma divertida e segura.

Vulcão Colorido de Espuma

Objetivo:

Introduzir conceitos básicos de reação química (ácido + base) e promover o trabalho em equipe e a observação.

Faixa etária:

Educação Infantil (4 a 6 anos)

Materiais:

Frascos ou copos transparentes

Corantes alimentares

Bicarbonato de sódio

Vinagre

Detergente

Colheres e bandejas

Óculos de proteção infantil (opcional, mas recomendado)

Passo a passo:

1- Coloque o frasco sobre uma bandeja.

2- Adicione:

1 colher de bicarbonato de sódio

Algumas gotas de detergente

Corante alimentício da cor preferida da criança

3- Com um copo separado, despeje o vinagre no frasco e observe a "erupção".

Possibilidades de exploração:

Nomear as cores usadas e misturadas.

Observar sons, bolhas e cheiros.

Conversar sobre segurança em experiências.

Estimular hipóteses: "O que você acha que vai acontecer?"

Habilidades trabalhadas:

Curiosidade e investigação

Coordenação motora fina

Linguagem oral

Noções de causa e efeito

Trabalho em grupo

Claro! Abaixo está o plano de aula completo da atividade lúdica científica "Vulcão Colorido de Espuma", com adaptação para inclusão, considerando diferentes perfis de crianças da Educação Infantil.

Descobrindo a Ciência com Cores e Espuma

Faixa etária: 4 a 6 anos

Duração: 50 minutos

Eixo: Natureza e Sociedade/Linguagem Oral e Escrita/Movimento

Tema: Reações químicas simples (vinagre + bicarbonato)

OBJETIVOS GERAIS:

Estimular a curiosidade científica.

Promover a exploração sensorial e visual.

Desenvolver a oralidade e o trabalho em grupo.

Estimular a observação e a formulação de hipóteses.

HABILIDADES DA BNCC (EI03ET01, EI03CG02, EI03TS01):

Explorar fenômenos naturais por meio da experimentação.

Utilizar diferentes linguagens para expressar descobertas.

Cooperar com os colegas em atividades em grupo.

MATERIAIS:

Frascos plásticos ou copos transparentes

Corantes alimentares

Vinagre

Bicarbonato de sódio

Detergente

Colheres, funis (opcional), bandejas

Óculos de proteção infantil (opcional)

Cartaz com imagens do passo a passo

Panos e papel toalha para limpeza

DESENVOLVIMENTO:

1- Roda de conversa (10 min):

Pergunte: Vocês já viram uma explosão de espuma?

Mostre imagens de vulcões e experiências químicas seguras.

Explique que vocês vão brincar de cientistas.

2- Preparação e experimentação (25 min):

Forme grupos pequenos (2 a 3 crianças).

Oriente cada passo com apoio visual e verbal.

Realizem juntos:

Colocar bicarbonato no frasco

Adicionar corante e detergente

Despejar vinagre lentamente

Observe a reação e incentive comentários: “O que está acontecendo?”, “Que som faz?”, “Como está mudando?”.

3- Socialização e registro (10 min):

Volta à roda para compartilhar o que observaram.

Fazer desenho da experiência (quem desejar).

Nomear cores e contar como foi a “explosão”.

4- Encerramento (5 min):

Reforce a importância de observar e experimentar.

Parabenize os pequenos cientistas.

ADAPTAÇÕES PARA INCLUSÃO:

Acessibilidade Cognitiva:

Use cartazes com ilustrações do passo a passo.

Repita instruções com clareza e calma.

Inclua gestos ou comunicação alternativa (pictogramas).

Acessibilidade Motora:

Frascos com bocal largo e materiais com alça adaptada.

Se necessário, apoie a mão da criança nos movimentos.

Possibilidade de assistir e ser responsável por outra etapa (colocar corante, por exemplo).

Acessibilidade Visual:

Corantes fortes e contrastantes.

Ofereça a experiência tátil: cheiro do vinagre, textura do bicarbonato.

Descrever verbalmente cada passo e reação.

Acessibilidade Auditiva:

Utilize gestos, imagens e legendas em vídeos explicativos (se usar).

Faça demonstração visual clara.

AVALIAÇÃO:

Participação ativa e curiosidade.

Capacidade de observar e comentar o fenômeno.

Colaboração em grupo.

Expressão oral, gestual ou por desenho do que vivenciou.

Descobrindo os Níveis do brincar

Variações adaptadas para Educação Inclusiva (considerando deficiências diversas) e para Terceira Idade, mantendo os fundamentos dos níveis do brincar, mas respeitando as necessidades e potencialidades de cada grupo.


Descobrindo os Níveis do Brincar

A- EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Público-alvo:

Crianças com deficiência física, intelectual, auditiva, visual ou transtornos do neurodesenvolvimento (como TEA).

Adaptações Gerais:

Linguagem simples e acessível (visual, tátil, gestual).

Material sensorial: texturas, sons, cores contrastantes.

Tempo flexível e apoio individualizado.

Brincadeiras em duplas ou pequenos grupos para promover inclusão social.

Exemplos de Atividades Inclusivas por Nível:

1- Brincar Funcional (Sensorial)

Atividade: “Caixa mágica dos sentidos”

Caixa com objetos que têm diferentes texturas, cheiros e sons.

Descrição oral ou em Libras dos objetos.

Uso de recursos visuais/táteis para crianças com baixa visão.

2- Brincar de Construção

Atividade: “Construtores inclusivos”

Blocos grandes e leves (EVA ou espuma), acessíveis para quem tem mobilidade reduzida.

Alternativas digitais (aplicativos de montagem em tablets com acessibilidade).

3- Brincar Simbólico

Atividade: “Teatro de bonecos com acessibilidade”

Bonecos com velcro para crianças com coordenação limitada.

Apoio visual (fotos, pranchas PECS) para não falantes.

Mediação com intérprete de Libras se necessário.

4- Brincar com Regras

Atividade: “Jogo da trilha adaptado”

Jogo de tabuleiro ampliado com cores, símbolos táteis e dados com som.

Regras simples, com apoio visual e auditivo.

Duplas com tutor/mediador se necessário.


B. TERCEIRA IDADE

Público-alvo:

Idosos ativos ou em contexto terapêutico (como centros-dia ou lares). Pode incluir pessoas com Alzheimer inicial, Parkinson, AVC, entre outros.

Objetivos:

Estimular memória, cognição e movimento.

Promover alegria, pertencimento e socialização.

Reativar memórias afetivas por meio do brincar.

Exemplos de Atividades por Nível:

1- Brincar Funcional (Sensorial e Motor)

Atividade: “Caixa da infância”

Caixa com objetos do passado: brinquedos antigos, tecidos, aromas.

Estimula o tato, olfato e memória afetiva.

2- Brincar de Construção

Atividade: “Montar e lembrar”

Jogos de encaixe com peças grandes ou magnéticas.

Construção de formas livres ou estruturadas (casas, flores, letras).

Pode ser feito em grupos, com música suave.

3- Brincar Simbólico

Atividade: “Teatro da vida”

Contação de histórias com dramatização.

Representar profissões, festas antigas, situações da vida.

Incentiva fala, empatia e memória.

4- Brincar com Regras

Atividade: “Jogos de mesa afetivos”

Dominó com imagens antigas, bingo visual, trilha da vida.

Cartas com fotos de celebridades, novelas ou comidas da época.

Regras simples, com tempo ampliado e apoio do educador.

Avaliação (para ambos os grupos):

Participação ativa e espontânea.

Sorrisos, envolvimento e interações positivas.

Desenvolvimento de autonomia, comunicação e vínculo social.

Vivenciar os tipos de brincadeira conforme o estágio do desenvolvimento da criança

Os níveis do brincar se referem às diferentes formas e estágios do brincar infantil ao longo do desenvolvimento. Esses níveis foram estudados por diversos teóricos da educação e psicologia do desenvolvimento, como Piaget, Vygotsky e Sara Smilansky. Eles ajudam a entender como o brincar evolui e qual o papel pedagógico de cada tipo de brincadeira. Abaixo estão os principais níveis ou categorias:

1- Brincar Funcional ou Sensorial-Motor (0 a 2 anos)

Características: ações repetitivas com o corpo ou objetos (sacudir, bater, rolar).

Função: explorar o mundo, desenvolver sentidos e coordenação motora.

Exemplo: balançar um chocalho, bater blocos.

2- Brincar de Construção (a partir dos 2 anos)

Características: manipular objetos para construir, empilhar, encaixar.

Função: desenvolver noção espacial, planejamento e criatividade.

Exemplo: montar blocos, fazer castelo de areia.

3- Brincar Simbólico ou de Faz de Conta (2 a 7 anos)

Características: usar objetos e ações para representar algo diferente do real.

Função: expressar sentimentos, imitar papéis sociais, elaborar experiências.

Exemplo: brincar de casinha, médico, super-herói.

4- Brincar de Regras (a partir dos 6-7 anos)

Características: jogos com regras explícitas, que exigem negociação e controle emocional.

Função: desenvolver noções de justiça, cooperação, respeito ao outro.

Exemplo: esconde-esconde, jogos de tabuleiro, futebol.

5- Brincar Sociodramático (4 a 8 anos)

(Segundo Smilansky, é uma forma mais complexa do faz de conta)

Características: brincadeiras coletivas com enredos elaborados e papéis sociais definidos.

Função: desenvolver linguagem, empatia, habilidades sociais.

Exemplo: simular um restaurante, uma escola, um hospital.

Importante:

As idades são aproximadas e podem variar de criança para criança.

Uma criança pode transitar entre os níveis, sem deixar completamente um para avançar ao outro.

O brincar é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional, motor e social.

Vivenciando os tipos de brincadeira conforme o estágio do desenvolvimento da criança.

Descobrindo os Níveis do Brincar

Etapa:

Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental

Duração:

2 a 3 encontros de 50 min cada (ou adaptável a um projeto semanal)

Objetivos:

Vivenciar diferentes tipos de brincadeira conforme o nível de desenvolvimento.

Estimular a criatividade, a socialização e o respeito às regras.

Observar e valorizar o brincar como linguagem da infância.

Conteúdos:

Tipos de brincadeira: funcional, construtiva, simbólica, sociodramática e com regras.

Expressão corporal e linguagem.

Cooperação e respeito ao outro.

Desenvolvimento por FAIXA ETÁRIA:

0 a 2 anos — Brincar Funcional

Atividade: "Sons e Movimentos"

Tapete com objetos que fazem barulho (chocalhos, garrafas com arroz, sinos).

Bebês exploram livremente com supervisão.

Foco: percepção auditiva, tato e movimento.

2 a 4 anos — Brincar de Construção e Início do Simbólico

Atividade 1: "Construtores do Mundo"

Blocos grandes de encaixe, caixas de papelão, copos plásticos.

Desafio: construir uma torre ou casinha.

Atividade 2: "Faz de Conta no Mercado"

Criação de um mercado com frutas de brinquedo, caixas, cestinhas.

Cada criança escolhe ser cliente ou vendedor.

4 a 6 anos — Brincar Simbólico e Sociodramático

Atividade: "Vamos Brincar de Escola?"

Crianças escolhem papéis (professores, alunos, merendeiras).

Usam fantasias, cadernos velhos, quadro pequeno.

Estímulo ao diálogo, organização e criação de enredo.

6 a 8 anos — Brincar com Regras

Atividade: "Jogos de Regras e Desafios"

Jogos simples com regras (amarelinha, memória, trilha, stop infantil).

Propor a criação de regras em pequenos grupos para novos jogos.

- Recursos:

Blocos de montar, brinquedos de faz de conta, tecidos, fantasias, objetos sonoros.

Papel, canetas, materiais recicláveis para construção de jogos.

Tapetes ou tatames para brincadeiras no chão.

- Avaliação:

Observação do engajamento das crianças em cada tipo de brincadeira.

Capacidade de cooperação, criatividade e resolução de conflitos.

Participação nas conversas e nas escolhas dos jogos.

Truque extra:

Monte um "Cantinho dos Brinquedos por Estágio" com etiquetas coloridas:

- Sensorial

- Construção

- Faz de conta

- Regras

As crianças podem circular livremente ou por estações organizadas.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Trilha, Moinho ou Marel - Um Clássico dos Tabuleiros

Tabuleiro e peças do jogo Trilha, também conhecido como Moinho ou Firo. Trata-se de um jogo de estratégia para dois jogadores, milenar e muito popular em várias culturas do mundo, incluindo no Brasil, onde costuma ser encontrado em coletâneas ao lado de Damas, Gamão, Ludo e Xadrez.

- A Trilha é jogada com 9 peças para cada jogador, que tentam formar linhas com três peças (um "moinho") para capturar as peças adversárias.

- É um jogo que estimula o pensamento estratégico, atenção e antecipação de jogadas.

O mesmo tabuleiro pode também remeter a uma versão simplificada do jogo africano conhecido como "Labirinto", jogado com pedras ou tampinhas coloridas.

- No Labirinto Africano, o objetivo é avançar uma peça no tabuleiro quando o adversário não adivinha em qual mão está escondida uma pedra.

- Esse jogo trabalha memória, dedução, concentração e tem raízes nas tradições orais e lúdicas de povos africanos.

1- Oficina Pedagógica – Construção e Vivência do Jogo Trilha/Moinho

Objetivos:

Construir coletivamente o jogo Trilha com materiais acessíveis.

Compreender as regras e estratégias do jogo.

Estimular a socialização, o pensamento lógico e o respeito às regras.

Valorizar jogos tradicionais como patrimônio cultural.

Materiais Necessários:

Papelão, cartolina ou papel A3 (para o tabuleiro)

Tampinhas coloridas (9 de cada cor) ou botões, pedrinhas, feijões

Canetões ou régua e lápis

Tesoura e cola

(Opcional) Lixa ou tinta para acabamento artístico

Duração: 2 aulas de 50 minutos (ou 1 oficina de 1h30)

Etapas:

1- Apresentação e Curiosidades (15 min)

Falar sobre a história do jogo Trilha: origem medieval, nomes alternativos (Moinho, Marel), presença em várias culturas.

Mostrar o tabuleiro e as peças.

2- Construção do Jogo (30 min)

Cada grupo desenha o tabuleiro em cartolina ou papelão.

Produzem as peças com tampinhas, pedrinhas pintadas ou papel dobrado.

3- Aprendizado e Treino (20 min)

Explicação das regras e movimentos.

Simulação com a turma e prática em duplas.

4- Rodadas de Jogo (20 min)

Jogo livre ou torneio rápido entre os grupos.

Incentivar observação, paciência e cooperação.

5- Fechamento (15 min)

Roda de conversa: O que foi mais fácil? O que aprenderam?

Valorizar a cultura dos jogos simples e estratégicos.

Avaliação:

Participação ativa nas etapas.

Compreensão e aplicação das regras.

Cooperação em grupo.

Respeito às jogadas e estratégias dos colegas.

2- Atividade Interdisciplinar - Jogos Tradicionais do Mundo

Objetivos:

Investigar e apresentar jogos tradicionais de diferentes culturas.

Relacionar os jogos com aspectos históricos, geográficos e culturais.

Produzir um painel ou feira de jogos com explicações e demonstrações.

Áreas Envolvidas:

Área Conteúdo abordado

História Origem cultural dos jogos (Trilha, Go, Mancala)

Geografia Localização dos povos que criaram os jogos

Matemática Estratégia, lógica, contagem, simetria

Artes Confecção dos tabuleiros e peças

Língua Portuguesa Pesquisa, escrita de regras, apresentação oral

Proposta Prática (Projeto de 1 semana ou mais):

Etapa 1 - Pesquisa (1 aula)

Cada grupo escolhe um jogo tradicional (Trilha, Go, Mancala, Labirinto Africano, Damas, etc.).

Pesquisa sobre origem, regras e importância cultural.

Etapa 2 - Construção (1 ou 2 aulas)

Produção artesanal dos tabuleiros e peças.

Criação de cartazes com mapas, curiosidades e regras.

Etapa 3 - Apresentação (1 aula ou evento especial)

Exposição e vivência dos jogos com outras turmas.

Estações com cada jogo para os visitantes experimentarem.

Avaliação Interdisciplinar:

Qualidade da pesquisa e clareza das explicações.

Criatividade e capricho nos materiais.

Organização e respeito durante o evento.

Participação no jogo e colaboração entre os colegas.

Clube de Xadrez Escolar

Um Clube de Xadrez Escolar é uma estratégia poderosa para desenvolver o raciocínio lógico, a concentração, a socialização e até a autoestima dos estudantes — além de funcionar como espaço extracurricular que valoriza talentos e promove disciplina de forma lúdica e inclusiva.


Organizando um Clube de Xadrez Escolar, incluindo objetivos, estrutura, atividades e avaliação:

Projeto: Clube de Xadrez Escolar

Objetivos Gerais:

Estimular o pensamento estratégico, a paciência e a tomada de decisões.

Promover a convivência saudável, o respeito e a ética no jogo.

Desenvolver habilidades cognitivas, emocionais e sociais.

Incentivar a participação em eventos internos e externos (torneios, festivais, olimpíadas escolares).

Público-Alvo:

Alunos do Ensino Fundamental II e/ou Ensino Médio

Pode ser aberto também para funcionários e comunidade escolar

Estrutura Sugerida

Encontros:

1 ou 2 vezes por semana, com duração de 1h a 1h30

Espaço fixo na escola: biblioteca, sala multiuso, pátio coberto

Coordenação:

Um(a) professor(a) ou mediador(a) com conhecimento básico em xadrez

Monitores voluntários (alunos mais experientes podem auxiliar)

Níveis:

Iniciante: aprender regras e noções básicas

Intermediário: abrir partidas, estratégias, finais

Avançado: tática, cálculo, análise de partidas, torneios

Conteúdos e Atividades:

1- Aprendizagem Progressiva

Regras básicas, movimentos das peças, objetivo do jogo

Xeque, xeque-mate, roque, promoção de peões

Aberturas simples, controle de centro, desenvolvimento

Táticas: garfo, cravada, raio-x, descoberto

Finais: rei + torre vs. rei, rei + dama vs. rei

2- Práticas Guiadas

Mini-jogos (com poucas peças para treino)

Partidas cronometradas

Análise de partidas famosas

Jogos simultâneos com monitor

3- Torneios Internos

Torneio relâmpago (blitz)

Torneio por duplas ou equipes

Xadrez temático (começando de posições específicas)

Premiações simbólicas (medalhas, certificados)

4- Integrações Culturais

Exposição “História do Xadrez”

Oficina artística: construção de tabuleiros e peças com materiais recicláveis

Estudo de origem do jogo (Índia, Pérsia, Europa) e conexões com a matemática e filosofia

Materiais:

Tabuleiros (físicos ou online, como Lichess.org ou Chess.com)

Relógios de xadrez (ou aplicativos)

Cartazes com regras e diagramas

Lousa ou projetor para análises

Caderno do enxadrista (anotações e partidas)

Avaliação e Registro:

Participação regular nos encontros

Progresso no conhecimento do jogo

Cooperação, respeito e ética nos jogos

Participação em eventos do clube

Dicas Adicionais:

Crie uma identidade visual: nome, logo, camisas do clube.

Promova desafios mensais: "Enxadrista do mês", "Jogue contra o professor", "Mate em 3 lances".

Use tecnologia: pratique com plataformas gratuitas como lichess.org.

Monte um mural do clube com partidas, fotos e frases motivacionais.

Faça parcerias com outras escolas ou clubes locais.