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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Timbal

 

O timbal é um instrumento de percussão que carrega uma rica história ligada principalmente à música afro-cubana, brasileira e caribenha. Ele é bastante usado em gêneros como o axé, a música baiana e a salsa. Veja um resumo da história e evolução do timbal:

Origem e Evolução do Timbal

- Raízes Africanas

O timbal tem suas origens nas tradições percussivas africanas, especialmente em tambores usados em cerimônias religiosas e sociais.

Durante o período da escravidão, muitos desses instrumentos foram trazidos para as Américas, influenciando a música de países como Cuba e Brasil.

- Influência Afro-Cubana

Em Cuba, surgiu o timbal cubano (ou timbales), que é diferente do timbal brasileiro. Ele é composto por dois tambores metálicos usados na música latina, como salsa e mambo.

Os timbales são tocados com baquetas e têm um som metálico, marcante.

- Timbal Brasileiro

O timbal brasileiro surgiu na Bahia nos anos 1980, popularizado por músicos do movimento axé music, como Carlinhos Brown e o grupo Timbalada.

Ele é feito de metal, madeira ou fibra, com formato cônico e som forte, ideal para tocar em pé com as mãos.

Muito usado em blocos afro, como Ilê Aiyê e Olodum.

- Características do Timbal Brasileiro

Formato: cônico, semelhante a um cone invertido.

Material: alumínio, madeira ou fibra.

Tocabilidade: tocado com as mãos, em pé.

Sons: graves potentes no centro e agudos estalados nas bordas.

- Importância Cultural

O timbal é símbolo da força da cultura afro-brasileira.

É um dos instrumentos mais expressivos da música percussiva do Brasil.

Tem papel central em festas populares como o Carnaval de Salvador.

Cultura afro-brasileira, música ou movimento corporal

Batucando com o Timbal

Objetivo Geral:

Estimular a percepção musical, a coordenação motora e o respeito à diversidade cultural por meio da experimentação do timbal e ritmos afro-brasileiros.

- Objetivos Específicos

Reconhecer o som e a forma do timbal.

Desenvolver ritmo e noção de tempo.

Valorizar a cultura afro-brasileira.

Trabalhar em grupo e respeitar turnos.

Duração:

40 a 50 minutos

Público-alvo:

Crianças de 4 a 8 anos (adaptável)

Áreas envolvidas:

Música

Artes

Educação Física

História/Cultura afro-brasileira

Materiais:

1 timbal (real ou improvisado com balde/plástico duro)

Instrumentos alternativos: latas, potes, tambores artesanais

Imagens ou vídeos curtos de blocos afro (ex: Timbalada, Olodum)

Tinta guache, pincéis (opcional para decorar instrumentos)

Cartaz com a palavra: TIMBAL

Etapas da Atividade:

1- Roda de conversa (10 min)

Apresente o timbal: forma, som e história breve (com imagens ou som).

Mostre o uso no Carnaval da Bahia e em blocos afro.

Pergunte: Você já viu ou ouviu um instrumento assim? Como acha que se toca?

2- Experiência sonora (10 min)

Mostre diferentes batidas com as mãos.

Deixe cada criança experimentar tocar com as mãos (individualmente ou em pequenos grupos).

Dê nomes criativos aos sons: “batida do trovão”, “chuva leve”, “passo de formiga” etc.

3- Jogo do ritmo (15 min)

Professor bate um ritmo e os alunos repetem (jogo do "Eco musical").

Varie: lento/rápido, forte/fraco.

Pode-se fazer em duplas: um "comanda" e o outro imita.

4- Criação coletiva (10 min)

Formem uma “batucada mirim”.

Escolham um nome para o grupo (ex: "Timbaleiros da Alegria").

Criem juntos um pequeno ritmo (pode repetir 3 batidas simples).

Toquem juntos, com instrumentos reais ou alternativos.

- Adaptações para Inclusão

Uso de instrumentos leves e acessíveis.

Crianças com deficiência auditiva podem sentir as vibrações ou acompanhar por sinais visuais.

Crianças com mobilidade reduzida podem usar baquetas, caso tenham dificuldade com as mãos.

Sugestão de Avaliação:

Participação ativa nas atividades.

Capacidade de escutar e repetir os ritmos.

Curiosidade e respeito à diversidade musical e cultural.

Extensão artística (opcional):

Peça para as crianças decorarem seus "timbais" artesanais.

Monte uma exposição ou apresente a batucada final para outra turma.

Batucando com o Timbal

Sugestões para adolescentes (Ensino Fundamental II e Médio) e outra para a terceira idade. Também incluí uma sugestão de versão intergeracional.

Versão 1 - Oficina com Adolescentes (11 a 17 anos)

Objetivos:

Desenvolver noções de ritmo, improvisação e trabalho em grupo.

Conhecer o timbal como símbolo da cultura afro-brasileira.

Estimular expressão corporal, criatividade e consciência cultural.

Duração:

1h a 1h30

Etapas:

1- Introdução Cultural

Apresentar vídeo curto de um bloco afro (Timbalada, Ilê Aiyê ou Olodum).

Falar sobre o papel do timbal na resistência e identidade cultural afro-brasileira.

Debate rápido: Por que a música é uma forma de resistência?

2- Vivência com o Timbal

Demonstração de sons básicos no timbal.

Revezamento para que todos experimentem o instrumento.

Utilização de instrumentos alternativos (baldes, latas, tambores artesanais).

3- Desafio de Ritmo

Dividir em grupos pequenos.

Cada grupo cria uma sequência rítmica curta (4 a 6 compassos).

Apresentação entre grupos com feedback colaborativo.

4- Composição Coletiva

Criar uma batucada coletiva com base em temas como: identidade, força, natureza, ancestralidade.

Inserir palmas, voz ou corpo no ritmo.

5- Fechamento

Roda de conversa: O que aprendi com o som do timbal?

Registro da experiência (desenho, texto, poesia ou vídeo).

Versão 2 - Oficina para a Terceira Idade

Objetivos:

Estimular a coordenação motora, memória rítmica e expressão cultural.

Favorecer interação social e autoestima por meio da música.

Duração:

45 a 60 minutos

Etapas:

1- Roda de Memória Musical

Compartilhar músicas de Carnaval ou blocos afro que conheçam.

Mostrar o timbal e seu som. Relacionar com experiências vividas.

2- Batucada com as mãos

Cada participante improvisa com um instrumento leve (tambor, almofada, mesa).

Sequências simples: 3 batidas, pausa, 3 batidas…

3- Corpo que toca

Estímulo à percussão corporal: palmas, batidas leves nas pernas, pés.

Combinações lúdicas com ritmos familiares.

4- Momento Coletivo

Todos tocam juntos uma sequência simples. Pode usar marchinha conhecida.

Cantar juntos, se possível, para integrar mais sentidos.

5- Relaxamento

Encerrar com música suave (instrumental de atabaques ou timbal).

Alongamentos leves e respiração.

Versão 3 - Oficina Intergeracional (crianças, jovens e idosos juntos)

Tema: "Nossos Ritmos, Nossas Raízes"

Dinâmica principal:

1- Grupos mistos com integrantes de diferentes idades.

2- Cada grupo cria um ritmo simples inspirado em uma história ou memória de um dos participantes mais velhos.

3- Apresentação dos ritmos com narração da memória associada.

4- Encerramento com grande roda de batucada coletiva.

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