POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

quinta-feira, 5 de março de 2020

Ampulheta

Plano de Atividade – Construindo e Explorando a Ampulheta
Identificação
Autora: Renata Bravo

Eixo temático: Tecnologia e Sociedade

Conteúdo: Medida do tempo

Série: 1º ciclo do Ensino Fundamental (2º e 3º anos)

Público-alvo: Crianças

Número de participantes: 1 a 3 por ampulheta

Tempo estimado: 15 minutos

Formação: Individual, em duplas ou trios

Objetivos

Geral: Desenvolver a noção de tempo a partir da construção e uso da ampulheta.

Cognitivo: Estudar a medida do tempo e compreender como diferentes civilizações desenvolveram formas de medi-lo.

Afetivo: Estimular a observação, a curiosidade e a capacidade de análise.

Motor: Exercitar a motricidade fina durante a montagem da ampulheta.

Procedimento

Selecionar dois recipientes iguais (plásticos ou de vidro).

Colocar areia em um deles.

Colar as tampas dos recipientes.

Fazer um pequeno furo no centro das tampas coladas, para permitir a passagem da areia.

Unir os dois recipientes pelas tampas, formando a ampulheta.

Medir, com o auxílio de um relógio, o tempo que a areia leva para passar de um recipiente ao outro.

Anotar o tempo nas extremidades da ampulheta.

Desenvolvimento

Utilizar a ampulheta construída em pequenas atividades recreativas matemáticas (ex.: contar quantas vezes a areia passa em 1 minuto; medir o tempo de execução de uma tarefa simples).

Relacionar o tempo da ampulheta com o tempo medido pelo relógio, comparando resultados.

Autoavaliação

Conversar com os alunos sobre o que observaram.

Questões norteadoras:

O que aconteceu com a areia?

O tempo foi sempre o mesmo?

Para que podemos usar uma ampulheta no dia a dia?

Refletindo

Explicar a história da ampulheta:

Também chamada de relógio de areia.

É formada por duas âmbulas (recipientes cônicos ou cilíndricos) comunicadas por um orifício.

Foi usada em navios, igrejas e até no início do telefone para medir a duração das chamadas.

Muito presente na arte como símbolo da passagem do tempo e da transitoriedade da vida.

Origem do nome: Ampulla, do latim, que significa redoma.

Encerramento

“O professor de Matemática que dispõe de um bom Laboratório, poderá, com a maior facilidade, motivar seus alunos por meio de experiências e orientá-los mais tarde, com a maior segurança pelo caminho das pesquisas mais abstratas”.
--Malba Tahan


Roteiro de Oficina Prática - Construindo uma Ampulheta
Título da Oficina

"Medição do Tempo com Areia"

Público-alvo:

Crianças do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.

Duração:

30 a 40 minutos.

Materiais Necessários:

2 garrafinhas PET pequenas ou frascos iguais transparentes;

Areia fina, sal ou açúcar;

2 tampinhas iguais (que encaixem bem);

Cola quente ou fita adesiva;

Tesoura ou furador;

Relógio ou cronômetro.

Passo a Passo:

Lave e seque bem os recipientes.

Coloque uma quantidade de areia em uma das garrafinhas.

Faça um pequeno furo no centro das duas tampinhas.

Cole as tampinhas, de forma que fiquem unidas e os furos alinhados.

Encaixe uma garrafinha em cada lado, formando a ampulheta.

Vire e cronometre o tempo que a areia leva para passar.

Anote esse tempo no corpo da ampulheta.

Variações:

Usar diferentes quantidades de areia e comparar o tempo.

Fazer uma competição: quem consegue bater palmas, escrever seu nome ou montar um quebra-cabeça antes da areia acabar?

Criar um "campeonato de ampulhetas": qual grupo fez a mais rápida e a mais lenta?

Encerramento:

Debater: "Para que serve medir o tempo? Como seria nossa vida sem relógios?"


Cartilha para Alunos (linguagem simples)

Capa:
“Relógio de Areia: Como Medir o Tempo Brincando”

Página 1 – O que é uma ampulheta?
- É um tipo de relógio muito antigo.
- É feita de dois potes transparentes ligados por um buraquinho.
- A areia cai de um lado para o outro e marca o tempo.

Página 2 – Vamos construir a nossa?
Materiais: 2 potinhos, areia, tampas, cola e relógio.

Página 3 – Passos:

Coloque areia em um pote.

Faça um buraquinho nas tampas.

Una as tampas e cole.

Coloque os dois potes juntos.

Vire e veja a areia cair!

Página 4 – Experimente!

Cronometre o tempo da sua ampulheta.

Use-a para jogar e brincar.

Compare com o relógio da sala.

Página 5 – Você sabia?
A ampulheta já foi usada em navios, igrejas e até para medir chamadas de telefone!
Na arte, ela aparece como símbolo da passagem do tempo.

Página final – Mensagem:
"O tempo não volta… mas podemos aprender a usá-lo da melhor forma!"



Plano Interdisciplinar (Matemática + História + Arte)Tema

O Tempo e suas Medidas: da Antiguidade aos Nossos Dias

Disciplinas Envolvidas

Matemática: Medidas de tempo, comparação de durações, uso da ampulheta como instrumento.

História: Origem da ampulheta, quadrante solar e clepsidra.

Arte: Representações da ampulheta em pinturas, esculturas e desenhos.

Atividades Integradas

Matemática:

Construção da ampulheta.

Registro do tempo em tabelas.

Comparação com relógio digital e analógico.

História:

Linha do tempo sobre instrumentos antigos de medir o tempo.

Debate: Como era a vida sem relógio de pulso ou celular?

Arte:

Produzir desenhos da ampulheta como símbolo da vida.

Explorar imagens famosas de ampulhetas em quadros e filmes.

Criar um mural coletivo: "O tempo em nossas mãos".

Produto Final

Exposição na escola com:

Ampulhetas construídas pelas crianças;

Linha do tempo ilustrada;

Painel artístico com interpretações da passagem do tempo.


  


















Roteiro – Experiência: Construindo uma Ampulheta
Título da Experiência:

“Medição do Tempo com Areia: o Relógio da Antiguidade”

Objetivo da Atividade:

Demonstrar como diferentes culturas mediam o tempo antes dos relógios modernos.

Relacionar a prática manual (montagem da ampulheta) com conceitos matemáticos de medida de tempo.

Desenvolver curiosidade científica e histórica nos visitantes da feira.

Espaço da Apresentação:

Mesa com cartaz explicativo.

Materiais expostos (areia, potes, ampulhetas prontas).

Relógio analógico ou digital para comparação.

Painel ilustrado com a linha do tempo dos instrumentos de medir o tempo (sol, água, areia, mecânico, digital).

Materiais Utilizados:

2 garrafinhas PET pequenas ou potes iguais transparentes.

Areia fina (ou sal/açúcar colorido para ficar mais visual).

Cola quente ou fita adesiva.

Tesoura ou furador.

Relógio ou cronômetro.

Cartaz com curiosidades sobre a ampulheta.

Procedimento (demonstração na feira):

Mostrar os dois potes vazios ao público.

Explicar que um será preenchido com areia e o outro ficará vazio.

Fazer o furo nas tampas (já adiantado para facilitar durante a feira).

Unir as tampas com cola/fita e encaixar as garrafas.

Virar a ampulheta e deixar a areia cair.

Usar um relógio para comparar o tempo que a areia leva para escoar.

Explicar que a mesma quantidade de areia sempre marca aproximadamente o mesmo tempo.

Perguntas para o Público:

Vocês já viram uma ampulheta em jogos de tabuleiro?

Como vocês acham que as pessoas mediam o tempo antes do relógio de pulso?

O que aconteceria se colocássemos mais areia? E se aumentássemos o furo?

Curiosidades para os Visitantes:

A ampulheta foi muito usada em navios para marcar o tempo das viagens.

Em algumas regiões de Portugal, servia para medir o tempo de ligações telefônicas.

Na arte, é um símbolo da passagem da vida.

O nome vem do latim ampulla = redoma.

Encerramento:

Os alunos podem concluir com uma frase coletiva:
“Hoje usamos relógios digitais e celulares, mas tudo começou com ideias simples, como areia, água e o sol. O tempo é precioso, e aprender a medi-lo foi uma das maiores conquistas da humanidade.”

Aprendendo História através de jogos

As aulas de História, assim como ocorre em aulas de Arte e de Educação Física, devem desencadear espaços de criação e de liberdade para construir a aprendizagem. 

Para que isso seja possível, é preciso repensar as práticas docentes, o que inclui revisitar as metodologias empregadas em sala de aula, buscando compreender se são adequadas para a construção ou não do conhecimento histórico

Portanto, é necessário evidenciar um programa de atividades didáticas que contemplem as diferentes formas de pensar e de articular o conhecimento.  

Na perspectiva da metodologia de ensino, se faz necessária busca em explorar a importância do uso de jogos no processo de ensino e aprendizagem nas aulas de História. 

A partir disso, entende-se o jogo como uma ferramenta pedagógica importante e adequada, em contraposição ao conceito da aula tradicional. 

Por meio da aplicação de jogos em aulas do ensino fundamental, os resultados gerados a partir de estudos de caso serão percebidos sob perspectiva da análise qualitativa. 

A abordagem qualitativa proporcionará a melhor compreensão dos fenômenos que se pretende investigar, a partir de uma análise rigorosa e criteriosa desse tipo de informação, permitindo uma construção teórica mais aprofundada em relação à construção de estratégias educacionais aplicadas ao contexto do ensino de História.  

Dessa forma, pretende-se reconhecer como os jogos podem tornar as aulas momentos mais dinâmicos, de criação, nos quais os estudantes possam criar, desenvolver o raciocínio lógico, construir conceitos e argumentos, analisar e compreender fatos e informações históricas, desencadeando aprendizagem significativa relacionadas a práticas lúdicas. 

Os jogos escolhidos terão o intuito de fixar conceitos e ideias pré-exploradas durante as aulas, buscando proporcionar melhor compreensão por parte do estudante.


Jogo War para trabalhar o território no ensino de geografia

A partir deste jogo é possível que o aluno possa compreender noções geográficas, de territórios, fronteiras, limites, espaços e as relações de poder e estratégia, noções essas que podem fazer parte dos conteúdos de aulas expositivas.
Os resultados serão bastante positivos, pois os alunos conseguirão aplicar e assimilar os conceitos estudados em sala, a partir da dinâmica com o jogo, utilizando de estratégias e habilidades desenvolvidas durante o mesmo, tornando essa experiência desafiadora, motivadora e rica em construção de saberes.
Essa prática possibilitará um processo de descobertas e aprendizagem, que serão imprescindíveis para a formação do estudante, tendo em vista não apenas a formação futuramente profissional, como também a pessoal.

Malba Tahan - O homem que calculava (Matemática - Gramática - Literatura)





Novas didáticas, novas pedagogias, novas metodologias, foram motivações para a grande produção literária de Malba Tahan, sua obra sem dúvida, deveria ser atividade curricular nos cursos de Licenciatura em Matemática, pois em muito ajudaria os futuros professores a tentarem minimizar a grande dificuldade dos alunos na interpretação de problemas, assim como, na própria escrita da linguagem matemática. Ao mesmo peso, serve de orientação para a formação continuada de professores que ensinam matemática, seja na forma de cursos de pós-graduação, seja nas formações oferecidas pelas secretarias de educação. 

Em sua entrevista ao museu de som e imagem Júlio César nem sabe exatamente quantos livros ele escreveu e publicou mais alguns registros afirmam serem 120 livros produzidos, 51 livros de matemática e 69 contos, alguns assinados como Malba Tahan outros como Prof. Júlio César de Mello e Souza. Uma produção como poucos da Literatura brasileira, seja em sua expressividade para a matemática, seja numa perspectiva política, ou simplesmente para nos distrair com suas belas histórias.

Penso que essa pesquisa contribuiu profundamente para a minha formação docente, uma vez que forneceu recursos para compreender a prática, de um professor “ a frente de seu tempo” que nos mostra um pouco mais de conhecimento, e maior motivação profissional para ensinar uma “Matemática divertida e delirante”, num refazer de uma práxis docente, com perspectivas positivas mediante ao cenário da Educação Matemática no Brasil. Também nos trás a oportunidade de inserção no universo do pesquisador, ainda que superficialmente, e poder começar a compreender as dificuldades, os percurso e metodologias necessárias para a realização de pesquisas. 

Vale dizer que a presente obra pode trazer contribuições para área da Educação Matemática, em particular, no que se refere a aspectos da prática de estimular a leitura na formação inicial e continuada de professores que ensinam matemática como meio natural para ensinar Matemática na Educação Básica, quando os professores decidem levar textos como elementos presentes em materiais curriculares educativos para sala de aula. Podemos enumerar os diversos benefícios de trabalharmos com recontextualização, tais como; motivação dos alunos e do professor, desenvolvimento do raciocínio, lógico e dedutivo em geral, compreensão do papel da matemática, compreensão textual entre outras.

Neste sentido, se pensando em Leitura e Matemática, podemos concluir que a sua utilização didática, principalmente em Matemática, pode ser não só aceita como utilizada por diversos professores. Ou seja, na tentativa de desmistificar a matemática e apresentá-la de forma fina, elegante e divertida pode auxiliar significativamente no ensino e aprendizagem. Espera-se com esta pesquisa que a composição, Leitura e Matemática, permitam ao aluno em formação inicial e ao professor que ensina matemática, no exercício de ser aprendente, um contínuo processo de aprender a aprender, lhes provocar um olhar pedagógico diferenciado para o ensino da matemática.



Leiam o livro O homem que calculava, de Malba Tahan (meu ídolo), ele mostra, que a disciplina matemática não é um conjunto de fórmulas decoradas e que o conhecimento pode solucionar questões do dia a dia.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Está estressado? Vá plantar!

Alguns benefícios da #hortaterapia
1- Alimentação saudável:
A pessoa sabe o que está plantando e como está sendo cultivado. Também é garantia de alimentos orgânicos sempre frescos, e ao alcance das suas mãos.
2- Retorno de investimento garantido:
A pessoa pode ter investido um pouco para iniciar essa atividade , comprando vasos, terras, ferramentas, ..., mas , cultivando corretamente, com o decorrer do tempo,  será mais barato, do que, comprar kits de produtos orgânicos. Não esqueça que estamos falando de produtos sem agrotóxicos.
3- Sempre em atividade:
Dependendo do tamanho da sua horta, cultivar pode ser uma forma interessante de se exercitar, por exemplo: escavar, flexionar, alongar, ... E como resultado: músculos tonificados e quilinhos a menos.
4- Cultura; 
É uma experiência educacional para adultos e para crianças. Há sempre algo novo para aprender, seja uma técnica de jardinagem nova, uma receita diferente ou uma utilidade nova para as ervas e plantas que você achava que conhecia tão bem, enfim, um mundo a descobrir.
5-  Desenvolve a paciência, coisa que na era atual da gratificação imediata, é algo raro.

6- No stress
Cultivar é relaxante. Uma válvula de escape para os temas cotidianos e, ao mesmo tempo, mantém a mente ativa e sintonizada com o mundo ao redor, através dos cuidados com a horta.


Sobre a Horticultura terapêutica...

" É definida pela American Horticultural Therapy Association "AHTA", como a inserção de uma pessoa em atividades de jardinagem, facilitada por um terapeuta treinado, para alcançar objetivos específicos de um tratamento terapêutico, sejam esses físicos, mentais ou espirituais. É ainda pouco conhecida no Brasil, mas cada vez mais usada por profissionais na Europa e Estados Unidos para tratar uma ampla variedade de doenças ou enfermidades. Praticantes descobriram que trabalhar com o solo, flores e plantas ao ar livre pode dar às pessoas um senso de propósito renovado e uma direção, impulsionando-os para a recuperação. Estudos mostram que plantas simples em casa podem melhorar a qualidade de vida dos idosos, ajudar os pacientes de hospitais se recuperarem, e fornecer todos os tipos de benefícios psicológicos. "

É eficaz e benéfica para as pessoas de todas as idades, origens e habilidades, incluindo aqueles em recuperação de acidente vascular cerebral e doenças cardíacas, pessoas cegas, aqueles em estágios iniciais da demência, pessoas com deficiências físicas e dificuldades de aprendizagem. Até em prisões e em clínicas para tóxico-dependentes, a terapia é aplicada.

Estudiosos afirmam, que um paciente acamado pode não ter a motivação para cuidar de necessidades diárias, mas uma atividade de jardinagem simples, até mesmo algo como regar plantas de casa perto da cama, pode ajudar a motivá-los.

Enfim, a abrangência da terapia é muito grande. E vale ressaltar que trata-se de uma terapia alternativa, complementando os tratamentos convencionais.

A cada dia, tenho mais certeza de que o contato com a plantas e a natureza podem nos proporcionar muito mais do que podemos imaginar.  E percebemos um pouquinho, somente um pouquinho, o dom da criação ;)








sábado, 15 de fevereiro de 2020

Alaúde

A Música é, sem dúvida, a arte mais popular do mundo. Mas talvez não seja evidente que, por trás do talento de um artista, existem vários conceitos matemáticos que lhe dão suporte, fundamento. Ao que tudo indica, Pitágoras foi quem descobriu essa relação intrínseca entre as duas áreas. Pode-se imaginar o tamanho espanto do filósofo ao conseguir dar significado lógico-matemático a cada som que se ouvia, associar cada nota a um número. É grandioso o legado que nos foi deixado por Pitágoras, em particular, e por todos os filósofos gregos, em diversos campos do saber. Cabe aqui ressaltar que não se consegue explicar Música totalmente através da Matemática, até porque, como qualquer atividade artística, trata-se de uma questão de sujeito. A lógica numérica desempenha um papel basal, com o intuito de que, a partir dela, sejam criados parâmetros que servirão de base para a criação musical do artista,uma ação essencialmente subjetiva. O que propomos nesse trabalho é uma alternativa à aula convencional, aquela que se ensina e se aprende de maneira bem semelhante há mais de um século. É sabido que a Matemática praticada nas escolas é a mesma há pelo menos 100 anos. O que nos motiva hoje é a tentativa de encontrar outras abordagens para um mesmo tema, utilizando novos recursos, métodos, afim de tornar as aulas mais atrativas. Em suma, propõe-se uma intervenção, uma ruptura de paradigma. Um paradigma que talvez o próprio aluno, no início, ofereça alguma resitência para quebrar, pois supostamente já está acostumado àquele modelo tradicional de aula. Aliás, no nosso modo de ver, isso é comum no ser humano, pois, salvo as exceções de praxe, somos, em geral, resitentes a mudanças. Todavia, não queremos aqui fazer críticas severas às aulas expositivas tradicionais, apenas sugerimos que, ao longo do ano letivo, sempre que for possível e/ou viável, sejam feitas algumas intervenções no sentido de tornar mais prazeroso o ato de aprender. O mestre talvez perceberá que, não apenas o ato de aprender, mas o ato de ensinar tornar-se-á mais prazeroso também.



O alaúde é formado por uma caixa de madeira em forma de meia pêra, com as costas abauladas. No tampo de seu corpo há uma abertura circular rendilhada chamada roseta.

Possui, assim como o violão e a viola, um braço com trastos, sendo mais largo e curto. A extremidade deste braço, que é onde se localizam as cravelhas para a afinação das cordas, é muito inclinada. Em geral tem onze cordas, sendo cinco duplas e uma simples.

Um pouco de história...
As origens desse instrumento vêm do Oriente Médio, mais precisamente da cultura moura. No século XVIII foi introduzido na Europa através da Espanha dominada pelos árabes. O chamado alaúde renascentista tornou-se, até o século XV, o principal instrumento de cordas dedilhadas usado pelos europeus.
Já no século XIX e em terras brasileiras, o viajante e pintor alemão Johann Moritz Rugendas retratou na gravura Costumes de Rio de Janeiro um casal da classe abastada carioca ao lado de uma partitura musical e de um instrumento de cordas dedilhadas que parece ser pequeno alaúde.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Jogos de tabuleiro feitos com caixas de pizzas





A Educação Matemática tem como objeto de estudo, alunos, professores de matemática e as instituições onde os mesmos se encontram. Dentro dessa perspectiva observam-se as dificuldades de se ensinar matemática em pleno século XXI, em meio a tantos recursos tecnológicos, o ensino da matemática não consegue lograr êxito em questões simples e corriqueiras no desenvolvimento das competências e as habilidades necessárias para o ensino da mesma. O estudo visa mostrar alguns motivos pelos quais essas dificuldades ocorrem, como é o caso que será abordado.
Nossos professores e escolas ainda não estão preparados para educar crianças hiperativas, incidindo negativamente sobre o aprendizado. Sabemos que para trabalhar com crianças hiperativas necessitamos do apoio de profissionais de outras áreas além da família. O propósito do trabalho foi o de melhorar a concentração e a aprendizagem no tocante ao ensino da matemática, com a utilização de jogos, promovendo o máximo possível de adequação da didática dos profissionais a esse tipo de realidade.

O TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)é um transtorno de saúde mental que, apesar de desconhecido da grande maioria das pessoas, ocorre com incidência nada desprezível. Segundo Barkley (2002), estima-se que aproximadamente 7% das crianças em idade escolar têm o TDAH.

TDAH é, pois um transtorno mental caracterizado pela deficiência de auto-regulagem do indivíduo em relação às demandas do seu meio social, fazendo com que seja desatento, hiperativo, alheio ao planejamento de sua própria vida enquanto perspectiva de futuro.

É importante ressaltar, para evitar diagnósticos equivocados, que para uma pessoa ser considerada portadora do transtorno tem que desenvolver “a presença de sintomas em pelo menos dois ambientes diferentes” (ROHDE;BENCZIK, 1999, p.42): casa e escola,escola e meio social,casa e meio social,etc..

O TDAH apresenta comorbidade,ou seja, apresenta-se comumente associado a outros problemas emocionais e de dependência, como depressão, ansiedade,alcoolismo, dentre outros.

Mas qual a origem dessa disfunção mental?Em 90% dos casos, o transtorno tem procedência genético-hereditária. Como diz o psiquiatra Paulo Mattos, 
"quem examina uma criança com TDAH frequentemente reconhece a existência do mesmo transtorno, ou pelo menos alguns sintomas dele no pai ou na mãe. Muito frequentemente, quando elas são entrevistadas na presença dos pais, já identificamos alguns sinais neles próprios (em geral inquietude na cadeira, movimentação das mãos e dos pés, impulsividade para responder as perguntas antes de ouvi-las por completo, pegar coisas com as mãos e as manipular o tempo todo, etc.). Em outras ocasiões, quando o diagnóstico é feito e explicado aos pais, eles próprios percebem em si mesmo (ou então um percebe no outro). (MATTOS, 2003, p. 41-42)"

Eis um exemplo bastante ilustrativo dessa constatação científica: 
"Marcelo é filho de Jorge e Isabel. Embora Jorge seja bem-sucedido na profissão, sempre teve dificuldades em organizar-se no trabalho. (...) Quase não consulta a agenda, com frequência esquece as reuniões marcadas. Tem dificuldades de ler os relatórios da empresa onde trabalha. (...) Já perdeu algumas possibilidades de bons negócios, pois toma muitas decisões rapidamente, antes de pensar. Na escola, tinha dificuldade de ficar sentado por um período inteiro. (...) Jorge acha Marcelo muito parecido com ele, quando era menor. Acredita que o filho irá superar as suas dificuldades com um tempo. Isabel tem medo de que as dificuldades do filho possam continuar atrapalhando-o em casa e na escola.(ROHDE;BENCZIK, 1999, p.39)"

 As outras causas atribuídas ao TDAH são a existência de problemas obstétricos (problemas de parto não relacionados a questões emocionais) e o uso de fumo ou álcool durante a gravidez. Embora mães gravidas portadoras de TDAH sejam mais propensas ao consumo de bebidas e cigarros (nesse caso, o transtorno é motivado pela carga genética e não pelo vício), o fato é que o uso dessas drogas e as complicações de parto parecem influir decisivamente no surgimento do transtorno em 10% dos casos estudados. 

Elementos de desatenção, de hiperatividade e de impulsividade estão relacionados em todos que possuem o transtorno, porém se manifestam em níveis de associação distintos de pessoa para pessoa, ressaltando em três tipos de TDAH: o predominante desatento, (quando apresenta no mínimo seis sintomas dos nove característicos da desatenção),o predominante hiperativo/impulsivo(quando apresenta seis sintomas dos nove característicos da hiperatividade/impulsividade)e o combinado(quando aparecem no mínimo seis sintomas de cada uma das modalidades), sendo este último o que mais tem levado pessoas a clínicas e consultórios.

O TDAH acompanha o portador por toda a vida, apresentando seus sintomas desde muito cedo. Entretanto, conforme o caso diagnosticado, a criança pode levar uma vida relativamente “normal” através de tratamento com medicação, psicoterapia, psicopedagogia, alteração/adaptação de rotina e, em casos onde aparecem transtornos de linguagem, fonoaudiologia.

Para diagnosticar se a criança possui ou não do TDAH é necessário observá-la se a mesma apresenta sintomas em pelo menos dois ambientes. Ressaltando que, ela pode ser hiperativa/impulsiva, porém também poderá ter sintomas de desatenção e vice-versa.O que vai determinar o tipo de transtorno é o grau de predominância entre esses ou aqueles sintomas, uma vez que se encontram interligados em níveis diferentes de associação, variando de pessoa para pessoa. Os níveis de combinação entre esses dois grupos de sintomas (desatenção e hiperatividade/impulsividade) variam porque os indivíduos possuem informações genéticas distintas, vivem experiências diferentes e interagem em contextos sociais onde as demandas produzidas nem sempre são as mesmas ou se revelem antagônicas. Como diz Paulo Mattos

"o TDAH não dá em poste como eu costumo dizer aos pacientes , ‘dá em gente’, isto significa dizer que os portadores serão indivíduos com um determinado histórico pessoal, personalidades diferentes, estilos de vidas particulares, idiossincrasias, contextosfamiliares.(MATTOS, 2003, p.19)"

Além disso, dependendo do estágio de desenvolvimento do transtorno e da maneira que eles se comportam no meio que o cerca, outros sintomas que não estão ligados aos critérios tradicionais do diagnóstico do tratamento podem aparecer (e aparecem), tais como a baixa-estima, a irritabilidade aparentemente sem causa, a mudança permanente de interesses e outros. Sintomas de desatenção também vêm associados, diferindo seu nível de combinação de pessoa para pessoa: dificuldades em se concentrar, esquecimento de coisas diárias e necessárias, dificuldades de organização, etc.