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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Admire as folhas e flores de suas plantas




Trazer plantas para o seu lar é esteticamente agradável e, surpreendentemente, também oferece grandes benefícios à saúde.

Antes e depois do transplante de vasos


Benefícios à saúde física e psicológica:

  • Melhora no humor
  • Redução da fadiga
  • Redução do estresse e da ansiedade
  • Melhora no desempenho e no foco 
  • Melhora nos processos de cura e tolerância à dor
  • Minimiza a ocorrência de dores de cabeça
  • Melhora na saúde respiratória

Alguns desses itens, vale destacar, ficam por conta do processo de liberação de vapor de água que as plantas oferecem. Elas liberam vapor de água no ar, o que aumenta a umidade. Por sua vez, isso pode ajudar na melhora da saúde respiratória e da pele, já que compensa os efeitos da secagem dos sistemas de aquecimento. Assim, todo esse processo traz benefícios incríveis para quem tem problemas respiratórios, dores de cabeça e alergias.

Na verdade, estudos descobriram que as plantas oferecem coisas boas até para o ambiente profissional. Isso porque, quando as pessoas podem ter plantas em seus escritórios, seu desempenho no trabalho melhora! Não é de se admirar que tantos escritórios de tecnologia estejam incluindo espaços internos que lembrem florestas e oásis tropicais... Esses locais não são apenas bonitos, mas também ajudam seus colaboradores a se sentirem mais dispostos e trabalhar melhor!

Os humanos têm uma forte conexão com a natureza. Por isso, trazê-la para o ambiente que os cerca os torna mais calmos, contentes e, como vimos, mais concentrados. Atividades ao ar livre, como caminhadas na natureza, já demonstraram também serem capazes de melhorar os níveis de estresse e ansiedade de alguém - e viver com plantas pode fazer o mesmo. 

Inclusive, você sabia que já existem alguns estudos em andamento para saber se plantas próximas em quartos de hospitais podem ajudar os pacientes a controlar melhor sua dor?

Apenas ter plantas ao nosso redor, obviamente, trará benefícios psicológicos, mas o ato de cuidar de suas plantas também pode ajudar a diminuir o estresse e a ansiedade. Portanto, da próxima vez que você estiver regando suas plantas, diminua o ritmo, respire fundo algumas vezes e concentre-se realmente naquilo que está fazendo. Admire as folhas e flores de suas plantas, toque nelas - talvez até fale com elas! Isso ajudará todos a prosperar.


Construa Seus Próprios Recipientes Autoirrigáveis 

Criar seus próprios recipientes autoirrigáveis é uma maneira fantástica de manter suas plantas hidratadas com mínimo esforço. Aqui está um guia passo a passo para construir um sistema de autoirrigação para um jardim próspero:

Materiais Necessários:

Recipientes de armazenamento plásticos (com tampas) 

Tubo ou cano de PVC 

Cascalho ou pedras para drenagem 

Terra para vasos 

Material de mecha (corda de algodão ou tecido de feltro) 

Reservatório de água (outro recipiente ou uma seção do mesmo recipiente) 

Furadeira com brocas 

Faca utilitária ou tesoura 

Passo 1: Prepare os Recipientes 

Escolha os Recipientes: Selecione dois recipientes de armazenamento plásticos. Um será para a terra e o outro para o reservatório de água. 

Faça Furos: No recipiente de terra, faça furos de drenagem na parte inferior para permitir a saída do excesso de água. O reservatório de água deve permanecer sem furos.

Passo 2: Crie o Sistema de Mecha 

Corte o Tubo de PVC: Corte um pedaço de tubo ou cano de PVC para se ajustar à altura dos seus recipientes. Isso servirá como mecanismo de mecha. 

Insira o Material de Mecha: Passe um comprimento do material de mecha pelo tubo de PVC, deixando o suficiente para alcançar o fundo do recipiente de terra e estender até o reservatório de água.

Passo 3: Monte as Camadas do Recipiente  

Adicione Cascalho de Drenagem: Coloque uma camada de cascalho ou pedras no fundo do recipiente de terra. Isso ajuda a prevenir o encharcamento e promove a aeração das raízes. 

Instale o Sistema de Mecha: Insira o sistema de mecha de PVC no centro do recipiente, garantindo que alcance o fundo. 

Adicione Terra para Vasos: Encha o recipiente com terra para vasos, deixando espaço no topo para o plantio.

Passo 4: Configure o Reservatório de Água

Posicione o Reservatório: Coloque o segundo recipiente (o reservatório de água) sob o recipiente de terra. 

Encha com Água: Despeje água no reservatório, garantindo que a parte inferior do material de mecha esteja submersa. Opcionalmente, instale um indicador de nível de água para monitorar facilmente o nível de água.

Passo 5: Plante e Mantenha 

Plante: Escolha plantas adequadas para jardinagem em recipientes e plante-as no recipiente de terra. 

Monitore e Reabasteça: O sistema autoirrigável manterá a terra úmida, mas verifique periodicamente a umidade do solo e reabasteça o reservatório conforme necessário.

Desfrute de um jardim de baixa manutenção com esses recipientes autoirrigáveis, garantindo que suas plantas obtenham a hidratação necessária com menos esforço! 



segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Batalha de blindados nos dias atuais... #MedalhaDeHonra

Link > Batalha de blindados


Esse blindado foi confeccionado de um modo bem simples, o mais fácil possível.

Material necessário para cada blindado:

- 2 caixas de papelão

- 1 rolo de papelão

- fita adesivas 

- robô apirador de pó

Em casa, nos filmes ou na tv, sempre vemos os gatinhos entrando e saindo de caixas. Nesse vídeo, não foi diferente.

Provavelmente você já parou para pensar: por que é que os gatos amam tanto as caixas? Seja de papelão, madeira ou qualquer outro tipo, as caixas realmente parecem atrair todo tipo de gatinho.

Finalmente, vamos sanar essa dúvida sobre os felinos!

Caixas são abrigo

 Se você parar para observar, vai ver que os gatos gostam de conforto e estão sempre procurando o melhor lugar para deitar e ficar tranquilos. Mas não é só o conforto que importa para um animal em seu abrigo - a segurança também.

Estudos indicam que as caixas oferecem a condição perfeita de segurança para os gatos, pois funcionam como tocas com suas quatro paredes. Além disso, as caixas oferecem uma temperatura muito confortável para o corpo dos felinos.

Heranças genéticas

 Outra resposta que vai na mesma direção da anterior foi obtida por pesquisadores holandeses. Eles defendem que os gatos amam caixas porque elas desestressam os bichinhos.

Como os gatos têm em sua genética a predisposição para fugir de predadores e caçar, os esconderijos são perfeitos para esse instinto animal.

As caixas funcionam como uma fuga dos ambientes mais abertos da casa, que muitas vezes não oferecem aos gatos as melhores condições. Assim, eles procuram as caixas para se acalmarem e se acostumarem com os ambientes onde vivem.

 Por isso, fica a dica: ter uma caixa à disposição depois de uma mudança ou logo após a adoção é uma boa ideia para tranquilizar o gatinho.

 

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O simbolismo das cores dos continentes

Como sabemos, os cinco anéis olímpicos da bandeira do Comitê Olímpico Internacional representam os cinco continentes povoados da Terra: África,  Ásia,  Europa,  América e Oceania.

A simbologia de algumas das cores que representam os continentes, no entanto, não são muito coerentes. Vejamos:

1 - ÁFRICA  - A cor negra do anel que simboliza o continente africano representa bem a negritude que é a principal marca da África;

2 - ÁSIA - Da mesma maneira que a África é simbolizada pela cor negra, a Ásia é representada pela cor amarela, mantendo-se assim o mesmo critério;

3 - AMÉRICA - O vermelho que simboliza a cor dos nativos americanos é questionável, uma vez que os "peles vermelhas" povoavam apenas parte da América do Norte. Na porção sul do continente, os indígenas não têm a pele avermelhada. Percebe-se aqui uma generalização que privilegia apenas uma parte do continente americano, justamente a porção do Novo Mundo onde estão os Estados Unidos;

4 - OCEANIA  - O verde que simboliza a Oceania representa as suas florestas. Mas, qual dos cinco continentes em questão não têm florestas? No mais, se as cores dos anéis que simbolizam a África, a Ásia e a América buscam representar a cor da pele de seus respectivos povos, por qual motivo a cor do anel da Oceania não retrata o seu povo nativo: os aborígenes? Nesse caso, o critério é completamente negligenciado. 

5 - EUROPA  - A cor azul, que simboliza o Velho Mundo, é ainda mais criticável que a que representa a Oceania. O azul da Europa representa o seu mar. No entanto, todos os continentes são cercados pelo azul do mar. No mais,  todo mundo sabe que nada simboliza melhor a Europa que a cor branca da pele dos europeus. Seria óbvio, portanto, a cor que melhor representaria o continente e - certamente  - não seria o azul.

Cada continente está atrelado a um agrupamento étnico específico. Dessa forma,  podemos fizer que:

A África é negra;

A Ásia é amarela;

A Europa é branca;

A América é indígena;

A Oceania é aborígene. 

As cores da África, Ásia e Europa sempre foram bem definidas. Faltaria definir a cor que representaria os indígenas da América e os Aborígenes da Oceania. Dessa maneira, teríamos uma simbologia coerente e desprovida de dualidades.



quarta-feira, 24 de julho de 2024

Globo terrestre

O Globo Terrestre é o modelo icônico ou o único mapa verdadeiro da Terra, pois é a sua representação em miniatura, sendo empregado como referência dos mapas. Nesta representação da Terra como um todo, destacam-se: a exatidão das formas, das distâncias, das áreas e das direções. Exige-se menor abstração de quem utiliza o Globo Terrestre. Este tipo de categoria gráfica constitui o melhor recurso a ser usado pelo professor nas primeiras séries escolares no que se refere à percepção e formação de conceitos espaciais como: direções, localizações, distâncias, fluxos, limites e relações entre fenômenos e fatos da superfície do planeta Terra.

 O Globo Terrestre mais antigo data de 1492, ano do descobrimento da América, e tem 50 cm de diâmetro. Nele, o oceano ao Sul e Leste da Ásia está cheio de ilhas, onde deveria ser a América. 

O professor precisa ter paciência na transmissão dos conceitos espaciais e temporais, pois estes são construídos, pouco a pouco, na mente do aluno por implicarem a elaboração de um sistema de relações, podendo se afirmar que as construções tempo e espaço são correlativas. 

O ensino do Globo Terrestre, bem como para quê, por quê, quando e como o aluno consegue compreender, está cada vez mais sendo facilitado pelas imagens transmitidas via satélite, mas de qualquer forma, ainda, é uma representação abstrata e simbólica do real, exigindo leitura e decifração orientadas pelo professor. Baseada na teoria psicogenética de Piaget, Lívia Oliveira (1978) conclui que os primeiros mapas que as crianças devem aprender a manipular são os topológicos e o Globo Terrestre é o melhor exemplo. No entanto, nas relações espaciais topológicas não são considerados valores de distâncias, medidas e ângulos.

Assim como a criança gosta de brincar com miniaturas de caminhões, animais, móveis, pessoas etc., atingindo o conceito de objeto preso à ação física, embora com rápido crescimento da linguagem, assim também brincará com a miniatura da Terra. 

Quando a criança chegar ao estágio que Piaget chama de operatório-concreto já estará capaz de aplicar o pensamento lógico aos problemas relacionados com as coisas reais que ela tenha experenciado ou está experenciando. 

Portanto, nas primeiras séries do primeiro grau, o aluno já pode ter aprendido sobre a esfericidade da Terra, as direções, os movimentos de rotação e translação, o dia e a noite, as estações do ano, as zonas climáticas, a distribuição das terras e águas etc. 

Da terceira série em diante, o Globo Terrestre deve ser utilizado com os mapas para facilitar a formação de conceitos corretos sobre localização relativa de regiões e países, suas dimensões, distâncias, direções etc. 

Até os 10 e/ou 12 anos aproximadamente, o conceito de Coordenadas Geográficas fica além da capacidade de compreensão do aluno. Também a sua capacidade de interpretação é pouco desenvolvida, pois ainda não utiliza os seus conhecimentos já adquiridos. Nessa fase, é indispensável o auxílio do professor e a realização de muitos exercícios práticos. 

Três aspectos precisam ser considerados no ensino pelo Globo ou do Globo Terrestre: a escolha do tipo de Globo Terrestre mais adequado ao assunto a ser tratado e à realidade do aluno; a sua função na sala de aula; e o preparo do professor no tocante à sua capacidade de leitura e interpretação do referido recurso cartográfico. 

Alguns Globos Terrestres são verdadeiras obras de arte e valem fortunas. Há vários tipos de Globos Terrestres: 

- O Globo Terrestre Político – mostra fronteiras de países, cidades principais, rotas comerciais e outros aspectos humanos. 

- O Globo Terrestre Físico-político – somados aos aspectos políticos, sua ênfase é o relevo e a hidrografia. Alguns são iluminados por dentro e revelam tanto a parte física quanto a política, mas quando a luz é apagada fica só a política.

- O Globo Terrestre Lousa – pode ser feito com uma bola de isopor ou qualquer bola inflável para facilitar o transporte e será usado junto do globo impresso. Este tipo de globo conterá apenas as coordenadas principais (Equador, Trópicos, Círculos Polares, Meridiano de Greenwich e Linha Internacional da Data), os continentes e os oceanos. Nele, o professor vai indicar com giz ou tinta removível, ou fios, os locais, as áreas, as rotas ou qualquer assunto que envolva a noção de espaço.

O Globo Terrestre é uma esfera perfeita? 

Torna-se necessário definir alguns termos: esfera – é um corpo sólido, perfeitamente redondo em toda a sua extensão, ou seja, é uma bola. A esfera contém o círculo e a circunferência; círculo – é uma superfície plana limitada por uma circunferência; circunferência - é o anel ou aro ou linha que limita o círculo; raio – é a distância constante do centro do círculo até qualquer ponto da circunferência. Quando é traçada a linha da circunferência com um compasso, a abertura deste materializa o raio. Diâmetro, por sua vez, é o dobro do valor do raio. O círculo apresenta uma área e a circunferência é medida em seu comprimento.

É possível localizar, sem um ponto de referência e imóvel, alguma coisa em uma esfera perfeita?

Se a Terra fosse imóvel não haveria o eixo imaginário. Porém, como ela gira de Oeste para Leste, o Polo Norte e o Polo Sul são os extremos deste eixo imaginário em torno do qual a Terra faz o seu movimento de rotação. Ao conhecer o movimento de rotação da Terra, o aluno compreende que leste e oeste são direções e não pontos ou locais fixos, e que o norte e sul indicam a direção do eixo terrestre. 

O intervalo de tempo entre duas passagens sucessivas do Sol por um mesmo meridiano origina o Dia Solar que dura 24 horas.

Embora a velocidade de rotação seja grande, não a percebemos, pois é quase constante. No Equador, a velocidade é de 1.700 km/h; nos Trópicos, de 1.513 km/h; nos Círculos Polares, de 850 km/h; e nos Polos, nula.

O que é a linha do Equador? 

Nos Globos Terrestres e nos mapas antigos, o Equador recebia o nome de Linha Equinocial ou Linha dos Equinócios. A palavra equinócio, que vem dos termos em latim Aequus (igual) e nox (noite), significa “noites iguais”. Tal fato se explica porque nos dias 22 ou 23 de setembro e 20 ou 21 de março, na linha do Equador, os raios do Sol formam um ângulo de 90 graus com o eixo da Terra. Neste período, o Círculo de Iluminação passa pelos polos e coincide com os meridianos à medida que a Terra gira. Portanto, o dia e a noite têm a mesma duração de 12 horas no mundo inteiro, ou seja, tanto para o Hemisfério Norte como para o Hemisfério Sul.

Devido ao achatamento do planeta, o Equador é o maior círculo da Terra, sendo denominado de máximo. Os círculos máximos dividem sempre a esfera terrestre em duas partes iguais, pois são produzidos por planos que a cortam, passando por seu centro, independentemente da posição do plano. Pode-se traçar sobre o Globo Terrestre um número infinito de círculos máximos. 

O círculo máximo do Equador é equidistante dos dois Polos e perpendicular ao eixo. Ele divide a Terra em duas metades de esferas ou calotas, ou hemisférios: Hemisfério Norte, Boreal ou Setentrional e Hemisfério Sul, Austral ou Meridional.

O eixo do Globo Terrestre é inclinado em relação a quê? 

A Terra gira em um eixo inclinado em relação a um plano imaginário que passa ao mesmo tempo pelo seu centro e pelo centro do Sol. Esse plano imaginário é o plano da órbita ou eclíptica terrestre que forma um ângulo agudo de 23º 27’ com o plano do Equador, e recebe o nome de obliquidade da eclíptica. Essa inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da eclíptica vai refletir no estabelecimento das linhas de referência como os trópicos e círculos polares. 

A Órbita ou Eclíptica corresponde ao caminho que a Terra faz no seu movimento de translação em volta do Sol, numa velocidade aproximada de 107.000 Km/h. Esta órbita tem a forma de uma elipse, assim, a Terra ora se aproxima do Sol, ora se afasta dele. 

Na maior parte dos Globos Terrestres, aparece traçado um círculo eclítico com dois pontos de interseção com a linha do Equador. Estes dois pontos são diametralmente opostos, pois os dois círculos máximos se cortam em dois semicírculos. 

Também a inclinação do Eixo terrestre e o movimento de translação combinados, dão como resultado a distribuição desigual da luz e do calor solar recebido por cada região do planeta no transcurso de um ano, originando as estações: verão, outono, inverno e primavera, além das diferentes durações do dia e da noite

Por que Trópicos e Círculos Polares são paralelos que servem como linhas de referência? 

Os paralelos são círculos mínimos ou menores, cujos planos de circunferência não passam pelo centro da esfera terrestre.

Os diâmetros dos Círculos vão diminuindo gradativamente, a partir da linha do Equador, até anularem-se nos Polos quando o plano tangencia o eixo Polar. 

Alguns paralelos se destacam e constituem linhas de referência devido à inclinação do Eixo terrestre. Como consequência, o ângulo de 23o 27’, formado da relação do plano do Equador com o plano da Eclíptica, determina os Trópicos. Já o ângulo também de 23o 27’, formado pelo eixo da Terra e o Círculo de Iluminação, estabelece os Círculos Polares. 

O Trópico de Câncer, no Hemisfério Norte, e o Trópico de Capricórnio, no Hemisfério Sul, assinalam os limites máximos que alcançam os raios verticais no Norte e ao Sul do Equador. O Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico assinalam os limites que alcançam os raios oblíquos. Nos Polos, os raios solares são tangentes. 

Para melhor entendimento, o professor poderá espetar no Globo Terrestre alfinetes de cabeças coloridas como se fossem pessoas. Ele precisa prestar atenção para que as pontas dos alfinetes fiquem voltadas para o centro do Globo Terrestre.

A zona de iluminação da Terra situada entre os Trópicos chama-se Zona Intertropical; a balizada por um Trópico e o Círculo Polar é a Zona Temperada, e as áreas limitadas pelos Círculos Polares são as Calotas Polares.

*****Depois continuo*****





No ensino da Geografia é essencial o uso constante do Globo Terrestre em qualquer faixa etária do estudante. Quatro generalizações são reiteradas em uma variedade de contextos: 

– As distribuições globais dos mais variados aspectos físicos e humanos não coincidem com as fronteiras políticas.

– Os padrões espaciais semelhantes são encontrados em diferentes partes do mundo. 

– As diferenças não podem ser ordenadas objetivamente em termos de qualidade. 

– Mesmo situadas em lugares distantes, as pessoas mantém intercâmbio. 

Portanto, no estudo de distância, distribuição, associação, região, movimento, interação, escala e mudança espacial através do tempo exige-se o uso do Globo Terrestre. 

É sempre bom enfatizar que os conceitos fundamentais da Geografia são ideias explicadas e compreendidas nos vários estágios do desenvolvimento intelectual do estudante e que cada um constrói a sua própria dimensão dos significados e níveis de abstração dos conceitos. Além disto, a velocidade do desenvolvimento intelectual de cada um está relacionada tanto com a idade do estudante como com a sua maturidade, inteligência, experiências educacionais anteriores e interesses. 

O essencial é o professor ter um sólido saber geográfico, para orientar o aluno no desenvolvimento de significados e níveis de abstração de conceitos em Geografia

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Olimpíadas e Paraolimpíadas e a cobertura midiática

 


O presente estudo analisa a história das Olimpíadas e das Paraolimpíadas relacionando seus desenvolvimentos com o advento da cobertura midiática, e correlaciona essas duas modalidades de evento entre si. Por meio do estudo teórico e da observação dos dados sobre a cobertura da mídia dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos tentamos comprovar a diferença de tratamento dado a cada evento, reflexo de uma sociedade que se diz inclusiva, mas que acaba se revelando discriminatória através da mídia.





Introdução Este estudo tem como finalidade analisar a história das Olimpíadas e das Paraolimpíadas relacionando seus desenvolvimentos a partir da cobertura midiática, e correlacionar essas duas modalidades de evento entre si. Os Jogos Olímpicos são um conjunto de provas esportivas de caráter mundial, disputadas de quatro em quatro anos em cidades escolhidas; são, também “um espetáculo filmado e divulgado pelas televisões”.

Esse também pode ser considerado o conceito de Paraolimpíadas, entretanto, há diferenças. Os Jogos Olímpicos são divulgados intensamente, já a cobertura dos Jogos Paraolímpicos fica restrita a pequenas notas na mídia, e a transmissão precária das competições em alguns canais por assinatura. 

Mostrar e analisar essa diferença entre a cobertura das Olimpíadas e das Paraolimpíadas é um dos objetivos desta pesquisa. Assim como verificar a hipótese de que os Jogos Olímpicos, ao contrário dos Jogos Paraolímpicos, tornaram-se espetáculos pelo fato de que atletas transformam-se em mitos nacionais, enquanto paratletas transformam-se em símbolos de superação. 

Analisaremos de que forma a comunicação contribui para a inclusão ou a exclusão dos deficientes, e mostraremos a importância da atuação do jornalista no processo de desmistificação da deficiência, focando o trabalho na diferença de cobertura jornalística das Olimpíadas e das Paraolimpíadas. 




Olimpíadas, Paraolimpíadas e Sociedade 

Nos anos de Olimpíadas e Paraolimpíadas, o mundo inteiro se rende aos encantos e magia da abertura, dos diferentes esportes, da superação de tempo, espaço e de limites. A mídia tem grande parcela de responsabilidade nesse fato, uma vez que por trás do momento mágico olímpico estão as redes midiáticas e seus patrocinadores exigindo reformas arquitetônicas, ditando regras, impondo horários e vestimenta. “Mas o que se observa claramente é a tendência do ser humano em criar heróis, endeusar pessoas, mitificar nomes”. Qual o papel da mídia nessa tarefa? O objetivo deste trabalho é responder essa e outras questões. 

A mídia auxilia o desenvolvimento de ambos os eventos, na medida em que divulga as competições e os transforma em grandes espetáculos televisivos e radiofônicos, principalmente; segundo Bourdieu “(...) a representação televisiva, embora apareça como um simples registro, transforma a competição esportiva entre atletas originários de todo o universo em um confronto entre campeões (...) de diferentes nações”. Mas, os meios de comunicação também atuam como meios excludentes, “pelo fato de que cada televisão nacional dá tanto espaço a um atleta ou a uma prática esportiva quanto mais eles forem capazes de satisfazer o orgulho nacional ou nacionalista”.

Estamos numa sociedade dita inclusiva, mas na qual o preconceito para com o deficiente é ainda muito grande. Segundo Claudia Werneck , “o preconceito da sociedade em relação à deficiência se revela de inúmeras e discretas formas. O da mídia também”. Os jornalistas têm dificuldade em falar no assunto. 

Para Carlos Alberto Marques no deficiente está incutido o arquétipo da incapacidade, sem que “se busque conhecer o potencial desse indivíduo”, assim, de acordo com Ana Maria Morales Crespo “a mídia reflete uma imagem tão imprecisa e incompleta – das pessoas com deficiência -, que torna impossível reconhecer-se nela”.


A diferença básica, que pretendemos mostrar, entre Olimpíadas e Paraolimpíadas é a cobertura. Enquanto os Jogos Olímpicos são divulgados à exaustão, os Jogos Paraolímpicos ficam relegados a uma ínfima cobertura jornalística, não existem favoritos ao podium, nem mesmo depósito de confiança e esperança nas atividades esportivas desses atletas. Aqueles que conseguem uma imagem positiva na mídia, devido as suas vitórias, são tidos como símbolos de superação; de acordo com a Coordenadora de comunicação do CPB, Gisliene Hesse, “a mídia ainda privilegia muito a emoção nas matérias sobre atletas com deficiência e falta o jornalista entender que o esporte paraolímpico é de alto rendimento” ; e à sociedade cabe “somente a função de reconhecer e aplaudir o sucesso daqueles que teriam vencido as suas próprias limitações”. 

Isso porque há uma dificuldade de identificação e de projeção, por parte dos telespectadores, com os atletas paraolímpicos, o que não ocorre com relação aos olímpicos.

“(...) a cultura nacional, desde a escola, nos imerge nas experiências mítico-vividas do passado, ligando-nos por relações de identificação e projeção aos heróis da pátria, os quais também se identificam com o grande corpo invisível, mas vivo, que através dos séculos de provações e vitórias assume a figura materna (a Mãe-Pátria, a quem devemos amor) e paterna (o Estado, a quem devemos obediência)”. 

A mídia faz com que as pessoas tenham compaixão por esses para-atletas, uma vez que, segundo a imprensa, eles são “símbolos de superação”. Portadores de qualquer  deficiência ou doença “devem ganhar não a solidariedade, mas o respeito e a confiança da mídia”. Materiais jornalísticos sobre esse assunto não devem causar compaixão, mas levar a uma reflexão.

Embora os atletas paraolímpicos “mostrem talento e coragem para enfrentar os obstáculos da vida, a sociedade ainda acredita na sua incapacidade e os meios de comunicação refletem essa mentalidade”. A sociedade continua sem (in)formação para acreditar nas potencialidades dessas pessoas. A diferenciação que os meios de comunicação fazem entre as Olimpíadas e as Paraolimpíadas é o maior exemplo de que a mídia, como reflexo da sociedade (ou o inverso), constrói uma realidade para ser consumida pelo público, já que mostrar a deficiência só dá “ibope” se for em situações que explicitem o “exótico-humano”.


Olimpíadas x Paraolimpíadas

De quatro em quatro anos o maior evento esportivo do mundo, as Olimpíadas, movimentam bilhões de dólares; em Atenas, 2004, cerca de um bilhão de dólares foram gastos em direitos de transmissão de imagens e 16033 jornalistas cobriram o espetáculo. Já nas Paraolimpíadas, que receberam o título de segundo maior evento esportivo mundial, em Atenas apenas 3000 jornalistas fizeram a cobertura dos Jogos. 

De acordo com a coordenadora de comunicação do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Gisliene Hesse, “(...) a divulgação do esporte paraolímpico ainda não pode ser comparada com o olímpico, que se sobressai pela tradição e maior desenvolvimento”. Então, com a finalidade de que o movimento paraolímpico tivesse ampla divulgação e maior valorização, o CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) contratou a produtora de vídeo Íntegra Produções, coordenada por Marcos Malafaia, para captar, editar e transmitir gratuitamente imagens dos jogos de Atenas, para as emissoras brasileiras interessadas. Além disso, oito emissoras abertas e fechadas foram convidadas pelo Comitê para cobrirem a competição (Rede TV, Record, TVE, TV Nacional, Sport TV, Rede Gazeta, NSB e Rede Bandeirantes); outros dez veículos também foram convidados, Rádio Eldorado, Rádio CBN, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde, Lance!, Estado de Minas, Diário de Pernambuco, Tribuna do Norte, Jornal de Brasília, O Dia, O Globo e o portal UOL.

Segundo o presidente do CBP (Comitê Paraolímpico Brasileiro), Vital Severino Neto, “o CPB passou a trabalhar com a perspectiva de uma cobertura diferenciada no momento em que entrou em contato com Marcos Malafaia”.

Os Jogos Olímpicos começaram em 776 a.C. em Olímpia, na Grécia antiga, e duraram por mais de mil anos. Entretanto, o evento religioso que deu origem aos Jogos é bem mais antigo, podendo datar do século 13 a.C. Durante todos esses anos os Jogos Olímpicos se desenvolveram; a primeira edição dos Jogos da Era Moderna aconteceu em Atenas, em 1896, e reuniu 14 países e 311 atletas, já na sua edição mais recente, realizada, também, em Atenas em 2004, 201 países e mais de 10651 atletas participaram. Se por um lado, esse crescimento representa a vitória do ideal olímpico moderno, por outro gera, no mundo dos esportes, uma série de problemas que os estudiosos atribuem ao próprio gigantismo dos jogos. Em primeiro lugar, torna-se cada vez mais difícil organizá-los, pelo altíssimo investimento financeiro que representam (os alemães ocidentais gastaram cerca de 630 milhões de dólares com os de Munique). E também pela importância que a vitória nos campos do esporte passou a ter em termos de prestígio político.

Os Jogos Paraolímpicos tiveram sua primeira versão em 1960, em Roma, e contava com a participação de 23 países e 400 atletas; em sua edição mais recente, em Atenas 2004, o evento reuniu 143 países e 4000 atletas; os investimentos atingiram patamares antes inimagináveis; patrocinadores mundiais ajudaram a custear a competição e a profissionalização do esporte foi visível. Os números mostram que entre a primeira e a última versão dos Jogos houve uma grande evolução, o esporte para pessoas com deficiência abandonou o caráter estritamente de lazer e de reabilitação, passando a buscar também o alto-rendimento. Assim, aumentou-se o interesse da mídia por esse segmento esportivo; contudo, segundo o jornalista do Correio Braziliense, José Cruz, “Ainda não há uma cobertura sistemática do esporte paraolímpico (...)”15. A Paraolimpíada de Atenas foi um marco para o paradesporto brasileiro, porque, de acordo com o presidente do CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) o para-atleta voltou de Atenas como um ídolo, e reconhecido pelo público; o Brasil que voltou da Grécia despertou a consciência nacional para o esporte paraolímpico, atraindo, assim, as atenções da mídia e das grandes marcas empresariais.



Tabela comparativa 

Olimpíadas


Paraolimpíadas 


Fonte: Comitê Paraolímpico Brasileiro, disponível em < www.cpb.org.br

* Em Tóquio, 1964, teve o início do processo de consolidação da divulgação do esporte paraolímpico pelos meios de comunicação, porém os números ainda não foram corretamente avaliados. 

Por problemas de organização, as Paraolimpíadas de 1968 e 1972 (Tel-Aviv e Heidelberg) ocorreram em cidades diferentes da sede das Olimpíadas, constituindo exceções na história dos Jogos Paraolímpicos. Em 1988, em Seul, os jogos voltaram a ser disputados na mesma cidade que abriga as Olimpíadas.


Conclusão 

Enquanto o Comitê Paraolímpico Brasileiro se esforça para ampliar a divulgação do paradesporto, o Comitê Olímpico Brasileiro falha nesse sentido, deixando de credenciar veículos on-line (internet); o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) diz que a entidade optou por não credenciar sites e portais com o intuito de "atender aos veículos de grande imprensa que tradicionalmente vêm cobrindo os Jogos Olímpicos".

Os Jogos Olímpicos são tanto um evento esportivo quanto midiático. A primeira transmissão de TV realizada no mundo foi experimental, durante os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936; “o registro visual daqueles jogos definiu a estética olímpica das décadas seguintes, marcada pela celebração do corpo atlético e a exploração das coreografias de massa”. Já Sydney deve passar para a história como marco do declínio da cobertura televisual e ascensão da cobertura pelas novas mídias (internet).

Apesar da cobertura das Paraolimpíadas ser ainda muito pequena com relação às Olimpíadas, notamos que está havendo uma mudança significativa na divulgação dos Jogos Paraolímpicos. Um estudo realizado, pelo Comitê Paraolímpico Internacional, com 17 países, aponta uma audiência televisiva acima de 1,8 bilhões de pessoas durante os Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004. O Japão teve o maior índice de audiência acumulada (587 milhões), seguido pela França (335 milhões), Alemanha (310 milhões) e China (309 milhões). Em relação à audiência acumulada, a maior fatia de mercado, contudo, foi alcançada pela Nova Zelândia (26,4%), Suíça (21,6%) e Áustria (21,1%). Dos países analisados, o Brasil transmitiu o maior número de horas (168 h), seguido pela Espanha (125 h).

A diretora de Mídia e Comunicação do Comitê Paraolímpico Internacional, Miriam Wilkens afirma que, “Este desenvolvimento confirma que tem havido um significativo aumento no interesse pelos Jogos Paraolímpicos”.

Assim percebemos a importância de responder a todas as questões colocadas no início da pesquisa, porque a mídia não faz a mesma cobertura das Olimpíadas e das Paraolimpíadas? Como a mídia auxilia o desenvolvimento de ambos espetáculos esportivos? Como a sociedade se comporta diante dos Jogos Olímpicos e dos Paraolímpicos? E porquê? Analisar essas questões foi o objetivo do presente estudo