POR RENATA BRAVO - PESQUISAS, TECNOLOGIA ASSISTIVA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESDE 2013
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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Congas recicladas

Congas recicladas são instrumentos musicais do tipo percussão, feitos a partir de materiais reutilizados, como tambores usados, latas grandes, baldes, tubos de PVC ou galões plásticos. É uma alternativa sustentável e educativa para construir instrumentos de forma artesanal, especialmente em projetos escolares ou oficinas culturais.

Como fazer Congas recicladas (passo a passo simples):

Materiais sugeridos:

1 galão de água ou balde plástico resistente (tipo de tinta ou massa corrida)

Câmera de pneu de bicicleta ou couro sintético (para a pele)

Elástico grosso, cordas ou fita adesiva resistente

Tesoura ou estilete (uso com supervisão adulta)

Tinta e pincéis (para decorar)

Opcional: base de madeira ou suporte com pés

Montagem:

1- Limpe o recipiente escolhido e remova rótulos ou resíduos.

2- Corte a câmera de pneu em um círculo maior que a boca do balde/galão.

3- Estique a pele sobre a boca do recipiente.

4- Prenda bem firme com corda, fita adesiva ou elástico largo.

5- Ajuste a tensão para que o som fique mais grave ou agudo.

6- Decore à vontade! Use tintas, colagens ou tecidos coloridos.

Usos pedagógicos:

Aulas de música (ritmo, som grave/agudo)

Projetos de educação ambiental e sustentabilidade

Atividades culturais afro-brasileiras e caribenhas

Oficinas de artes e construção de instrumentos

Dica:

Você pode montar um conjunto completo com:

Congas (baldes grandes)

Bongôs (potinhos de sorvete colados lado a lado)

Agogôs (latas de refrigerante)

Reco-reco (garrafas PET com canudo e palito)

Oficina Temática com Congas Recicladas, ideal para crianças, adolescentes ou até adultos, em contextos escolares, culturais ou comunitários.

Oficina Temática: Ritmos e Sustentabilidade com Congas Recicladas

Objetivo Geral:

Construir instrumentos musicais de percussão (congas) com materiais recicláveis, explorando ritmos populares e valorizando a consciência ambiental e a cultura afro-latino-americana.

Duração total:

2 encontros de 1h30 ou 1 encontro de 3h com pausas.

 Público-alvo:

Crianças a partir de 8 anos

Adolescentes

Grupos comunitários ou escolares

Conteúdos abordados:

Educação ambiental (reaproveitamento de materiais)

Ritmo e percussão corporal

Cultura afro-brasileira e caribenha

Criatividade e expressão artística

Etapas da Oficina:

1- Acolhida e Introdução (15 min)

Roda de conversa: o que é uma conga?

Mostra de vídeos curtos com ritmos afro-latinos

Fala breve sobre reciclagem e reaproveitamento

2- Construção das Congas Recicladas (50 min)

Materiais: baldes ou galões, câmaras de pneu/couro ecológico, cordas, elásticos, fitas, tintas.

Passo a passo guiado (veja acima)

Pintura e personalização dos instrumentos

3- Ritmos e Experimentação (40 min)

Atividades de percussão corporal e escuta rítmica

Exploração dos sons produzidos pelas congas

Ensaios simples de ritmos básicos (samba-reggae, maracatu, guaguancó caribenho)

4- Apresentação ou Roda de Ritmos (20 min)

Grupo toca junto um ritmo simples aprendido

Possível integração com outros instrumentos reciclados (agogô, chocalhos)

Compartilhamento das criações e impressões

5- Encerramento e Reflexão (15 min)

O que aprendemos?

Como podemos reutilizar mais no dia a dia?

Fotos e exposição dos instrumentos (opcional)

Materiais necessários:

Baldes plásticos ou galões de água

Câmaras de ar de bicicleta (ou couro sintético)

Cordas, elásticos ou fitas adesivas largas

Tesouras (com supervisão), pincéis, tintas, panos

Áudio com batidas para prática (pode ser celular e caixa de som)

Sugestão de título para o projeto:

"Batucando com Consciência: Ritmo, Cultura e Reciclagem"

Adaptação para Inclusão, ideal para escolas, centros culturais ou instituições sociais.

Batucando com Consciência: Ritmo, Cultura e Reciclagem

Público-alvo:

Crianças e adolescentes (8 a 14 anos)

Com inclusão de participantes com deficiência intelectual, física ou sensorial leve a moderada

Objetivos Gerais:

Desenvolver a consciência ambiental por meio da reutilização de materiais.

Estimular a coordenação motora, o ritmo e a expressão musical.

Promover o respeito à diversidade e a inclusão através da arte colaborativa.

Valorizar culturas afro-brasileiras e caribenhas.

Objetivos Específicos:

Identificar sons e ritmos corporais e com instrumentos reciclados.

Construir congas com materiais reutilizados de forma segura e criativa.

Tocar coletivamente um ritmo simples com apoio de sinais visuais e sonoros.

Trabalhar a escuta, o respeito ao tempo do outro e o trabalho em grupo.

Duração:

3h no total, divididas assim:

30 min — acolhida e sensibilização

1h — construção dos instrumentos

1h — prática musical e roda de ritmo

30 min — apresentação, conversa final e fotos

Etapas com Adaptações para Inclusão:

1- Acolhida e Sensibilização (30 min)

Atividade: Roda de conversa + Jogo de escuta rítmica

Adaptações:

Imagens de congas reais e recicladas para apoio visual

Tapete com espaço livre para cadeiras de rodas

Palavras-chave em Libras (com apoio de intérprete, se houver)

Toques leves nos ombros ou palmas para sinalizar transições (surdez)

2- Construção das Congas (1h)

Atividade: Cada participante monta e decora sua conga reciclada

Adaptações:

Tesouras adaptadas com mola para baixa motricidade

Uso de fita dupla face ao invés de nós, se necessário

Auxílio de monitores ou pares para etapas mais difíceis

Decoração com adesivos grandes e carimbos (para baixa visão ou motricidade reduzida)

3- Prática Musical e Roda de Ritmo (1h)

Atividade: Tocar ritmo guiado com sinal visual e sonoro

Ritmos sugeridos: batidas simples (ex: 1 – pausa – 1 2)

Adaptações:

Sinais visuais com plaquinhas coloridas (verde = tocar, vermelho = pausa)

Uso de metrônomo visual no celular/tablet (pisca ou vibração)

Integração de percussão corporal para quem não conseguir tocar a conga

Apoio de educador para manter o ritmo próximo à criança com deficiência intelectual

4- Apresentação e Encerramento (30 min)

Atividade: Roda musical com apresentação livre e fala dos participantes

Adaptações:

Participação simbólica (como bater um sino ou gritar um som no fim do ritmo)

Apoio com tablet ou placas para quem usa comunicação alternativa

Espaço acessível para familiares ou cuidadores assistirem

Recursos e Materiais:

Materiais recicláveis:

Baldes, galões, potes plásticos

Câmaras de pneu (ou papelão rígido e fita)

Cordas, elásticos, fita larga

Tintas, pincéis, adesivos, carimbos

Materiais de apoio:

Tapete ou lona no chão

Metrônomo visual ou app musical com batidas

Cartazes com ritmo colorido 

Intérprete de Libras (se possível)

Fichas com instruções em pictogramas (para TEA e DI)

Avaliação formativa:

Participação ativa na construção

Engajamento nas atividades rítmicas

Respeito e colaboração entre colegas

Expressão individual por meio da arte e do som




Timbal

 

O timbal é um instrumento de percussão que carrega uma rica história ligada principalmente à música afro-cubana, brasileira e caribenha. Ele é bastante usado em gêneros como o axé, a música baiana e a salsa. Veja um resumo da história e evolução do timbal:

Origem e Evolução do Timbal

- Raízes Africanas

O timbal tem suas origens nas tradições percussivas africanas, especialmente em tambores usados em cerimônias religiosas e sociais.

Durante o período da escravidão, muitos desses instrumentos foram trazidos para as Américas, influenciando a música de países como Cuba e Brasil.

- Influência Afro-Cubana

Em Cuba, surgiu o timbal cubano (ou timbales), que é diferente do timbal brasileiro. Ele é composto por dois tambores metálicos usados na música latina, como salsa e mambo.

Os timbales são tocados com baquetas e têm um som metálico, marcante.

- Timbal Brasileiro

O timbal brasileiro surgiu na Bahia nos anos 1980, popularizado por músicos do movimento axé music, como Carlinhos Brown e o grupo Timbalada.

Ele é feito de metal, madeira ou fibra, com formato cônico e som forte, ideal para tocar em pé com as mãos.

Muito usado em blocos afro, como Ilê Aiyê e Olodum.

- Características do Timbal Brasileiro

Formato: cônico, semelhante a um cone invertido.

Material: alumínio, madeira ou fibra.

Tocabilidade: tocado com as mãos, em pé.

Sons: graves potentes no centro e agudos estalados nas bordas.

- Importância Cultural

O timbal é símbolo da força da cultura afro-brasileira.

É um dos instrumentos mais expressivos da música percussiva do Brasil.

Tem papel central em festas populares como o Carnaval de Salvador.

Cultura afro-brasileira, música ou movimento corporal

Batucando com o Timbal

Objetivo Geral:

Estimular a percepção musical, a coordenação motora e o respeito à diversidade cultural por meio da experimentação do timbal e ritmos afro-brasileiros.

- Objetivos Específicos

Reconhecer o som e a forma do timbal.

Desenvolver ritmo e noção de tempo.

Valorizar a cultura afro-brasileira.

Trabalhar em grupo e respeitar turnos.

Duração:

40 a 50 minutos

Público-alvo:

Crianças de 4 a 8 anos (adaptável)

Áreas envolvidas:

Música

Artes

Educação Física

História/Cultura afro-brasileira

Materiais:

1 timbal (real ou improvisado com balde/plástico duro)

Instrumentos alternativos: latas, potes, tambores artesanais

Imagens ou vídeos curtos de blocos afro (ex: Timbalada, Olodum)

Tinta guache, pincéis (opcional para decorar instrumentos)

Cartaz com a palavra: TIMBAL

Etapas da Atividade:

1- Roda de conversa (10 min)

Apresente o timbal: forma, som e história breve (com imagens ou som).

Mostre o uso no Carnaval da Bahia e em blocos afro.

Pergunte: Você já viu ou ouviu um instrumento assim? Como acha que se toca?

2- Experiência sonora (10 min)

Mostre diferentes batidas com as mãos.

Deixe cada criança experimentar tocar com as mãos (individualmente ou em pequenos grupos).

Dê nomes criativos aos sons: “batida do trovão”, “chuva leve”, “passo de formiga” etc.

3- Jogo do ritmo (15 min)

Professor bate um ritmo e os alunos repetem (jogo do "Eco musical").

Varie: lento/rápido, forte/fraco.

Pode-se fazer em duplas: um "comanda" e o outro imita.

4- Criação coletiva (10 min)

Formem uma “batucada mirim”.

Escolham um nome para o grupo (ex: "Timbaleiros da Alegria").

Criem juntos um pequeno ritmo (pode repetir 3 batidas simples).

Toquem juntos, com instrumentos reais ou alternativos.

- Adaptações para Inclusão

Uso de instrumentos leves e acessíveis.

Crianças com deficiência auditiva podem sentir as vibrações ou acompanhar por sinais visuais.

Crianças com mobilidade reduzida podem usar baquetas, caso tenham dificuldade com as mãos.

Sugestão de Avaliação:

Participação ativa nas atividades.

Capacidade de escutar e repetir os ritmos.

Curiosidade e respeito à diversidade musical e cultural.

Extensão artística (opcional):

Peça para as crianças decorarem seus "timbais" artesanais.

Monte uma exposição ou apresente a batucada final para outra turma.

Batucando com o Timbal

Sugestões para adolescentes (Ensino Fundamental II e Médio) e outra para a terceira idade. Também incluí uma sugestão de versão intergeracional.

Versão 1 - Oficina com Adolescentes (11 a 17 anos)

Objetivos:

Desenvolver noções de ritmo, improvisação e trabalho em grupo.

Conhecer o timbal como símbolo da cultura afro-brasileira.

Estimular expressão corporal, criatividade e consciência cultural.

Duração:

1h a 1h30

Etapas:

1- Introdução Cultural

Apresentar vídeo curto de um bloco afro (Timbalada, Ilê Aiyê ou Olodum).

Falar sobre o papel do timbal na resistência e identidade cultural afro-brasileira.

Debate rápido: Por que a música é uma forma de resistência?

2- Vivência com o Timbal

Demonstração de sons básicos no timbal.

Revezamento para que todos experimentem o instrumento.

Utilização de instrumentos alternativos (baldes, latas, tambores artesanais).

3- Desafio de Ritmo

Dividir em grupos pequenos.

Cada grupo cria uma sequência rítmica curta (4 a 6 compassos).

Apresentação entre grupos com feedback colaborativo.

4- Composição Coletiva

Criar uma batucada coletiva com base em temas como: identidade, força, natureza, ancestralidade.

Inserir palmas, voz ou corpo no ritmo.

5- Fechamento

Roda de conversa: O que aprendi com o som do timbal?

Registro da experiência (desenho, texto, poesia ou vídeo).

Versão 2 - Oficina para a Terceira Idade

Objetivos:

Estimular a coordenação motora, memória rítmica e expressão cultural.

Favorecer interação social e autoestima por meio da música.

Duração:

45 a 60 minutos

Etapas:

1- Roda de Memória Musical

Compartilhar músicas de Carnaval ou blocos afro que conheçam.

Mostrar o timbal e seu som. Relacionar com experiências vividas.

2- Batucada com as mãos

Cada participante improvisa com um instrumento leve (tambor, almofada, mesa).

Sequências simples: 3 batidas, pausa, 3 batidas…

3- Corpo que toca

Estímulo à percussão corporal: palmas, batidas leves nas pernas, pés.

Combinações lúdicas com ritmos familiares.

4- Momento Coletivo

Todos tocam juntos uma sequência simples. Pode usar marchinha conhecida.

Cantar juntos, se possível, para integrar mais sentidos.

5- Relaxamento

Encerrar com música suave (instrumental de atabaques ou timbal).

Alongamentos leves e respiração.

Versão 3 - Oficina Intergeracional (crianças, jovens e idosos juntos)

Tema: "Nossos Ritmos, Nossas Raízes"

Dinâmica principal:

1- Grupos mistos com integrantes de diferentes idades.

2- Cada grupo cria um ritmo simples inspirado em uma história ou memória de um dos participantes mais velhos.

3- Apresentação dos ritmos com narração da memória associada.

4- Encerramento com grande roda de batucada coletiva.

A receita da música caribenha e o que a torna tão animada

O ritmo da música caribenha é animado por vários motivos culturais, históricos e musicais. 

Veja por que isso acontece:

1- Origem Africana e Indígena

Muitos ritmos caribenhos, como salsa, merengue, soca, calipso e reggaeton, têm raízes na música africana, que valoriza batidas fortes, sincopadas e dançantes.

A influência indígena e europeia também trouxe instrumentos e estruturas musicais que se fundiram com os ritmos africanos, criando uma mistura rica e energética.

2- Uso de Instrumentos Percussivos

Tambores, bongôs, congas, timbales, maracas, steel drums e outros instrumentos percussivos são comuns na música caribenha.

Esses instrumentos criam batidas rápidas e contagiantes, que dão vontade de dançar.

3- Cultura de Festa

A música caribenha está ligada a festas populares, como Carnaval, festivais de rua e celebrações religiosas.

O objetivo é animar, celebrar, dançar - por isso, o ritmo tende a ser alegre, acelerado e envolvente.

4- Clima e estilo de vida

O clima tropical influencia um estilo de vida mais leve e extrovertido, que se reflete na música.

É comum ouvir essas músicas em praias, bares e festas ao ar livre, o que favorece ritmos vibrantes.

5- Mistura de culturas

A região do Caribe recebeu influências da África, Europa, América Latina e Índia. Essa diversidade resultou em ritmos únicos, como a salsa cubana, o reggae jamaicano e o zouk da Martinica, todos com muito movimento.

Contando as cores

Atividade inclusiva e interdisciplinar para a Educação Infantil, com foco em matemática, coordenação motora, percepção visual, cores e contagem. Ela também favorece a inclusão de crianças com diferentes estilos de aprendizagem e necessidades especiais

Contando com as Cores

Faixa etária: 4 a 6 anos

Áreas envolvidas: Matemática, Artes, Psicomotricidade, Educação Especial

Duração: 30 a 40 minutos

Objetivos:

Desenvolver a contagem e o reconhecimento dos números de 1 a 10.

Estimular a coordenação motora fina e a percepção tátil-visual.

Reconhecer cores e fazer correspondência entre quantidade e numeral.

Promover inclusão com uso de materiais acessíveis e manipuláveis.

Materiais:

Papelão ou EVA (base e tiras)

Cordões ou barbantes

Miçangas ou contas coloridas (preferencialmente grandes)

Canetão para marcar os números

Cola quente ou fita adesiva

Alternativas táteis: contas com texturas diferentes (para cegos/baixa visão)

Alternativas sonoras: miçangas com guizos (para estimular auditivamente)

Desenvolvimento da Atividade:

1- Apresente a base com as casas numeradas de 1 a 10.

2- Cada tira de papelão (com contas coloridas) corresponde a um número.

3- A criança deve contar as bolinhas e associar com o número correspondente na base.

4- Incentive a nomeação das cores e a percepção tátil, quando possível.

5- Proponha desafios orais:

“Qual tira tem 6 bolinhas?”

“Coloque a tira com 4 contas azuis na casa certa.”

“Quantas contas vermelhas você vê?”

Adaptações para Inclusão:

Baixa visão ou cegueira: use contas com diferentes texturas e tamanhos; numerais em braille ou em relevo.

Deficiência intelectual: ofereça apoio visual com cartões coloridos e faça a contagem junto verbalmente.

Autismo: utilize sequência previsível, cores favoritas e tempo extra.

Surdez: inclua sinais em Libras para números e cores.

Motora: permita apoio ou uso de adaptadores para segurar as tiras.

Conteúdos Trabalhados:

Quantidade e numeral

Cores primárias e secundárias

Coordenação olho-mão

Inclusão e respeito às diferenças

Avaliação:

Observação direta da participação e tentativa de associação correta

Capacidade de contar e identificar cores

Envolvimento no processo de experimentação

Contando com as Cores

Etapa: Educação Infantil (4 a 6 anos)

Duração: 1 aula de 40 minutos

Campos de experiência (BNCC):

Traços, sons, cores e formas

Corpo, gestos e movimentos

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

O eu, o outro e o nós

Objetivos de Aprendizagem:

Contar e associar quantidades aos numerais de 1 a 10

Identificar e nomear cores

Desenvolver coordenação motora fina e visual

Explorar diferentes formas de percepção (visual, tátil, auditiva)

Promover inclusão e participação de todas as crianças

Materiais Necessários:

Base de papelão com casas numeradas de 1 a 10

Tiras de papelão com contas coloridas (quantidades de 1 a 10)

Cordão ou barbante

Caneta preta para numerar

Miçangas grandes ou bolas coloridas

Fita dupla face ou cola quente

Materiais táteis alternativos: contas texturizadas, tecido, papel bolha

Sinais em Libras dos números impressos (ou vídeos)

Sistema braille ou numerais em alto-relevo (opcional)

Desenvolvimento da Aula:

1- Roda de Conversa Inicial (10 min)

Apresente os materiais e explore oralmente: “O que vemos aqui? Que cores temos? Para que servem essas bolinhas?”

Mostre as tiras com contas e a base de encaixe.

Incentive a contagem oral coletiva de 1 a 10, usando o corpo (palmas, passos, pulos).

2- Momento de Experimentação (20 min)

Distribua as tiras com contas entre as crianças.

Oriente a contagem individual e o encaixe da tira no número correspondente da base.

Estimule a verbalização: “Essa tem 3 contas, então vai no número 3!”

Use apoio visual (cartazes com números e cores).

Para crianças com deficiência visual: oriente pelo tato e/ou utilize tiras com contas texturizadas.

Para crianças com autismo: utilize sequência clara, com antecipação da tarefa e reforço positivo.

3- Desafio Lúdico (5 min)

Misture as tiras e proponha que troquem entre si.

Proponha perguntas:

“Quem tem a tira com 7 contas?”

“Quem consegue achar o número 5 na base?”

“Qual tira é a mais longa? Qual é a mais curta?”

4 Encerramento e Compartilhamento (5 min)

Convide as crianças a mostrar sua tira e dizer a cor e o número.

Valorize os acertos, mas principalmente o esforço e a participação.

Adaptações Inclusivas Específicas

Necessidade Adaptação:

Deficiência visual Contas grandes com texturas, numerais em alto-relevo ou braille, mediação verbal intensiva

Surdez Apoio visual com Libras (cartazes ou vídeos), uso de gestos e reforço visual das etapas

Autismo (TEA) Sequência previsível, antecipação da atividade com imagens, tempo de adaptação individual

Deficiência intelectual Repetição com apoio visual, pares de apoio (tutoria entre colegas), foco nas cores

Deficiência física Materiais adaptados com velcro ou ímã para facilitar manuseio, tempo maior de execução

Avaliação Formativa:

Participação ativa na contagem e no encaixe das tiras

Reconhecimento de cores e numerais

Interesse e envolvimento no momento lúdico

Interação e cooperação com colegas


 

Desenvolvimento da coordenação motora fina, associação de cores, contagem e noções de quantidade

Habilidades desenvolvidas:

Coordenação motora fina (uso das mãos e dedos)

Reconhecimento de cores

Contagem e noção de quantidade

Atenção e concentração

Pareamento (cor e número)

Força e precisão no movimento de pinça (ao manusear prendedores)

Materiais:

Palitos de picolé grandes

Fita adesiva colorida ou tinta (dividindo o palito em seções)

Prendedores de roupa pequenos

Canetinha para escrever números nos prendedores

Objetivo da atividade:

A criança deve:

1- Contar as divisões coloridas em cada palito.

2- Selecionar o prendedor com o número correspondente.

3- Prender o prendedor na seção correta do palito.

Adaptações para Inclusão:

Usar palitos com texturas diferentes para crianças com deficiência visual.

Marcar os prendedores com símbolos ou pontinhos em relevo (Braille ou tátil).

Substituir prendedores por botões grandes ou velcro para crianças com dificuldade de força ou coordenação.

Sugestão de faixa etária:

2 a 5 anos, com variações na complexidade (ex: cores apenas ou adicionar contagem).


Variações inclusivas

Palitos Coloridos e Prendedores Contadores

Etapa:

Educação Infantil – Pré-escola (3 a 5 anos)

Duração:

30 a 45 minutos

Objetivos Gerais:

Desenvolver a coordenação motora fina por meio de movimento de pinça.

Estimular o reconhecimento e pareamento de cores.

Explorar noções de número e quantidade.

Trabalhar atenção, concentração e autonomia.

Objetivos Específicos (BNCC):

Campo de Experiência: O Eu, o Outro e o Nós / Traços, Sons, Cores e Formas

(EI02ET04) Coordenar suas habilidades manuais no uso de materiais diversos.

(EI02EF03) Classificar objetos com base em características observáveis (cor, forma, tamanho).

(EI03ET03) Demonstrar controle e precisão dos gestos ao manusear diferentes objetos e ferramentas.

Conteúdos:

Coordenação motora fina (movimento de pinça)

Reconhecimento de cores

Contagem de 1 a 5

Pareamento (cor + número)

Atenção visual

Materiais:

Palitos de picolé grandes

Tinta guache ou fita adesiva colorida (5 cores diferentes)

Prendedores de roupa pequenos

Caneta permanente para numerar os prendedores

Caixinha para organizar os prendedores

Desenvolvimento da Atividade:

1- Rodinha de Introdução (5-10 min):

Conversa sobre as cores e os números.

Mostrar os palitos e os prendedores.

Explicar que a missão será “ajudar os palitos a encontrar os prendedores certos”.

2- Exploração Lúdica (20-30 min):

Cada criança escolhe um palito.

Observa quantas cores/divisões há no palito.

Escolhe o prendedor com o número correspondente.

Prende o prendedor na parte colorida.

Pode trocar de palito e repetir.

3- Encerramento (5 min):

Conversa sobre o que foi feito.

Reforço de cores e números.

Elogiar os esforços das crianças.

Adaptações para Inclusão:

Necessidade/Adaptação

- Deficiência visual - Usar texturas diferentes em cada faixa colorida. Números em Braille ou em relevo nos prendedores.
- Dificuldade motora - Prendedores maiores ou com botão. Substituir por velcro ou encaixe simples.
- TEA ou TDAH - Usar cartões com instruções visuais claras e repetir passo a passo. Oferecer fones abafadores se necessário.
- Deficiência intelectual - Usar menos cores e números. Reforçar verbalmente e com gestos cada passo.

Avaliação:

Observar se a criança consegue associar número e quantidade.

Verificar se consegue prender os prendedores com autonomia.

Analisar o interesse, engajamento e persistência na tarefa.

Registro fotográfico ou anotação em portfólio individual.

Variações:

Usar letras ao invés de números para trabalhar alfabetização.

Criar desafios: “Encontre o palito com duas cores vermelhas”, etc.

Trabalhar sequência lógica (do menor para o maior número).

Vulcão colorido de espuma

Esse tipo de experiência desperta a curiosidade científica de forma divertida e segura.

Vulcão Colorido de Espuma

Objetivo:

Introduzir conceitos básicos de reação química (ácido + base) e promover o trabalho em equipe e a observação.

Faixa etária:

Educação Infantil (4 a 6 anos)

Materiais:

Frascos ou copos transparentes

Corantes alimentares

Bicarbonato de sódio

Vinagre

Detergente

Colheres e bandejas

Óculos de proteção infantil (opcional, mas recomendado)

Passo a passo:

1- Coloque o frasco sobre uma bandeja.

2- Adicione:

1 colher de bicarbonato de sódio

Algumas gotas de detergente

Corante alimentício da cor preferida da criança

3- Com um copo separado, despeje o vinagre no frasco e observe a "erupção".

Possibilidades de exploração:

Nomear as cores usadas e misturadas.

Observar sons, bolhas e cheiros.

Conversar sobre segurança em experiências.

Estimular hipóteses: "O que você acha que vai acontecer?"

Habilidades trabalhadas:

Curiosidade e investigação

Coordenação motora fina

Linguagem oral

Noções de causa e efeito

Trabalho em grupo

Claro! Abaixo está o plano de aula completo da atividade lúdica científica "Vulcão Colorido de Espuma", com adaptação para inclusão, considerando diferentes perfis de crianças da Educação Infantil.

Descobrindo a Ciência com Cores e Espuma

Faixa etária: 4 a 6 anos

Duração: 50 minutos

Eixo: Natureza e Sociedade/Linguagem Oral e Escrita/Movimento

Tema: Reações químicas simples (vinagre + bicarbonato)

OBJETIVOS GERAIS:

Estimular a curiosidade científica.

Promover a exploração sensorial e visual.

Desenvolver a oralidade e o trabalho em grupo.

Estimular a observação e a formulação de hipóteses.

HABILIDADES DA BNCC (EI03ET01, EI03CG02, EI03TS01):

Explorar fenômenos naturais por meio da experimentação.

Utilizar diferentes linguagens para expressar descobertas.

Cooperar com os colegas em atividades em grupo.

MATERIAIS:

Frascos plásticos ou copos transparentes

Corantes alimentares

Vinagre

Bicarbonato de sódio

Detergente

Colheres, funis (opcional), bandejas

Óculos de proteção infantil (opcional)

Cartaz com imagens do passo a passo

Panos e papel toalha para limpeza

DESENVOLVIMENTO:

1- Roda de conversa (10 min):

Pergunte: Vocês já viram uma explosão de espuma?

Mostre imagens de vulcões e experiências químicas seguras.

Explique que vocês vão brincar de cientistas.

2- Preparação e experimentação (25 min):

Forme grupos pequenos (2 a 3 crianças).

Oriente cada passo com apoio visual e verbal.

Realizem juntos:

Colocar bicarbonato no frasco

Adicionar corante e detergente

Despejar vinagre lentamente

Observe a reação e incentive comentários: “O que está acontecendo?”, “Que som faz?”, “Como está mudando?”.

3- Socialização e registro (10 min):

Volta à roda para compartilhar o que observaram.

Fazer desenho da experiência (quem desejar).

Nomear cores e contar como foi a “explosão”.

4- Encerramento (5 min):

Reforce a importância de observar e experimentar.

Parabenize os pequenos cientistas.

ADAPTAÇÕES PARA INCLUSÃO:

Acessibilidade Cognitiva:

Use cartazes com ilustrações do passo a passo.

Repita instruções com clareza e calma.

Inclua gestos ou comunicação alternativa (pictogramas).

Acessibilidade Motora:

Frascos com bocal largo e materiais com alça adaptada.

Se necessário, apoie a mão da criança nos movimentos.

Possibilidade de assistir e ser responsável por outra etapa (colocar corante, por exemplo).

Acessibilidade Visual:

Corantes fortes e contrastantes.

Ofereça a experiência tátil: cheiro do vinagre, textura do bicarbonato.

Descrever verbalmente cada passo e reação.

Acessibilidade Auditiva:

Utilize gestos, imagens e legendas em vídeos explicativos (se usar).

Faça demonstração visual clara.

AVALIAÇÃO:

Participação ativa e curiosidade.

Capacidade de observar e comentar o fenômeno.

Colaboração em grupo.

Expressão oral, gestual ou por desenho do que vivenciou.

Descobrindo os Níveis do brincar

Variações adaptadas para Educação Inclusiva (considerando deficiências diversas) e para Terceira Idade, mantendo os fundamentos dos níveis do brincar, mas respeitando as necessidades e potencialidades de cada grupo.


Descobrindo os Níveis do Brincar

A- EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Público-alvo:

Crianças com deficiência física, intelectual, auditiva, visual ou transtornos do neurodesenvolvimento (como TEA).

Adaptações Gerais:

Linguagem simples e acessível (visual, tátil, gestual).

Material sensorial: texturas, sons, cores contrastantes.

Tempo flexível e apoio individualizado.

Brincadeiras em duplas ou pequenos grupos para promover inclusão social.

Exemplos de Atividades Inclusivas por Nível:

1- Brincar Funcional (Sensorial)

Atividade: “Caixa mágica dos sentidos”

Caixa com objetos que têm diferentes texturas, cheiros e sons.

Descrição oral ou em Libras dos objetos.

Uso de recursos visuais/táteis para crianças com baixa visão.

2- Brincar de Construção

Atividade: “Construtores inclusivos”

Blocos grandes e leves (EVA ou espuma), acessíveis para quem tem mobilidade reduzida.

Alternativas digitais (aplicativos de montagem em tablets com acessibilidade).

3- Brincar Simbólico

Atividade: “Teatro de bonecos com acessibilidade”

Bonecos com velcro para crianças com coordenação limitada.

Apoio visual (fotos, pranchas PECS) para não falantes.

Mediação com intérprete de Libras se necessário.

4- Brincar com Regras

Atividade: “Jogo da trilha adaptado”

Jogo de tabuleiro ampliado com cores, símbolos táteis e dados com som.

Regras simples, com apoio visual e auditivo.

Duplas com tutor/mediador se necessário.


B. TERCEIRA IDADE

Público-alvo:

Idosos ativos ou em contexto terapêutico (como centros-dia ou lares). Pode incluir pessoas com Alzheimer inicial, Parkinson, AVC, entre outros.

Objetivos:

Estimular memória, cognição e movimento.

Promover alegria, pertencimento e socialização.

Reativar memórias afetivas por meio do brincar.

Exemplos de Atividades por Nível:

1- Brincar Funcional (Sensorial e Motor)

Atividade: “Caixa da infância”

Caixa com objetos do passado: brinquedos antigos, tecidos, aromas.

Estimula o tato, olfato e memória afetiva.

2- Brincar de Construção

Atividade: “Montar e lembrar”

Jogos de encaixe com peças grandes ou magnéticas.

Construção de formas livres ou estruturadas (casas, flores, letras).

Pode ser feito em grupos, com música suave.

3- Brincar Simbólico

Atividade: “Teatro da vida”

Contação de histórias com dramatização.

Representar profissões, festas antigas, situações da vida.

Incentiva fala, empatia e memória.

4- Brincar com Regras

Atividade: “Jogos de mesa afetivos”

Dominó com imagens antigas, bingo visual, trilha da vida.

Cartas com fotos de celebridades, novelas ou comidas da época.

Regras simples, com tempo ampliado e apoio do educador.

Avaliação (para ambos os grupos):

Participação ativa e espontânea.

Sorrisos, envolvimento e interações positivas.

Desenvolvimento de autonomia, comunicação e vínculo social.