Desenvolvo ações para sustentabilidade e educação ambiental: oficinas de reciclagem; palestras com temáticas sustentáveis - econômica, sociais, culturais e ambientais; ações eco pedagógicas e consultoria em marketing de sustentabilidade. Para solicitar trabalhos, entre em contato através do email: renatarjbravo@gmail.com
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No mundo globalizado, nos deparamos com um consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo por parte de todas as populações e, com isso, acabamos produzindo uma quantidade enorme de lixo por habitante, cujo destino final nem sempre é o adequado pelos governos e políticas de saúde dos países. Estudos revelam que 30% do lixo produzido no Brasil, são jogados nas ruas sem nenhuma preocupação por parte da população, isto acaba ocasionando problemas sérios e graves ao meio ambiente que afetam a todos nos grandes centros urbanos. Problemas como: entupimento de bueiros e galerias pluviais pode causar doenças transmitidas pela água contaminada que tem dificuldade de escoar, propiciando doenças como: cólera, hepatites, leptospirose, dengue entre outras. A contaminação do solo também é um indicativo importante para surgimento de outras doenças na população, cuja transmissão ocorre predominantemente por animais sinantrópicos como: roedores, insetos, aranhas entre outros. É importante que tenhamos uma responsabilidade ambiental no sentido de mudar paradigmas, nos cerceando de conscientização coletiva, para mudança de hábitos nas pessoas, para que possamos melhorar a nossa qualidade de vida com atitudes como:
-Realizar coleta seletiva de lixo em: indústrias, residências, serviços de saúde, restaurantes e Instituição de longa permanência para idosos entre outros; -Utilizar materiais recicláveis na construção civil; -Estimular o surgimento de cooperativas com inclusão de catadores de materiais recicláveis; -Preservar e recuperar áreas verdes; -Estimular a agricultura urbana; -Usar copos individuais nos locais de trabalho.
Com estas atitudes individuais, conseguiremos alcançar o objetivo de um meio ambiente mais saudável e agradável para futuras gerações, isentando-as de acometimento por doenças e complicações destas, que podem evoluir para mortes, decorrentes do desrespeito ao solo urbano e rural , no qual estamos vivenciando atualmente.
VAMOS SUPERAR A ERA DO DESPERDÍCIO E TRANSFORMAR O LIXO EM RECURSO?

sábado, 1 de agosto de 2020

Literatura infantil em libras estimula inclusão e desenvolvimento

A literatura infantil em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pode ser usada no ambiente escolar para promover o desenvolvimento das crianças. A literatura de forma geral possibilita a transmissão de cultura, conhecimento e visão de mundo, viabilizando ainda o desenvolvimento da memória, da concentração e da criatividade da criança.

Algumas editoras já têm publicado criações, adaptações e traduções de literatura infantil em Libras a fim de divulgar e disseminar a língua e a cultura do público deficiente auditivo aos pequenos.

A literatura indica a importância do acesso, às crianças deficientes auditivas, a tais traduções, que devem respeitar não só a cultura do público alvo, mas também sua faixa etária, desenvolvimento cognitivo e linguístico.




Uma vez que compreendemos ser a literatura infantil de suma importância no desenvolvimento das crianças. E que a comunidade deficiente auditiva usa e valoriza a literatura para expressar-se e desenvolver sua cultura, identidade e alteridade, é de suma importância a busca por estratégias literárias acessíveis as crianças deficientes auditivas em classes inclusivas das redes de ensino.

Estratégias que promovam o acesso à literatura enquanto possibilitam o desenvolvimento cultural e respeito linguístico desta.

Muito caminho ainda deve ser trilhado como a busca por traduções específicas para determinadas faixa etárias, uma vez que ainda há pouquíssimo material traduzido cujo público alvo sejam crianças deficientes auditivas em fase de alfabetização .



As histórias transmitem sentimentos que ajudam na integração e no desenvolvimento das crianças da comunidade deficiente auditiva. Vários deficientes relatam que a literatura escrita, não tem emoção como a literatura em Libras. O texto escrito é uma coisa fria para uma pessoa que não domina a língua. Na Libras, a criança sente a emoção narrada.


Histórias também são importantes para o desenvolvimento de habilidades como a memória e a noção de princípio, meio e fim, essencial para a compreensão de passado, presente e futuro. A memória do deficiente é visual.













sexta-feira, 24 de julho de 2020

Recorte na educação infantil

A psicomotricidade educa “o movimento" ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções intelectivas” (Costallat, 1987, p. 1). Na escola, portanto, não podemos deixar de considerar a intrínseca e dialética relação entre ações motoras e ações de cognição.

Na educação infantil, de modo geral, a intervenção no desenvolvimento psicomotor da criança é realizado na recreação e/ou por meio de atividades chamadas de coordenação viso-motora, figura-fundo, coordenação motora fina, entre outras. Tal modo de interferir no desenvolvimento psicomotor das crianças comporta concepções e filiações teóricas a disciplinas científicas que estabelecem, por exemplo, essa relação linear e mecanicista entre psicomotricidade e alfabetização.

Diversas são as atividades psicomotoras (de coordenação viso-motora e dinâmica manual) que compõem a pesquisa de Dalila Molina de Costallat (op cit.): picado, recorte a dedo (mosaicos), recorte com tesouras, bordado, colorido com lápis e pincel, desenho, contorno calcado e modelagem. A pesquisadora após muitos anos de experimentações e análises estabeleceu graduações em cada uma dessas atividades. Quanto à atividade do recorte, ela estabeleceu nove etapas de recorte com os dedos e vinte para o recorte com a tesoura.

As etapas do recorte:

Fase 1 - Recorte com os dedos

Etapa 1 : recorte em tiras 
Etapa 2 : recorte em pedaços grandes
Etapa 3 : recorte em pedaços pequenos
Etapa 4 : cobrir superfícies geométricas puras
Etapa 5 : cobrir superfícies de tamanhos médios, de contornos irregulares, de complexidade crescente
Etapa 6 : recortar linhas retas desenhadas 
Etapa 7 : recortar linhas
Etapa 8 : recortar silhuetas de contornos simples





Fase 2 - Recorte com a tesoura

Preensão correta da tesoura

Etapa 9 : cortar sem material

Manejo

Etapa 10 : franjas ao redor da folha
Etapa 11 : franjas em tira de papel
Etapa 12 : formas geométricas
Etapa 13 : círculos, meio-círculo e um quarto de círculo
Etapa 14 : linhas curvas
Etapa 15 : linhas quebradas
Etapa 16 : linhas mistas
Etapa 17 : recortar silhuetas de contornos irregulares de complexidade crescente
Etapa 18 : recorte de figuras em revistas
















Para além do recorte podemos questionar:

Quantos lados tem este pedaço que estamos segurando?
• Esses lados são iguais?
• Etc.
Depois de cortadas as tiras...
• Quantas tiras vocês conseguiram cortar?
• São estreitas ou largas?

• O que podemos fazer com essas tiras?
• Vocês preferem colar no papel na vertical ou horizontal? (Explicar)

Vários conceitos são trabalhados:

- divisão da folha de papel

- lados iguais / diferentes

- sobreposição

- fração (parte / todo)

- limites do papel (cortes longos e curtos)

- formas geométricas (retângulos, quadrados,triângulos, trapézio e hexágono)

- largo / estreito

- menor / maior

- horizontal / vertical / diagonal

- círculo, meio círculo e um quarto de círculo

- linhas curvas e retas

- Entre outros



quinta-feira, 23 de julho de 2020

A ciência na cozinha

Reaproveitamento de alimentos - Nada se perde tudo se transforma.

No Brasil, estima-se que cerca de 68 mil toneladas de alimentos vão parar no lixo diariamente, portanto, é considerado um dos mais ricos do mundo, e taxado como o país do desperdício (BADAWI, 2009). Os supermercados são os maiores responsáveis pelas perdas alimentares, jogando fora 13 milhões de toneladas de alimentos por ano. As feiras livres de São Paulo contribuem com mais de mil toneladas diárias, e o desperdício no consumo doméstico chega a 20%. Infelizmente, as perdas não se resumem apenas aos alimentos, mas também envolve questões de cunho financeiro do país, visto que há uma cifra de 12 bilhões de reais desperdiçada junto a eles (MAPA,2007).

O desaproveitamento de alimentos promove ainda um impacto negativo no meio ambiente
em função da inadequada deposição do lixo alimentar no solo, tendo consequências danosas como o
odor gerado pela putrefação da matéria orgânica e a formação do chorume, que normalmente
encontra-se contaminado e tem potencial para atingir rios e os lençóis freáticos (SANTOS, 2008).

A utilidade completa dos alimentos é uma alternativa capaz de propiciar às pessoas um melhor consumo nutricional, melhoria da economia relacionada aos alimentos e a relação ecológica entre o homem e o meio ambiente em que vive, uma vez que o aproveitamento tem como consequência a redução do lixo (SILVA et al, 2005). Através do aproveitamento das partes comumente inutilizadas, é possível não só alimentar um número maior de pessoas, mas também reduzir as deficiências nutricionais que possam existir, uma vez que boa parte dos alimentos desperdiçados contém nutrientes com alto valor nutricional.

 Diante da problemática enfrentada pelo Brasil e o mundo em relação ao desperdício de alimentos, e sem falar sobre o número de pessoas no Brasil que não tem o que comer, este projeto surgiu com o intuito de conscientizar os educandos sobre o valor da reutilização dos alimentos, bem como as ações que evitem o desperdício e promovam a melhor distribuição dos mesmos pela população em geral, procurar sensibilizar os discentes sobre a temática e para o desempenho da condição de cidadão.

O projeto de intervenção intitulado “A Ciência na Cozinha: Reaproveitamento de Alimentos; nada se perde tudo se transforma”, foi realizado em uma Escola Municipal , com um público-alvo de 27 alunos do 4º ano do ensino fundamental.

 Como problema a ser investigado no projeto: De que maneira seria possível conscientizar os alunos do 4º ano de uma Escola Municipal a se habituar a variados tipos de alimentos em uma alimentação saudável com o reaproveitamento de alimentos como cascas, talos e sementes?

O projeto teve como objetivo geral: Sensibilizar os alunos do 4º ano sobre o desperdício de alimentos; e objetivos específicos foram: Informar sobre a importância do reaproveitamento dos alimentos; explicar como reaproveitar esses alimentos a fim de evitar desperdício e incentivar a criatividade dos alunos para a criação de receitas alternativas.

Com este projeto pretendeu-se favorecer a aprendizagem e estimular o desenvolvimento do conhecimento científico, por intermédio da pesquisa e experiência.

O presente artigo aborda com o referencial teórico sobre a questão da alimentação saudável e o desperdício de alimentos; aponta sobre a metodologia abordada sobre a temática e os resultados obtidos durante a aplicação do projeto.

No Brasil, a fome é uma indagação para ser discutida no estabelecimento de ensino e a discussão começa pela situação de vida dos alunos e seus direitos e deveres como cidadãos.

O papel dos educadores é importante, pois devem preparar seus alunos para a estrutura de uma sociedade mais igualitária, em que as pessoas tenham não apenas o direito, mas as condições necessárias para usufruir de uma alimentação equilibrada qualitativa e quantitativamente sem desperdiço.

O combate ao desperdício pode começar de maneira bem simples, como através do aproveitamento das partes tradicionalmente não usadas dos alimentos. O aproveitamento integral de alimentos significa usar os nutrientes contidos em partes usualmente não aproveitadas tais como talos, cascas, sementes, folhas, entre outros, permitindo a preparação de novas receitas saudáveis e criativas para o cotidiano, contribuindo para uma alimentação mais rica.

Reaproveitamento de Alimentos: nada se perde tudo se transforma, onde se evidencia a Alfabetização Científica discutida nessa abordagem. Torna-se prioritário, dentro deste prisma, elencar situações de ensino-aprendizagem onde os alunos possam ser instigados à reflexão sobre os hábitos alimentares e a relevância destes para um padrão de vida melhor. O projeto aplicado aos alunos do 4º ano descreve o interesse de uma alimentação saudável, onde relata a importância de se aproveitar o alimento integralmente.

Com o reaproveitamento integral de alimentos podemos evitar o desperdício através da conscientização, fazendo com que a alimentação de muitas pessoas melhore, pois o Brasil está em 1º lugar no ranking por jogar alimentos perecíveis no lixo. Enquanto isso, milhões de pessoas passam fome, outras desperdiçam toneladas de alimentos por dia (BRASIL, 2006). Esta situação é um grande problema que acontece nos lares e também nas escolas, onde vários alimentos vão parar direto na lixeira.

 A educação ainda é a uma das saídas mais eficientes para o desenvolvimento da cidadania, pois desperta no indivíduo a reflexão, colaborando para a formação de um indivíduo prático e integral dentre todas as relações por ele adquiridas. Portanto, é essencial instruir os alunos não só na disciplina de Ciências a combater esses desperdícios de alimentos, mas de maneira interdisciplinar, para que ele perceba essa relação no contexto do seu cotidiano e possa assim relacionar com seus hábitos e atitudes.

Sob essa ótica, o ensino de Ciências nos anos iniciais deverá proporcionar a todos os indivíduos, saberes e possiblidades de progresso de recursos necessários para se orientarem nesta sociedade complexa, entendendo o que se passa à sua volta, tomando posição e intervindo na sua realidade.

Desta maneira, conscientizando os alunos sobre o desperdício de alimentos, se estará proporcionando condições para que o aluno exerça a sua cidadania. Pois, segundo Delizoicov e Angotti (1990), para o indivíduo exercer sua cidadania, ele deve ter um mínimo de formação básica em ciências e deve ser desenvolvido, na maneira a fornecer ferramentas que possibilitem um melhor entendimento da sociedade em que vivemos.

Nesse sentido, as pessoas devem receber pelo menos uma formação mínima em ciências para a sua formação cultural, uma vez que o centro do conhecimento científico das Ciências Naturais é parte constitutiva da cultura elaborada. Ademais, é na esfera dos anos iniciais que a criança constrói seus conceitos e apreende de modo mais significativo o ambiente que a cerca, através da apropriação e compreensão dos significados apresentados mediante o ensino das Ciências Naturais.

A influência da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo é notória, fazendo parte de várias atividades humanas. No entanto, o desenvolvimento científico tecnológico vem causando mudanças significativas nos âmbitos social, econômico, político e cultural e estas influências clamam não apenas por reflexões sobre desenvolvimento e vida social, mas também por tomada de
consciência e mudança de atitudes com relação aos problemas ambientais, éticos e de qualidade de
vida relacionadas a estes avanços.

Alfabetizar, portanto, os cidadãos em ciência e tecnologia é hoje uma necessidade do mundo contemporâneo (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Não se trata de mostrar as maravilhas da ciência, como a mídia já o faz, mas de disponibilizar as representações que permitam ao cidadão agir, tomar decisão e compreender o que está em jogo no discurso dos especialistas (FOUREZ, 1995). Essa tem sido a principal proposição dos currículos com ênfase em CTS. 

Segundo Oliveira et al, (2002) citado por Damiani et al, (2008), nos últimos anos, diversos pesquisadores brasileiros vêm estudando o aproveitamento das partes de vegetais, legumes e frutas não consumidas, tais como as cascas descartadas pela agroindústria, que podem ser utilizadas para a produção de alimentos ou ingredientes, e inclusive, incluídos na dieta humana. 

No que tange a saúde humana, a utilização integral dos alimentos pode contribuir de forma bastante eficiente parauma refeição mais nutritiva, resultando em uma melhor qualidade de vida. 

Para Oliveira et al (2002) e Prim (2003), no momento em que houver um trabalho de educação alimentar que promova a consciência de que os resíduos de vegetais e frutas desprezados, também são ricos em sais minerais, vitaminas e fibras, o desperdício de alimentos diminuirá, a fome terá maneiras de ser evitada, haverá uma maior economia doméstica, ou seja, a estes restos será agregado valor econômico e social e, consequentemente, diminuirão os resíduos depositados no meio ambiente. 


Metodologia 

O projeto de pesquisa intitulado A Ciência na Cozinha: Reaproveitamento de Alimentos; nada se perde tudo se transforma foi apresentado na Escola Municipal, no turno vespertino, com um público alvo de 27 alunos do 4º ano do ensino fundamental. O trabalho se deu em quatro etapas: 

1ª etapa: Conhecimento prévio da turma. Nessa etapa os alunos foram questionados através de conversa informal a respeito da alimentação saudável: se eles sabiam o que era, quais as frutas que eles mais gostavam, se eles comiam verduras e legumes todos os dias, etc. 

2ª etapa: Exposição de frutas e legumes; aula expositiva e dialogada utilizando recursos audiovisuais sobre os tipos de vitaminas encontradas nos alimentos e os benefícios de cada fruta, verduras e legumes, bem como o que ocasiona no organismo a sua carência. 

3ª etapa: Apresentação de vídeos – disponíveis no YouTube (Alimentação Saudável e Campanha contra o desperdício de alimentos) - mostrando a realidade do Brasil sobre o desperdício de alimentos e o que podemos fazer para evitar esse desperdício, reaproveitando sobras de alimentos, talos e sementes. 

4ª etapa: Culminância do projeto com degustação de sucos naturais, bolo de casca de banana, doce da entrecasca da melancia e doce de maçã, feitos pela pesquisadora. 

Conclui-se que o desperdício dos alimentos pode ser evitado através de um planejamento e de um trabalho educacional na escola, pelo esclarecimento dos alunos e da comunidade sobre a utilização dos alimentos, além de que, uma alimentação alternativa pode melhorar a nutrição, servir de auxílio para a economia dos indivíduos, e também auxiliar na diminuição do lixo que é produzido. O projeto se mostrou muito significativo para as crianças, que se envolveram e se sensibilizaram com a reflexão sobre uma alimentação mais saudável. Pode-se perceber que muitas informações já são de conhecimento dos alunos, mas que na prática muitas vezes não se traduzem. Desta forma, se verificou que o tema deve ser retomado com novas dinâmicas, reforçando a necessária mudança para hábitos mais saudáveis.



segunda-feira, 20 de julho de 2020

Reconto

Reconto é a reconstrução oral de um texto já existente. O principal procedimento é a imitação a partir de um texto modelo: um conto clássico, anúncio, texto expositivo, uma notícia, entre outros. Tal procedimento implica recontar parecido com o que estava no livro, no jornal, na revista, no encarte, ou como se fosse o autor. O propósito é a adesão ao texto selecionado, respeitando seu tipo de linguagem, as marcas do gênero, o tema e a sua estrutura.

A capacidade de recontar é influenciada pelas experiências letradas das pessoas, seu contato com os livros e leitores, sua exposição à escrita e à atividade de compor textos - tanto orais quanto escritos. Recontar não pressupõe que a pessoa esteja alfabetizada, pois o acesso ao texto pode ocorrer pela leitura em voz alta dos adultos. Durante o reconto, a análise do texto modelo acontece sobre seu conteúdo e estrutura como, no caso de um conto clássico, a organização temporal e causal, a complexidade dos episódios, as marcas típicas, as formas fixas e as restrições do gênero textual.

Na reconstrução do texto, o que se busca é a apropriação do texto modelo, com pouca flexibilidade para criações e modificações que se distanciem dele. No caso da sala de aula, o professor marcará, com suas intervenções, as relações entre linguagem oral e linguagem escrita, distinguindo entre o que faz parte do modelo, as transgressões e os comentários à parte.

Com crianças da Educação Infantil ou Ciclo Inicial de Alfabetização, o clima didático que se pretende é o de brincar com a linguagem escrita, o fazer de conta que é o autor da história.

O trabalho pedagógico de um reconto de um clássico, por exemplo, pode ser desenvolvido da seguinte maneira: selecionar o conto, uma história escolhida pelo adulto ou pelas crianças, ambos justificando a escolha. Explorar o livro: capa, páginas, texto, letras, ilustração. Identificar conhecimentos prévios: explicitar o que conhecem, criar hipóteses, fazer antecipações (predições) sobre o que pode ou deve acontecer na história. Ler o conto para as crianças: fielmente, sem omissões ou adaptações, criando "clima de encantamento", a partir de entonação, pausas, comentários, perguntas. Explorar alguns aspectos: nomes, modos de referência e descrição dos personagens, palavras interessantes, expressões "diferentes", repetições. Elaborar um roteiro do texto: as crianças identificam as partes importantes da história e o professor registra em um cartaz - é a primeira tentativa de reconstrução oral. Brincar de encenar: o professor reconta a história, a partir do roteiro, e as crianças assumem os personagens, interferindo na narração, completando e sugerindo mudanças no texto. Recontar: a partir do roteiro, as crianças recontam a história, coletivamente, com o desfio de fazê-lo "como fazem os bons autores".












sexta-feira, 17 de julho de 2020

Linguagem: separando as sílabas

A partir dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver uma noção maior de como a linguagem funciona e como as palavras são formadas - separando sílabas, brincando com rimas e músicas, descobrindo o som de cada letra.

Assim que esse interesse transparecer, comece a estimular o aprendizado da língua, usando sempre atividades que respeitem o ritmo de desenvolvimento das crianças.













A criança e o brincar: transição da educação infantil para o ensino fundamental no ciclo de 9 anos

Aqui, o eixo central é a importância do brincar no desenvolvimento da criança de seis anos e o que deve ser garantido a ela na transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, relatar como o brincar pode contribuir para um melhor desenvolvimento cognitivo, social e afetivos nos alunos de 6 anos, conhecer documentos oficiais do trabalho a ser realizado com os alunos inseridos nessa fase, com levantamento bibliográfico documental e pesquisa descritiva com revisão bibliográfica.

De acordo com a teoria de Piaget (1896 - 1980) o desenvolvimento da criança divide-se em períodos de acordo com o que consegue fazer em cada faixa etária, são eles: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto (PIAGET, 1975).

A pesquisa está focada no período pré-operatório, pois está relacionado a crianças de seis anos de idade. Esse período também pode ser chamado de estágio da representação, onde prevalece o pensamento simbólico, o faz-de-conta, acredita que tudo no mundo foi criado pelas pessoas (Artificialismo) e dá vida a seres inanimados (animismo). A criança ainda não tem a capacidade de raciocinar sobre o mundo de forma racional e adulta.

Aos seis anos de idade, as crianças ainda se encontram em processo evolutivo, onde deveria prevalecer o lúdico, o brincar. É por meio do brincar que aprendem e socializam com mais facilidade, desenvolvendo seu aspecto intelectual, emocional, físico-motor, sendo imprescindíveis em sua vida.

O brincar é algo que faz parte da cultura da criança de um modo geral. Cada criança tem seu modo de aprender, criar, cultura e vínculos afetivos.

O brincar é de suma importância para o desenvolvimento da criança pois ela aprende regras, costumes, aspectos afetivos, exprimir sentimentos, enfim, tem prazer em aprender brincando.

As crianças que acabam de sair da Educação Infantil, de um mundo onde a sua volta é de brincadeiras e fantasias de repente se depara com algo diferente em sua rotina escolar, é uma ruptura entre os dois ciclos, em que o lúdico deixa de prevalecer para ingressar em um ambiente de regras e ordens, algo mais sério, encontrando muitos desafios e frustrações.

Ao compreender a importância do brincar para as crianças, o professor tem o papel de favorecer que ele aconteça em sua prática pedagógica junto com a escola.

É necessário que o sistema escolar esteja atento às situações envolvidas no ingresso da criança no Ensino Fundamental, seja ela oriunda diretamente da família, seja da pré-escola, a fim de manter os laços sociais e afetivos e as condições de aprendizagem que lhe darão segurança e confiança.

As escolas devem criar um ambiente em sala de aula que estimule o aprendizado da criança, para que possa haver um desenvolvimento de todo seu potencial cognitivo.

Com a aprovação da Lei Federal nº 11.274 em Fevereiro de 2006, houve uma alteração na duração do Ensino Fundamental de oito anos para nove anos, assegurando um período mais longo na escola maior oportunidade de aprendizagem, principalmente as crianças pertencentes aos setores populares, pois as de poder econômico, já estão incorporadas no processo privativo desde cedo.

Devem-se respeitar as especificidades da criança de seis anos, não podemos trabalhar o mesmo conteúdo da primeira série do ensino de oito anos no ensino de nove anos. A criança desta faixa etária ainda não tem a capacidade de raciocinar o mundo de forma concreta.

Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. 

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica diz que a transição entre as etapas da Educação Básica requer uma articulação sequencial, sem rupturas.

Continuidade e ampliação – em vez de ruptura e negação do contexto socioafetivo e de aprendizagem anterior – garantem à criança de seis anos que ingressa no Ensino Fundamental o ambiente acolhedor para enfrentar os desafios da nova etapa.

É necessário que a transição ocorra de forma natural, valorizando o aprendizado através do brincar, no qual as crianças obtinham na Educação Infantil dentro do novo ciclo de nove anos, não provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de aprendizagem.

As características das crianças de seis anos devem ser preservadas durante a transição da educação infantil para o ensino fundamental. O ingresso desta criança garante que a mesma entre em contato com a realidade do mundo e da escrita, desenvolvendo suas habilidades cognitivas dentro da escola.

A transição da educação infantil para o ensino fundamental sofre uma grande ruptura onde o mundo da criança era o lúdico, jogos e brincadeiras, e de repente ela se depara com algo diferente, o estudar se torna algo mais sério, sobrecarregando-a com obrigações que não são para sua faixa etária.

A presente pesquisa desenvolveu-se em três capítulos, conforme segue:

Capítulo I - A importância do brincar no desenvolvimento da criança: trata-se da história do brincar na história humana, o brincar e o desenvolvimento da criança de seis anos.

Capítulo II – Aspectos da legislação: uma análise dos documentos legislativos, como: Constituição, Estatuto da criança e do adolescente, Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, Lei de diretrizes e bases e sua alteração e o Currículo.

Capítulo III – Vantagens e desvantagens do ensino de nove anos: um estudo dos pontos positivos e negativos da transição da educação infantil para o ensino fundamental.