Tomando-se como exemplo o parabolóide hiperbólico (base retangular ou quadrada com dois vértices fixos em nível inferior e dois em pontos superiores), as fibras do tecido que convergem para os pontos superiores resistem caracteristicamente às cargas que agem de cima para baixo – pressões do vento ou peso da neve; enquanto que as fibras que convergem para os pontos inferiores resistirão aos esforços de baixo para cima – vento na sucção. Quanto maior a diferença de cota entre os dois níveis, maior a eficiência no combate a estas cargas.
Os componentes básicos de tensoestruturas são as mantas sintéticas, as cordoalhas de aço, as estruturas de suporte e os elementos de ancoragem e fundação. As mantas são o principal material utilizado para a confecção das tensoestruturas.
Paraboloide Hiperbólica
Em matemática, um paraboloide é uma superfície quádrica de tipo especial. Existem dois tipos de paraboloides: elípticas e hiperbólicas.
Tendas
Em termos de funções arquitetônicas a origem das estruturas de membrana tensionadas se encontra nas tendas e nos toldos tradicionais. Reconhece-se por meio de representações e descrições arquitetônicas muitos teatros e anfiteatros romanos que eram feitos de velaria produzida a partir de linhas de tecido.
As tendas feitas de peles de animais ou materiais tramados foram usadas ao longo da história e têm sido utilizadas pelo mundo inteiro, particularmente em sociedades nômades que necessitam de coberturas portáteis. Exemplos de tendas passadas incluem as tribos nativas americanas, os abrigos mongóis, a "black tent" utilizada pelos povos nômades no Saara, Arábia e Irã.
Hoje, os tecidos são materiais compostos de fibras naturais ou artificiais, entrelaçadas nas duas direções perpendiculares entre si, de forma a atingirem um grau de resistência, translucidez ou impermeabilidade desejados. Os tecidos estruturais artificiais, alem das fibras, recebem varias camadas de revestimentos, em ambas as faces, que lhes conferem características adicionais e valiosas tais como: resistência aos raios UV, resistência aos fungos, não propagação de chamas, maior ou menor translucidez ou refletividade, etc.
Para a confecção das coberturas tensionadas são utilizados dois tipos básicos de tecidos estruturais: os tecidos em fibras de poliéster e revestidos de PVC (também denominados de PVC-PES), e os de PTFE – fibras de vidro revestidos com um polímero à base de flúor. Poli-Tetra-Flúor-Etileno.
Os tecidos do tipo PVC-PES são os mais comuns, mais fáceis de trabalhar em fábrica e no campo, mais baratos e tem a durabilidade media em torno dos 10 anos, para os bons produtos. Estes tipos de tecido podem ainda receber um acabamento superior de PVDF, aumentando suas qualidades de aparência e durabilidade para até 20 anos.
Por outro lado, os tecidos em fibra de vidro revestidos de PTFE, são mais sofisticados, têm maior durabilidade (no mínimo 15 anos até 25 ou 30 anos de garantia), oferecem maior resistência à intempérie e aos esforços externos. Entretanto, a fabricação e o manuseio destes tecidos requerem maior delicadeza, conseqüentemente mão de obra especializada, pois as fibras componentes são quebradiças. Cuidado todo especial deve ser tomado no transporte e na montagem.
Se nesta edição a prioridade é “destacar os cidadãos que vivem, criam, têm famílias, estudam, trabalham, produzem, andam, sentem e experimentam emoções onde a arquitetura e o urbanismo são uma presença constante” pode-se dizer que o Estádio é um fórum coletivo que permite aos cidadãos se encontrarem num equipamento, cujas dimensões refletem e convirjam com sua cidade e região.
O projeto solicita uma cobertura e um sistema de gramado portátil, comprometida com um equipamento multifuncional que permitirá a realização de eventos e competições sob qualquer condição meteorológica.