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Dilemas da Sustentabilidade frente ao consumismo

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A fonoaudiologia é uma parte fundamental do tratamento de pessoas com autismo, ajudando a melhorar a comunicação e a qualidade de vida.

O que a fonoaudiologia faz?

Avalia e reabilita funções como respiração, sucção, mastigação, deglutição, expressão facial e articulação da fala

Desenvolve a linguagem, interação social e comunicação efetiva
Promove o desenvolvimento da comunicação em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Contribui para a inclusão e reabilitação da pessoa com autismo

Como é a terapia fonoaudiológica?

O fonoaudiólogo realiza terapias personalizadas

Utiliza escalas e testes padronizados para avaliar o progresso terapêutico
Orienta a família sobre o processo terapêutico
Incentiva que o trabalho seja contínuo em todos os ambientes frequentados pela pessoa

Quando iniciar a fonoterapia?

É fundamental iniciar a fonoterapia o mais cedo possível, para potencializar os resultados ao longo das intervenções.

Outras abordagens terapêuticas para o autismo:

Terapia ABA, um modelo de análise comportamental que considera o comportamento humano como resultado do meio

Comunicação não verbal


Qual o papel do fonoaudiólogo no desenvolvimento do autista?

O objetivo maior da fonoaudiologia no desenvolvimento do indivíduo com Transtorno de Espectro do Autismo é melhorar os sintomas comportamentais, linguagem e comunicação verbal e não verbal. A intervenção precoce e continua do fonoaudiólogo é de extrema importância para que o quadro evolua satisfatoriamente, no que envolve sua comunicação geral e em especial, para o desenvolvimento de sua linguagem receptiva e expressiva, gestual, oral e escrita, capacitando-o para compreender, realizar atividades e agir sobre o ambiente que o cerca.

Como é o processo terapêutico fonoaudiológico com autistas?

Diante das características de cada autista, é necessário criar um programa terapêutico. Este consiste numa terapia individualizada e específica, podendo ter como base alguns modelos como o TEACCH, ABA, PECS, de acordo com a necessidade de cada indivíduo. A terapia da fala tem como objetivo diminuir ou eliminar a presença de formas pré-simbólicas não conversacionais, como gritos, por exemplo, trocando por mecanismos conversacionais de comunicação, aumentando as intenções comunicativas e categorias pragmáticas.

Nos indivíduos que falam, a terapia é direcionada no desenvolvimento da compreensão e expressão verbal, principalmente na semântica e pragmática, possibilitando maior autonomia e independência, desenvolvendo uma maior motivação para se comunicar.

Enriquecer o sensorial também é uma terapia eficaz para o tratamento do autismo, já que, a maioria desses indivíduos possuem problemas sensoriais que envolvem o cheiro e sensibilidade ao toque. Trabalhar com texturas, tato, temperatura, olfato, paladar e sons, pode desenvolver uma série de sensibilidades e interesse sensoriais, permitindo interagir e se envolver com o resto da sociedade.

Quais os principais desafios de se trabalhar com um autista?

As crianças apresentam duas entradas de aprendizagem, que são as auditivas e visuais, chamadas também de Inputs. A criança com autismo bloqueia algumas dessas entradas por apresentar questões sensoriais que impedem de aprender, tornando o trabalho do terapeuta desafiador.

O que você destacaria como novidade no tratamento do autismo?

Diante de crescentes pesquisas científicas, existem tratamentos, como Ozonioterapia, câmara hiperbárica, tratamento biomédico, eletroestimulação, entre outros. Porém as terapias (fonoaudiologia, T.O, fisioterapia e psicologia) baseadas em princípios de métodos como Hanen, floortime, ABA e TEACH, ainda continuam sendo o melhor tratamento contra as comorbidades do diagnóstico. Lembrando que o tratamento é individual e personalizado para cada paciente.

Como os pais também podem ajudar?

É de extrema importância a intervenção precoce de linguagem com crianças autistas e na habilitação dos pais para participar deste processo, já que eles proporcionam o ambiente em que a criança passa a maior parte do tempo. Os pais precisam aproveitar ao máximo as situações do dia a dia fazendo com que estas tornem a forma mais prazerosa e constante de estimulação da linguagem.

Estabelecer rotinas que facilitem a organização da criança, já que o autista tem a tendência de se fixar em rotinas. Trabalhar pela independência do filho, incentivando-o a vestir-se sozinho, beber, comer e servir. Elogiar cada avanço. Aproveitar momentos do dia a dia como, por exemplo, durante a refeição e banho, para ensinar e trabalhar conceitos. Abraçar as atividades no cotidiano da família, dentro e fora da casa, por exemplo, ir as compras, ajudar a guardá-las, preparar o almoço, lavar roupa, dentre outras.

Brincadeiras utilizando bola de sabão, brinquedos com sons, massinha de modelar, luzes, pintura, fantoches, músicas, livros, bonecos, bolas, devem estar presentes para aumentar a criatividade da criança.

Algumas palavras para a sociedade sobre o autismo.


Vivemos em uma sociedade com padrões preestabelecidos, onde qualquer um que esteja fora deles, é de primeira instância excluído. Os autistas são alvos de um maior preconceito. Os prejuízos causados por essa dificuldade de aceitação, pela sociedade, ganham proporções enormes, prejudicando diretamente o convívio social do autista.

As pessoas devem pesquisar mais sobre o assunto, devendo olhar com interesse, paciência e tolerância. Alguns conhecimentos específicos, atendimentos profissionais adequados e apoio da família serão de extrema importância para que esses indivíduos se sintam seguros no ambiente, otimizando as relações e trocas pessoais.

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