- Planejar as ações
- Ter um bom projeto
- Ter acesso às leis de incentivo
- Estar sempre bem informado
- Prospeccionar patrocínios culturais
- Dimensionar o local da ação cultural
- Conhecer as normas do setor
- Exercer a cooperação
Estar preparado para o que o mercado cultural necessita ter grandes e eficientes idéias e estar capacitado para produzir os mais diferentes projetos culturais, essas qualificações, juntas, pode tornar o gestor de projetos culturais um profissional preparado para o atual mercado de cultura em constante movimento, segundo estudo de caso estudado.
O presente artigo visa identificar como o gestor de projetos culturais pode se preparar para os desafios de uma realidade em constante movimento e mostrar quais são estes desafios e a relação deles no trabalho real do gestor, além de diagnosticar como o gestor de projetos culturais pode se adequar para as constantes mudanças do mercado cultural. Estar preparado para um mercado cultural “líquido” torna o gestor de projetos culturais um empreendedor, um empreendedor cultural, que deve estudar o perfil e as tendências de seu público para obter sucesso.
Trata-se do resultado de uma pesquisa teórica e de estudo de caso sobre os temas empreendedorismo, empreendedorismo social, empreendedorismo cultural e de como os gestores de projetos culturais estão envolvidos em questões empreendedoras e precisam se preparar para o mercado cultural, sempre em movimento. O estudo de caso apresenta como uma empresa, especializada em empreendedorismo cultural, se adéqua à realidade e as tendências do mercado cultural e como o público, receptor dos projetos, é envolvido neste mapeamento de realidade líquida.
Empreendedor, empreendedor social, “empreendedor cultural” e a importância da qualificação na gestão de projetos
A palavra empreendedor, que no dicionário Michaelis , um dos principais dicionários brasileiros, quer dizer: “feito por aquele que empreende. Que se aventura à realização de coisas difíceis ou fora do comum; ativo, arrojado”, é um termo novo, mas que vem sendo muito utilizado nos últimos anos por empresas, instituições e imprensa.
Quando a palavra empreendedor é citada, na maior parte dos casos, está associada às ações que visam o lucro e o resultado financeiro. Já a visão de empreendedor social é um pouco diferente. Os empreendedores sociais possuem características próximas as dos empreendedores de negócios, o grande diferencial é que os empreendedores sociais possuem um objetivo que não visa apenas o lucro, mas sim o impacto social, como afirma Srikumar Rao, professor adjunto da „Graduate School of Business da Columbia University‟, no site da Ashoka : “empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar suas experiências mais para ajudar os outros do que para ganhar dinheiro”.
Já o termo “empreendedorismo cultural”, apresentado como tema deste artigo, ainda não figura nos principais dicionários brasileiros. Apenas canais mais modernos de pesquisa digital, como a Wikipedia , principal site de verbetes da web, traduzem o tema empreendedorismo cultural como: “o gerenciamento de empresas culturais”.
Após as definições de empreendedorismo e empreendedorismo social, pode-se buscar uma leitura para o termo empreendedorismo cultural. Somando as características dos empreendedores de negócios, mais as características dos sociais, percebe-se que mais do que o gerenciamento de uma empresa cultural, o empreendedor cultural mescla os planos inovadores com as necessidades da cultura e da sociedade como um todo.
O empreendedor, independente da área de atuação em que está inserido, seja comercial, social, ou cultural, deve ter uma característica indispensável para a realidade atual: estar preparado para as mudanças constantes do mundo globalizado. “Talvez a gestão administrativa seja o aspecto mais frágil do mercado cultural... Ainda são poucos os produtos culturais que têm uma produção cuidada, planejada e constantemente avaliada pelos procedimentos de gestão administrativa.” Essa afirmação, de Leonardo Brant em seu livro Mercado Cultural, reafirma a importância da qualificação do profissional de cultura. Um gestor deve, no mínimo, estar preparado para a ocupação que vai atuar.
“Observa-se no mercado a procura incessante de produtores, administradores e captadores de recursos, sob o argumento de que o artista não pode dedicar seu tempo a „coisas menores‟. Não que o artista vá colocar a mão na massa e deixar seu trabalho próprio em segundo plano para administrar diretamente a produção cultural. Mas, como empreendedor, uma vez que está criando um produto para o mercado, ele precisa conhecer gestão e administração para supervisioná-las.” (Brant, 2001, p.46-47)
Antecipar tendências em uma realidade líquida
Em um cenário globalizado e extremamente competitivo, torna-se fundamental para a sobrevivência profissional do gestor de projetos culturais uma constante atualização. A realidade móvel, ou líquida, como afirma Zigmunt Bauman, um dos sociólogos mais respeitados da atualidade em sua obra Modernidade Líquida, reforça a necessidade de profissionais qualificados e sempre atentos às mudanças do mundo atual e do mercado no qual atuam. Com as mudanças contínuas da realidade, Bauman destaca que a realidade atual passou a ser uma realidade que se desmaterializa e se reinventa constantemente.
"Destruição criativa‟ é a forma como caminha a vida líquida, mas o que esse termo atenua e, silenciosamente, ignora é que aquilo que essa criação destrói são outros modos de vida e, portanto, de forma indireta, os seres humanos que os praticam. A vida na sociedade líquido-moderna é uma versão perniciosa da dança das cadeiras jogada para valer. O verdadeiro prêmio nessa competição é a garantia (temporária) de ser excluído das fileiras e evitar ser jogado no lixo. E com a competição se tornando global a corrida agora se dá numa pista também global”. (BAUMAN, 2005, p.10)
Identificar as principais tendências e mudanças na área da cultura e mapear o mercado cultural, sempre em movimento, são algumas das principais estratégias a serem tomadas pelos gestores de projetos culturais, que no presente trabalho são chamados empreendedores culturais. Assim como Philip Kotler, professor emérito de marketing na Northwestern em Chicago, afirma em sua obra Marketing para o século XXI que os profissionais de marketing devem: “identificar oportunidades de marketing e elaborar ofertas orientadas para o valor” (Kotler, 2009, p. 55), o empreendedor cultural, deve agregar valor ao trabalho cultural e entender o que o mercado, neste caso governo, clientes de projetos e também o público, espera. “Inúmeras oportunidades de mercado emergem do macro ambiente em constante mudança. As empresas devem ser habilidosas na detecção das tendências”, destaca Kotler (2009, p. 101).
Assim como na estratégia de grandes empresas, para obter o sucesso e conhecer mais profundamente o público para o qual atua, o empreendedor cultural pode elaborar sua própria “inteligência de mercado”. Fato que o fará conhecer melhor o mercado no qual atua e o auxiliará a elaborar as estratégias de seus projetos.
“A atratividade da oportunidade de mercado depende de diversos fatores: a quantidade de possíveis compradores, seu poder aquisitivo, seu desejo de compra, entre outros. (...) Ocorrem três situações que suscitam oportunidades de mercado: 1. Pouca oferta de algum produto; 2. Oferta de produto ou serviço já existente, de maneira nova ou superior às demais; 3. Oferta de um novo produto ou serviço”. (Kotler, 2009, p. 57).
Prestar serviços diferenciados também é algo que pode melhorar e muito o desempenho de empresas que prestam serviços de gestão de projetos culturais, pois a indústria de serviços está passando por um momento de muitas mudanças e empresas que prestam serviços inovadores estão conseguindo se destacar no mercado, segundo afirmam Christopher Lovelock e Lauren Wright no livro Serviços, Marketing e Gestão.
Para se ter um serviço diferenciado, algo básico deve ser considerado: o conhecimento e bom desenvolvimento dos processos, conforme afirma LoveLock (2001, p. 38), “a melhoria da qualidade em serviços só é possível com profundo entendimento do processo. Assim, o processo assume uma importância primordial na gestão de serviços, pois é ele o determinante da natureza das interações entre o usuário e a organização, conhecidas como „momentos da verdade‟.”
Lovelock e Wright (2001, p. 39) também afirmam que: “quando o cliente tem suas expectativas atendidas ou superadas pela prestação do serviço, então este apresenta qualidade, e logo, o cliente ficará satisfeito. No entanto se a prestação do serviço estiver abaixo das expectativas, o cliente identificará o serviço como sendo de má qualidade.” Um projeto de boa qualidade, bem trabalhado com um cliente, pode ser a porta aberta para novos projetos nesta empresa e em seus parceiros.
Além de processos bem estruturados e pessoas qualificadas, outro aspecto que deve ser considerado de extrema importância e um diferencial nas empresas de gestão cultural são os recursos utilizados. Segundo afirmação de Lovelock e Wright, “um fator que contribui diretamente para a mudança no paradigma do setor de serviços é o avanço das tecnologias”. Pois cada vez mais as novas tecnologias estão auxiliando as empresas de serviço tanto na aplicabilidade dos processos quanto na comunicação com seus parceiros.
Mercado Cultural: a tendência sócio-cultural como investimento empresarial
O empreendedor cultual, ou gestor de projetos culturais, como normalmente é chamado o profissional que trabalha com projetos culturais, assim como o empreendedor social, não se limita à busca de resultados financeiros, mas também de resultados que possuem uma missão social. Para eles estes dois temas estão interligados e formam um tema único muito utilizado hoje em dia: o tema sócio-cultural. Muitos dos projetos desenvolvidos pelos gestores culturais estão associados às causas sociais, isso tem se tornado algo quase que imprescindível no momento de apresentar um projeto a uma empresa, principalmente no caso de patrocínios, pois isso agrega valor ao projeto. Leonardo Brant afirma que:
“O investimento, geralmente realizado nos grandes espetáculos ganha força se for atrelado a questões sociais. (...) Numa realidade como a do Brasil, é fundamental inserir ou identificar a produção cultural com causas comunitárias, não apenas com processo de construção da marca cultural e sua patrocinadora, mas também como parte do processo de sensibilização e formação de novos públicos consumidores de cultura.”. (Brant, 2002, p. 35)
Essa visão de empreendedorismo cultural com uma relação bem próxima a social tem se tornado um atrativo às empresas patrocinadoras de projetos culturais. Ao fazer uma breve observação nos sites de algumas empresas patrocinadoras de projetos culturais, por meio de leis de incentivo à cultura como a lei Rouanet , percebe-se que a maior parte dos projetos, além de visão cultural, possuem impacto social e até mesmo ambiental.
Para esta observação foi realizado um estudo de duas empresas, de forma indireta, por isso a não identificação formal das empresas será feita. Esta observação demonstrou a tendência atual de utilização de leis de incentivo destacada no patrocínio de projetos que englobem os dois temas principais: social e cultural.
Estudo de Caso: como o empreendedor cultural se prepara para as mudanças da realidade e antecipa tendências.
O estudo de caso aqui apresentado, que tem como principal objetivo entender mais profundamente como os empreendedores culturais estão se preparando para as constantes mudanças de uma realidade sempre em movimento, foi realizada com uma empresa de Marketing Cultural e Eventos, escolhida por se tratar de empresa empreendedora cultural especializada em gestão de projetos culturais.
Segundo a fundadora e empreendedora cultural da empresa, no momento atual as grandes empresas estão muito interessadas em investir em projetos, principalmente os que estão associados às leis de incentivo.
O fato de o patrocínio ser oriundo do abatimento dos valores investidos em impostos tem motivado este mercado cultural, visto que são poucas, ou nulas as empresas que podem investir neste tipo de ação com orçamentos próprios. Mas o fato do dinheiro a ser investido vir de um dinheiro de imposto e não do orçamento das empresas não significa que o processo de avaliação de projetos seja menos criterioso. Pelo contrário, segundo a fundadora: “cada vez mais as empresas estão preocupadas em possuírem uma Política de Patrocínios Interna‟, de forma que atendam e estejam alinhados, de alguma forma à estratégia da empresa. Além de buscarem no mercado empresas de gestão de projetos culturais mais qualificadas para gerirem a verba de suas empresas”.
Realizar um prévio estudo da empresa a qual serão apresentados os projetos culturais para possível parceria de patrocínio, pode se tornar um grande diferencial para a empresa empreendedora de cultura, destaca a fundadora. “Sempre que realizamos um primeiro contato com uma nova empresa, tentamos ao máximo entender seu mercado, sua cultura e estratégia”.
O trabalho de gestão deve estar estruturado para uma empresa de gestão de projetos culturais poder ter sucesso. Mesmo com pouco colaboradores a empresa, para conseguir administrar adequadamente os projetos desenvolvidos, possui um planejamento de processos “muito claro”, afirma a fundadora.
“Primeiramente fazemos:- o planejamento do projeto. Nesta etapa entra as questões, idéia, proposta inicial, levantamento do “problema”, desenvolvimento de proposta, orçamento, etc. (...) Depois passamos para a venda do projeto. Assim que conseguimos um parceiro que patrocine o projeto, iniciamos a fase de execução. (...) Tudo muito bem acompanhado pela empresa e seguindo sempre o cronograma e orçamento apresentados para o patrocinador. E por último passamos para os - resultados presumíveis, que é onde conseguimos os principais resultados do projeto”. (a fundadora)
Além da importância de processos estruturados, a empresa empreendedora cultural deve contar com profissionais qualificados e preparados para a execução das atividades, sejam eles colaboradores direta ou indiretamente envolvidos na execução das ações. Mas possuir qualificação não basta, os profissionais devem estar sempre reciclando seus conhecimentos, principalmente seus conhecimentos sobre os projetos executados, diz a fundadora.
Para poder estar preparado para antecipar tendências, a empresa empreendedora social deve estar sempre atenta às mudanças, sejam elas econômicas, nas leis de incentivo, nas empresas.
Com a crise econômica, por exemplo, as grandes empresas, que antes patrocinavam grandes shows, passaram a descartar estes eventos em função do clima organizacional. (...) Com isso, estas empresas passaram a priorizar projetos que tenham cunho social e que tenham caráter contínuo, com impacto o ano todo. A possível mudança na lei de incentivos também é algo que já está nos deixando bem atentos, pois assim que ela ocorrer, iremos ter que nos adequar a ela o mais rápido possível. Uma forma a nos anteciparmos às novidades da lei é trabalharmos de uma forma bem diversificada, para que as possíveis alterações não sejam uma surpresa para nós e não interfiram na nossa base de projetos. (a fundadora)
A transparência de recursos utilizados e o preparo dos profissionais de gestão cultural como empreendedores, segundo a fundadora, são pontos que não só fazem a diferença, mas, também, são essenciais para o trabalho com cultura. Para ela, os gestores de projetos culturais além de conhecimentos da área da cultura, de políticas públicas e das empresas patrocinadoras, devem ser especializados em administração, ou seja, devem ser empreendedores. “Um projeto é resultado de um processo, que inicia com uma idéia, mas para ter bom resultado, deve seguir procedimentos e se adaptar às burocracias administrativas que uma empresa normal segue.” afirma a fundadora.
A fundadora diz que mesmo com os projetos da empresa focados em patrocínio de leis de incentivo, que é a tendência atual, e preferido por patrocinadores que não possuem orçamento para investir em ações culturais, a empresa possui opções de projetos e eventos que podem ser desenvolvidos sem a utilização das leis. “Há também empresas que desejam realizar grandes shows para colaboradores (...). Sendo assim, temos um leque de soluções para o que nosso cliente precisar. Mas todos com foco em cultura, que é nossa principal atuação”, destaca a fundadora.
Considerações finais
O estudo teórico e prático apresentado no presente trabalho destaca que, para ser um profissional qualificado e de sucesso, em uma realidade em constante movimento como a atual, o gestor de projetos culturais deve possuir as principais características de um empreendedor: ser ousado, criativo e ter conhecimentos de administração, pois um projeto cultural não é feito apenas de boas idéias mas, também, de uma administração de recursos. Por isso o gestor de projetos culturais pode sim ser chamado pelo novo verbete: empreendedor cultural.
O planejamento é um dos pontos fundamentais no sucesso de um projeto cultural, seja ele qual for. E dentro deste planejamento está inserido não apenas o desenvolvimento da idéia central, do diagnóstico do mercado, mas o planejamento de ações e o controle das práticas, que sempre que colocadas em ação devem ser acompanhadas de perto, para que o empreendedor cultural tenha total controle de todas as etapas do processo de execução, além da mensuração dos resultados presumíveis do projeto executado. Destaque para a importância de práticas transparentes, desde o planejamento dos projetos, pois além das burocracias da lei, que o empreendedor cultural terá que prestar contas ao final da ação, há a cobrança e o acompanhamento cada vez maior das próprias empresas patrocinadoras.
Antecipar tendências nem sempre é fácil, visto que o mercado cultural não possui empresas especializadas em pesquisas de opinião pública ou focadas em empresas possíveis patrocinadoras. Mas o estudo indica que o sucesso do empreendedor cultural passa a ser a atenção às mudanças no mercado, na economia, nas leis, e a análise prévia das necessidades e aspirações das empresas dispostas a se tornarem patrocinadoras. Um exemplo muito expressivo disso foi dado pela empresa de gestão de projetos culturais estudada, que teve que se adequar às novas solicitações do mercado propondo novas opções a seus clientes, pois em um momento de crise econômica global, as empresas patrocinadoras passaram a querer investir em projetos mais focados na questão social e que tinham um caráter de impacto contínuo, ou em médio prazo, e não grandes eventos momentâneos.
Outra ação estratégica em destaque é a de possuir projetos diversificados, que estejam ou não diretamente ligados às leis de incentivo, para que mudanças tanto nas leis quanto no gosto popular e dos patrocinadores, ou mesmo na economia, não prejudiquem a empresa empreendedora cultural, mas sim, se tornem uma nova oportunidade para o empreendedor cultural. Esta visão estratégica demonstrada pelo estudo de caso, além de antecipar tendências, aponta que aplicar a teoria estudada na prática, tendo domínio dos processos, das qualificações e do mercado no qual atua, torna o empreendedor cultural um profissional preparado para uma realidade líquida que pode ser ainda mais atrativa e oportuna se as adversidades e a liquides forem bem aproveitadas.
EMPREENDEDORISMO CULTURAL: CRIANDO UM MUNDO VIBRANTE
Empreendedorismo cultural e criativo trata da aplicação dos princípios do empreendedorismo na criação e desenvolvimento de projetos culturais.
É um modelo de negócio baseado na criatividade e no talento humano que comercializa a experiência sensorial, a sensibilidade artística, o lazer e o entretenimento.
Assim temos a arte em geral, como: a música, o cinema, a cultura e o entretenimento, mas o conceito pode se estender a áreas emergentes, como Tecnologia da Informação, Design, Moda, Arquitetura, Publicidade Marketing.
A diferença está na criação de produtos e serviços com alto valor agregado, no uso intensivo de conhecimento e na valorização da diversidade cultural.
O empreendedorismo cultural, como qualquer empreendimento, visa lucro e crescimento econômico através das suas atividades, mas tem também como objetivo ocasionar um impacto social e econômico com os seus projetos culturais.
O QUE É EMPREENDEDORISMO CULTURAL E CRIATIVO?
O empreendedorismo cultural e criativo trata da aplicação dos princípios do empreendedorismo na criação e no desenvolvimento de projetos culturais.
Empreendedorismo Cultural se refere ao conjunto de práticas e atividades que envolvem a criação, gestão e desenvolvimento de iniciativas culturais com o objetivo de gerar impacto social e econômico. O empreendedor cultural é um indivíduo ou grupo de indivíduos que busca criar e desenvolver projetos culturais inovadores e sustentáveis, que possam gerar renda e emprego, promover a diversidade cultural, a inclusão social e a valorização da cultura local e regional.
Portanto, percebe-se a importância de projetos culturais, que além de fomentar o desenvolvimento social, ele ajuda a fortalecer os traços culturais e históricos de um país. Englobando atividades baseadas na criatividade, cultura, arte, design, mídia e tecnologia, além de incluir a criação de empresas culturais, como produtoras de eventos, editoras, galerias de arte, museus, entre outras iniciativas.
VANTAGENS DO EMPREENDEDORISMO CULTURAL
Veja as vantagens da economia criativa para a sociedade, empreendedores e investidores:
Produção não poluente;
Inovação tecnológica;
Fortalecimento das culturas regionais e locais;
Geração de emprego e renda;
Geração de tributos (impostos, taxas e contribuições);
Estímulo a novas qualificações profissionais;
Crescimento de economias associadas a outros segmentos produtivos;
Promoção da inclusão social e da cidadania;
Promoção da diversidade e do respeito.
O EMPREENDEDOR CULTURAL
Para ser um empreendedor cultural deve-se desenvolver habilidades em diversas áreas (entre elas: gestão, marketing, finanças) e ter uma visão ampla e estratégica da cultura como um meio de transformação social e econômica, impactando positivamente o local e a sua história, promovendo o desenvolvimento sustentável e a valorização da diversidade cultural.
O empreendedorismo cultural se caracteriza na criação, desenvolvimento e gestão de negócios que integram elementos culturais, artísticos e criativos.
O empreendedor cultural combina criatividade, sensibilidade cultural, visão estratégica e habilidades em gestão para criar projetos culturais inovadores e sustentáveis que geram impacto social e econômico.
Muitos empreendimentos culturais têm se destacado pela inovação e criatividade, como startups que oferecem soluções tecnológicas para o setor cultural e negócios que exploram a economia criativa de maneira sustentável.
O setor cultural é um importante motor da economia brasileira e tem contribuído para a promoção da diversidade cultural e o desenvolvimento social.
O empreendedorismo cultural está crescendo e sendo impulsionado pela disponibilidade de recursos tecnológicos, pelas políticas públicas de incentivo à cultura e à criatividade, pela demanda do público por conteúdo cultural de qualidade e pela atenção de investidores e grandes empresas.
Em suma, o empreendedorismo cultural é uma forma de valorizar a cultura local e regional, promover a diversidade cultural e a inclusão social, além de gerar renda e emprego.
Em outras palavras, esse tipo de empreendedorismo contribui para o desenvolvimento sustentável das regiões e para a promoção da heterogeneidade cultural, além de ser uma forma de criar novas oportunidades de trabalho e renda para os profissionais da cultura e criatividade.
Os setores da economia criativa produzem bens com mais valor simbólico do que material.
A relação entre empreendedorismo, cultura e arte torna-se estratégica desde que a cultura passa a ocupar um lugar extremamente vital para o desenvolvimento das sociedades e economias contemporâneas.
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