As comunidades quilombolas são um exemplo de povos tradicionais que utilizam técnicas de manejo específicas para aproveitar os recursos naturais de forma sustentável, conciliando produtividade e preservação ambiental.
As comunidades quilombolas são grupos étnicos, geralmente de população negra, que se autodefinem por meio de suas relações com a terra, ancestralidade, tradições e práticas culturais. A origem dos quilombolas está na ancestralidade africana de negros escravizados que fugiram da escravidão e se refugiaram nas matas.
As economias da sociobiodiversidade envolvem uma grande variedade de atividades, como:
Colheita responsável de recursos florestais e animais
Agricultura familiar
Produção de artesanato
Pesca tradicional
Cuidado da paisagem
Acolhimento comunitário no turismo local
As comunidades quilombolas desempenham um papel fundamental na preservação do meio ambiente e na manutenção da história e cultura brasileira.
E quem nunca provou da culinária quilombola não sabe o que está perdendo. Além de ser muito gostosa, o que costumam chamar de ‘manjar dos deuses’, ela é saudável e não agride a natureza. Junta os três “s” – sabor, saúde e sustentabilidade – porque sua agricultura semeia receitas ancestrais, como não usar agrotóxicos ou fertilizantes químicos, que envenenam a comida da maioria da população brasileira, e preserva o meio ambiente. Na verdade, faz mais que preservar: regenera. Quilombolas recuperam nascentes de rios e solos degradados, além de promoverem o reflorestamento, entre vários outros serviços ambientais importantíssimos.
Mais um ingrediente que realça o paladar dessa cozinha é a sua diversidade: como há quilombos em todas as regiões do Brasil, eles também protegem a maioria de nossos biomas e suas espécies vegetais nativas, e os pratos são variados. Come-se diferente em cada comunidade, mas sempre se come bem – quilombolas usam os frutos naturais da terra onde vivem. Segundo dados preliminares do IBGE, que no momento realiza o primeiro censo específico para esta população, há cerca de mil localidades quilombolas na Amazônia. E a maior floresta tropical do mundo é comprovadamente protegida por eles.
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